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MAÇÃS DE CLAUDIA BAKKER MORREM PARA REAFIRMAR A VIDA
"Seja através das fotos e do texto (utilizados na exposição, ou do vídeo e da instalação (em outras ocasiões), o que está em jogo são os modos de permanência que as coisas (a maçã e a arte) tem expostos a consumação do tempo.Suas fotos misturam os tempos, ou melhor, elas querem ser tempo: da escrita, da arte, da fruta e do feminino. Todos os tempos num só, que parece retornar sempre novo.A maçã como natureza e cultura.
As Fototextos de Claudia Bakker, são, antes de tudo silenciosas, não obstante as múltiplas indicações de significado.A arte contemporânea, enquanto processo e crise, trabalha nesse território abismal e milimétrico entre o silêncio e o sentido, revelando, que no fundo, tudo é tempo e linguagem."
Luiz Camillo Osório[jornal o Globo]
O TEMPO COMO ALGO ORGÂNICO
"O trabalho que Claudia Bakker desenvolve é tocado por essa atração incessante, delicada e forte, pela meditação sobre o orgânico.Nas fontes e nas maçãs, o líquido e o sólido são especialmente emblemáticos.Nesta falada atração sobre o tempo desde as Potências do Orgânico,Claudia consegue descobrir um achado: o próprio tempo como algo orgânico. Para documentar isto nada melhor que o exercício e o auxílio da fotografia.O registro de um trabalho vira um outro trabalho para receber novas leituras."
Adolfo Montejo Navas[Galeria Museu da República/Fototextos]
VONTADE E CONTEMPLAÇÃO - OS DESENHOS DE CLAUDIA BAKKER
"Quando observo os desenhos de Claudia Bakker recordo, sobretudo, o pensamento de Hélio Oiticica no modo simples e econômico de se apropriar de alguns elementos como a cor, oriunda da cultura popular obtida na favela da Mangueira. Se, formalmente, os desenhos de Claudia nos lembram dos desenhos minimalistas de Mira Schendel e Eva Hesse (também não poderia deixar de apontar os desenhos de Anna Maria Maiolino),a linha orgânica que distribui o desenho no espaço imaculado do tecido, reforça ainda mais o sentido ou a escolha das cores.Hélio usou e abusou dos tecidos multicolores, sobretudo do vermelho, do rosa e do verde, cores fartamente representadas nas casas e nas vestes dos moradores das favelas. A experiência sensorial das obras de Hélio, sobretudo nos bilaterais, nos bólides e nos penetráveis, dava-se pelo contacto pela cor. Em Claudia, isto também acontece, pois a artista intensifica o olhar do espectador ao seguir as linhas coloridas que ora se misturam, ora se separam, depois reencontram-se na infinitude."
Paulo Reis, Lisboa