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maio 5, 2007
Abaixo-assinado: MuBE - Público ou Privado?
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MuBE - Público ou Privado?
Abaixo-assinado apoiando a Prefeitura do Município de São Paulo em favor da retomada do MuBE pelo poder público
Desde 1987, o MuBE - Museu Brasileiro de Escultura ocupa uma área pública de 7 mil m² no Jardim Europa. Recentemente, um despacho do prefeito Gilberto Kassab, publicado no Diário Oficial do Município, rescindiu a permissão de uso da área que o prefeito Jânio Quadros havia concedido à Sociedade Amigos dos Museus por 99 anos. Essa decisão atendeu ao sentimento generalizado entre artistas, curadores, críticos e jornalistas de que existe um desvio de função nas atividades do museu, que nunca se preocupou em reunir um acervo significativo.
O objetivo de um museu é conservar e expor coleções de interesse público. Uma revisão da trajetória da instituição deixa claro que não tem sido essa a perspectiva do MuBE. Com exceção do breve período em que foi dirigido por Fábio Magalhães, o espaço do museu vem sendo usado de forma indevida: abriga exposições de pouca relevância e inclui em sua agenda eventos de aluguel, que restringem o acesso a um público amplo, com o objetivo exclusivo de gerar renda à sua mantenedora.
Por que um espaço público, cuja edificação (prédio e terreno) custou aos cofres públicos mais de R$ 35 milhões, deve permanecer exclusivo dos privilegiados que freqüentam lançamentos de produtos de luxo e festas particulares?.
As autoridades municipais, na defesa do espírito público, com esse ato corajoso e necessário, entendem que não é função do poder público patrocinar atividades dessa natureza, subsidiando-as diretamente ou indiretamente.
O edifício, projetado por Paulo Mendes da Rocha para ser um complexo arquitetônico com funções de praça, jardim e espaço expositivo, nunca pôde exercer de fato a sua vocação. Se retomado, o edifício deve transformar-se em um importante equipamento cultural, à altura da grandeza de nossa cidade. Segundo anunciaram as autoridades municipais, passará a abrigar a Galeria de Arte da Cidade, projeto que pretende revelar ao público o importante acervo recolhido conscienciosamente a partir do decênio de 1930 pelo eminente crítico Sérgio Milliet.
Além de assegurar um espaço expositivo a essa coleção, até esta data sem sede própria, as autoridades informam que a Galeria de Arte da Cidade irá promover exposições temporárias - assumindo um papel preponderante na promoção da arte contemporânea em São Paulo -, e deverá constituir um acervo de esculturas e objetos tridimensionais em que as obras sejam concebidas e escolhidas em função do diálogo que venham a ter com o belo espaço desenhado pelo seu arquiteto.
Os abaixo assinados apoiamos a Prefeitura de São Paulo na criação da Galeria de Arte da Cidade e na retomada da área do MuBE, instituição que ao longo de 20 anos não cumpriu a função social e cultural que dela se esperava.
ASSINE O ABAIXO-ASSINADO NO PETITION ONLINE, e publique aqui os seus comentários para divulgarmos no Canal!
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Nossa, finalmente resolveram tomar uma atitude com relação a este museu, que de público quase nada tinha.
Posted by: Alice at maio 6, 2007 5:55 PMEu assinei e enviei para toda a minha agenda de e-mails. Concordo que aquele espaço não é utilizado como deveria. E se a Prefeitura tem um acervo que ainda não tem endereço, seria muito oportuno desalojar um museu sem acervo para alojar um acervo sem museu.
Posted by: Gedley Braga at maio 7, 2007 1:47 PMNão creio que seja uma boa idéia misturar as funções de instituição pública artística às quais que se destina o MUBE com a Galeria de Arte da Cidade. O acervo dessa última pode ser distribuído entre várias instituições já existentes como emprestétimo. Há um Post? Talvez seu destino deva ser a Fundação Oscar Americano. E assim por diante. São Paulo não precisa de mais museus, nem mesmo aqueles que venham ocupar um espaço já existente e com uso indevido. Que se faça um dos mais belos jardins de escultura do mundo no MUBE. Temos boa arte no Brasil para isso, além de obras internacionais que poderiam vir somar. Quanto a objetivos de "promoção da arte contemporânea em São Paulo" a Arte na Cidade tem o espaço mais dinâmico e fértil da cidade, ou seja, a própria. Ações pequenas, porém cuidadosas e frutíferas, poderiam cuidar ainda mais do acervo já existente, seja em edificações públicas fechadas ou em espaços abertos. Para ficar num exemplo: não há um meio de homenagear os membros da Academia Paulista de Letras sem atrapalhar, com os bustos dos membros homenageados, a visão da bela escultura de Brecheret no Largo do Arouche?
A preocupação com os destinos do MUBE e do acervo municipal são legítimas e urgentes, mas a união das duas numa só questão não me parece apropriada.
Alberto Tassinari
Posted by: Alberto Tassinari at maio 8, 2007 3:26 AMUm espaço como esse o MUBE que foi custeado com dinheiro público tem mais é que ser um espaço público e não apenas à elite e afinal de contas a arte tem que ser levada ao público, tem que ser conhecida pelo povo e não ser um lugar de festas privadas que ainda por cima alugam um espaço que foi feito com dinheiro público para alugar e gerarem renda? Isso é inaceitável. Espero que o MUBE seja realmente um lugar destinado à cultura brasileria com exposiões e promoções da arte contemporânea.
Posted by: Sandra Tavares Lima at maio 8, 2007 12:19 PMPaís engraçado esse nosso. talvez em SP o Estado se sinta responsável pela cultura, mas o resto do país tem funcionado com associação de amigos do museu , de centro cultural e outras modalidades.
O Estado paga em geral a conta básica: água, funcionário público, luz, telefone e coisinhas pequenas, mas na hora da exposição de peso é o dinheiro público( imposto de renda) que vai para o espaço privado, porque funciona através da associaçao dos amigos. Acho que , ou não entendo mais nada ou devo voltar para Marte.Ah, e os catálogos que nenhuma universidade recebe? Aqueles da cota das leis de incentivo à cultura? onde ficam? e
Entre os amigos?
A comunidade artistica de Sao Paulo deveria se organizar e ocupar o predio do Mube. Gerar barulho, organizar um verdadeiro evento-protesto artistico para tornar o assunto realmente popular. (Novamente, maio de 68 se torna uma referencia de acao coeltiva, com uma certa nostalgia e sensacao de impotencia que naum vai passar ateh a gente acordar e fazer algo com "as proprias maos")
Concordo com o comentário do Alberto Tassinari. Devemos pensar de forma mais cuidadosa, em relação às ações que envolvem nossos museus e acervos.
Creio que a questão da reversão da concessão da área do MuBE seja "ponto pacífico"! Precisamos sim avançar no debate em torno das políticas e programas institucionais: quais ações, para qual público, em qual contexto.
Talvez, de fato, não caiba mais ações grandiosas (mas micro-ações como fala Tassinari) e, sem dúvida, sempre referenciando ao contexto existente.
Devemos lembrar, que MuBE é vizinho do MIS e próximo da Fundação Ema Klabin: é possível estabelecer relações/interlocuções de forma a potencializar essas instituições?
Este espaço foi projetado pelo premiado arquiteto Paulo Mendes da Rocha para ser um museu que abrigasse esculturas. E assim deveria ser. Qualquer proposta que desvirtue o conceito , mesmo sendo um espaço para Galeria de Arte da Cidade estará fugindo do propósito da obra. Não concordo com o uso do espaço para lançamento de produtos ou promoções, tão pouco com uma galeria da arte - O espaço foi projetado com lógica arquitetonica de abrigar esculturas e ponto final. Arte pode ser vista na Pinacoteca, no MAC, no MAM, no MASP , no centro cultural Vergueiro e assim por diante.
RESPEITE o projeto do arquiteto e não desvirtue ainda mais por razões obviamente de articulação política desta prefeitura que se ocupa com isso ao invés de limpar a cracolândia e priorizar problemas realmente serios dentro do municipio.
Algo de muito estranho acontece na lista do abaixo-assinado do MuBE, é incrível o crescimento em tão pouco tempo, digo isso
por estar acompanhando dia a dia os números, só para se ter uma idéia desse espetacular crescimento nos números do MuBE,veja: No dia 12/05 a prefeitura tinha 1326 assinaturas
quando a lista do MuBE tinha apenas 50, no dia 17/05 a prefeitura tinha 1856 a lista do MuBE 1516 a diferença era apenas de 340 assinaturas para o MuBE empatar com a lista da Prefeitura.
Agora o mais incrível foi a lista do dia 17/05 as 22:58hrs, constava 1868 assinaturas para prefeitura e a do MuBE ultrapassou somando 1928 assinaturas, é impressionante, em tão pouco
tempo...Vocês não acham?? Na lista do MuBE consta o nome e a profissão, más, observo que uma grande maioria só consta o nome. Considerando que as assinaturas do MuBE não estão vinculadas a um banco de dados, imagino que as atualizações ocorram um dia após os registros, más, mesmo assim estou achando algo fenomenal esse grande número de adesões ao MuBE.
Muito boa essa investigação sobre o abaixo-assinado feito pelo MuBE para defender a indefensável causa própria. Coloca a nu métodos, no mínimo, tão ou mais questionáveis que as diretrizes da atual (falta de)direção daquele museu. Se são capazes de duplicar e triplicar assinaturas de pessoas que nem se sabe se realmente existem (porque não foi usada uma ferramenta de assinatura idônea), como se pode sustentar que essa tal (falta de) direção merece continuar administrando aquele belo prédio? Certos simulacros de administração de museu acabam morrendo por excesso de esperteza...
Gostaria de lembrar uma frase que vai muito bem nesse caso da Prefeitura contra o MUBE. "Se conhece as pessoas não por seus amigos mas por seus inimigos.
Convido a todos interessados nessa briga a visitar o site www.mariagilka.com.br que transcreveu uma nota do Jornal " A Noticia", que para haver ampla informação o Canal Contemporâneo deveria divulgar. agradeço sua atenção, um grande abraço Maria gilka.