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Como atiçar a brasa

 


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janeiro 27, 2012

Fábio Cimino trabalha - entre charutos e perucas - para deixar a arte mais pop por Marina Vaz, O Estado de S. Paulo

Fábio Cimino trabalha - entre charutos e perucas - para deixar a arte mais pop

Matéria de Marina Vaz originalmente publicada no caderno de cultura do jornal O Estado de S. Paulo em 27 de janeiro de 2012.

Sim. Ele tem peruca, chapéu, óculos, boné, charuto, cachorros e a galeria de arte mais pop da cidade: a Zipper

Depois de pensar por alguns segundos, Fábio Cimino diz, seguro: "Chacrinha". A pergunta, feita ao sócio da Zipper Galeria, era por qual artista ele gostaria de ser retratado. Resposta incomum, por não citar um pintor ou desenhista. E inesperada, por vir de um marchand com 27 anos de experiência.

Coisa de quem não quer que as artes fi quem restritas a um nicho. E de quem também não se restringiu. Há dois anos, trocou uma galeria consolidada (a Brito Cimino) pelo incerto terreno de investir em jovens artistas. Largou uma vaca leiteira, com lucro garantido, pelo prazer de ver uma vaquinha começar a produzir, como definiu seu único filho, Lucas, de 23 anos, que trabalha com ele.

Aos 49 anos, Fábio se reinventou. Cercou-se de uma "molecada" (seus funcionários têm todos menos de 30 anos) para criar uma galeria de artistas jovens, feita por jovens, para jovens compradores. Não quis que ela fosse fria, sisuda. Nem intimidadora. Quis um ambiente com paredes e móveis coloridos, plantas, jardins - "coisas que as pessoas teriam em casa". E, para isso, chamou o arquiteto Marcelo Rosembaum, tão pop quanto é hoje a Zipper. Desde sua inauguração, em setembro de 2010, a Zipper já lançou cerca de 20 artistas, como Estela Sokol, Felipe Morozini e Carolina Ponte. Com obras na faixa dos R$ 10 mil, ela compensa, na quantidade de vendas, seus preços mais acessíveis: chega a vender 50 trabalhos por mês.

Assim como quer que as pessoas tenham uma relação mais próxima com a arte, Fábio também não tem dificuldade de se aproximar delas. E de falar sobre suas histórias, suas limitações, seus sucessos, suas dores. Em seis encontros, desde dezembro, abriu sua casa, sua rotina, sua roda de amigos ao Divirta-se.

Posted by Cecília Bedê at 1:14 PM

janeiro 26, 2012

Si non è vero... por Nina Gazire, Revista Select

Si non è vero...

Matéria de Nina Gazire originalmente publicada na revista Select em 20 de janeiro de 2012.

Dupla de curador e artista ataca novamente com projeto de galeria

Conheça o motivo para a suposta "aposentadoria" do artista Maurizio Cattelan

Desde que anunciou a suposta aposentadoria, em dezembro de 2011, realizando a retrospectiva All, quando pendurou todos os seus trabalhos na rotunda do museu Guggenheim de Nova York, o artista italiano Maurizio Cattelan parece estar envolto em mais um enigma. Depois do autoproclamado e nada convincente anúncio de que encerraria suas atividades artísticas, o que acabou funcionando como ótimo golpe de marketing, há nova dúvida no ar.

O crítico de arte da revista New York Magazine, Jarry Saltz, noticiou que, ao fazer um passeio pelas galerias da 21st Street, em Nova York, descobriu “acidentalmente” que Cattelan - juntamente com o crítico do New Museum, Massimiliano Gioni - estaria abrindo uma galeria naquele mesmo local. Segundo Saltz, antes de descobrir o endereço do misterioso empreendimento, uma espécie de release estaria circulando pela cidade contendo algumas informações sobre a futura empreitada.

A ação de abrir uma nova galeria seria uma espécie de continuação de uma pegadinha curatorial que Cattelan e Gioni empreenderam no início da década passada, em parceria com outro curador, Ali Subotnik, atual curador do Hammer Museum. Intitulado The Wrong Gallery (Galeria Errada), o projeto, que ficou conhecido como “a menor galeria de Nova York”, consistia em um buraco que dava acesso a uma sala de três metros quadrados, localizada na rua West 20th. Até 2005, o trio expôs ali aquilo que Saltz chamou de “exposições relâmpago para dar nó na cabeça”.

Nesse espaço, o artista Adam McEwan posicionou uma placa que dizia “Fuck off, we're closed”, algo que passava despercebido como obra de arte, se é que alguma vez freqüentou essa categoria. Outra obra então exibida foi um retrato contemporâneo do imperador Napoleão, realizado pela pintora Elizabeth Peyton. A galeria se transformou em obra itinerante quando também foi exibida dentro da Tate Modern, com as dimensões de uma cabine telefônica inglesa.

Na porta do endereço que sediará a continuação da Wrong Gallery, dois papéis estão pregados com os dizeres “Family Business”. Pelo visto o negócio da “famiglia Gioni/Cattelan” parece estar ganhando ramificações tão suspeitas quanto as da infame cosa nostra. Só que sem a parte ilícita, claro, mas de dubiedade equivalente. Ela indicaria um retorno triunfal de Cattelan ou, para os mais céticos, demarcaria a falta de graça de uma velha piada contada mil vezes.

Posted by Cecília Bedê at 3:13 PM

Hans Ulrich Obrist faz sua primeira curadoria no Brasil por Juliana Monachesi, Revista Select

Hans Ulrich Obrist faz sua primeira curadoria no Brasil

Matéria de Juliana Monachesi originalmente publicada na revista Select em 18 de janeiro de 2012.

Conheça a lista preliminar de artistas e arquitetos que participam da exposição a partir de novembro

Curador celebridade está em São Paulo entrevistando artistas e preparando projeto para a Casa de Vidro, de Lina Bo Bardi

Depois de entrevistar Waltércio Caldas pela manhã e antes de uma conversa marcada com Augusto de Campos, que ele já entrevistou em 2003 - "Fizemos a entrevista por e-mail, amanhã vou encontrá-lo pessoalmente pela primeira vez, estou muito empolgado" -, o curador suíço Hans Ulrich Obrist concedeu uma entrevista à seLecT na tarde desta terça-feira na Casa de Vidro, no Morumbi, e adiantou uma lista preliminar de artistas e arquitetos que vão integrar a mostra que prepara para ocorrer entre novembro deste ano e março de 2013 no local.

Em meio a uma agenda corrida de atividades como curador (ele dirige atualmente o centro cutural Serpentine Gallery, em Londres), professor e editor (ele é conhecido pelos livros e maratonas de entrevistas, com artistas e criadores em diversas áreas, que organiza mundo afora), Obrist conta que uma constante, ainda que pontual, ao longo de seus 20 anos fazendo curadorias em museus, bienais e outras instituições no mundo inteiro, é a prática pouco convencional de organizar exposições em ambientes domésticos.

Projetada em 1950 pela arquiteta italiana Lina Bo Bardi (1914-1992) para ser sua residência, a Casa de Vidro abriga hoje o Instituto Lina Bo e P.M. Bardi, que se dedica à catalogação da obra de Lina e também funciona como um centro de pesquisa em arquitetura e urbanismo, mas se mantém exatamente como quando o casal era vivo, inclusive com a coleção particular de Lina Bo e Pietro Maria Bardi, de arte popular e pintura italiana.

Há alguns meses e também nos próximos, artistas como Adrian Villar Rojas, Cerith Wyn Evans, Ernesto Neto e Rivane Neuenschwander visitaram ou vão visitar a Casa de Vidro e, naquilo que Obrist denomina um "processo curatorial orgânico", vivenciá-la detidamente, de forma que obras de caráter mais experimental possam surgir neste contexto que contrasta com aqueles em que os artistas comumente atuam.

Conheça abaixo os artistas e arquitetos que integram o projeto, lembrando que nos próximos meses "essa lista ainda vai aumentar bastante", segundo o curador, que está atualmente visitando ateliês e conhecendo a produção das novas gerações de artistas brasileiros.

Em breve, na seLecT, a entrevista com Hans Ulrich Obrist e mais detalhes sobre este que é o primeiro projeto curatorial de Obrist no Brasil.

Adrian Villar Rojas
Nasceu em Rosario, Argentina, 1980. Vive e trabalha em Buenos Aires.

Alexander Calder
Lawton, Pensilvânia, 1898 - Nova York, 1976

Arto Lindsay
Nasceu em Richmond, Virginia, EUA, 1953. Vive e trabalha no Rio de Janeiro.

Cerith Wyn Evans
Nasceu em Llanelli, País de Gales, 1958. Vive e trabalha em Londres.

Cildo Meireles
Nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, 1948. Vive e trabalha no Rio de Janeiro.

Dan Graham
Nasceu em Urbana, Illinois, EUA, 1942. Vive e trabalha em Nova York.

Dominique Gonzalez-Foerster
Nasceu em Estrasburgo, França, 1965. Vive e trabalha em Paris e Rio de Janeiro.

Douglas Gordon
Nasceu em Glasgow, Escócia, 1966. Vive e trabalha em Nova York.

Ernesto Neto
Nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, 1964. Vive e trabalha no Rio de Janeiro.

Gilbert & George
Gilbert nasceu em Dolomites, Itália, 1943; George nasceu em Devon, Inglaterra, 1942. Gilbert & George vivem e trabalham em Londres.

José Celso Martinez Corrêa
Nasceu em Araraquara, São Paulo, 1937. Vive e trabalha em São Paulo.

Juan Araújo
Nasceu em Caracas, Venezuela, 1971. Vive e trabalha em Caracas.

Koo Jeong-a
Nasceu em Seul, Coréia do Sul, 1967. Vive e trabalha em Londres.

Luisa Lambri
Nasceu em Como, Itália, 1969. Vive e trabalha em Milão e Los Angeles.

Norman Foster
Nasceu em Stockport, Reino Unido, 1935. Vive e trabalha em Londres, Inglaterra.

Olafur Eliasson
Nasceu em Copenhague, Dinamarca, 1967. Vive e trabalha em Berlim.

Paulo Mendes da Rocha
Nasceu em Vitória, Brasil, 1928. Vive e trabalha em São Paulo.

Pedro Reyes
Nasceu na Cidade do México, 1972. Vive e trabalha na Cidade do México.

Philippe Parreno
Nasceu em Oran, Algeria, 1964. Vive e trabalha em Paris.

Rem Koolhaas
Nasceu em Roterdã, Holanda, 1944. Vive e trabalha baseado em Roterdã

Renata Lucas
Nasceu em Ribeirão Preto, Brasil, 1971. Vive e trabalha em São Paulo e Rio de Janeiro.

Rivane Neuenschwander
Nasceu em Belo Horizonte, Brasil, 1967. Vive em Belo Horizonte.

SANAA
Kazuyo Sejima nasceu em Ibaraki, Japão, 1956. Ryue Nishizawa nasceu em Kanagawa, Japão, 1966. Os dois fundaram o estúdio de arquitetura SANAA, em Tóquio, em 1995.

Sarah Morris
Nasceu em Londres, Inglaterra, 1967. Vive e trabalha em Londres e Nova York.

Tamar Guimarães
Nasceu em Viçosa, Brasil, 1967. Vive e trabalha em Copenhague, Dinamarca, e Rio de Janeiro.

Waltercio Caldas
Nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, 1946. Vive e trabalha no Rio de Janeiro


Posted by Cecília Bedê at 2:48 PM

Mostras frisam pluralidade do acervo do MAC por Fabio Cypriano, Folha de S. Paulo

Mostras frisam pluralidade do acervo do MAC

Matéria de Fabio Cypriano originalmente publicada na Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo em 25 de janeiro de 2012.

"Modernismos no Brasil" e "MAC em Obras" mostram bastidores do museu e revelam funções além da exposição

Duas mostras em cartaz no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP), em sua sede no parque Ibirapuera, são um bom sinal do que pode ocorrer com a ocupação do novo prédio, o antigo Detran, a apenas algumas dezenas de metros do atual espaço.

O convênio de cessão do novo local, concedido pelo Governo do Estado, deve ser assinado no próximo sábado.

"Modernismos no Brasil" e "MAC em Obras" abordam o acervo do museu de formas distintas, mas complementares.

Em "Modernismos", com curadoria de Tadeu Chiarelli, diretor da instituição e responsável pela transferência para a nova sede, busca-se relativizar o papel de Anita Malfatti (1889-1964) e da cidade de São Paulo, por conta da Semana de 22, como foco da produção moderna brasileira -tese que já vem sendo contestada há certo tempo.

O importante na mostra é aproximar 150 obras-primas da coleção, tanto nacionais como estrangeiras, questionando também o caráter derivativo da produção brasileira, ou seja, que o que aqui se realizou até os anos 1950 seria mera cópia do modernismo europeu.

Ao colocar, por exemplo, lado a lado, obra de artistas como Geraldo de Barros (1923-88), Lasar Segall (1891-1957) e Paul Klee (1879-1940), o curador aponta não apenas as influências que importam, mas como as relações que se criam entre elas podem geram novas narrativas.

Já "MAC em Obras" observa o acervo da instituição a partir das dificuldades e desafios de conservação da produção contemporânea.

Durante a exposição, 19 objetos e instalações podem ser vistos em seu processo de documentação, conservação e restauro, em obras de Alex Vallauri (1949-87) e León Ferrari, entre outros.

Com "Aparelho Cinecromático" (1956), de Abraham Palatnik, por exemplo, é exibido um laudo que relata os problemas de conservação, como a inexistência de lâmpadas iguais às utilizadas inicialmente pelo artista, o que dificulta, hoje, alcançar-se o efeito original. Também é apresentado o conjunto de intervenções realizadas para a conservação da obra.

Dessa forma, o MAC expõe seus bastidores, revelando que exibir é apenas uma das funções do museu, mas preservar e conservar, frente às mudanças tecnológicas e dos materiais artísticos, é também missão fundamental.

Posted by Cecília Bedê at 1:45 PM

janeiro 23, 2012

Masp vai lançar prêmio de R$ 200 mil para arte visual por Silas Martí, Folha de S. Paulo

Masp vai lançar prêmio de R$ 200 mil para arte visual

Matéria de Silas Martí originalmente publicada na Ilustrada da Folha de S. Paulo em 21 de janeiro de 2012.

Valor é o maior pago no país na categoria e ultrapassa valor concedido por premiação de prestígio da Inglaterra

Museu deve anunciar o vencedor em dezembro; são elegíveis, entre outros, vídeo, pintura e intervenções urbanas

Um novo prêmio na área das artes visuais será instituído neste ano pelo Masp (Museu de Arte de São Paulo) e vai destinar R$ 200 mil a um artista contemporâneo cuja obra tenha se destacado no ano anterior.

Esse é o maior valor de um prêmio da categoria no país e um dos maiores do mundo, levando em conta que o Marcantonio Vilaça, a mais tradicional premiação brasileira, distribui R$ 30 mil a cada um dos cinco vencedores num ano, e o Pipa dá R$ 100 mil a um ganhador único.

No exterior, o prêmio britânico Turner reserva 25 mil libras, cerca de R$ 68 mil, ao vencedor, enquanto o espanhol Velázquez, um dos mais generosos, destina 120 mil euros, cerca de R$ 272 mil, a um único vencedor anual.

"Esse é um valor considerável para a situação de hoje", diz o curador do Masp, Teixeira Coelho, à Folha. "Está à altura do papel que a arte contemporânea hoje ocupa no mundo e no país."

Patrocinado pela Mercedes-Benz, com recursos incentivados, o prêmio do Masp deve anunciar seu vencedor em dezembro deste ano. Antes, três finalistas farão exposições no museu, em novembro, para mostrar ao público uma parte de suas obras.

Esses três finalistas serão escolhidos em maio por um grupo de cinco jurados.

Integram o júri José Roca, curador de arte latino-americana da Tate Modern, em Londres, Teixeira Coelho, curador do Masp, Chris Dercon, também curador da Tate, e os curadores independentes brasileiros Paulo Herkenhoff e Aracy Amaral.

Cada jurado será convidado a indicar dez nomes para uma lista com um total de 50 artistas. Desses, serão selecionados os três finalistas.

Eles serão avaliados por sua produção recente. Nesta primeira edição do prêmio, podem ser consideradas inclusive obras feitas ainda na segunda metade de 2010.

São elegíveis todos os tipos de manifestação artística contemporânea, incluindo vídeos, performances, intervenções urbanas e suportes mais tradicionais, como pintura, desenho e escultura.

"Esse prêmio tem a proposta imediata de ressaltar o valor de uma determinada obra ou de determinado artista", diz Coelho. "Também contribui para o sistema como um todo, tornando a arte um assunto de maior interesse para o público e para museus."

Coelho também espera que o novo prêmio sirva para retomar uma tradição nas artes visuais no país, como fazia a Bienal de São Paulo.

"A Bienal cometeu um erro quando parou de premiar os artistas", afirma Coelho. "Isso tem o mérito de incrementar a dinâmica artística de um determinado momento. O mundo reconhece que prêmios são importantes."

Posted by Cecília Bedê at 11:22 AM

A psicogeografia do caminhar por Nina Gazire, Istoé

A psicogeografia do caminhar

Matéria de Nina Gazire originalmente publicada no caderno de artes visuais da Istoé em 20 de janeiro de 2012.

FÁBIO TREMONTE E LAIS MYRRHA - NÃO MAIS IMPOSSÍVEL/ Centro Cultural Banco do Nordeste, Fortaleza/ até 12/2

O termo psicogeografia foi definido pelo pensador francês Guy Debord, em 1955, para tratar dos efeitos que o ambiente geográfico opera sobre as emoções e o comportamento dos indivíduos. Inúmeros grupos de psicogeógrafos, compostos por artistas, filósofos e interessados, foram formados em meados das décadas de 1950 e 1960. Suas atividades consistiam em flanar pelas cidades fazendo anotações e desenhos e em recolher materiais que estimulassem os processos poéticos guardados no inconsciente.

A exposição “Não Mais Impossível” reúne trabalhos dos artistas Fábio Tremonte e Lais Myrrha que fazem referência indireta à psicogeografia de Debord. Com curadoria de Cecília Bedê, a exposição conta com oito obras que têm como fio condutor as visões e expe­riências pessoais dos artistas no ambiente urbano.

Mais que registros das paisagens, o que os artistas pretendem com as obras é mostrar “as marcas e temporalidades da cidade”. Exemplo é o vídeo “Redflag (Walking)” (“Bandeira vermelha – caminhando”), de Fábio Tremonte (foto). Nele, o artista caminha carregando uma bandeira vermelha, atravessando visões fragmentadas dos lugares por onde passou. A bandeira, símbolo usado para a marcação ou conquista de um território, ganha uma significação diversa de sua função original, ao atravessar diferentes espaços, sem fronteiras perceptíveis. Já na série fotográfica “Uma Biblioteca para Dibutade”, de Lais Myrrha, imagens de uma biblioteca abandonada mostram as marcas das estantes e dos livros que um dia ocuparam aquelas paredes. Aqui outro símbolo é modificado: antes depósito do saber, local onde se buscava o conhecimento, o edifício hoje apenas guarda a ausência da memória de um passado.

Observar esses vestígios que assinalam a passagem do tempo é herança do poeta Charles Baudelaire e de seu vagar sem destino pelas ruas da Paris do século XIX e é algo com o que a arte e o homem lidam desde o início dos tempos.

Posted by Cecília Bedê at 11:13 AM

Na velocidade da luz por Paula Alzugaray, Istoé

Na velocidade da luz

Matéria de Paula Alzugaray originalmente publicada no caderno de Artes Visuais da Istoé em 20 de janeiro de 2012.

Em clima de festa, CCBB programa mostra noturna para comemorar aniversário de São Paulo

Se Nova York teve sua cachoeira despencando da Ponte do Brooklyn, em obra espetacular de Olafur Eliasson (“NYC Waterfalls”, 2008), São Paulo terá um córrego de luz percorrendo o Vale do Anhangabaú e o Viaduto do Chá, como parte das comemorações do aniversário da cidade. “Cachoeira”, do designer e videoartista paulistano Felipe Sztutman, irá projetar raios eletroluminescentes sobre o antigo leito do Córrego das Almas, que um dia fluiu pelo vale central da cidade. Esse caminho de luz é o ápice do roteiro programado pela mostra “Urbe”, que orquestrará cinco instalações de arte pública nos arredores do Centro Cultural Banco do Brasil.

Quatro das cinco obras têm a luz como matéria. A única delas feita com materialidade preponderante é o “Templo Geodésico Criptométrico”, estrutura arquitetônica penetrável, de formato geométrico, realizada pelo coletivo argentino DOMA. “O templo funcionará como um mirante da exposição”, explica o curador Felipe Brait. De lá, o curador pretende que o espectador tenha visões privilegiadas da “Cachoeira” no Anhangabaú e da projeção generativa de videomapping que o coletivo alemão UrbanScreen produzirá sobre a fachada do edifício da Prefeitura de São Paulo. Mas como o mirante terá ocupação limitada de pessoas, o que importa é que todas as obras poderão ser experimentadas livremente por qualquer transeunte que passeie pelo centro da cidade das 20h às 22h entre dias 25 e 29 de janeiro.

Quem quiser viver a experiência como um roteiro expositivo deverá começar o trajeto na esquina na rua da Quitanda com a rua Álvares Penteado, endereço do CCBB. Na fachada do prédio, a “pichação em neon”, do coletivo paulistano GOMA, é o emblema da vocação “extrovertida” do projeto “Urbe”. “Sempre foi nosso desejo extravasar os limites da instituição e é parte de nossa política contaminar esse entorno”, diz Marcos Mantoan, gerente do CCBB. “Até o morador de rua é público-alvo de projetos de arte pública”, afirma Brait. O roteiro segue pela projeção de videomapping no chão da rua da Quitanda, conduzindo o visitante pela arquitetura efêmera produzida pelo software criado pelo coletivo ZoomB até o Vale do Anhangabaú.

Ao escalar uma turma multidisciplinar de VJs, arquitetos, artistas, designers, engenheiros, programadores e músicos, o CCBB comemora São Paulo em clima de festa. A abertura, no dia 25, pode virar balada, com sets do The Rapture e live cinema. Só que não é virada cultural e tem hora para acabar.

Posted by Cecília Bedê at 11:00 AM

janeiro 22, 2012

Carta aberta a Sergio Mamberti: Recursos suspensos impedem a conclusão de projetos selecionados no Programa Cultura e Pensamento por Roberto Moreira Junior (Traplev)

Carta aberta a Sergio Mamberti: Recursos suspensos impedem a conclusão de projetos selecionados no Programa Cultura e Pensamento

Das seis edições previstas em edital para as revistas selecionadas apenas a metade foi produzida, impressa e distribuída. Ainda não há previsão por parte do Ministério da Cultura para a conclusão dos projetos.

O Programa Cultura e Pensamento é um edital da Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura para a seleção de projetos de seminários e revistas culturais. O programa está em sua terceira edição (2009-2010), tendo sido planejada na gestão de Juca Ferreira e produzida pela Associação Amigos da Casa de Rui Barbosa, com o apoio da lei de incentivo fiscal Lei Rouanet e patrocínio da Petrobras.

O edital, no valor de R$ 88.800,00 (pagos em sete parcelas), prevê a produção de 6 edições de cada revista selecionada a serem lançadas de dois em dois meses. A impressão e a distribuição gratuita de 10 mil exemplares de cada revista são realizadas pela produção do programa.

Na terceira edição o programa selecionou as revistas Babel, Índio, Piseagrama e Recibo cujos contratos foram assinados entre agosto e setembro de 2010. A primeira edição das revistas foi produzida entre outubro e dezembro de 2010 e sua distribuição ocorreu somente em fevereiro-março de 2011.

O contrato entre a Associação Amigos da Casa de Rui Barbosa (proponente e produtora do programa) e as quatro revistas previa a entrega dos arquivos PDF fechados para impressão a cada dois meses, com o recebimento automático da parcela seguinte.

A quarta edição das revistas selecionadas teve seus arquivos PDF entregues em outubro de 2011, quando foi comunicado que o repasse de recursos havia sido interrompido e desde então as mesmas se encontram paradas na gráfica. A quinta parcela, que deveria ter sido paga com a entrega dos arquivos, até agora não foi paga. Com isto, ficaram pendentes a impressão e distribuição da quarta edição, assim como a produção de mais duas edições das revistas Babel, Índio, Piseagrama e Recibo, para que se cumpra o que foi estipulado em contrato.

Em dezembro passado, a Associação dos Amigos da Casa de Rui Barbosa, juntamente com o coordenador do programa Sergio Cohn e os gerentes de patrocínio da Petrobras, informou aos editores das revistas selecionadas que os problemas com documentações haviam sido sanados e que faltava apenas a publicação no Diário Oficial da União, para dar prosseguimento aos projetos interrompidos. Mas infelizmente a situação registrada no SalicWeb (site de acompanhamento de projetos do MinC) sobre os projetos continua mostrando “Expirado o prazo de captação parcial”...

Esperamos que esta situação de paralisação, que compromete o desenvolvimento das publicações selecionadas, seja revertida com a maior urgência.

Roberto Moreira Junior (Traplev), editor de Recibo

Em tempo: o blog do Programa Cultura e Pensamento está desatualizado. Resta saber se os pontos de distribuição, que constam na listagem do MinC, ainda estão recebendo exemplares das revistas ou se também estão em suspenso.

Posted by Patricia Canetti at 7:20 PM | Comentários (1)