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dezembro 8, 2009

IV Encontro Arte&Meios Tecnológicos: debates contemporâneos - Relato por Cecília Bedê

IV Encontro Arte&Meios Tecnológicos: debates contemporâneos

Relato por Cecília Bedê

Em 26 e 27 de novembro de 2009, aconteceu o IV Encontro Arte&Meios Tecnológicos, na Faculdade Santa Marcelina (FASM) em São Paulo, que em dois dias de intenso diálogo, discutiu conceitos como: mobilidade; concepção de corpo; espacialidade temporalizada, circuitos da imagem e mais do que tudo, a processualidade na arte e nos meios tecnológicos.

O Encontro foi organizado pelo grupo de estudos Arte&Meios Tecnológicos da FASM que é composto por: Christine Mello (coordenadora), Ana Paula Lobo, Ananda Carvalho, Carolina Toledo, Cláudio Bueno, Denise Agassi, Eduardo Salvino, Josy Panão, Lucas Bambozzi, Lyara Oliveira, Marcelo Salum, Mariana Shellard, Monique Allain, Nancy Betts e Paula Garcia. O grupo existe desde 2007 e é uma iniciativa do programa de pós-graduação - mestrado em artes visuais da faculdade.

A programação do encontro foi dividida em 8 mesas de debate. Em cada mesa, tivemos a apresentação de dois pesquisadores do grupo e o espaço para o debate com o público. Cada pesquisador apresentou um texto que define seu material de estudo dentro do grupo contextualizando-o a partir das atividades que veem sendo realizadas pelo todo. Foram apresentações que trouxeram questões internas para um amplo debate.

Mesa 1: apresentação

A mesa 1 contou com a presença de Christine Mello - pesquisadora, curadora e crítica de arte, com pós-doutorado em Artes Plásticas pela ECA-USP, doutora e mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP; Denise Agassi, - artista multimídia, mestre em Artes Visuais pela FASM e Paula Garcia - artista plástica e mestre em Artes Visuais pela FASM.

Os participantes da mesa 1 trouxeram as experiências e atividades do grupo de pesquisa e apontaram pontos de discussão para o encontro. Christine Mello começa falando do surgimento e dos objetivos do grupo e destaca, em agradecimento, o interesse da FASM em fortalecer a pesquisa em arte contemporânea abrindo esse espaço para a experimentação e a construção de olhares e pensamentos.

O mestrado em Artes Visuais da FASM se divide em duas linhas de pesquisa: História, Crítica e Pensamento Curatorial e Pesquisa em Arte: Práticas Experimentais. O grupo Arte&Meios Tecnológicos, une as duas orientações presentes em cada linha de pesquisa, a de natureza teórica e a de natureza prática, pois o grupo é composto por jovens artistas, críticos e curadores. Para Christine essa junção é boa no sentido de ver as duas linhas de pesquisa em diálogo, de uma dar sentido a outra quebrando assim a hierarquia que se coloca entre artista, crítico, curador e historiador.

O grupo surge de uma vontade de criar um aspecto mais generalizante tendo como base as pesquisas individuais de cada integrante. Então, além desse espaço do grupo com reuniões quinzenais (abertas ou fechadas) esse encontro pretendeu lançar um olhar sob as trocas estabelecidas entre as pesquisas, descobrir o que é comum a elas e definir ao final do encontro uma imagem desse diálogo.

Denise Agassi apresenta um texto que resume as atividades do grupo Arte&Meios Tecnológicos nesses dois anos de existência, partindo do inicio do grupo, com sua primeira formação: Christine Mello (coordenadora), Denise Agassi e Paula Garcia e seus primeiros objetos de pesquisa: os textos Brasil Diarréia, de Helio Oiticica, e Realismo ao Nível da Cultura de Massa, de Waldemar Cordeiro e a partir deles puderam discutir a relação entre a arte dos anos 60 e os meios de comunicação de massa.

No percurso do texto, Denise pontua a entrada de todos os outros integrantes do grupo e os assuntos, livros e teóricos estudados. Destaca também a presença de diversos profissionais, artistas, curadores, pesquisadores da área que participaram de atividades organizadas pelo grupo incluindo os três primeiros encontros.

O texto relata o momento em que cada componente do grupo passou a elaborar sua própria pesquisa tendo como base os assuntos estudados em grupo até o dado momento. A idéia é que a reunião desses artigos façam parte de uma futura publicação. As reuniões a partir daí passaram a ter ênfase nessas pesquisas mais focadas em interesses pessoais o que possibilitou a sua ampliação e aprofundamento.

Paula Garcia participa da mesa e apresenta após a fala de Denise Agassi, as exposições realizadas pelo grupo no primeiro semestre de 2009 na Escola São Paulo durante o III Encontro Arte&Meios Tecnológicos. Nessa ocasião o grupo se dividiu em 3 subgrupos compostos cada um por 3 artistas e 1 curador que juntos realizaram uma exposição. Foram elas: Das Imagens às Coisas; Demasiada Presença; Variação.

Das Imagens às Coisas teve curadoria de Ananda Carvalho e a participação dos artistas Ana Paula Lobo, Eduardo Salvino e Marcelo Salum. A exposição discutiu as relações entre a linguagem do vídeo e os elementos físicos e digitais presentes nas obras. Demasiada Presença contou com os artistas Cláudio Bueno, Denise Agassi e Lucas Bambozzi sob a curadoria de Christine Mello. As experiências com net arte, redes, tempo real e virtual são aspectos presentes nos três trabalhos e intensificam a noção e o desejo de presença do indivíduo contemporâneo. Variação foi a exposição curada por Nancy Betts com as artistas Mônique Allain, Mariana Shellard e Paula Garcia. A mostra questionou a representação visual, trazendo diferentes formas e construções da imagem do real.

O debate da primeira mesa aconteceu em torno de temas como: os desdobramentos da pesquisa acadêmica em meios híbridos; os diálogos entre as áreas do saber; a associação entre o pensamento da criação prática e da criação teórica; os meios tecnológicos e a arte.

Mesa 2: o sujeito e o espaço

A segunda mesa foi composta por Cláudio Bueno, artista e mestrando da ECA-USP, Christine Mello com mediação de Denise Agassi. Cláudio apresentou o texto Efeitos Poltergeist na arte e mídia online e Christine apresentou a sua pesquisa intitulada Espaços Móveis.

Em Efeitos Poltergeist na arte e mídia online, Cláudio Bueno aborda seu trabalho Casa Aberta, obra apresentada na exposição Demasiada Presença na Escola São Paulo. No espaço da galeria o espectador via um vídeo-registro em tempo real, da sala da casa do artista onde existia uma tv e através de um aparelho celular podia controlar seu funcionamento, mudar de canal, ligar e desligar. Na obra de Cláudio está imbricada uma intensa pesquisa em torno da rede e das poéticas de transmissão e conexão entre elementos do cotidiano através de interfaces físicas, eletrônicas e digitais. O artista utiliza os conceitos de sedução, abstração, presença e ruído para definir a condição do indivíduo hoje, que sente necessidade ou pelo menos é atraído pela possibilidade de estar conectado a uma rede maior.

O estudo Espaços Móveis de Christine Mello faz parte de sua pesquisa do pós-doutorado chamada Cinemáticas. Nele, a autora observa as mudanças que vêem ocorrendo em relação a nossa concepção de vivência dos espaços. Os espaços móveis são os espaços intensivos que a arte vem trazendo, eles proporcionam uma atuação diferente do corpo inserido dentro da obra, permitem a experiência do coletivo e uma diferente temporalização de espaços múltiplos e simultâneos. Hoje se pode ver artistas que oferecem essas experiências, que estão redimensionando a questão da obra no espaço expositivo através de dispositivos virtuais, físicos e externos.

O debate trouxe a tona a discussão sobre a relação entre sujeito e experiências fora e dentro da obra de arte; sobre transformação ou ativação do espaço pela experiência vivida e da conexão entre público e privado evidenciada por trabalhos como o de Cláudio.

Mesa 3: sobreposições do tempo e do espaço

A Mesa 3 teve a apresentação de Marcelo Salum, com A paisagem na duração: dispositivos do tempo e de Ana Paula Lobo com Esconderijos para o tempo , a mediação foi feita por Christine Mello.

Marcelo Salum, artista formado em Arquitetura e Urbanismo pela FAU-USP, Ana Paula Lobo, artista com formação em Artes Plásticas pela FAAP, apresentaram suas obras, Mitologias Marginais: sítio paciência e Nu descendo a escada respectivamente, que foram expostos na mostra Das Imagens às Coisas na Escola São Paulo no início de 2009. Duas vídeo-instalações que ativam a percepção através de dispositivos externos e residuais e que trazem uma proposta de temporalização diferenciada dos espaços em questão.

Através de um monitor transmitindo imagens de rochas sedimentares e uma densa camada de gordura vegetal espalhada no chão, que derretem ao contato com lâmpadas, Marcelo sugere a idéia de movimento e temporalidade em suspensão. Ana Paula projeta uma imagem, em escala reduzida, de uma mulher nua sobre uma maquete de escada, também em escala reduzida. A imagem posta em movimento faz a mulher descer essa escada em um percurso que não cessa. No trabalho da artista evidencia-se a sobreposição de tempos e lugares e assim como no trabalho de Marcelo, está presente a transformação do espaço físico e do espaço criado.

Mesa 4: entre o ruído, o acaso e a experimentação sonora

A última mesa do primeiro dia de encontro foi composta por Mariana Shellard, artista, mestranda pelo Instituto de Artes da Unicamp, que apresentou a pesquisa A plasticidade da matéria sonora e Paula Garcia que apresentou o texto Peso e leveza: limalha de ferro e campo magnético. A mesa teve a mediação de Lyara Oliveira.

Mariana Shellard expôs na Escola São Paulo o trabalho intitulado Repartitura, uma parceria com Tuti Fornari. Trouxe para esse encontro um texto que define sua pesquisa, onde esse trabalho está imerso. Em Repartitura, sons são gerados a partir de desenhos gestuais criados pela artista. Na pesquisa e produção de Mariana, estão presentes questões plásticas e questões sonoras. Aponta em seu texto referências aos músicos e artistas plásticos de Nova York dos anos 50, que trabalhavam com métodos experimentais de composição e influenciavam suas produções reciprocamente. Essas composições eram abertas e processuais, como exemplo cita John Cage e Morton Feldman. Trazendo para os dias de hoje, fala sobre as tecnologias emergentes e os novos processos de criação, assim como existe o tempo da pintura temos o tempo dos softwares.

Paula Garcia mostrou seus trabalhos Corpo e Ruído1 e 2, vídeo-performances que provocaram a criação do texto Peso e leveza: limalha de ferro e campo magnético. Nos dois trabalhos, Paula utiliza os mesmos materiais, imãs e ferros. Na primeira ação a artista cobria seu rosto com eles e na segunda ação todo seu corpo foi coberto. Essas ações trazem em si conceitos como peso, leveza, corpo indeterminado, tempo suspenso, magnetismo e fazendo referência a Vilem Flusser, Paula propõe as noções de catástrofe e de inesperado a partir dos ruídos causados pelo desmoronamento dos objetos colados em seu corpo. A artista coloca seu corpo como principal suporte material onde seus questionamentos se inscrevem.

O debate girou em torno das semelhanças conceituais entre os dois trabalhos. A crise da estabilidade, a abertura ao acaso, a imprevisibilidade de composição e principalmente a transformação da experiência física através da experimentação sonora que acarreta mudanças na natureza das imagens.

Mesa 5: entre a filosofia e a ciência: arte e interdisciplinaridade

Na mesa 5, já no segundo dia de encontro, tivemos a apresentação da pesquisa Tornar sensível o conceito: reflexão a partir da arte no campo tecnológico de Josy Panão, graduada em Filosofia pelo Centro Universitário São Camilo e Entropia e arte: algumas considerações de Monique Allain, graduada em Artes Plásticas pela FAAP e em Ciências Biológicas pela faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP-RP. A mesa foi mediada por Mariana Shellard.

O trabalho de pesquisa de Josy Panão foi realizado através da observação das exposições organizadas pelo grupo Arte&Meios Tecnológicos na Escola São Paulo. A pesquisadora traz o posicionamento da recepção, de quem vivencia a exposição no espaço físico da galeria, a posição de público, um público de dentro, que acompanhou os processos internos de produção. Em seu texto Josy faz referências a Deleuze e Guattari no livro O que é filosofia?, onde é sugerida a recepção dos trabalhos de arte via conceitos. A partir daí, Josy define conceitos para as exposições e traça sua leitura, esses conceitos são: tempo, presença e movimento. Através dos afectos e perceptos, também advindos de Deleuze e Guattari, a pesquisadora relata sua experiência com cada obra e finaliza dizendo que encara a obra de arte como blocos de sensações que atingem o campo afetivo e o campo material.

Monique Allain aplica o conceito de Entropia em sua pesquisa, um dos assuntos estudados pelo grupo Arte&Meios Tecnológicos nesses três anos de existência. Para ela, a entropia é parâmetro para compreender os rumos da arte contemporânea, pois se a entropia afirma que o universo caminha para o caos, um estudo sobre os rumos da arte é relevante. Monique mostrou seu trabalho Retratos de Ausências, que segundo a artista apresenta questões entrópicas tanto no tema como no procedimento. São fotos de rostos, feitas via Skype, manipuladas pelo computador, posteriormente xerocadas e ao final aplicadas em placas de cobre para a partir dessa matriz gerar uma gravura. A artista encontra aqui um tempo dissolvido, um processo entrópico natural do espaço-tempo.

Os principais questionamentos do debate, estavam em torno de temas como a relação entre arte e ciência, a transformação do espaço através de sons e imagens e sobre o lugar do crítico de arte como receptor das obras, abarcando o conceito pelo sensível.

Mesa 6: experiências artísticas audiovisuais: a narrativa e o banco de dados

Da mesa 6 fizeram parte Lyara Oliveira, artista e mestranda do curso de Artes Visuais da FASM, que apresentou o texto Linguagem narrativa audiovisual: do estabelecimento no cinema à ruptura nas artes plásticas e Eduardo Salvino, artista, mestrando do curso de Comunicação e Semiótica da PUC-SP, que apresentou a pesquisa Paisagem diagonal: o espaço háptico de Gilles Deleuze e Felix Guattari na criação de formatos audiovisuais a partir da interface online, Ananda Carvalho fez a mediação da mesa.

Lyara Oliveira apresenta o início de sua pesquisa do mestrado, que enfoca a narrativa dentro da produção audiovisual, desde seu início, até a produção contemporânea que chega para quebrar com os paradigmas da narrativa tradicional. Lyara apresenta em seu texto um histórico. Passa pela criação do cinema, o surgimento da narrativa, cita importantes cineastas e teóricos como Jacques Aumont, D.W. Griffith, Serguei Eisenstein, Arlindo Machado etc. Ao final desse levantamento, a artista considera que seu foco principal está na produção em audiovisual de artistas brasileiros a partir dos anos 80 e mais especificamente do artista Rafael França por enxergar em seus trabalhos as rupturas que influenciaram a produção contemporânea.

Eduardo Salvino traz em seu texto referências a proposições de Deleuze e Guattari quando sugerem a existência do espaço háptico, aquele espaço que não permite estarmos diante dele e nunca dentro dele, mas sim nele. A partir dessa idéia, o artista propõe a observação de obras de artistas que ao trabalharem com bancos de dados na rede, potencializam esse espaço. Além disso, realizam trabalhos que refletem sobre a interface da internet através de operações poéticas visuais, são eles: Giselle Beiguelman, Lucas Bambozzi, Denise Agassi e Antoni Abad.

No debate, tivemos colocações que evidenciaram a importância das duas pesquisas e de suas complementaridades: enquanto Lyara traz um panorama de gerações passadas, Eduardo apresenta produções atuais e os novos meios.

Mesa 7: a net art, os bancos de dados e o documentar

A última mesa do encontro Arte&Meios Tecnológicos foi composta por Denise Agassi que apresentou seu texto Subindo a Torre Eiffel ou Dans l'ascenseur de la Tour Eiffel e Ananda Carvalho, crítica de arte e curadora, mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, que apresentou sua pesquisa Entre criar e documentar: experiências com bancos de dados. Josy Panão fez a mediação da mesa.

O texto da artista Denise Agassi fala sobre os trabalhos que foram produzidos durante seu período de mestrado (Artes Visuais - FASM), Subindo a Torre Eiffel e Monumento Online, que através de um conjunto de tags direcionam o espectador para imagens geradas em tempo real, feitas por turistas em aparelhos móveis em monumentos como a Torre Eiffel. Os trabalhos, definidos como net art, investigam os espaços físico e virtual, analisam as relações de tempo real e virtual, experiência física e experiência distanciada e apontam questões como a construção da história pelos símbolos e a questão do turista como um personagem imerso num entre tempo e espaço.

Ananda Carvalho traz em sua pesquisa uma análise sobre como o advento das novas tecnologias provocou novas formas de documentação, organização da informação e criação de memória. Através de um breve histórico do audiovisual e da investigação de obras de artistas como Cláudio Bueno, Denise Agassi e Lucas Bambozzi, Ananda reflete sobre a utilização dos bancos de dados. O texto passa por Vertov e seu filme O Homem com uma câmera, onde o filme foi construído na própria ilha de edição e cita o filme Nós que aqui estamos por vós esperamos de Marcelo Massagão, que traz a ilha de edição para dentro de um mesmo computador. Ao final, Ananda apresenta o trabalho de Lucas Bambozzi, O tempo não recuperado, trabalho que acontece enquanto vídeo-instalação ou em uma compilação, dvd. O trabalho é resultado de uma pesquisa por entre imagens de um arquivo pessoal do artista. Através dessas imagens, Bambozzi constrói narrativas não-lineares, em formato interativo e apesar da fragmentação constitui uma memória.

No momento do debate discutiu-se sobre a natureza da net art, a necessidade ou não dos espaços expositivos para esses trabalhos, sobre a questão da efemeridade da documentação e as novas plataformas de se pensar o ato de documentar.

Ao final do encontro, o grupo se reuniu para discutir e planejar as atividades de 2010, os objetos de estudo, as leituras e a organização do livro que reunirá todos os artigos apresentados nesse encontro.

Durante os dois dias acompanhando o IV Encontro Arte&Meios Tecnológicos: debates contemporâneos, pude comprovar a potência da criação no coletivo. Uma reunião de forças que gera troca e produção, no âmbito prático e teórico. A intensa observação dos processos entre, artista, curador, crítico e pesquisador, entre eles mesmos, é o que permite que eles assim sejam.


Colaboração: Ananda Carvalho.


Posted by Cecília Bedê at 3:00 PM