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março 3, 2009
Tributo das artes ou tributo às artes? por Carlos Mascarenhas & Marcos Costa
Carta-Manifesto escrita a quatro mãos por Carlos Mascarenhas & Marcos Costa
Novidade alguma quanto à incrível capacidade do ser humano em adaptar-se às circunstâncias mais escabrosas e inóspitas nos chamaria à atenção se, contudo, as ondas de insatisfações e sintomas decorrentes de um tal contexto, não se perdessem e se desgastassem sem atingirem devidamente as motivações que geram o estado inaceitável das coisas.
Talvez, por isso mesmo, a qualidade da produção nem sempre é objeto privilegiado. Felizmente, essa postura não atinge a totalidade da classe artística, pois, é sabido que, por outro lado, existem os que prezam, não só pela qualidade da própria obra como, igualmente, pelos expedientes nos quais se envolvem para expor seus trabalhos.
Os descontentamentos advindos deste 47º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco são profusamente expressos através dos e-mails que circulam entre bolsistas contemplados. Invariavelmente, queixosos quanto ao tratamento amador e à completa ausência de justificação relativa ao abusivo atraso na liberação das mensalidades referentes ao financiamento dos projetos. Como se não bastasse todo esse descaso imobilizante, o artista ainda se depara com uma carga tributária que mutila em um terço o orçamento programado para a realização do trabalho, tal como fora contabilizado no cronograma original do projeto. A natureza desses tributos, vale ressaltar, até então, não está devidamente discriminada e esclarecida. Daí que, numa conjuntura mórbida e paralisante como essa, talvez seja o caso de se saber o que está realmente em questão: O Tributo das Artes ou Tributo às Artes?
Testemunhando assim, como se nos configura o atual quadro onde se denotam as distorções abusivas, sobretudo no que respeita ao trato com os artistas deste 47º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, a COMPARSA – Companhia de Arte & Saúde –, em nome dos seus respectivos criadores Marcos Costa e Carlos Mascarenhas, autores do “Ópera Crua”, projeto premiado na última seleção, vêm expressa e publicamente manifestar sua dissidência e afastamento do referido Salão, comprometendo-se, através desta carta-manifesto, em devolver na íntegra todo o subsídio financeiro até então disponibilizado pela Fundarpe – Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco.
Vejo que há duas preocupações a 1ª quanto à carga tributario e a 2ª quanto retificação ortografica de preposição.
Comentando a primeira situação. Não é dificil de se compreender e aceitar que a classe artística marginalizada e desorganizada não espate das cargas tributarias por compromissos públicos e orçamentarios. O que eu quero dizer com isto? Que a atua crise financeira está fagocitando barbariamente a institucionalidade,pois, o que mantem a instituição Estado há muito tempo está falida e decadente p/ manter o dito " Jeitinho brasileiro " herdado do sangue portugues ao valor do Capital.
quanto a segunda situação,não vejo o porque de se preocupar com a correção ortografica,pois, dinheiro público e serviço prestado seja com as Artes e/ou com a Saúde não tem por onde se esquivar dos tributos ou carfas de impostos quanso se trata de pessoas físicas. O que isto tem haver com o Tributos às artes? Nada, mas se a pessoa e não a identidade profissional que o mesmo assume. Ningúem gosta de pagar imposto mas todo mundo gosta de ser comtemplado por um edital público ou por uma Lei de incentivos às Artes ( rouneat,funarte,etc ) na qual, são mantidas pelos impostos que Nós pagamos ao Estado.
Espero que a minha posição não seja de um BURROCRATA mas se de um humilde artista que busca o aperfeiçoamento da maquina pública que há muito tempo fracassou e está a exlcluir jovens artistas que carecem de apoio p/ ver seu trabalhos de pesquisa e/ou experimental sendo concretizando com o que Eles chamar de Edital de cultural,definindo por elels mesmo como a maneira mais democrata de investir na cultura,
Atenciosamente.
Claudio Silva-artista visual
presidente da Associação Arte solidaria Internacional