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abril 11, 2014
Beatriz Franco e Mariana Felix na Mercedes Viegas, Rio de Janeiro
A galeria Mercedes Viegas Arte Contemporânea inaugura em 15 de Abril as mostras individuais de Beatriz Franco e Mariana Felix.
A série de 10 fotografias produzidas no Mar Mediterrâneo tem como tema central a cultura do sal, o “ouro branco” cobiçado por tantos povos antigos.
Em texto para a exposição, Giuliana Scime ressalta: "Podemos imaginar a surpresa de Beatriz Franco diante deste mundo tão diferente da sua experiência pregressa. Mas ela não se deixou encartar com a visão de todos aqueles elementos que compõem esse ambiente, também fascinantes e encantadores: moinhos de vento antigos, casas de colônias, pilhas de sal, garças e flamingos. Ela isolou, daquele contexto sugestivo, a essência, a mensagem final e determinante que não se encontra na observação do cenário como um todo, mas no detalhe onde o mar deposita o seu precioso dom, capturando o 'sabor' de um lugar que nenhuma imagem descritiva pode comunicar."
As imagens revelam a capacidade de Beatriz de subverter a fotografia como meio de ‘reprodução da realidade’: “Apenas alguns, Beatriz Franco entre eles, sabem filtrar o mundo objetivo através de um misterioso processo conceitual e construir imagens que se assemelham às ilusões. As linhas, os ritmos, as cores registram ondas sonoras que vibram suavemente em uma espécie de memória ancestral: “o mar que resta" dentro de nós.”
Nascida em Salvador em 1976, a fotógrafa e artista fez graduação em Psicologia, mas o contato com o pintor argentino Alejandro Kantemiroff levou ao desenvolvimento de um estudo do desenho como pesquisa e expressão do inconsciente. Beatriz é a artista mais jovem a figurar no livro ‘A História da Fotografia da Bahia 1839 2006’. Já expôs no MAMBA, Goethe Institut, Bienal do Recôncavo, Centro Cultural da Caixa, Carla Sozzani (Milão), Galeria Cândido Portinari (Roma), entre outras. Em 2010 ganhou uma bolsa de viagem da Secretaria de Cultura da Bahia e embarcou para uma residência de 3 meses na Itália, onde iniciou as pesquisas sobre o sal na Sicília.
Mariana Felix, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, RJ - 16/04/2014 a 17/05/2014
Nascida no Líbano em 1972, Miri, como é chamada no meio artístico, mostra várias esculturas em pequeno formato, moldadas em terra cota.
Sua facilidade de propor alguma coisa de irredutivelmente humano e aberto, vem de sua experiência de vida em várias culturas. Nota-se também, de modo claro, como Mirì se inscreve em sua época e responde a seu modo às indagações de nosso tempo, sem retórica nem efeitos.
Ela se inspira em Giacometti, Moore, Brancusi, assim como Thomas Schütte e Leonilson. Em obras como vênus de Brassempouoy, e em outras vênus préhistóricas, cujo despudor parece evidente. Essas referências importantes indicam, o onirismo da forma, a abertura da obra para interpretações múltiplas, forçosamente subjetivas, mas, sobretudo, o silêncio que as rodeia.
O percurso da artista anuncia sua experiência em diferentes culturas e modos de vida: Líbano, Brasil, Estados Unidos, França. Daí surge talvez sua facilidade em propor alguma coisa de irredutivelmente humano e aberto. Nota-se também, de modo claro, como Miri se inscreve em sua época, responde a seu modo às indagações de nosso tempo, sem retórica nem efeitos: O que é que é estar junto? O que é que é travar conhecimento, amar? Será que a solidão nos impede de participar do mundo?
Segundo Miri: "...Meus trabalhos falam do corpo humano como instrumento de prazer e de sofrimento pessoal, bem como de relacionamento com o mundo exterior. Exploram inclusive a possibilidade onírica da metamorfose rumo ao bestial. Pesquiso constantemente os elementos que alimentam ou distorcem a harmonia gerando um universo inquietante, enigmático e lúdico.”
Mariana Felix se formou em Comunicação Visual (1992-96) Faculdade da Cidade, Rio de Janeiro, Brasil. Comunicação Visual (1992-96) Faculdade da Cidade, Rio de Janeiro, Brasil * École Nationale des Beaux Arts Paris, France (1999); Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro Art Institute de Chicago"London 94"- History of Art Estética na Arte contemporânea com o filosofo Gerd Bornhein.
Mostras selecionadas
2007 Cariocavideo, Centro Cultural Oi futuro, Rio de Janeiro
2006 Multiplicidade, Centro Cultural Oi futuro, Rio de Janeiro
Épouvantable, Parc Champagne, Reims, França
Durexvideo/Cariocavideo, Teatro Académico de Gil Vicente, Coimbra, Portugal
2005 Galerie J. de la Fontaine e galerie Scamaroni, Charleville, França
Salon de Montrouge, Montrouge, França
2004 Posição 2004, Galerie do EAV, Rio de Janeiro
2003 Changing Channels, Berlim, Alemanha
Halles Boulingrin, Champagne, França
2002 Obras Recentes do MAC Niteroi
2001 10 d 2001 - Galerie do EAV, Rio de Janeiro
1999 Galerie Gauche - École Nationale des Beaux-Arts, Paris, França
Aquisiçoes Recentes - MAC Paraná, Curitiba
2° Premio de Jovem Revelaçao de Americana, São Paulo
1998 55º Salão Paranaense, Casa Andrade Muricy (trabalho premiado), Curitiba
Aquisições Recentes - MAC Paraná, Curitiba
Festa da Carne, Casa de Cultura Laurinda Santos Lobo, Rio de Janeiro
O ovo, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro
Secrel/marte, Espaço Cultural dos Correios, Rio de Janeiro, Brasil
Projeto Universidarte, Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, Brasil
1996 Metamorfoto, Galeria Delfim, Rio de Janeiro, Brasil