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fevereiro 13, 2007
Bienal ETC. - Jorge Macchi, desejo de permanência, por Silas Martí
El Enigma Transparente, obra de Jorge Macchi
Bienal ETC.
Jorge Macchi, desejo de permanência
SILAS MARTÍ
Talvez chovesse na galeria. A obra de Jorge Macchi respira no hiato que separa um acontecimento de seu impacto. Cada componente visual se transforma, nas mãos do artista argentino, em nota musical das ausências que preenchem cada instante da vida. São tons que condicionam a existência, para explodir por azar ou por acaso em momentos sublimes, condenados ao esquecimento pela música sangrenta das ruas.
O minimalismo a partir de recortes de jornal ou partituras, constantes na obra de Macchi, dão a impressão de um adensamento formal das atrocidades do mundo, como se a existência pudesse ser resumida a um simples esquema de notas e intervalos em branco. Mas o silêncio de Macchi é sonoro, efusivo ao estampar em paredes, com margens fugazes ou esquemas anônimos, a trajetória do esquecimento. Adolescente quando a Argentina se erguia após anos de ditadura, o coro dos gritos de 30 mil desaparecidos durante o regime pautou a pesquisa formal de Jorge Macchi.
Embora ancorado na tradição conceitual dos concretistas brasileiros, uma vontade de poesia e um temperamento literário dão rumos mais incertos à obra de Macchi. Cada trabalho parece dotado de uma latência intolerável, mas que se manifesta sob o marasmo de um vestígio, uma referência a algo que sobrou, a algo que está por vir ou a algo congelado no tempo, uma música sem melodia. Tudo em Macchi tem o ar de um grande acontecimento, cujo momento retratado nem sempre é o instante decisivo da narrativa. Às vezes o que o artista mostra não passa de um espasmo precipitado, a algazarra de uma tempestade que veio na hora errada para uns e certa para outros.
Em Un charco de sangre, de 2001, recortes de notícias de jornal, trechos de faits divers escolhidos por conter a frase "un charco de sangre" são dispostos numa parede branca, traçando as linhas que o sangue da vítima teria desenhado em azulejos de um banheiro ou no asfalto imundo em tarde de sol. É um momento único representado sem cores, na arritmia de uma ação precipitada. Onde se lê "un charco de sangre", as linhas são um ponto. É o momento dramático de uma sucessão de fatos, diagrama concreto de um espaço brevíssimo no tempo.
Mas ninguém se espanta com a morte alheia. Tudo entra por um ouvido e sai pelo outro, roçando engrenagens na cabeça de quem encara a aventura cotidiana das páginas policiais. O azar e o gosto de sangue na boca são condicionantes mundanos da existência e juntos dão forma à partitura invisível de uma música incidental.
Quando residente no Delfina Studio Trust, em Londres, o artista se dedicava ao consumo religioso do noticiário popular. As notas de catástrofes, dispostas nas paredes e intercaladas pelo silêncio de vazios brancos, deram origem a uma composição para piano, que Macchi encomendou ao músico Erik Satie. A instalação Música Incidental, de 1998, exibia as notícias em forma de partitura e tinha fones de ouvido pendurados do teto. O visitante podia escutar a música enquanto lia sobre o destino de desconhecidos. O último relato era de um suicídio por enforcamento.
Tudo para Macchi é indissociável do ritmo da músiesentem resultados de pesquisa histórica ou de investigação bibliográfica originais, aceitando-se também colaborações de pesquisadores independentes, não vinculados à programas oficiais de pesquisa.
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Corpo do texto em fonte Times New Roman 12,
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Bibliografia com a mesma formatação do corpo do texto, ao final;
Margens 2,5 (direita, esquerda, inferior, superior);
Resumos em uma língua estrangeira (inglês, francês, italiano ou espanhol) e em português. Máximo de 200 palavras.
Palavras-chave e keywords (Máximo de 6).
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Também são aceitos trabalhos enviados por e-mail, como anexos, desde que os arquivos estejam devidamente protegidos por senha, de conhecimento restrito do autor.
As referências bibliográficas devem ser apresentadas em lista única no final do artigo e em ordem alfabética.
IMPORTANTE: Caso TODAS normas não sejam atendidas, os trabalhos não serão considerados inscritos.
Modelos de citações bibliográficas:
Artigos em Periódicos
HUTCHINSON, R. W. Metallogeny of pre-cambrian gold deposits: space and time relationships. Economic Geology, El paso:Texas, vol. 82, n. 8, 1993-2007, dez. 1987.
Artigos de Publicação Seriadas
BARBOSA, O. et. al. Geologia da região do Triângulo Mineiro. Rio de Janeiro: DNPM, 1970. 140p. (Boletim DNPM, 136).
Artigos de Publicação Relativas a Eventos
PASCHOALE, C. Alice no país da geologia e o que ela encontrou lá. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 33. 1984. Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro, SBG, 1984. v. 11, p. 5242-5249.
Livros
MACHADO, I.F. Recursos minerais, política e sociedade. São Paulo: Edgar Blucher, 1989. 410p.
Capítulos de Livros
FIGUEIREDO, B.R. Garimpo e mineração no Brasil. In: Rocha, G.A. (ed.) Em busca do ouro - garimpos e garimpeiros no Brasil. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1984. p. 11-33.
Citações Indiretas
ALMEIDA, F.F.M. apud: GORAYEB, P.S.S. Corpos serpentinos da Faixa Araguaia na região de Araguacema-Conceição do Araguaia (GO-PA). Revista Brasileira de Geociências. São Paulo: SBG, vol. 19, n. 1, p. 51-62, out. 1989.
Notas Explicativas e Fontes Manuscritas
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A citação dos manuscritos deve indicar o repositório (Arquivo, Biblioteca etc.), informando precisamente os dados de indexação do documento:
(8) Correspondência do Diretor do Museu Nacional, Arq. Nacional (RJ), Série IE7, pacotes 71, 72, 77.
A citação subseqüente da mesma fonte pode se remeter à nota em que a Fonte foi citada pela primeira vez, utilizando "ibid" ou "op. cit". Exemplo:
(9) ibid, nota 3 ou (9) op. cit., nota 3.
Quando houver "agradecimentos", estes deverão vir no final do artigo, antes das referências bibliográficas.
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I AM USED SOME WORK FROM ARTIST IN MY CLASSROOM,BECAUSE IS A NEW RECONSTRUTION OF ART EDUCATION!!!!!!!!!!
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GOOD LOOK!
Posted by: SUDARIO DE LIMA at fevereiro 19, 2009 8:08 AM