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março 18, 2013

Cantos Cuentos Colombianos abre a Casa Daros no Rio de Janeiro

A exposição inaugural da Casa Daros apresenta 75 obras emblemáticas de dez artistas colombianos: Doris Salcedo, Fernando Arias, José Alejandro Restrepo, Juan Manuel Echavarría, María Fernanda Cardoso, Miguel Ángel Rojas, Nadín Ospina, Oscar Muñoz, Oswaldo Macià e Rosemberg Sandoval

Cantos Cuentos Colombianos, Casa Daros, Rio de Janeiro, RJ - 24/03/2013 a 08/09/2013

[Role a página para ler sobre artistas e obras]

A Casa Daros abre seu espaço com a exposição "Cantos Cuentos Colombianos", uma panorâmica da excelência da arte colombiana contemporânea. Hans-Michael Herzog, curador e diretor da Coleção Daros Latinamerica reuniu 75 trabalhos emblemáticos de dez artistas nascidos na Colômbia.

"Cantos Cuentos Colombianos" revelará ao público a diversidade de pesquisas e técnicas desses artistas, com instalações, vídeos, fotografias, objetos, performances e obras acústicas, pertencentes à Coleção Daros Latinamerica. A mostra foi apresentada inicialmente em Zurique, Suíça, em duas partes: a primeira, de outubro de 2004 a janeiro de 2005; e a segunda, de janeiro a abril de 2005, tendo sido a maior mostra de arte colombiana contemporânea já realizada na Europa. Naquela ocasião, a mostra gerou uma reavaliação não só dessa geração no seu próprio país, como também da arte colombiana no mundo.

Hans-Michael Herzog escreve, no texto do catálogo que acompanha a exposição, que escolheu inaugurar a Casa Daros com uma grande exposição de artistas colombianos "porque a arte colombiana contemporânea é praticamente desconhecida no Brasil". O fato de as artes "estarem florescendo na Colômbia também tem sido amplamente ignorado", observa. "As notícias que nos chegam da Colômbia são quase todas negativas. Com exceção de Juan Pablo Montoya, Shakira, Gabriel Garcia Márquez e Fernando Botero, a lista de colombianos mundialmente famosos é relativamente pequena". Ele acrescenta que também "parecem invisíveis as muitas universidades e outras instituições acadêmicas da Colômbia, bem como o programa exemplar de bibliotecas em Bogotá, capitaneado pela Biblioteca Luis Ángel Arango, que conta com mais de 3,5 milhões de visitantes por ano".

O curador afirma que "Cantos Cuentos Colombianos“ é uma exposição de cunho nacional, "mas tambem temático, já que sob condições de vida tão extremas é natural que os artistas não busquem a arte pela arte, mas sim tratem da situação política e social do seu pais“. "De modo algum“, ressalta, "buscamos esse debate político na arte colombiana contemporânea de forma estereotipada, mas apenas o percebemos como fator dominante, e isso está refletido tanto na coleção, como também nesta exposição“.

Ele explica que o titulo se refere por um lado, literalmente, às canções que fazem parte dos trabalhos de Jose Alejandro Restrepo, Juan Manuel Echavarría e Oswaldo Macià, e, por outro, também ao "estilo narrativo multifacetado" desenvolvido pelos artistas. "Os artistas narram, e cabe a nós assistir e escutar".

Hans-Michael Herzog acentua que a situação atual da Colômbia é diferente de quando esteve lá pela primeira vez, há 12 anos. "Felizmente, desde então, a situação melhorou consideravelmente e as pessoas agora têm maior liberdade para se movimentar. Como o Brasil, a Colômbia está passando por uma recuperação econômica impressionante, o que significa um aumento nos intercâmbios internacionais, que também afeta as instituições culturais".

ARTISTAS E OBRAS

Doris Salcedo
Nasceu em 1958, em Bogotá, onde vive e trabalha. As obras de Salcedo não são matéria fácil para um olhar superficial. Seu objetivo é fazer perceptível a "violência universal" e criar monumentos comemorativos que incitem a introspecção e que, por sua vez, dêem lugar a memórias de naturezas diversas (individuais e universais), como possível premissa para reorientações e questionamentos. Salcedo trabalha de forma minuciosa e premeditada, não deixa espaço para o acaso. Cada detalhe conta. Frequentemente trabalha com móveis que remetem diretamente ao ser humano, mas que adquirem qualidade abstrata. Com grande sutileza, cria uma simbologia e alcança a necessária transcendência para a sua obra. A obra "Noviembre 6" se refere ao confronto sangrento durante o violento ataque ao Palácio de Justiça colombiano, em 1985. O trabalho consiste em cadeiras e bancos de vários metais, unidos uns aos outros. Elementos antagônicos dominam uma cena ameaçadoramente tranquila, o suave contrasta com o duro, a vulnerabilidade e a fragilidade andam de mãos dadas com a violência. O disfuncional, assim como a total negação do material utilizado, torna-se manifesto. É inútil querer ocupar as cadeiras: a instalação agonizante, mas comovedora, converte-se em metáfora do encarceramento, da tortura e do deslocamento, e homenageia todos aqueles que são negados a estar em seu lugar e viver em paz.

Fernando Arias
Nasceu em 1963, em Armênia, Colômbia, vive e trabalha em Londres e em seu país de origem. Arias se dedica à performance, recorrendo às mais variadas formas e meios de expressão para abordar seus temas. Todos os seus trabalhos emergem de um horizonte de vivências e experiências pessoais, e o artista utiliza com frequência seu próprio corpo. Arias representa o jogo com a morte com um caixão de lego com as cores pátrias colombianas: o sonho infantil do mundo das peças de lego se transforma em um caixão, com uma linha branca que simboliza a cocaína em vez de uma cruz. A dor e a tristeza, assim como a raiva pela situação pela qual atravessa o seu país, são expressos no múltiplo "Paz aporte" (um jogo de palavras com "aporte e paz" e passaporte): o escudo nacional habitual adorna um passaporte colombiano (que identifica o proprietário como um pária no mundo) – mas o escudo foi modificado pela adição de um enorme projétil que simboliza a guerra civil colombiana. Em "Quem dá mais?", Arias marca seu corpo com sua assinatura, e oferece literalmente sua pele ao mercado, que pode ser adquirida pelo maior lance. No trabalho "A história de Arias", o livro de história da arte de Ernst Gombrich, que está preso por quatro hastes de metal, permite várias leituras: é uma bíblia de arte que Arias tranca à chave e declara capítulo encerrado, e é um indício de esperança, ao juntar seu próprio livro de desenhos “A história de Arias”, elevando-se ironicamente ao panteão das artes.

José Alejandro Restrepo
Nasceu em 1959, em Bogotá, onde vive e trabalha. Em "Ojo por diente", duas vitrines antigas como as de um museu etnográfico, vemos, à esquerda, uma fotografia de um antropólogo de óculos, e dentro, um pouco perdidos, os óculos. À direita, a fotografia de um "selvagem" que mostra os dentes e – como contraponto aos óculos – minuciosamente ordenados e numerados, estão seus dentes. Quem canibalizou quem? Quem come – até o presente – quem? Restrepo estuda a história cultural da Colômbia com uma piscadela maliciosa: seus mitos, seu descobrimento e exploração, os interesses e poderes envolvidos e a persistente exploração. As incertezas, os temores e preconceitos, assim como as possíveis causas e sua construção, se refletem ironicamente nos comentários de Hegel e Humboldt sobre o tamanho do crocodilo americano: o Novo Mundo se confronta com o velho, o empirismo com a teoria; fica evidente a relatividade da nossa percepção e, finalmente, triunfa a imaginação. E o próprio crocodilo comenta este processo com uma piscadela de olho (da câmara)... Em "Musa paradisíaca" (nome botânico da banana), a natureza (a bananeira) e a tecnologia (televisão) passam por uma síntese grotesca. A situação paradisíaca de um Éden de acordo com a perspectiva ocidental, que a Colômbia representa em todo o seu esplendor e diversidade, colidem com a realidade social: é a história interminável de opressão e violência, manifesta nas plantações de banana, tal como mostram as gravações televisivas sobre os massacres perpetrados nas últimas décadas.

Juan Manuel Echavarría
Nasceu em 1947, em Bogotá, onde vive e trabalha. O vídeo "Bocas de ceniza" mostra que representar as repercussões da violência pode provocar maior impacto que a representação da violência em si: testemunhas de massacres terríveis cantam canções simples sobre o ocorrido. Este ato catártico e autoterapêutico ocorre com tal concentração e honestidade tão assombrosas, que a psique dos “cantores” está completamente exposta. Devido a sua presença quase insuportável, seus olhos e vozes nos fazem participar diretamente do que aconteceu, sem que jamais se revelem detalhes. Assim, Echavarría consegue criar uma presença (da precária situação colombiana) através da ausência (de todas as imagens). Com frequência, Echavarría recorre à metáfora para validar os seus temas colombianos. Aplica seus recursos estilísticos de modo preciso e claro, obrigando o espectador a um segundo olhar para chegar à compreensão de suas obras. A relação social entre dois papagaios no vídeo "Guerra e pa'" se converte em uma imagem simbólica da convivência humana. Um hino a sua terra natal se transforma, antes de percebermos, em um pequeno monte de cocaína ("Bandeja de Bolívar"). Plantas de aspecto exótico, que parecem extraídas de enciclopédias botânicas do século 19, são, na verdade, ossos humanos.

María Fernanda Cardoso
Nasceu em 1963, em Bogotá, vive e trabalha em Sydney, Austrália. Cardoso não tem medo de animais mortos. Ela dedicou sua arte à fauna: trabalha com animais como os existentes nos mitos pré-colombianos, ou aqueles que desde a infância a acompanham, alguns banais e outros mais fascinantes: borboletas, lagartixas, cobras, gafanhotos, pulgas, moscas, rãs ou piranhas. Ossos de boi polidos, que em tempos coloniais, por falta de mármore, eram usados ​para pavimentar as calçadas das casas senhoriais, se transformam pelas suas mãos em pequenos punhos erguidos de aspecto extravagante. Em seus arranjos minimalistas, os cadáveres de animais são transformados em quadros ornamentais muito variados que produzem efeito contundente pela sua palpável autenticidade. Estas obras curiosas são absurdas e surreais e às vezes repelentes, exigem mudanças na percepção, mas ao mesmo tempo nos fascinam e atraem. A força dos objetos animais de Maria Fernanda deriva do fato de que escapam completamente do contexto dominante. Eles são "artefatos naturais": este antagonismo implícito provoca uma invariável inquietação no espectador.

Miguel Ángel Rojas
Nascido em 1946, em Bogotá, onde vive e trabalha. Rojas se sente confortável com todos os meios, e na mostra apresenta "desenhos" cujos "traços" são elaborados com recortes circulares de folhas de coca e notas de dólar dos EUA, assim como reduções redondas de fotografias. Em sua extensa obra, marcada pelas adversidades da vida e a luta pela sobrevivência, Rojas mescla a Colômbia cotidiana com a natureza e história cultural de seu país e com influências culturais estrangeiras. Para o artista, a arte e a vida formam uma unidade indissociável. Em sete imagens, desenhadas em formato de história em quadrinhos, Rojas conta as aventuras de uma garota chamada Paquita, que vai às ruas da cidade perigosa para comprar um sorvete. É um breve relato sombrio e sarcástico, cheio de perigos para Paquita, que representa não só o próprio artista, mas todos os colombianos. A pureza e ingenuidade colidem com a violência e as ameaças de morte. Apenas o observador atento captura os pontos pretos e brancos que compõem a história de Paquita. São fotografias dos anos 1970 que Rojas tirou escondido nas salas de cinema em sua cidade natal, Bogotá: documentos sombrios e opressivos da busca desesperada por contatos sexuais,rituais proibidos e clandestinos à margem da sociedade e da própria existência, abismos da vida, olhares para a escuridão perdida.

Nadín Ospina
Nasceu em 1960, em Bogotá, onde vive e trabalha. Ospina parte das famosas esculturas pré-colombianas em pedra, cerâmica ou metal, para modificá-las, colocando nelas cabeças do fabuloso mundo animal de Walt Disney. Assim, Mickey Mouse, Minnie, Pateta e Pluto decoram cerâmicas ou esculturas "pré-colombianas", e uma estátua de Santo Agostinho é coroada com a cabeça de Bart Simpson. Todas as peças são genuínas falsificações, elaboradas por especialistas locais a partir de modelos originais. Além do puro jogo com a surpresa do observador, esses objetos discutem a fusão das diferentes culturas. Ospina não se limita a traçar o domínio das culturas latino-americanas pela cultura americana, mas, de uma forma mais geral, remete ao processo de hibridização de sua própria cultura e a de outras ao longo dos últimos séculos. O artista responde de forma amena e divertida, mas com um tom amargo, à pergunta sobre a identidade, tão comum na América Latina: o original como tal só permanece como um objeto de prestígio ou de estudo em coleções preciosas; nada no presente é tão autêntico; tudo é permeado por uma série de influências que contaminaram de forma substancial a concepção de original. Apenas na mistura é ainda possível encontrar uma identidade verdadeira.

Oscar Muñoz
Nasceu em 1951, em Popayán, Colômbia, vive e trabalha em Cáli, Colômbia. As obras de Muñoz giram em torno da força e da volatilidade da memória. Mostram que a memória é relativa tanto quanto o tempo vinculado a ela, que nunca se pode abarcar de todo, que sempre está em movimento, e que nos escapa apesar de todos os esforços. A matéria-prima de Muñoz são fotografias, que o artista submete a um processo de transformação, convertendo-as tecnicamente em outros materiais. "Aliento" levanta de maneira exemplar a alternância do devir e perecer intrínsecos à memória: primeiro vemos o nosso rosto no espelho, mas com a nossa respiração damos fugazmente forma, neste mesmo espelho, a imagens de outras pessoas, que em seguida voltam a desaparecer e dar lugar a nossa própria imagem refletida. "Biografías" é também determinada pela metáfora do devir e perecer, do ciclo eterno da vida e da morte, mostrando que é impossível capturar imagens estáticas. Rostos humanos, cada um representando uma vida consumada, se deformam e são arrastados por um redemoinho até o reino dos mortos, de onde ressuscitam em seguida: a única constante é a mudança.

Oswaldo Macià
Nasceu em 1960, em Cartagena, Colômbia. Vive e trabalha em Londres. A arte puramente visual já não tem força suficiente para Macià. Dedicado aos cheiros e sons, aos quais atribui maior autenticidade, entra em um campo cultural completamente negligenciado, em que carecemos até mesmo do vocabulário mais básico (em todos os idiomas). A mostra apresenta duas composições sonoras: "Something going on above my head", uma sinfonia para dois mil cantos de pássaros, 500 de quatro continentes, e "Vesper", um trabalho de som elaborado a partir da técnica de composição gregoriana, constituída por vozes femininas do Caribe, em uma alegre polifonia. Tanto o gorjear dos pássaros como as vozes femininas são um material sonoro que Macià submete a um processo sinfônico. As harmonias colidem com cacofonia, o concreto se torna abstrato e vice-versa, o específico compete com o similar, a ordem torna-se caos e o caos retorna à ordem. O artista pergunta se o "natural" difere do "cultural", e, em que medida – compreendendo a língua – em tantos tons e sons, como algo universal. As nossas vivências e percepções sensoriais são postas à prova, de forma que repensamos nossos hábitos auditivos e, ao ouvir suas obras sinfônicas, nos perguntamos sobre o significado dos tons e sons.

Rosemberg Sandoval
Nasceu em 1959 em Cartago, Valle, Colômbia, vive e trabalha em Cáli, Colômbia. Sandoval faz um passeio no lado selvagem da arte. Em suas várias ações, das quais algumas são apresentadas como documentos, toca na dura realidade da condição humana colombiana. Sem consideração, defronta o público com tabus, e ressalta as desigualdades sociais. Em suas performances, combina a história da arte do século 20 com o simbolismo cristão e materiais de origem humana obtidos em hospitais e necrotérios, transformando-os em performances impactantes e provocadoras nos âmbitos físico e psíquico. A expressão pouco dramática, quase clínica, contrasta com os materiais e conteúdos. Sandoval compreende a sua obra como uma interpretação artística, motivada por um impulso moral, da realidade circundante. Não quer nem pode sublimar estilisticamente a violência que impera, mas abre a nossa sensibilidade para captar algo da podridão que a rodeia.

Posted by Patricia Canetti at 10:53 PM