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abril 20, 2012
Begin Anywhere: Um século de John Cage, portal Fator Brasil
Begin Anywhere: Um século de John Cage
Matéria originalmente publicada no portal Fator Brasil em 20 de abril de 2012.
MAM Rio realiza exposição comemorativa do centenário de nascimento de John Cage.
O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a Petrobras e a Light apresentam “Begin Anywhere: Um século de John Cage”, exposição comemorativa do centenário de nascimento de John Cage (1912-1992), um dos expoentes das vanguardas artísticas do século XX. Com curadoria de Luiz Camillo Osorio e Vera Terra, a mostra terá partituras gráficas de John Cage em diálogo com nove obras do acervo do Museu. No dia 12 de maio, às 17h, será realizada uma performance com obras do compositor, com a curadora Vera Terra e convidados.
“Sua arte experimental marcou o século em que viveu. Cage promoveu a interpenetração entre categorias, dissolveu hierarquias. Trouxe o Zen para a arte do ocidente, antecipou o DJ com suas obras para rádio, aproximou as diferentes linguagens artísticas. Foi e continua sendo vanguarda”, afirmam os curadores Luiz Camillo Osorio e Vera Terra.
Em diálogo com as partituras de John Cage, estarão nove obras pertencentes ao acervo do MAM Rio, dos artistas Josef Albers (Bottrop, Alemanha, 1888 - New Haven, EUA, 1976); Joseph Beuys (Kleve, 1921 - Dusseldorf, Alemanha, 1986); Jackson Pollock (Cody/Wyoming, 1912 - Nova York, EUA, 1956); Robert Rauschenberg (Port Arthur/Texas, EUA, 1925); Mira Schendel (Zurique, Suíça, 1919 - São Paulo SP, Brasil, 1988); Guilherme Vaz (Brasil); Paulo Vivacqua (Vitória ES, Brasil, 1971) e Wolf Vostell (Leverkusen, 1932 - Berlim, Alemanha, 1998).
De acordo com os curadores, Cage tinha uma grande familiaridade com os espaços de exposição das artes plásticas. Além de parceria com artistas como Robert Rauschenberg e Jasper Johns, suas ideias influenciaram o campo das artes visuais. “Foi em museus e galerias de arte que o músico encontrou receptividade para suas obras no início de sua carreira. Seu primeiro concerto em Nova York – uma série de peças para percussão – realizou-se no MoMA, em fevereiro de 1943”.
Outro aspecto importante da poética de John Cage, que o aproxima dos museus de arte, são as partituras gráficas que desenvolveu ao longo de seu processo criativo. “Foi a recusa do trabalho com os materiais convencionais e a abertura para os sons do meio ambiente que o conduziram a uma nova notação musical. Esta deixa de ser um mero registro de uma obra para se constituir em um modelo operacional que define uma ação a ser realizada, abrindo a experiência musical ao acaso. Neste processo de reconfiguração, os elementos gráficos e visuais, assim como o texto, tornam-se os novos signos de uma notação musical expandida”.
“O que nos parece mais importante para compreender a relação entre sua obra musical e as artes visuais são os processos de criação que desenvolveu a partir da música e que possibilitaram sua transposição para outras linguagens artísticas. Questões como o acaso, a repetição, o silêncio e a apropriação deslocaram-se de sua poética para uma série de produções contemporâneas através dos mais variados meios de expressão”.
Begin Anywhere: Um século de John Cage,no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a exposição até 20 de maio de 2012, de terça a sexta, das 12h às 18h Sábado, domingo e feriado, das 12h às 19h A bilheteria fecha 30 min antes do término do horário de visitaçã, na .Av. Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo – Rio de Janeiro – RJ 20021-140 .Telefone: (21)2240.4944I. Ingresso: R$8,00 |Estudantes maiores de 12 anos R$4,00 |Maiores de 60 anos R$4,00|Amigos do MAM e crianças até 12 anos entrada gratuita|Quartas-feiras a partir das 15h entrada gratuita |Domingos ingresso família, para até 5 pessoas: R$8,00 [www.mamrio.org.br]. Entrada franca.