Página inicial

Como atiçar a brasa

 


julho 2021
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab
        1 2 3
4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17
18 19 20 21 22 23 24
25 26 27 28 29 30 31
Pesquise em
Como atiçar a brasa:
Arquivos:
junho 2021
abril 2021
março 2021
dezembro 2020
outubro 2020
setembro 2020
julho 2020
junho 2020
maio 2020
abril 2020
março 2020
fevereiro 2020
janeiro 2020
novembro 2019
outubro 2019
setembro 2019
agosto 2019
julho 2019
junho 2019
maio 2019
abril 2019
março 2019
fevereiro 2019
janeiro 2019
dezembro 2018
novembro 2018
outubro 2018
setembro 2018
agosto 2018
julho 2018
junho 2018
maio 2018
abril 2018
março 2018
fevereiro 2018
janeiro 2018
dezembro 2017
novembro 2017
outubro 2017
setembro 2017
agosto 2017
julho 2017
junho 2017
maio 2017
abril 2017
março 2017
fevereiro 2017
janeiro 2017
dezembro 2016
novembro 2016
outubro 2016
setembro 2016
agosto 2016
julho 2016
junho 2016
maio 2016
abril 2016
março 2016
fevereiro 2016
janeiro 2016
novembro 2015
outubro 2015
setembro 2015
agosto 2015
julho 2015
junho 2015
maio 2015
abril 2015
março 2015
fevereiro 2015
dezembro 2014
novembro 2014
outubro 2014
setembro 2014
agosto 2014
julho 2014
junho 2014
maio 2014
abril 2014
março 2014
fevereiro 2014
janeiro 2014
dezembro 2013
novembro 2013
outubro 2013
setembro 2013
agosto 2013
julho 2013
junho 2013
maio 2013
abril 2013
março 2013
fevereiro 2013
janeiro 2013
dezembro 2012
novembro 2012
outubro 2012
setembro 2012
agosto 2012
julho 2012
junho 2012
maio 2012
abril 2012
março 2012
fevereiro 2012
janeiro 2012
dezembro 2011
novembro 2011
outubro 2011
setembro 2011
agosto 2011
julho 2011
junho 2011
maio 2011
abril 2011
março 2011
fevereiro 2011
janeiro 2011
dezembro 2010
novembro 2010
outubro 2010
setembro 2010
agosto 2010
julho 2010
junho 2010
maio 2010
abril 2010
março 2010
fevereiro 2010
janeiro 2010
dezembro 2009
novembro 2009
outubro 2009
setembro 2009
agosto 2009
julho 2009
junho 2009
maio 2009
abril 2009
março 2009
fevereiro 2009
janeiro 2009
dezembro 2008
novembro 2008
outubro 2008
setembro 2008
agosto 2008
julho 2008
junho 2008
maio 2008
abril 2008
março 2008
fevereiro 2008
janeiro 2008
dezembro 2007
novembro 2007
outubro 2007
setembro 2007
agosto 2007
julho 2007
junho 2007
maio 2007
abril 2007
março 2007
fevereiro 2007
janeiro 2007
dezembro 2006
novembro 2006
outubro 2006
setembro 2006
agosto 2006
julho 2006
junho 2006
maio 2006
abril 2006
março 2006
fevereiro 2006
janeiro 2006
dezembro 2005
novembro 2005
outubro 2005
setembro 2005
julho 2005
junho 2005
maio 2005
abril 2005
fevereiro 2005
janeiro 2005
dezembro 2004
novembro 2004
outubro 2004
setembro 2004
agosto 2004
julho 2004
junho 2004
maio 2004
As últimas:
 

julho 2, 2010

Confira programação de mostras paralelas à Bienal de SP deste ano, Folha de S. Paulo

Museus e centros culturais de São Paulo estão preparando suas mostras mais ambiciosas para o período de setembro a dezembro, em que acontece a Bienal de São Paulo. Juntos numa parceria que levou o nome de São Paulo Polo de Arte Contemporânea, instituições como a Pinacoteca do Estado, o Instituto Tomie Ohtake e o Museu de Arte Moderna, entre outras, devem estender o recorte desta Bienal, que aproxima arte e política, para suas próprias exposições.

Anunciada ontem, a agenda turbinada para o circuito paralelo à Bienal terá individuais de artistas como Antonio Manuel, na Pinacoteca do Estado, Mira Schendel, no Instituto de Arte Contemporânea, Carmela Gross, na Estação Pinacoteca, Ernesto Neto, no MAM, Regina Silveira, no Itaú Cultural, Rebecca Horn, no Centro Cultural Banco do Brasil, Joseph Beuys, no Sesc Pompeia, e Miguel Rio Branco, no Museu da Imagem e do Som.

Entre as mostras coletivas, o Centro Brasileiro Britânico fará um recorte do melhor da arte contemporânea do Reino Unido, com Antony Gormley, Anish Kapoor, Damien Hirst, Rachel Whiteread e Tracey Emin. Com foco na Alemanha, o Masp terá uma seleção de arte contemporânea do país, como nomes Martin Kippenberger e Jonathan Meese. No Paço das Artes, mostra sobre a memória e o poder terá trabalhos da cubana Ana Mendieta, do mexicano Yoshua Okón e dos brasileiros Lucas Bambozzi e Tatiana Blass, esta última também na Bienal.

Artistas plásticos que são também cineastas, como Pedro Costa e Harun Farocki, já escalados para a Bienal, terão seus filmes exibidos em ciclos e debatidos em seminários na Cinemateca.

Veja a lista completa de exposições

Antonio Dias: Anywhere is my Land


Onde: Pinacoteca do Estado (pça. da Luz, 2, tel. 0/xx/11/3324-1000)

Quando: de 11/9 a 7/11

Quanto: R$ 6
Retrospectiva com fases importantes da carreira de Dias, da década de 1960, quando começou sua produção com influência da pop art, ao momento em que passou a viver na Europa, enfocando questões como a natureza da arte e a territorialidade.

Arte Postal

Onde: Centro Cultural São Paulo (r. Vergueiro, 1.000, tel. 0/xx/11/3397-4002)

Quando: de 18/9 a 31/10

Quanto: grátis
Mostra com obras de arte postal de artistas como Paulo Bruscky, Regina Silveira, Artur Barrio, Gabriel Borba e Hudinilson Junior.

Avesso do Avesso - Mira Schendel


Onde: Instituto de Arte Contemporânea (r. Maria Antonia, 242, tel. 0/xx/11/3255-2009)

Quando: de 30/10 a 30/1

Quanto: grátis
Recorte das obras em papel da artista Mira Schendel, agora com retrospectiva na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, com foco nas noções de transparência, linhas e vazios, interior e exterior em sua obra.

"Back-Forward" - De Trás para Frente

Onde: Centro Brasileiro Britânico (r. Ferreira de Araújo, 741, tel. 0/xx/11/3095-4466)

Quando: de 20/9 a 31/12

Quanto: grátis
Exposição com os maiores nomes da arte contemporânea britânica com obras de Antony Gormley, Anish Kapoor, Damien Hirst, Rachel Whiteread, Tracey Emin, entre outros.

Bienal Internacional - "Graffiti Fine Art"
Onde: Museu Brasileiro da Escultura (av. Europa, 218, tel. 0/xx/11/2594-2601)

Quando: de 3/9 a 3/10

Quanto: grátis
Mostra reúne 50 grafiteiros do Brasil e do mundo.

Carmela Gross

Onde: Estação Pinacoteca (lgo. General Osório, 66, tel. 0/xx/11/3335-4990)

Quando: de 4/9 a 7/11

Quanto: R$ 6
Retrospectiva da artista brasileira Carmela Gross, tendo como eixo central suas ideias sobre o corpo e a paisagem.

Carlito Carvalhosa e Philip Glass

Onde: Pinacoteca do Estado (pça. da Luz, 2, tel. 0/xx/11/3324-1000)

Quando: de 31/7 a 7/11

Quanto: R$ 6
Instalação sonora feita pelo artista brasileiro em parceria com o compositor norte-americano. Haverá um labirinto de tecidos no espaço central do museu e uma trilha sonora que será irradiada por todo o espaço

Cinema e Arte Contemporânea

Onde: Cinemateca Brasileira (lgo. Sen. Raul Cardoso, 207, tel. 0/xx/11/3512-6111)

Quando: previsto para novembro e dezembro

Quanto: preço não informado
Seminário vai discutir as relações entre artes visuais e cinema

O Cinema de Pedro Costa: O Cinema por Pedro Costa


Onde: Cinemateca Brasileira (lgo. Sen. Raul Cardoso, 207, tel. 0/xx/11/3512-6111)

Quando: 17/9 e 18/9

Quanto: preço não informado
Seminários sobre obra e formação do cineasta português Pedro Costa, que estará na 29ª Bienal de São Paulo. Haverá uma mesa sobre seus filmes e outra em que o artista debate a cinefilia, a memória e preservação do cinema

As Construções de Brasília


Onde: Centro Cultural Fiesp - Ruth Cardoso (av. Paulista, 1.313, tel. 0/xx/11/3146-7405)

Quando: setembro a 25/1

Quanto: preço não informado
Mostra sobre Brasília com fotografias de Marcel Gautherot, Peter Scheier e Thomaz Farkas no acervo do Instituto Moreira Salles. Haverá também obras relacionadas ao tema de artistas como Cildo Meireles, Jac Leirner e Regina Silveira

*Crossing [Travessias]*


Onde: Paço das Artes (av. da Universidade, 1, tel. 0/xx/11/3814-4832)

Quando: 12/9 a 7/11

Quanto: grátis
Exposição que discute os temas memória e poder, com obras de artistas como Yoshua Okón, Ana Mendieta, Alice Micelli, Lucas Bambozzi e Tatiana Blass

Ernesto Neto

Onde: Museu de Arte Moderna (pq. Ibirapuera, portão 3, tel. 0/xx/11/5085-1300)

Quando: 18/9 a 19/12

Quanto: R$ 5,50
Megainstalação do artista Ernesto Neto, um dos nomes mais fortes da arte contemporânea brasileira. Neto ocupará toda a grande sala do museu com uma única obra que pede a participação do público

The Exotic West

Onde: Centro da Cultura Judaica (r. Oscar Freire, 2.500, tel. 0/xx/11/3065-4333)

Quando: setembro a dezembro

Quanto: grátis
Seleção de obras de artistas do Oriente Médio, com trabalhos relacionados a política e cultura. Estão escalados trabalhos do iraquiano Wafaa Bilal, dos palestinos Scandar Copti Reem Da'as, dos israelenses Yosef Dadoune, Neta Shoshani e Nurit Sharett, do iraniano Solmaz Shahabazi, entre outros

Harun Farocki e a Política do Olhar


Onde: Cinemateca Brasileira (lgo. Sen. Raul Cardoso, 207, tel. 0/xx/11/3512-6111)

Quando: 17/9 e 18/9 (seminário) / 11/9 a 2/10 (mostra)

Quanto: preço não informado
Mostra com os filmes mais importantes da vasta produção do artista alemão Harun Farocki, que já fez mais de 90 filmes. Farocki também dará palestras na ocasião e participará de duas mesas redondas

Inconsciente Mecânico - Otavio Schipper


Onde: Centro Universitário Maria Antonia (r. Maria Antonia, 294, tel. 0/xx/11/3255-7182)

Quando: 17/6 a 10/10

Quanto: grátis
Instalação sonora do artista Otavio Schipper, que articula telefones, telégrafos, diapasões e um software de leitura para cegos que causam uma cacofonia melódica

"I in U" ("Eu em Tu") - Laurie Anderson

Onde: Centro Cultural Banco do Brasil (r. Álvares Penteado, 112, tel. 0/xx/11/3113-3651)

Quando: 18/10 a 26/12

Quanto: grátis
Obras sonoras da artista visual e compositora norte-americana Laurie Anderson. Uma das instalações faz os ossos do espectador vibrar com o som emitido

Manchuria Visión Periférica

Onde: Pinacoteca do Estado (pça. da Luz, 2, tel. 0/xx/11/3324-1000)

Quando: 14/9 a 31/10

Quanto: grátis
Retrospectiva do artista mexicano Felipe Ehrenberg, único artista latino-americano a integrar o grupo Fluxus

Ocupação Regina Silveira

Onde: Itaú Cultural (av. Paulista, 149, tel. 0/xx/11/2168-1700)

Quando: 11/8 a 3/10

Quanto: grátis
Individual da artista brasielira Regina Silveira, uma das mais importantes no cenário artístico atual

Pintura Alemã Contemporânea

Onde: Masp (av. Paulista, 1.578, tel. 0/xx/11/3251-5644)

Quando: setembro a dezembro

Quanto: R$ 15
Seleção do melhor da arte alemã surgida nos últimos 20 anos, com obras de Franz Ackerman, Georg Baselitz, Andreas Hofer, Martin Kippenberger, Jonathan Meese, entre outros

Por Aqui, Formas Tornaram-se Atitudes

Onde: Sesc São Paulo

Quando: setembro a outubro

Quanto: preço não informado
Exposição com obras históricas da estética relacional, de artistas como Albano Afonso, Lygia Clark, Sandra Cinto, Rochelle Costi, Lenora de Barros, Caetano Dias, Maurício Dias e Walter Riedweg, Anna Bella Geiger, Carmela Gross, Laura Lima, Hélio Oiticica e Lygia Pape

Raymundo Collares

Onde: Museu de Arte Moderna (pq. Ibirapuera, portão 3, tel. 0/xx/11/5085-1300)

Quando: 18/9 a 19/12

Quanto: R$ 5,50
Retrospectiva do artista carioca, que despontou nos anos 60 e 70, com obras de estética pop e concreta

A Rebelião do Silêncio - Rebecca Horn


Onde: Centro Cultural Banco do Brasil (r. Álvares Penteado, 112, tel. 0/xx/11/3113-3651)

Quando: 2/8 a 3/10

Quanto: grátis
Retrospectiva da artista alemã Rebecca Horn, com performances, instalações, filmes, óperas e esculturas

Restraint: Práticas de Novas Mídias no Brasil e no Peru

Onde: Sesc São Paulo

Quando: setembro a outubro

Quanto: preço não informado
Obras de artistas brasileiros e peruanos com obras sobre mecanismos de controle social. Estão escalados aritstas como Amilcar Packer, Eder Santos, Gisela Motta e Leandro Lima, Lucas Bambozzi, Gabriel Acevedo Velarde e José Carlos Martinat

A Revolução Somos Nós - Joseph Beuys


Onde: Sesc Pompeia (r. Clélia, 93, tel. 0/xx/11/3865-0324)

Quando: 14/9 a 28/11

Quanto: grátis
Amplo recorte da produção do artista alemão com cerca de 300 obras, entre pôsteres, múltiplos, vídeos documentais e registros de ações

Sob as Estrelas, as Cinzas - Miguel Rio Branco

Onde: Museu da Imagem e do Som (av. Europa, 158, tel. 0/xx/11/2117-4777)

Quando: 31/8 a 31/10

Quanto: grátis
Seleção de fotografias dos anos 70 e 80 sobre violência urbana. Uma instalação multimídia, que dá nome à exposição, também fará um contraponto entre modos de vida indígena e urbano

A Sombra do Futuro: Especulações por Fazer

Onde: Espaço Cultural Instituto Cervantes (av. Paulista, 2.439, tel. 0/xx/11/3897-9600)

Quando: 16/9 a 23/10

Quanto: grátis
Exposição baseada em conceitos do escritor argentino Jorge Luis Borges, sobre como especulações, projetos e expectativas atuam sobre o futuro, o presente e o passado

Tékne - Dos Multimeios à Arte Digital

Onde: Museu de Arte Brasileira da Faap (r. Alagoas, 903, tel. 0/xx/11/3662-7198)

Quando: 21/8 a 28/11

Quanto: grátis
Mostra sobre histórico das relações entre arte e tecnologia a partir de obras de artistas como Julio Le Parc, Waldemar Cordeiro, Nelson Leirner, Luis Paulo Baravelli, Tomoshige Kusuno, Wesley Duke Lee, Anna Maria Maiolino, Hélio Oiticica, Abraham Palatnik, Lygia Pape, José Resende, Claudio Tozzi, José Roberto Aguilar, Paulo Bruscky, Anna Bella Geiger, Cildo Meireles, Letícia Parente, Antoni Muntadas, Julio Plaza, León Ferrari, Amélia Toledo, Regina Silveira, entre outros

TRANSfronteiras Contemporâneas - Bicentenário da Independência da América Latina


Onde: Memorial da América Latina (av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, tel. 0/xx/11/3823-4600)

Quando: 17/9 a 17/10

Quanto: grátis
Mostra com obras de artistas contemporâneos de Argentina, Chile, Colômbia, México e Venezuela, que homenageiams os 200 anos de idenpendência desses países. Haverá também trabalhos de brasileiros, como Edith Derdyk

As Trilhas Bifurcadas da Arte Brasileira Recente 1950-2010

Onde: Instituto Tomie Ohtake (av. Brig. Faria Lima, 201, tel. 0/xx/11/2245-1900)

Quando: 20/9

Quanto: grátis
Serão obras de 16 artistas, oito deles já consagrados em contraste com outros oito nomes ainda em ascensão

Veiled Threats - Izhar Patkin


Onde: Centro da Cultura Judaica (r. Oscar Freire, 2.500, tel. 0/xx/11/3065-4333)

Quando: setembro a dezembro

Quanto: preço não informado
Exposição individual do artista israelense radicado em Nova York Izhar Patkin, com instalações, vídeos e poemas

Verdade - Fraternidade - Arte


Onde: Museu Lasar Segall (r. Berta, 111, tel. 0/xx/11/5574-7322)

Quando: 13/11 a 20/2

Quanto: preço não informado
Exposição com gravuras, desenhos e pinturas a óleo de Otto Lange, Otto Dix, Lasar Segall e outros artistas que participaram da Secessão de Dresden, movimento artístico alemão surgido em 1919

Posted by Paula Dalgalarrondo at 1:46 PM

julho 1, 2010

Ricardo Resende vai dirigir o Centro Cultural São Paulo por Camila Molina, Estadão.com.br

Matéria de Camila Molina originalmente publicada na seção Cultura do Estadão.com.br em 1 de julho de 2010.

Curador deixa cargo na Funarte para dirigir o CCSP, espaço da Prefeitura que vai fazer 30 anos

Crítico e curador, Ricardo Resende já pediu demissão da diretoria do centro de artes visuais da Fundação Nacional das Artes (Funarte), do Ministério da Cultura, para assumir a direção-geral do Centro Cultural São Paulo (CCSP), órgão da Prefeitura. No início de maio, Martin Grossmann anunciou sua saída espontânea do cargo de diretor do CCSP (estava desde 2006). Resende, que anteriormente à Funarte dirigiu, entre 2005 e 2007, o Museu de Arte Contemporânea do Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza, pretende começar sua gestão no CCSP a partir da segunda quinzena de julho.

"Precisava de alguém com experiência institucional e o Ricardo ainda tem a vantagem de ter trabalhado no governo. Trabalhar no governo não é muito simples. As pessoas vêm com as melhores das intenções e esbarram em todo o tipo de dificuldade, porque o serviço público é muito controlado, para dizer o mínimo", afirmou o secretário municipal de Cultura, Carlos Augusto Calil, que convidou Resende para assumir o CCSP. O novo diretor da instituição pretende se reunir com Calil e com Grossmann amanhã para se inteirar da situação do CCSP. "Me parece que vai tudo muito bem e sua programação é sintonizada com a arte contemporânea", diz Resende, que, a princípio, tem como ideia dar continuidade ao programa de Grossmann.

Análises. O CCSP tem como orçamento para 2010 a ordem de R$ 10.677.373,00, segundo a Secretaria Municipal de Cultura. Resende, mesmo ainda achando ser prematura qualquer avaliação, acredita que o montante "é pouco" para a estrutura de um espaço com 48 mil m² com atividades gratuitas e grande circulação de público - em 2009, a instituição contabiliza ter recebido 819.503 pessoas em suas atrações e frequência em 2010, até maio, 308.862. "O que me preocupa como secretário não são as coisas que estão bem encaminhadas, como a programação e a sinergia das áreas culturais propostas por Grossmann, mas as ligadas à preservação do acervo, que nós não conseguimos fazer", afirma Calil, que, ele próprio, dirigiu o CCSP antes de assumir a Secretaria Municipal de Cultura, em 2005.

"Não consegui realizar ainda a reserva técnica e estou muito preocupado com a melhoria das salas de espetáculos, que estão quase que na lona, algumas delas. Construídas em 1982, elas não foram modernizadas e isso tem que ficar pronto até 2012, porque não só é fim da minha gestão na Secretaria, como o Centro Cultural vai fazer 30 anos." Calil afirma que está buscando recursos para essas empreitadas e, inclusive, aporte do Ministério da Cultura para a obra da reserva técnica, que já tem projeto arquitetônico.

As bibliotecas do CCSP - "gostaria que voltassem a ter atitude ativa", diz Calil - necessitam de cuidado, mas a questão dos acervos também é prioritária. Por exemplo, está aos cuidados da instituição a Coleção de Arte da Cidade, de cerca de 2.800 obras e coleções de arte postal. Calil tinha como projeto usar a Galeria Prestes Maia, na Praça do Patriarca (retomada do Masp pelo município), para abrigar e expor a Coleção de Arte da Cidade, entretanto, ele diz que, por decisão do prefeito Gilberto Kassab, o espaço não será mais cultural, vai tornar-se um anexo da Prefeitura. Resende cogitou que se criasse dentro do CCSP espaço museológico.

Resende é mestre em História da Arte pela USP, nasceu em 1962 em Minas, mas foi criado em Mococa (SP). Tem carreira na área museológica, com passagens pelo MAC/USP, MAM-SP e direção do museu do Centro Dragão do Mar em Fortaleza. Assumiu em janeiro de 2009 cargo na Funarte e desde 1996 coordena o Projeto Leonilson.

Posted by Fábio Tremonte at 3:06 PM | Comentários (3)

junho 30, 2010

Museu espanhol celebra aniversário com arte latina por Fabio Cypriano, Folha de S. Paulo

Matéria de Fabio Cypriano originalmente publicada na Ilustrada do jornal Folha de São Paulo em 25 de junho de 2010.

Mostra reúne trabalhos de 40 artistas para ressaltar presença no acervo

Leonilson e Rivane Neuenschwander são alguns dos brasileiros com obras expostas em León, na Espanha

O Museu de Arte Contemporânea de Castilla e León (Musac), sediado em León, faz hoje seu quinto aniversário e, em comemoração, apresenta apenas obras de artistas latino-americanos.

A exposição "Modelos para Armar" reúne cerca de cem trabalhos de 40 artistas, entre eles os brasileiros Rivane Neuenschwander, Leonilson e Rosângela Rennó.

A exposição é inspirada em "62/Modelo para Armar", livro do escritor argentino Julio Cortázar, e visa ressaltar a forte presença latino-americana na coleção do Musac.

"Há três anos, quando foi feito um balanço das obras da coleção, percebemos que, mesmo diante de outros contextos geográficos como o asiático, o Musac tem uma grande representação latino-americana, ao contrário dos museus espanhóis e mesmo de alguns europeus", conta Agustín Pérez Rubio à Folha por e-mail.

Além de "Modelos para Armar", o museu apresenta também a mostra "Para Ser Construídos", com cinco artistas que vivem no Brasil, mas são de outros países, como os argentinos Nicolás Robbio e Carla Zaccagnini e o americano Marcius Gallan.

Completam ainda a exposição Marcelo Cidade e André Komatsu, ambos nascidos em São Paulo.

LEONILSON SOLO
A exposição "partiu da crença de que o que está se produzindo no Brasil atualmente merece um foco de atenção", diz Rubio.

Essa visada latino-americana tem a ver com a constituição do Musac: sua curadora é a colombiana Maria Inés Rodríguez e, no comitê assessor da coleção, estão José Guirao e Octavio Zaya.
Ambos, em 2000, quando trabalhavam no museu Reina Sofía, em Madri, organizaram "Versiones del Sur", a mais importante mostra de arte latino-americana na Espanha até então.

Em dois anos, o Musac irá apresentar também uma retrospectiva somente com obras do artista brasileiro Leonilson (1957-1993), a primeira na Espanha.

"Acredito que ele seja uma figura tão importante que pode ser revisto do mesmo modo que foi feito com nomes como Hélio Oiticica, Lygia Clark e Lygia Pape. Assim, o Musac pode ter um papel valioso em reposicionar Leonilson no restante da Europa", afirma o diretor.

"Modelos para Armar" fica em cartaz até 9 de janeiro, período considerado longo. O motivo, contudo, é a forte crise econômica que a Espanha atravessa e que levou o museu a reduzir o ciclo de mostras anuais de três para duas.

Posted by Paula Dalgalarrondo at 3:39 PM

Mostra leva arte de rua de Nador ao museu por Fabio Cypriano, Folha de S. Paulo

Matéria de Fabio Cypriano originalmente publicada na Ilustrada do jornal Folha de São Paulo em 25 de junho de 2010.

"Pinturas de Exteriores" escapam da contradição, por deixar claro desconforto da artista com o sistema da arte

Quando pichadores e grafiteiros buscam se institucionalizar, adequando suas obras aos espaços asseados de museus e galerias, ganha relevância a trajetória de Mônica Nador, que segue sentido contrário à tendência.

Nador surgiu como artista nos anos 80, a chamada década do retorno à pintura. No entanto, ao invés de seguir comportada nessa nova velha onda, declarou que "gastava-se tinta demais dentro dos museus, quando o mundo é que precisava de cores".

Desde então, seu trabalho mais reconhecido têm sido as "paredes pinturas", projeto que desenvolve em conjunto com diversas comunidades, em especial no Jardim Miriam, zona sul de São Paulo.

É lá que funciona o Jamac (Jardim Miriam Arte Clube), criado em 2004, que tem Nador à frente e mudou a aparência de dezenas de casas da região e de outras cidades.

"Pinturas de Exteriores", em cartaz na Estação Pinacoteca com cerca de 20 obras, poderia tornar-se, nesse contexto, uma contradição com as ideias de Nador.

No entanto, isso não ocorre, pois a exposição deixa explícito que o desconforto com o sistema da arte é inerente ao seu trabalho. Mesmo no limite do que se pode chamar decorativa -com repetições de padrões, como um papel de parede- sua obra é irônica o suficiente para desestabilizar esse conceito.
Além do mais, a mostra se completa com um trabalho feito por jovens integrantes do Jamac. A coerência entre suas paredes e as pinturas revela como é possível superar a possível dicotomia entre a rua e o museu.

Posted by Paula Dalgalarrondo at 3:14 PM