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Como atiçar a brasa

 


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julho 16, 2010

Prêmio Pipa de artes plásticas anuncia finalistas por Suzana Velasco, O Globo

Matéria de Suzana Velasco originalmente publicada no caderono Cultura do jornal O Globo 15 de julho de 2010.

Os artistas Cinthia Marcelle, Renata Lucas, Marcelo Moscheta e Marcius Galan foram anunciados como os finalistas do primeiro Prêmio Pipa, criado numa parceria da empresa Investidor Profissional com o Museu de Arte Moderna do Rio (MAM). Os quatro vão concorrer a um prêmio de R$ 100 mil, dos quais R$ 25 mil serão destinados a uma residência artística na instituição Gasworth, em Londres. A escolha será de um júri de cinco nomes, ainda não definidos. Os artistas também vão disputar um prêmio de R$ 20 mil, numa escolha do público que visitar o MAM, onde os quatro farão uma exposição, de 25 de setembro a 14 de novembro.

Os finalistas têm entre 33 e 38 anos, e trabalham com meios variados, num retrato da diversidade da arte contemporânea. Da primeira exposição numa galeria independente, em 2001, a paulista de Ribeirão Preto Renata Lucas já participou da Bienal de São Paulo de 2006 e da Bienal de Veneza de 2009, e fez uma intervenção na Tate Modern, em Londres. Seu trabalho tem um forte vínculo com a arquitetura e o espaço urbano, e ela agora faz uma residência em Estocolmo. A metade feminina dos finalistas se completa com Cinthia Marcelle, que também já participou de exposições e residências no exterior. Sua obra explora de forma poética uma série de meios, como o vídeo, a instalação e a fotografia. A artista mineira acha que contou com um tanto de sorte.

- É uma responsabilidade, de certa forma estamos representando uma geração de artistas. No MAM, meu interesse é conseguir criar uma mostra que fale um pouco de qual é meu universo - diz Cinthia.

Renata, Cinthia e outro finalista, Marcius Galan, participaram da mostra "Nova arte nova", no Centro Cultural Banco do Brasil, em 2008, e ambos estarão na Bienal de São Paulo deste ano. Galan, que nasceu em Indianópolis, nos Estados Unidos, e mora em São Paulo, trabalha com esculturas, instalações e desenhos. Já Marcelo Moscheta tem mestrado em gravura, mas também usa desenhos, fotografias e objetos para tratar da paisagem e sua relação com o homem.

- Recebi a notícia com empolgação e nervosismo. A ficha demora a cair - diz Moscheta, que nasceu em São José do Rio Preto e mora em Campinas. - Gostaria de criar um ou dois trabalhos especialmente para a exposição no MAM e fazer uma conversa com obras anteriores.

Os finalistas foram os mais indicados por um júri de 32 pessoas, entre artistas, curadores, críticos de arte, colecionadores e galeristas. Todos tiveram liberdade para indicar qualquer artista que considerassem promissor, sem limite de idade. A lista final foi composta de 101 nomes. O vencedor será anunciado numa cerimônia no MAM, no dia 28 de outubro.

Posted by Fábio Tremonte at 5:02 PM

julho 14, 2010

Da luz ao verbo por Nina Gazire, Istoé

Matéria de Nina Gazire originalmente publicada na Istoé em 14 de julho de 2010.

Quando projetou a palavra luz pela primeira vez, na clarabóia do MAC USP, em 2000, Regina Silveira resolveu assumir em um gesto metalinguístico uma série de reflexões sobre seu principal material de trabalho: a luz e a sombra. Seu gesto foi também tautológico porque, desde então, mesmo com diferentes releituras e nomes, suas intervenções luminosas projetaram a palavra luz de diferentes maneiras. Essas projeções correram o mundo e foram realizadas em lugares como São Paulo, Bogotá e Nova Délhi. Mas a repetição aqui não dá espaço a exaustão ou redundância. Repensar a luz e sua ausência, a sombra, é um ato incubador de possibilidades estéticas infinitas e é isso o que Regina faz em “Glossário”, obra inédita que inaugura o espaço cultural do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, em São Paulo.

Parte de um projeto de exposições, com curadoria de Paula Amaral e Rejane Cintrão, e que posteriormente terá os trabalhos de Sonia Guggisberg e de Sandra Cinto, Regina ocupa o espaço proposto, assumindo a luz e a palavra como elementos centrais. Essa instalação site specific é realizada a partir do revestimento dos vidros da área de convivência do hospital com adesivos translúcidos em diferentes tons de azul, com a palavra ‘luz’ vazada e escrita em diferentes tipologias. Ao invés de usar a luz artificial em ambientes noturnos ou escuros como costuma fazer, a artista utiliza aqui a luz do sol, que se projeta através dos adesivos. “Glossário é como um vitral, onde trabalho com uma possibilidade diáfana da luz adequada ao ambiente, ao mesmo tempo em que proponho a polaridade entre luz e sombra como forma de poesia visual”, comenta Regina, que também declarou ser a obra uma espécie de resumo da série surgida em 2000. Porém, “Glossário” não será o último trabalho da artista a trabalhar a palavra luz. “O epílogo da série é uma surpresa em grande escala que ainda está em desenvolvimento e só deve acontecer no ano que vem”, finaliza.

Posted by Fábio Tremonte at 4:55 PM

MAM-SP comemora 62 anos amanhã com entrada grátis, Estadão.com.br

Matéria originalmente publicada na seção Cultura do Estadão.com.br em 14 de julho de 2010.

Fundado em 15 de julho de 1948 por Ciccillo Matarazzo, o Museu de Arte Moderna de São Paulo comemora amanhã seu 62º aniversário com entrada gratuita. O público poderá visitar as duas exposições em cartaz - "Ecológica" e "Dez anos do Clube de Colecionadores de Fotografia".

Com curadoria de Felipe Chaimovich e obras de Gabriela Albergaria, Haruka Kojin, Nelson Leirner, Paulo Bruscky e Rivane Neuenschwander, a mostra "Ecológica" promove uma crítica à sociedade de consumo mostrando como a ideia de ecologia em moda atualmente pasteuriza a natureza de fato.

Na Sala Paulo Figueiredo, a exposição "Dez anos do Clube de Colecionadores de Fotografia", com curadoria de Eder Chiodetto, evidencia linhas de pesquisa da fotografia nacional em 55 imagens. A iniciativa traça um panorama da produção brasileira desde os pioneiros, como Thomaz Farkas e German Lorca, até os mais recentes, caso de Bárbara Wagner e Edu Marin.

Posted by Fábio Tremonte at 4:47 PM

Scanner abre hoje mostra de arte eletrônica em SP, Estadão.com.br

Matéria originalmente publicada na seção Cultura do Estadão.com.br em 14 de julho de 2010.

De hoje até domingo, cinco artistas dos Estados Unidos, Inglaterra, França e Brasil irão fazer performances dentro do Itaú Cultural, em São Paulo, na sexta edição mostra On_Off. Serão vários formatos, dentre eles live image, video-dança, paisagens sonoras e projetores de película. Os principais destaques, segundo o curador Renato Cruz, serão o inglês Robin Ribaud, conhecido como Scanner, a exibição de filmes do americano Charles Atlas e a performance dos amigos mineiros Leandro Araújo e Daniel Nunes, do projeto Lise + L_ar. "O evento traz para o Itaú Cultural performances feitas ao vivo, misturando elementos de VJ, cinema e música eletrônica, tendo como contexto sempre a concepção artística", diz o curador.

A mostra abre hoje, às 20h, com a apresentação de Scanner. Ele exibirá a peça "Borders, Unto The Edges", que numa tradução livre significa "Fronteiras, até as margens". O espetáculo consiste em o artista manipular um equipamento produzindo uma paisagem sonora, projetando linhas e barras de luz mescladas com batidas eletrônicas. "São imagens emocionais, com muito ritmo. O espectador não percebe, mas as linhas projetadas foram retiradas de frames de filmes de Hollywood", explica o artista. Ontem, ele fez a abertura do evento apenas para convidados. Nessa apresentação, usou sons captados nas ruas de Roma e Nova York, misturando com trechos de diálogos dos filmes de Antonioni. "Cada cidade tem seu som. A buzina do táxi de Nova York não é a mesma em Londres", completa.

A participação brasileira ficará a cargo da dupla Leandro Araújo e Daniel Nunes, amanhã, às 20h. Na obra Reações Visuais, Leandro desenvolveu um software que interpretará os sons criados por Daniel e projetará imagens aleatórias. "Terá sons que gravei nas cidades por onde passei, inclusive a Avenida Paulista", destaca ele. "As imagens serão geradas por computador a partir de formas geométricas pré estabelecidas por mim no software".

Amanhã, também será realizada a Mostra Charles Atlas, que exibirá quatro curta-metragens de vídeo-dança do artista, a partir das 18h. Os filmes exibidos serão "Secret Of The Waterfall", "From An Island Summer", "Jump" e "Ex-Romance". No sábado, o próprio Atlas apresentará uma performance inédita, em parceria com o músico e compositor William Basinski.

Posted by Fábio Tremonte at 4:36 PM

julho 13, 2010

Artista plástico José Bechara revê carreira em livro e mostra por Luiz Fernando Vianna, Folha de S. Paulo

Matéria de Luiz Fernando Vianna originalmente publicada na Ilustrada da Folha de S. Paulo em 13 de julho de 2010.

Publicação lançada esta semana reúne desenhos do carioca

Além de mostrar um lado pouco conhecido do artista, o lançamento do livro "Desenhos: Como Piscada de Vaga-lume" flagra o carioca José Bechara, 53, num momento de, como diz, "colisão" de tudo o que produziu em duas décadas de carreira.

"Não introduzo uma experiência no meu trabalho apagando a anterior. Elas se somam. Uma abre fissuras para outras", diz ele, que lançou o livro em Lisboa no mês passado e faz o mesmo na Livraria da Travessa, no Rio, na próxima quinta-feira.

Seu foco hoje é "Fendas", exposição que fará em novembro no Museu de Arte Moderna do Rio. Em 3.000 m2, ele mostrará pinturas, esculturas e desenhos em diversos suportes, tamanhos e estilos, sendo 90% inéditos.

Não é, portanto, uma retrospectiva, mas serve como um grande panorama. A reunião de desenhos está afinada com essa fase. Depois da incursão pelas esculturas monumentais com "A Casa" -iniciada em 2002 e exposta em 2004-, Bechara reduziu a escala para poder prosseguir no segmento.

Daí veio a ideia das esculturas gráficas, peças pintadas que parecem desenhos tridimensionais. Em seguida, surgiu o desejo de organizar num volume todos os desenhos, inclusive os livres, com traços sinuosos e figurativos.

"Eu sinto necessidade de amolecer a linha, que é sempre reta no meu trabalho, ainda que seja uma geometria hesitante", explica ele, que em setembro também exporá em São Paulo, na galeria Marilia Razuk.

Posted by Fábio Tremonte at 1:22 PM

Durham aceita vir a SP depois de boicotar a Bienal em 2006 por Silas Martí, Folha de S. Paulo

Matéria de Silas Martí originalmente publicada na Ilustrada da Folha de S. Paulo em 13 de julho de 2010.

Jimmie Durham mudou de ideia. Ele se recusou a participar da Bienal de São Paulo em 2006 e boicotou a mostra em carta pública, assunto que detonou um dos grandes debates antes do evento.

Disse à época que no Brasil havia "uma situação intolerável no século 21". "Na lei brasileira, índios não são tratados como seres humanos", afirmou em discurso no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre.

"Estou aqui para dizer que precisam mudar."

Chegou a comparar a realização da Bienal de São Paulo ao absurdo de se fazer uma mostra do tipo em Johannesburgo na era do apartheid.

Sem ter certeza de nenhum avanço concreto, Durham agora disse sim. "As coisas estão mudando na América do Sul", diz Durham. "Não sei se isso será positivo no final, mas me parece que muito já começou a mudar."

Faz parte de uma mudança de postura. No lugar do silêncio, Durham agora quer uma vitrine para expor suas ideias, dizendo sentir "mais vontade de participar do que vontade de não participar".

"Não é que os índios no Brasil sejam mais maltratados do que em outros lugares", admite. "Mas vi que isso é um assunto chato e que eu não sou um artista bom o suficiente para fazer arte boa a partir dessa situação."

Agora Durham quer ser subversivo. Segundo ele, tão subversivo quanto o escritor Jean Genet e artistas melhores do que ele, como Goya e os pintores flamengos.

Posted by Fábio Tremonte at 1:18 PM

Casal de artistas faz defesa dos índios por Silas Martí, Folha de S. Paulo

Matéria de Silas Martí originalmente publicada na Ilustrada da Folha de S. Paulo em 13 de julho de 2010.

Jimmie Durham e Maria Thereza Alves misturam militância e discurso estético em suas obras para a Bienal

Americano ironiza a colonização, buscando artefatos da elite de SP, e brasileira vai traduzir dicionário dos krenak

Listados numa única página, os atos políticos de Jimmie Durham e Maria Thereza Alves talvez ocupassem mais espaço do que o número de obras e mostras que fizeram.

Engrossam as linhas anos de trabalho representando tribos indígenas nas Nações Unidas, armando congressos, passeatas e manifestos.

Ele é índio cherokee norte-americano radicado na Europa desde os anos 90. Ela é brasileira, casada com ele. São artistas que mantiveram o ativismo político no centro de seus trabalhos sem cair num panfletarismo forçado.

Também fizeram do próprio casamento uma espécie de união em defesa de populações dizimadas, línguas e costumes em extinção.

Juntos, com trabalhos diferentes, Durham e Alves estão escalados para a Bienal de São Paulo, em setembro.

Enquanto ela faz um dicionário da língua dos krenak, tribo quase extinta, ele vai encarnar um antropólogo, analisando a elite paulistana e juntando seus artefatos de valor para expor em vitrines.

É uma espécie de inversão contemporânea das expedições dos grandes navegadores, que davam quinquilharias em troca de ouro.

No caso dela, a única tradução do krenak para um idioma ocidental era para o alemão, feito no século 19 por um farmacêutico. Reduzidos a cerca de 500, a tribo agora terá o primeiro registro de sua língua em português.

De certa forma, a obra desses artistas traduz para o campo estético séculos de exploração, mas com humor no lugar da retórica política.

Espião em Nova York
Durham conheceu a mulher nos anos 70 em Nova York. Depois dos conflitos de Wounded Knee, em que policiais cercaram a reserva de Pine Ridge, na Dakota do Sul, o artista virou representante dos índios na ONU.

Foi quando Alves ofereceu sua ajuda. "Pensei que ela fosse uma espiã, então disse que não queríamos nada", lembra Durham. "Mas acabei indo atrás dela na rua e estamos juntos desde então."

Na época, Alves fazia lobby nos Estados Unidos contra o tratamento que o governo brasileiro dava aos índios. De volta ao país, ela trocou o PT (Partido dos Trabalhadores) para ser uma das fundadoras do Partido Verde e esteve nos debates em torno da Constituição de 1988.

Passada a era da política mais forte do que a arte, deram um tempo na militância.

"Antes não achava que minha obra de artista pudesse alcançar resultados", diz Alves. "Agora acredito que esse trabalho acaba provocando mais mudanças positivas."

Deslocaram a subversão da política para a arte. "Ativismo e arte andam juntos, mas não vou pregar para as pessoas", resume Durham. "Este é um momento belo para a arte: pode ser tudo que o artista for capaz de fazer."

Posted by Fábio Tremonte at 1:13 PM

julho 12, 2010

Recortes do século por Júlia Lopes, O Povo

Matéria de Júlia Lopes originalmente publicada no caderno Vida&Arte do jornal O Povo em 12 de julho de 2010.

Trazendo obras de diversos artistas conceituados do século XX, a exposição De Picasso a Gary Hill tem início hoje no Museu de Arte Contemporânea do Dragão.

Num dos endereços mais importantes para as artes visuais na cidade, aportam obras de artistas midiáticos, como Picasso, Henri Matisse, Salvador Dali e Paul Klee, e de outros nem tão conhecidos assim do grande público, como José Sanleón, Magdalena Abakanowicz e Bruce Nauman. Com 13 dias de atraso (a exposição foi inicialmente anunciada para dia 30 de junho) abre hoje, às 20 horas, a mostra De Picasso a Gary Hill, no Museu de Arte Contemporânea do Centro Dragão do Mar. Ao todo são 33 artistas, três deles cearenses. A exposição conta com curadoria de José Guedes e Roberto Galvão.

“O contato com as obras que estão na exposição se deu ao longo de muitos anos. São obras e artistas relevantes, que indiscutivelmente fazem parte do repertório dos curadores”, conta Guedes sobre o processo curatorial. Entre pinturas, desenhos, esculturas, gravuras, vídeos e instalações, as 112 obras procuram ser um apurado geral do que consistiu o projeto moderno e como ele caminhou para a dita arte contemporânea. “Eu diria que o público vai se deparar com obras relevantes, de artistas relevantes”, continua o curador.

A maior parte dessas peças veio do Instituto Valenciano de Arte Moderna (Ivam), dirigido por Consuelo Císcar – que estará na vernissage para convidados hoje. Guedes havia conhecido Consuelo anteriormente, quando a exposição começava a ser formatada, em janeiro deste ano. Na ocasião, ele abria uma individual, e solicitou à diretora “o empréstimo de algumas obras no que fui prontamente atendido. Importante que se diga que o Ivam não cobrou nada”. Por isso o custo de toda a mostra ficou em R$ 440 mil, oriundos do Governo – que não mudaram em virtude do atraso.

Posted by Fábio Tremonte at 4:40 PM

Tecnologia que cria autonomia por Nina Gazire, Istoé

Matéria de Nina Gazire originalmente publicada na Istoé em 12 de julho de 2010.

“Ear on arm”, uma orelha artificial implantada no braço, feita de cartilagem humana, é o mais recente e polêmico trabalho do artista greco-australiano Sterlac, que leva às últimas consequências a interação entre organismo, máquina e arte. Como um profeta tecnocrático, ele chegou a pregar a obsolescência do corpo humano em razão de suas possibilidades de fusão com a robótica e a engenharia genética. O artista está no Brasil pela segunda vez (a primeira foi durante a 18ª Bienal de São Paulo), para participar do Emoção Art.ficial 5.0 - Bienal Internacional de Arte e Tecnologia, organizada pelo Itaulab. Sterlac apresenta a instalação “Prosthetic Head” (foto), uma projeção em larga escala da cabeça do artista que conversa com o público por meio de um software de inteligência artificial. No sábado 3, ele participa de um debate sobre arte e cibernética.

Com o título “Autonomia Cibernética”, a Bienal apresenta 11 trabalhos de artistas alemães, australianos, americanos, canadenses e portugueses e também obras inéditas de brasileiros que orientam seus trabalhos para as conexões entre arte, cibernética e interfaces tecnológicas. Um exemplo é o grupo Poéticas Digitais, fundado por Gilbertto Prado e Silvia Laurentiz, em 2002, que desenvolve projetos experimentais sobre o impacto das novas tecnologias no campo das artes. “Amoreiras”, sua obra mais recente, desperta a curiosidade dos transeuntes da avenida Paulista e expande as possibilidades interdisciplinares entre arte e ecologia. Trata-se de cinco amoreiras reais, dispostas em frente à sede do Itaú Cultural, que ‘‘aprendem’’, por meio de um dispositivo de medição de poluição sonora, a vibrar quando captam um ruído. “Ao chacoalharem, as árvores estão se defendendo da poluição que é depositada em suas folhas e caules, dando a ideia de autonomia que está dentro do tema proposto pela exposição”, afirma Gilbertto Prado. O projeto tem o objetivo de aumentar as chances de sobrevivência das árvores, agora capazes de produzir alertas em possíveis situações de risco.

Posted by Fábio Tremonte at 3:19 PM

Arroz, feijão e açafrão por Paula Alzugaray, Istoé

Matéria de Paula Alzugaray originalmente publicada na Istoé em 12 de julho de 2010.

Incensados pela imprensa internacional como expoentes da arte brasileira, Rivane Neuenschwander e Ernesto Neto inauguram individuais em Nova York e Londres,

Inspirada no filme homônimo de Francis Ford Coppola, a obra “The Conversation” foi realizada por Rivane Neuens­chwander especialmente para a exposição individual que ocupa todo o New Museum, em Nova York. No longa-metragem de 1974, o protagonista – um detetive especialista em gravações sonoras interpretado por Gene Hackman – toma conhecimento de que está sendo auscultado por microfones possivelmente instalados em seu apartamento. Para a obra de Rivane, foram contratados profissionais para instalar dez dispositivos de vigilância em pontos estratégicos do museu. “Menos que o conteúdo das gravações, me interessa questionar a falta de privacidade e suas implicações, tanto no âmbito coletivo quanto privado”, disse Rivane, durante a montagem da exposição que pontuará dez anos de sua carreira.

Entre as dez obras expostas – majoritariamente vídeos e instalações –, chama a atenção o uso que a artista faz de materiais do cotidiano: baldes, adesivos, relógios, mapas de Nova York, bolhas de sabão, retratos falados. Em seus mais de dez anos de carreira internacional, que começou na Stephen Friedman Gallery, em Londres, em 1997, quando ainda cursava mestrado em artes visuais no Royal College of Arts, e se consolidou em duas Bienais de Veneza (em 2003 e 2005), a artista ficou conhecida pelo manejo de materiais efêmeros e corriqueiros. “A Day Like Any Other”, ou “Um Dia Como Outro Qualquer” em português, é o título da mostra que se apoia exatamente nos trabalhos que trazem o “materialismo etéreo”, termo que a artista costuma usar ao referenciar o cotidiano.

Mas, talvez, mais que a “poética do cotidiano” que lhe é frequentemente atribuída, Rivane se destaque por uma “estética do comportamento”. Mais do que com objetos domésticos, ela trabalha com costumes e hábitos. Isso fica claro na instalação “Eu Desejo o Seu Desejo” (2003), que certamente será um dos grandes destaques da mostra, já que convida o público a participar e será instalada no lobby do museu, área de acesso gratuito. A instalação é composta por centenas de fitinhas coloridas, que à moda das fitinhas do Bonfim, têm impressos os desejos dos visitantes de exposições passadas. O turista ou o morador do Lower East Side que passar por ali, a caminho da deli ou da lavanderia, será convidado a tirar uma fitinha da parede, amarrá-la no pulso e deixar em troca um desejo anotado em um caderno. Os desejos nova-iorquinos estarão estampados nas próximas fases do projeto. Talvez em Miami ou em Dublin, cidades para onde a mesma exposição viajará.

Se Rivane fica com o sal e a pimenta, temperos habituais das mesas brasileiras, Ernesto Neto viaja para mais longe e escolhe o açafrão e o cravo-da-índia em pó. As especiarias exóticas e os pigmentos coloridos entraram nas estruturas do artista carioca na instalação que apresentou na Bienal de Veneza em 2001. Alusivas ao corpo humano e a suas paisagens internas, as instalações, chamadas “naves”, são fabricadas com tecidos leves, como lycra, algodão e poliamida, e assumem formas diversas e penetráveis. Para a individual na Hayward Gallery, em Londres, o artista prepara uma sequência de espaços interligados e esculturas ao ar livre.

Em comum, Neto e Rivane já têm um consolidado reconhecimento internacional. No ano passado, a exposição de Neto na Armory Show, tradicional mostra de arte nova-iorquina, rendeu duas matérias de capa no “The New York Times”. Ambos os artistas são também representados pelas mesmas galerias em São Paulo – Fortes Vilaça – e em Nova York – Tanya Bonakdar Gallery. Além disso, anote-se que, invariavelmente, são comparados a Lygia Clark (1920-1988). Imerso em uma poética sensorial e penetrável, Neto assume a filiação. Já Rivane sairia ganhando com outras referências históricas mais precisas. “Acredito que correlações como estas possam ser necessárias para contextualizar um artista de maneira simplificada, ou seja, para que as pessoas possam apreender um lugar, um tempo, uma cultura e até mesmo um modo de fazer”, interpreta Rivane.

Posted by Fábio Tremonte at 3:08 PM

Esquemas urbanos por Nina Gazire, Istoé

Matéria de Nina Gazire originalmente publicada na Istoé em 12 de julho de 2010.

Durante a década de 1970, após abandonar a fase neoconstrutivista, Hélio Oiticica reelaborou sua produção artística, de modo que ela se tornasse uma interferência política na separação entre alta cultura e cultura popular. Para isso, criou projetos que fazem a interseção entre arte, cotidiano e a realidade urbana brasileira. Além dos trabalhos artísticos, Oiticica realizou uma série de registros em cartas, anotações e artigos que esquematizavam suas ideias em torno desta nova arte. Inspirada na produção textual deste artista, a mostra “Para Ser Construidos”, em Castilla y León, na Espanha, apresenta os trabalhos de cinco artistas latino-americanos residentes em São Paulo. Se para Oiticica o importante era a criação de uma experiência conjunta entre obra e público, Marcelo Cidade, Marcius Galán, André Komatsu, Nicolás Robbio e Carla Zaccagnini criam trabalhos que expandem essa ideia tanto para a esfera das relações urbanas quanto para a construção de identidades na contemporaneidade.

Um exemplo são os trabalhos dos brasileiros Marcelo Cidade e André Komatsu. Ambos os artistas têm como fonte materiais de construção, resíduos de concreto, sucata e a relação entre as estruturas arquitetônicas e os espaços da cidade. Em “Suspensão”, Komatsu transforma o martelo em um objeto artístico ao estilo dos ready-mades. Já “Metaesquema Punk” (foto), de Marcelo Cidade, é uma releitura de uma das séries mais conhecidas de Oiticica. A novidade está na substituição dos materiais usados nos “Metaesquemas” originais. Em um gesto irônico, o artista troca os papelões e cartolinas coloridas, por cobertores de feltro, de uso comum por moradores de rua. Muito mais que a construção de identidades urbanas, a mostra “Para Ser Construidos” também nos lembra do principal objetivo da arte de Oiticica: a construção de novas realidades.

Posted by Fábio Tremonte at 3:01 PM

Esculturas performáticas por Nina Gazire, Istoé

Matéria de Nina Gazire originalmente publicada na Istoé em 12 de julho de 2010.

No texto curatorial da retrospectiva dedicada ao artista francês Étienne Martin (1913-1995), aberta ao público em 23 de junho, em Paris, está a afirmação de que sua obra “O Manto”, de 1962, seria a primeira escultura feita de tecidos na história da arte. Exceção dentro do conjunto de esculturas do artista, que utilizava a madeira como material de trabalho, a vestimenta é feita com cordas e panos, como uma espécie de mortalha carnavalesca, e é possivelmente contemporânea ao “Manto da Apresentação”, obra mais famosa do brasileiro Arthur Bispo do Rosário (1911-1989), sem registro de data de realização. Suas semelhanças são incríveis tanto na aparência quanto nos materiais usados. Mas há diferenças fundamentais nas origens conceituais das obras. Bispo do Rosário produziu o seu manto dentro do contexto de anunciações religiosas creditadas ao seu estado mental de insanidade, causa de seu reconhecimento tardio pela comunidade artística. Ele provavelmente desconhecia a ideia de “escultura performática”, proposta por Étienne Martin e outros pivôs de revoluções estéticas na década de 1960. Seu “Manto da Apresentação” deveria ser usado no dia do juízo final.

Com ele, Bispo do Rosário pretendia marcar a passagem de Deus na Terra. Como o trabalho de Bispo do Rosário, o manto de Martin, mais que a noção de um suporte escultórico, traz em si o caráter de estandarte – aspecto compartilhado também pela tapeçaria contemporânea do brasileiro Norberto Nicola (1930-2007). Martin não era negro, pobre ou louco, como Bispo do Rosário, apesar de ser conhecido por seu comportamento arredio. Grande parte de suas esculturas anteriores ao seu manto vem de uma linhagem tradicional da escultura moderna, semelhante aos trabalhos de Constantin Brancusi, com quem mantinha amizade. Além do “Manto”, são apresentados trabalhos importantes e inéditos de Martin, pertencentes ao acervo do Centre Pompidou. Esta é a segunda retrospectiva dedicada à sua obra.

A primeira foi em 1996, um ano depois de seu falecimento. Bispo do Rosário, apesar de hoje ser reconhecido pela crítica brasileira, passou boa parte de sua vida em sanatórios para degenerados e pouco crédito recebe por sua arte na história “oficial” dos grandes circuitos das artes.

Posted by Fábio Tremonte at 2:53 PM

Consumo e selvageria por Paula Alzugaray, Istoé

Matéria de Paula Alzugaray originalmente publicada na Istoé em 12 de julho de 2010.

Mostra traz à tona caráter predatório do capitalismo e credita desequilíbrio ambiental ao consumismo.

Com alta concentração de cores vivas e profusão de quinquilharias por metro quadrado, a exposição “Ecológica” anuncia, já à primeira vista, seu tema de abordagem: o poder de sedução do objeto de consumo. As composições com flores artificiais do japonês Haruka Kojin; os painéis de fotografias de praias paradisíacas da instalação “Cortina de Vento”, de Rodrigo Matheus; ou a prateleira de santos de gesso e de bonequinhos de plástico do “Armazém”, de Nelson Leirner, tomam partido de uma estética da inutilidade e da artificialidade. Mas em nenhuma dessas obras o discurso se esgota na beleza do artifício. O observador atento haverá de notar que a maioria dos santinhos de Leirner lhe dá as costas. E que as flores do “Jardim Fotográfico”, de Jardineiro André Feliciano, assumem a forma de pequenas câmeras que “olham” para os visitantes, invertendo a lógica da fotografia turística. Essas obras, de grande apelo visual, abrem a mostra e preparam terreno para a crítica que o conjunto de trabalhos selecionados pelo curador Felipe Chamovich assume contra a irracionalidade do consumo fácil.

A moda, o turismo, a publicidade, a tecnologia e a arte contemporânea não escapam à crítica da exposição. Até mesmo “o frágil mobiliário popular torna-se objeto de desejo, ao ser transformado em obra de arte”, aponta o texto de parede explicativo da obra de Rivane Neuenschwander, composta por reproduções de banquinhos de madeira. Outro grupo de trabalhos incorpora essa crítica de forma ainda mais dramática. É o caso do vídeo “Flooded McDonald’s”, do coletivo dinamarquês Superflex, uma paródia do cinema-catástrofe, em que a réplica em tamanho natural de uma loja da rede de fast-food é inundada até o teto. Em “Arquipélago”, de Marcius Galan, um pequeno canteiro de grama é sitiado por um sistema complexo de equipamentos urbanos aparentemente inúteis.

“Ecologia não é a manutenção de um jardim privado”, argumenta o curador. Os efeitos resultantes de uma natureza sitiada pela civilização consumista são visíveis na montanha de entulho com que Marcelo Cidade esculpe uma fonte ornamental ou na forma como o artista amazonense Rodrigo Braga busca desesperadamente reencontrar sua natureza selvagem, se equiparando a um bode, em uma série de fotografias. A obsolescência da tecnologia também é vilã dessa história, no vídeo “Lançamentos”, em que Marcelo Zocchio passa 55 minutos descartando objetos eletrônicos ultrapassados.

Mas a curadoria não é tão catastrofista quanto o vídeo do Superflex e propõe novos modelos de sociabilidade como alternativa à sociedade de consumo. Começa por criar ao longo do percurso da exposição vários nichos para descanso, contemplação e convivência. A instalação de madeiras e plantas de Rodrigo Bueno é um desses espaços. Muitos outros são criados pela distribuição dos banquinhos populares de Rivane e dos “sofás de praia” do coletivo carioca Opavivará, que fazem de “Ecológica” uma grande praia para usufruto coletivo.

Posted by Fábio Tremonte at 2:48 PM

Uma exposição em processo por Camila Molina, Estadão.com.br

Matéria de Camila Molina originalmente publicada na seção Cultura do Estadão.com.br em 12 de julho de 2010.

Artistas do Ateliê Fidalga apresentam o resultado de uma experiência de criação coletiva no Paço das Artes.

Durante uma semana, o Paço das Artes esteve tomado por 60 artistas montando, eles próprios, a exposição que hoje inauguram. "Aqui não há a figura do curador e as relações entre as obras vão se dando de uma maneira automática, como numa rede de afinidades de quem convive junto", diz Albano Afonso, coordenador, ao lado de Sandra Cinto, do Ateliê Fidalga, criado pelos dois consagrados artistas em 2000, na Vila Madalena, como espaço para grupos de estudo debaterem todas as semanas os seus processos de criação e temas amplos da arte. Desta vez, o quesito de aprendizado e experiência foi "montagem de mostra em instituição", com seus percursos burocráticos, negociações e a oportunidade de apresentação de destaque de suas obras. Outra lição ainda: "numa exposição muito cheia, você aprende com os problemas do outro", diz Albano.

Afinal, é uma mostra em processo a exposição que o Ateliê Fidalga inaugura hoje no Paço com a realização, também, às 20h, do debate Ateliê em Foco que contará com a presença dos artistas Albano Afonso, Sandra Cinto e Marco Giannotti e mediação do crítico e jornalista Mario Gioia, responsável pela criação do texto sobre essa experiência.

Desde fevereiro, os participantes do Fidalga - da faixa dos 20 aos 60 anos - começaram os debates sobre a mostra e a fazer a escolha das obras que queriam apresentar, muitas delas criadas especialmente para a ocasião. O que se vê agora como resultado é uma exibição eclética, colorida e com o frescor de trabalhos em diversas linguagens - pintura, escultura, fotografia, desenho, áudio, instalação, objeto, etc..

Temporada. Como o Paço ainda é grande, ele também abriga as individuais dos artistas Ana Elisa Egreja, Rafael Campos Rocha e Pedro Varela, entre os selecionados do edital Temporada de Projetos 2010 da instituição.

A pintora Ana Elisa apresenta telas da série Interiores, criadas entre 2009 e 2010. Dentro de sua vibrante vertente estética de excessos, a jovem artista explora relações entre o bidimensional e o tridimensional na pintura, promovendo o "choque" de elementos como estampas, bichos, cenas de ambientes e referências à história da arte. "O excesso para mim é conforto", diz Ana Elisa.

Já Rafael Campos Rocha exibe Futebol, Deus e Outras Mumunhas, uma alquimia conceitual e irônica de vídeos, quadrinhos e "desenhos". "Arte é produto da razão", ele diz. E Pedro Varela expõe Cidade Flutuante, uma paisagem imaginária feita em colagem colorida.

Posted by Fábio Tremonte at 2:04 PM