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Os Museus Castro Maya – Museu do Açude, no Alto da Boa Vista e o Museu da Chácara do Céu, em Santa Teresa – foram residências de Castro Maya por ele doadas à Fundação, criada em 1963 e extinta em 1983, quando ambos os museus foram incorporados ao governo brasileiro.
Museu da Chácara do Céu
A casa de Santa Teresa, conhecida desde 1876 como Chácara do Céu, foi herdada por Castro Maya em 1936. Foi demolida em 1954 e em seu lugar o arquiteto Wladimir Alves de Souza projetou uma residência com características modernas integrada aos jardins que permitem uma magnífica vista da cidade do Rio de Janeiro e da Baía de Guanabara. Hoje, além das exposições de longa duração e temporárias, o museu mantém dois cômodos originalmente mobiliados e ambientados, a fim de preservar o caráter de residência do local.
A Chácara do Céu exibe acervos de arte de diversos períodos, e de diferentes origens, livros raros, mobiliário e artes decorativas, distribuídas em uma casa com três pavimentos, com destaque para obras de artistas europeus como Matisse, Modigliani, Degas, Seurat e Miró. Abriga ainda a coleção de arte brasileira, formada principalmente por obras de Guignard, Di Cavalcanti, Iberê Camargo, Antonio Bandeira, além de importante conjunto de obras de Portinari. A coleção de Brasiliana inclui mapas dos séculos XVII e XVIII, e gravuras de viajantes do século XIX, como Rugendas, Chamberlain e Taunay, destacando-se os mais de 500 originais de Jean-Baptiste Debret, adquiridos em Paris, em 1939 e 1940. A Biblioteca Castro Maya, guarda cerca de 8 mil títulos entre livros de arte, literatura brasileira e europeia, principalmente francesa, e também algumas das mais importantes publicações dos primeiros viajantes do século XIX: Maria Graham, Maximilian von Wied-Neuwied, Henry Chamberlain, William Gore Ouseley e Victor Frond.
De acordo com a filosofia que norteia os Museus Castro Maya a programação do Museu da Chácara do Céu se orienta, basicamente, por 3 vertentes:
1) promover a difusão do acervo propondo diferentes recortes temáticos e conceituais de leituras para as obras de arte, dando ao público a possibilidade de conhecê-las sob diversos ângulos; 2) possibilitar o diálogo do nosso acervo com outras coleções particulares ou institucionais e 3) dar continuidade ou retomar projetos iniciados por Castro Maya, como Os Amigos da Gravura. Nos últimos anos foram lançadas gravuras de Cildo Meireles, Emmanuel Nassar, Hilal Sami Hilal, José Patrício, Ana Linnemann, entre outros.