|
fevereiro 4, 2011
4º Edição do Prêmio Marcantonio Vilaça - Selecionados
4º Edição do Prêmio Marcantonio Vilaça - Selecionados
Comissão de Seleção do 4º Prêmio CNI SESI Marcantonio Vilaça para Artes Plásticas, promovido pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), definiu nesta terça-feira, 2 de fevereiro, os 30 finalistas da edição 2011/2012.
Juri de seleção: Grace Maria Machado de Freitas, Fernando Oliva e Josué de Mattos e teve a
Coordenação: Celso Fioravante.
Os finalistas da edição 2011-2012 são:
Ana Elisa Egreja – São Paulo
André Komatsu – São Paulo
Angela Conte – São Paulo
Bruno Faria – Pernambuco
Bruno Vilela – Pernambuco
Carla Zaccagnini – São Paulo
Carlos Eduardo Felix da Costa (Cadu) – Rio de Janeiro
Cristiano Lenhardt – Rio Grande do Sul
Deyson Gilbert - Pernambuco
Elder Rocha – Distrito Federal
Felipe Cohen – São Paulo
João Loureiro – São Paulo
Jonathas de Andrade - Pernambuco
Laerte Ramos – São Paulo
Laura Andreato – São Paulo
Laura Belém – Minas Gerais
Marcelo Moscheta – São Paulo
Marcelo Solá -Goiás
Marcius Galan – São Paulo
Marcone Moreira - Pará
Maurício Ianês – São Paulo
Michel Zózimo da Rocha – Rio Grande do Sul
Nazareno Alves – São Paulo
Paulo Nenflídio – São Paulo
Rodrigo Matheus – São Paulo
Tamara de Souza Andrade – São Paulo
Tiago Judas – São Paulo
Vicente de Mello – Rio de Janeiro
Wagner Malta Tavares – São Paulo
Walter Wagner - Paraíba
A Comissão de Seleção do 4º Prêmio CNI SESI Marcantonio Vilaça para Artes Plásticas, promovido pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), definiu nesta terça-feira, 2 de fevereiro, os 30 finalistas da edição 2011/2012. O júri foi composto pelos especialistas em arte contemporânea Grace Maria Machado de Freitas, Fernando Oliva e Josué de Mattos e teve a coordenação do curador, Celso Fioravante.
O estado de São Paulo tem 17 representantes na final. Quatro artistas são de Pernambuco. Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul têm dois classificados cada. Os estados do Pará, Paraíba, Minas Gerais, Goiás e o Distrito Federal contam com um finalista. “A presença de classificados de todas as regiões revela que nossa proposta está consolidada”, avalia a gerente de Cultura do SESI, Cláudia Ramalho.
Ainda neste mês será formado um novo júri, que escolherá os cinco vencedores. Os premiados serão selecionados no início de março, em Goiânia, durante a última exposição itinerante do Prêmio anterior, no Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás (UFG). Realizado de dois em dois anos, o prêmio, que concede bolsa de trabalho de R$ 30 mil para cada um dos escolhidos, prevê duas etapas. No primeiro ano de trabalho, críticos e curadores de arte orientam os vencedores na produção de suas peças. No segundo ano, são realizadas exposições itinerantes por seis capitais.
Respondendo aos comentários, publicamos o mapa regional das inscrições desta 4º Edição do Prêmio Marcantonio Vilaça.
O total de 508 inscritos se dividem pelos estados brasileiros na seguinte proporção:
Acre - 2 (0,39%)
Amazonas - 2 (0,39%)
Bahia - 6 (1,18%)
Ceará - 8 (1,57%)
Distrito Federal - 15 (2,95%)
Espírito Santo - 11 (2,16%)
Goiás - 8 (1,57%)
Maranhão - 1 (0,19%)
Mato Grosso - 3 (0,59%)
Minas Gerais - 63 (12,40%)
Pará - 6 (1,18%)
Paraíba - 5 (0,98%)
Paraná - 35 (6,88%)
Pernambuco - 14 (2,75%)
Rio de Janeiro - 100 (19,68%)
Rio Grande do Norte - 3 (0,59%)
Rio Grande do Sul - 24 (4,72%)
Rondônia - 3 (0,59%)
Roraima - 2 (0,39%)
Santa Catarina - 15 (2,95%)
Sergipe - 2 (0,39%)
São Paulo - 177 (34,84%)
Tocantins - 3 (0,59%)
Não houve inscritos de Alagoas, Amapá, Mato Grosso do Sul e Piauí.
Acompanhe a discussão sobre a "paulistização" do prêmio nos comentários desse post e também no blog Pitadinhas da jornalista e curadora carioca Daniela Name, nos seguintes posts:
17 paulistas????????? O prêmio se regionalizou e abriu uma vaga para alguns poucos restantes? O monopólio paulista se estabeleceu com toda força em um prêmio que era visto como esperança àqueles artistas que desenvolvem seus projetos nas "colônias", fora da ´"metrópole"e à margem do sistema comercial. O que aconteceu na última edição foi muito democrático e parecia que o Brasil iniciava a maturação analítica e descentralizada da sua produção. O mercado é autofágico. É uma vergonha e um desapontamento tremedo. São Paulo tem uma quantidade imensa de indivíduos que trabalham com arte, mas em especificidade crítica e epistemológica, faz perder por exemplo para o estado do Pará, coisa que Recife tb fazia, mas hoje com o assédio comercial crescente, já vemos o enfraquecimento crítico e a banalidade se ocupando dos jovens artistas dessa localidade. O mercado devora a alma do paulista e o torna cego para o seu entorno. New York, London, Berlin, são sua realidade. O Brasil não conhece o Brasil e a crítica paulista com 2 representantes nesta edição mostrou que o ponto é capital.
Posted by: Glauber Rocha at fevereiro 6, 2011 9:11 AMEu realmente não sei se o fato de terem 17 paulistas entre 30 selecionados se deve aos dois membros presentes na comissão. mas concordo inteiramente que é um dado preocupante, tendo em vista que é um "tipo" de produção muito previsível e marcada pelo pensamento mercadológico. isso, sim, preocupa-me. projetos, instituições e comissões que passam a atuar com pensamentos pautados, mesmo que algumas vezes de maneira inconsciente, por esse tipo de produção esquálida do ponto de vista da radicalidade e muito acomodada. vendo alguns nomes dos selecionados a gente pode perceber qual foi o "recorte" da comissão.
Posted by: Camila at fevereiro 7, 2011 12:37 AMAchei que esse prêmio buscasse artistas de várias idades e meios, alguns muito jovens, outros menos, mas todos meio "iniciantes" - sem muito exposição no mercado mesmo. Nessa lista estão pessoas que na maioria - francamente - têm galerias grandes, e muitas exposições de peso no currículo. A mensagem para a de artistas em geral, com essa lista é: não tentem, a não ser agenciados. Tem mais artistas representativos da Galeria Vermelho (4), por exemplo, do que representantes de alguns estados, mesmo de estados como o Rio de Janeiro (2) e Minas (1). Não é uma questão de qualidade, mas de transparência. Talvez esse júri de seleção devesse reler o que o prêmio, na sua fundação, tinha como proposta.
Posted by: Pinocchio at fevereiro 7, 2011 11:26 AMPalhaçada. A gente sabe que é normal muita gente boa ficar de forar, o chato é quando se vê coisa ruim no meio. aí não dá! Tem um pessoal muito bom na lista, mas tem alguns artistas aí, que são engodos de mercado e a gente sabe disso, coisa pra decorador. Acho que não precisa nem dizer quem são! Até quando...
Posted by: Carlos Andrada at fevereiro 8, 2011 12:27 PMCalma, gente!
Antes de darmos um veredito sobre a regionalização do prêmio, que tal conhecermos o mapa das inscrições?
Pode ser, eu disse pode ser, que o resultado espelhe a proporção das inscrições. Ou seja, que São Paulo tenha sido responsável por mais da metade das inscrições.
O Canal vai pedir o mapa das inscrições ao prêmio para ser publicado. Aguardem.
Posted by: Patricia Canetti at fevereiro 10, 2011 11:28 AMPAtrícia, adorei a iniciativa!!! Sugiro pra fazermos um mapa dos agenciados por galerias paulistas entre os selecionados, pois todos os representantes, pelo menos os do norte e nordeste são agenciados por galerias paulistas, o que leva a concluir uma influência de mercado nessa seleção. Sendo que Daniela já disse em seu blog que não são 17 paulistas e sim 20, já que 3 moram em sp há muito tempo. beijão!
Posted by: ana at fevereiro 10, 2011 8:04 PMQuerida Patricia
Quem são esses coitados que escrevem no seu site e não tem coragem sequer de assinar seu nomes?
Bjs
celso fioravante
Coordenação: Celso Fioravante? Seleção do tamanho do Mapa das Artes.
Posted by: macunaíma at fevereiro 11, 2011 11:26 AMCelso, acho que vc está certo em chamar aqueles que denunciam a coisificação e a banalização da arte pelo mercado(incluindo eu) de coitados. Um sujeito que prega o seu grande negócio de Salão dos artistas sem galeria, fazendo fofocas a la Leão Lobo e enchendo os bolsos fazendo lobby de galeristas.
Faça-me o favor, mantenha-se atrás da máquina registradora e deixe as idéias com aqueles pobres coitados que ainda acreditam na arte.
P.S. A INTERNET É UM LUGAR LIVRE PARA A DIALÉTICA, A TROCA DE IDÉIAS, O ANONIMATO POSSIBILITA QUE O FOCO FIQUE NAS IDÉIAS E NÃO NA AUTORIDADE E NO PRESTÍGIO ECONÔMICO DAQUELES QUE AS EMITEM.
Posted by: strommer at fevereiro 11, 2011 11:57 AMCara Patrícia
Vc deveria pelo menos ler os posts antes de comentá-los. Coitados são aqueles que usam pseudônimos ou nomes sem sobrenomes para chafurdar o trabalho dos outros sem se exporem. Isso não é democracia. Isso é omissão e irresponsabilidade. Você não pode falar de máquina registradora pois mama eternamente nas tetas na Petrobras, que banca seus delírios e suas viagens entre Rio e São Paulo. Eu, pelo menos, tenho orgulho de não depender do dinheiro público pra manter minhas atividades, pois sei muito bem diferenciar o que é público do que é privado.
Cara Patrícia
Desculpe meu e-mail anterior, mas fiquei nervoso porque vc não leu meu post com atenção. Coitados são aqueles que tem medo de assinar suas posições. Não é o seu caso, pois vc assina seus posts. Tb não posso aceitar qq relação com caixa registradora, pois, infelizmente, iniciativas como o Salão dos Artistas Sem Galeria e o Mapa Rio sempre deram prejuizo e só foram mantidas graças ao Mapa São Paulo. Também nunca comentei o teor jornalístico do Canal Contemporâneo... Vc não precisava comentar o teor do Mapa das Artes... Enfim, me desculpe a grosseria. Não vamos transformar uma discussão tão entusiasmante em uma briga entre Rio e São paulo.
att
celso fioravante
Pessoas,
Não sei se meu nome ou sobrenome são válidos para a discussão, mas ainda assim resolvi opinar.
Omissão e comentários nervosos não são nada democráticos, apenas desrespeitam uma discussão que poderia ser proveitosa ao invés de tornar-se uma baixaria.
O Prêmio Marcantonio Vilaça para atingir o seu propósito (o do edital) deveria antes de mais nada percorrer o Brasil amplamente divulgando em todos os estados condições de participação, as edições anteriores... além de, já nas andanças, selecionar jurados de todas as regiões (e porque não estados) para a seleção e premiação.
Eu considero que assim o número de inscrições aumentaria muito e o processo de seleção se tornaria realmente democrático.
Nos moldes de hoje é claro que teremos mais paulistas, os inscritos de SP são a maioria e também os mais informados do edital... sem falar da proximidade dos críticos com a produção dos selecionados, é claro que escolhem aqueles que conhecem com maior propriedade, o trabalho.
Também, e ainda que a maior divulgação do prêmio aconteça, é preciso que os outros estados não se intimidem com SP (nada sadio o combate, vamos ao debate!)... os artistas de outros estados (como eu, do Rio Grande do Sul) não podem frustrar-se pelo sistema/modelo de seleção (obiviamente paulista) devem sim é aumentar as inscrições; é preciso mostrar o verdadeiro potencial de todas as regiões antes de duvidar das escolhas de supostas comissões examinadoras. Vamos combinar que 30 e picos do sul, 20 e picos do norte, 30 e picos do nordeste e mais 20 e picos do centro oeste (suposição) são bem contrastantes com 300 e picos do sudeste!
Aumentemos nossa participação, não no sudeste e sim no Brasil.
Bom, são essas minhas considerações... muita calma e mais conversa proveitosa!
BonGiovanni
Posted by: Giovanni Ferreira de Souza at fevereiro 11, 2011 9:43 PMCaro Giovanni
Sua opinião pertinente e seu bom senso são fundamentais na discussão. O Prêmio CNI-SESI Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas tem feito o que vc sugere. O edital é amplamente divulgado em todas as etapas da itinerânia, que percorre todas as regiões do país, nas unidades do SESI espalhadas por todo o território nacional, na web (sites, blogs, facebook etc) e em outras mídias geradas pela assessoria de imprensa. O prêmio se preocupa muito ainda com os vícios das seleções e por isso escolhe um júri para a seleção e outro para a premiação, sempre com representantes de várias regiões. Em nenhuma edição anterior e nem na atual aconteceu de dois membros do júri serem do mesmo Estado. Mas infelizmente boa parte do Brasil ainda não tem acesso à informação e por isso sempre predomina a presença paulista, muito embora a CNI-SESI seja uma instituição baseada em Brasília com atuação em todos os Estados da federação. Espero que os artistas de todo o Brasil ouçam seus conselhos e se inscrevam nas próximas edições e nos salões do Brasil inteiro, pois o Salão é ainda hoje uma das poucas oportunidades que um artista emergente tem de ter seu portfólio ao menos visto por um crítico ou curador.
Celso Fioravante
Celso, o discurso institucionalizado não responde À questão. Nós temos um dado empírico aqui que nos chama a atenção como uma bofetada, um dado empírico que nos remete a uma conclusão política, como é todo exercício de júri:
- 2 terços dos indicados a um prêmio nacional, pertencem a um único estado, dentre os 26 do país (inclusive na página do facebook, dizem ter recebido inscrições dos 26(??), o que me parece estranho). Mesmo que artistas do Rio não tivessem se inscrito, ao ver pela primeira vez 2 paulistas no júri,ainda assim teríamos artistas de alto nível e outros de nível parelho aos selecionados, que se inscreveram de todas as regiões do país, ou será que vc nega a existência deles?
Qualquer júri de prÊmio ou curadoria de mostra nacional é um exercício político que reverbera. Ao escolher 20 artistas radicados em São Paulo e mais 10 agenciados pelo mercado paulista, o Prêmio nos diz uma coisa: É A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO MERCADO. Assim como li num post anterior do "Pinocchio"(conta uma verdade, irônico não?), a mensagem dada pelo prêmio nessa edição é: "Não tente senão agenciado". Nas últimas edições, esse exercício político de buscar o diálogo com as realidades de produção e pensamento de todas as regiões do país e de dar voz ao marginal, àquele que produz fora do eixo, que ocorreu em pelo 2 edições do prÊmio, inclusive na última, NOS POSSIBILITANDO UM SOPRO DE AUTÊNTICIDADE(se é que posso usar esse termo tão estranho à nossa questão)DE UMA PRODUÇÃO SEM RABOS PRESOS CONTEMPLADA, com a surpresa de uma pintura entusiasmante de Eduardo Berliner (que contrasta com a placidês opaca e acomodada da pintura banal de mercado paulista ou da pintura ruim, disfarçada de bad boy de boutique, a outra moeda do mercado, presentes), Com um trabalho político e tão forte como o de Armando Queiroz(PA), e na subversão inquietante e genial de Yuri Firmeza(CE). Essa possibilidade se foi e São Paulo vai vislumbrar o Brasil tal qual Narciso no espelho d'água. Perdemos todos. A SPArte agradece.
Celso,
não concordo com a ampla divulgação que tu disseste, sou do RS, Porto Alegre e aqui não ocorreu nenhum tipo de amostragem sobre o prêmio, e duvido muito que isso tenha ocorrido em estados ainda mais distantes; é nítido pelo número baixo de inscrições, um país com tamanha diversidade cultural e uma imensidão de artistas... teria no mínimo umas 2000 inscrições (cito o caso do Edital Rumos). Lembro que somente cartazes nas sedes CNI-SESI não funcionam. A divulgação eletrônica é muito importante mas não esclarece a grandiosidade do prêmio... atividades mais expositivas do edital, debates, palestras em universidades, conversas com artistas e exposições itinerantes das edições anteriores em TODOS OS ESTADOS, aliado a um processo claro na escolha dos críticos com certeza apresentaria uma edição brasileira do Prêmio!
Desculpa Celso, pode até existir uma preocupação com vícios de seleção, mas ainda o processo responde a demandas de São Paulo, só falar do problema não basta é preciso resolvê-lo. Talvez tu não percebas porque convive nesse sistema.
Também não concordo com esse mercantilismo apontado aos selecionados... questões de mercado... não sou um especialista no assunto mas o Brasil, São Paulo, não tem um sistema forte de mercado de arte (talvez isso nem exista no mundo) e o que vejo é um ti ti ti entre artistas e curadores. Exposições em galerias, leilões e feiras movimentam uma parcela mínima na economia que é a da arte, mantida realmente por incentivos públicos e/ou privados. Portanto, vejo que as atuais escolhas apontam para proximidades entre o trabalho desses artistas com a experiência o júri.
E convenhamos, o sistema paulista por vezes esquece que o trabalho artístico é feito para público e não como um brinquedo de troca entre curadorias excêntricas e artistas famintos por mercado. Expor à sociedade!
Continuo insistindo que o Brasil está em todas as regiões e devemos olhar para cada estado com o mesmo respeito. Economia e arte não são, nem devem ser, equivalentes na produção artística de um país.
E chega de dor de cotovelo em relação à SP, paulistas também são brasileiros e não podemos diminuir a discriminação com os outros estados devolvendo a mesma moeda... se nessa edição e em muitos outros editais esse tipo de erro acontece, vamos trabalhar para que não se repita, mostrar nossa produção.
Bora produzir brasileiros!
BonGiovanni
Caro Strommer
Desculpe, mas vc escreve como se fosse o dono da verdade, mas de uma verdade que só convém a você e aqueles que se sentiram preteridos na 4ª edição do Prêmio CNI-SESI Marcantonio Vilaça. Mas segue outro dado empírico: na primeira edição do Prêmio, apenas três cariocas foram selecionados e dois deles ganharam (mais uma paulista, uma mineira e uma gaucha); na segunda edição, seis cariocas foram selecionados e dois deles ganharam (mais uma dupla paulista, um pernambucano e uma mineira), na terceira edição foram cinco cariocas selecionados e dois vencedores (mais dois paulistas e um paraense)... Os cariocas dominaram as premiações, mas nem por isso houve qualquer questionamento sobre a idoneidade do júri ou do Prêmio como você está fazendo. Por que será? Mas vc tem razão sobre o número dos Estados inscritos. Foram 22 mais o Distrito Federal. O Prêmio não recebeu inscrições de Piauí, Mato Grosso do Sul e Amapá. Vou solicitar a correção disso. Mas vc se engana ao dizer que há dois paulistas no júri. O júri de seleção foi formado por Josué Mattos (SC), Fernando Oliva (SP) e Grace de Freitas (DF). Também se engana ao dizer que, além dos 20 paulistas, os outros dez artistas são agenciados pelo mercado paulista. Você deve estar muito bem informado, pois nem eu sei quem em São Paulo agencia os seguintes artistas: Angela Conte, Bruno Vilela, Cadu, Cristiano Lenhardt, Deyson Gilbert, Elder Rocha, Michel Zózimo da Rocha e Walter Wagner. De toda forma, torço para que sua afirmação um dia se torne realidade e que todos tenham uma galeria em São Paulo (e outra no Rio). Na minha opinião, não acho que exista institucionalização do Prêmio ou do circuito de arte. E se um dia houver, espero que os cariocas não entrem nessa, pois o charme e a força do Rio está justamente em sua auto-suficiência. No Rio vemos mostras realizadas em apartamentos que entram para a história... No Rio temos artistas poderosos, como Alexandre Vogler, que é anti-instituição de nascença... E o Jarbas Lopes, e o Cabelo... E tinha a Márcia X... E devem ter tantos outros que produzirão obras de qualidade sem o aval do mercado... Espero que continuem assim e que muitos deles se inscrevam na próxima edição do Prêmio, pois certamente será enriquecedor para as duas partes. Pra terminar, obrigado por suas considerações sobre as obras do Berliner, do Armando e do Yuri.
Abraços
Celso Fioravante
Oi Giovanni
Porto Alegre esteve na itinerância da primeira edição do Prêmio e desde então o Prêmio recebe muita atenção do Estado, inclusive com pedidos de retorno da mostra. Nesta edição tivemos 24 inscrições do RS, que só perdeu para SP, RJ, MG e PR. Não cabe comparar o número de inscrições do Rumos com o Prêmio. São propostas diferentes e os artistas sabem disso. É preciso saber diferenciar as propostas de um salão, de um edital de ocupação de espaços, de uma residência, de um prêmio, de um levantamento e documentação de artistas... Certamente cartazes apenas não bastam para a divulgação, mas tenha certeza que a organização sempre trabalhou arduamente para a divulgação do prêmio, tendo sido divulgado neste Canal Contemporâneo e em vários outros veículos. Suas sugestões são ótimas, mas não cabe à CNI-SESI atender a todas. Isso tb é papel das galerias, das instituições, do MinC, das universidades, mas para isso é necessário que todos se envolvam e prestigiem esses eventos. A CNI e o SESI estão fazendo a sua parte e muito bem feita. Vc tem toda a razão ao falar do mercado de arte, que é incipiente em São Paulo e no Rio de janeiro e inexistente (por não ser explorado) no resto do Brasil. As pessoas falam como se a SPArte fosse a salvação da lavoura! Pensam muito pequeno... Querem ser vistos naqueles cinco dias de burburinho e esquecem o resto do ano. Eu fujo desse ti ti ti, pode ter certeza. Vc também tem razão ao dizer que o júri tem suas escolhas, mas não poderia ser diferente. Pior seria a instituição ser invasiva no processo e determinar que este ou aquele artista deste ou daquele Estado deveriam estar na lista. Isso seria extremamente danoso a qualquer iniciativa e garanto que isso nunca aconteceu no Prêmio. Vc pode ter certeza que o Prêmio está olhando para todos os Estados do Brasil com o máximo do respeito, levando suas mostras para locais que nunca viram uma mostra de arte contemporânea, selecionado júris plurais, reabrindo museus, dando condições para que recebam mostras futuras, fomentando acervos... Não conheço nenhuma instituição que esteja fazendo isso pela arte contemporânea...
Abraços
Celso Fioravante
Celso,
concordo que o trabalho deve ser em conjunto para a realização de propostas como a do prêmio. Não tiro o mérito já alcançado e também não estou exigindo as sugestões, apenas as pontuo porque considero que mostrar soluções é melhor que conduzir confronto entre estados.
Quando citei o Rumos, não estou comparando propostas, não sou leigo para não diferenciar editais... e sim do trabalho que a organização do projeto fez, as incrições foram numerosas devido a uma efetiva circulação do programa do Rumos por várias regiões do Brasil. E essa foi a dica circulação real!
Aproveito para parabenizar muito do trabalho que o CNI SESI vem fazendo e também aos selecionados da 4ª edição, conheço muitos trabalhos da lista e tenho certeza do merecimento deles! Nesta edição não me inscrevi mas na próxima vou aumentar a lista dos inexpressivos 24!
BonGiovanni
Caro Celso,
Acho que é você que não lê os posts com atenção... Eu publiquei apenas um, o que dizia calma gente, e você se confundiu achando que todos os comentários eram meus...
Sinceramente, não sei o que dizer desse seu vômito direcionado a minha pessoa...
Quanto à minha vida em ponte aérea, posso te assegurar que ela não é sustentada por dinheiro público, outra grande confusão de sua parte... o patrocínio da Lei Rouanet ao Canal Contemporâneo, com proponência por pessoa física, por regra do MinC, não permite o pagamento do próprio proponente.
Da mesma forma que coloquei em meu único comentário neste post, gostaria de pedir a você que não julgasse as pessoas, nem a mim, nem aos outros, de maneira tão leviana.
Atenciosamente,
Patricia Canetti
Pra quem disse que não tiveram cariocas ou mineiros, a discrepÂncia na seleção absoluta de paulistas e radicados em são paulo se acentou após a comparação de que existiram sim inscritos substanciais no Rio, em Minas, no PAraná,e em outros estados no mapa dos inscritos. Como se não bastasse ver um membro da organização com desculpinhas vexatórias, manipulando informações como a da origem do catarinense radicado em SP, assim como dos artistas citados por ele sobre o questionamento de agenciamento paulista, onde entre estes, a zipper estava, a mesma do júri dos"sem galerias", isso pra n dizer mais. Sem desculpas. A idéia é premiar artistas que estejam na feira internacional paulista. Com essa contribuição Patrícia, podemos encerrar as suspeitas e agora sim, chegar a hipóteses nada otimistas sobre os rumos dos editais. Se a constatação da deficiência crítica do cenário nacional é quase unânime, vemos agora a constatação de que a influÊncia de mercado, antes mais discreta, mas sempre presente, agora é patente. Dinheiro é poder.
Posted by: strommer at fevereiro 16, 2011 6:51 PMAo Sr. Fioravante, é completamente CHOCANTE a natureza dos seus comentários.
O problema é que o tom ameaçador e debochado de ataque não convém com uma atitude profissional. É possivel descordar, sim. Esse fórum é público. Sinceramente não posso compreender porque o ataque `a Sra. Canetti, óbviamente as suas palavras estão aquém qualquer resposta.
Independentemente da situação Prêmio Marcantônio Vilaça/SP/galerias, todos questionamos os FATOS empíricos/numéricos que nos foram presentados.
O tom de ataque pessoal apenas faz um membro da comissão julgadora parecer tirânico e despótico, o que infelizmente nos remete ao ditado "onde há fumaça, há fogo".
Tendo em vista a perigosa situação política na qual estão inseridos, os artistas escolhem ficar em anonimato. Melhor anonimato digno, do que assinatura falsa.
Posted by: Pinocchio at fevereiro 16, 2011 10:10 PMQue vergonha... seleção de prêmio pipa isto daí!!!
E o Sr.Celso fazendo tombar vertiginosamente a imagem que o Prêmio construiu ao longo das primeiras edições do alto de seus comentários pra lá de equivocados.
Pobres coitados de todos aqueles que ainda acreditavam ingenuamente no sistema das artes brasileiro... quer dizer, paulista.
lendo todos ou quase todos os comentários, vi que as pessoas são unamimes em afirmar. tá certo São teve mais participantes, então é mais correto que haja mais selecionados, mas percentualmente falando em fiz uma comparação entre São Paulo e Mato Grosso e vejam só, Cuiabá tem uma população de aproximadamente 551350 habitantes e participou com 3 artista, São Paulo tem 11253503 e participou com 177 artista o que dá para cada cidade respectivamente 0,001% participantes cuiaba, e 0,00001 % participantes para São paulo, ou seja.
Percentualmente falando a particiáção não foi maior, cuiaba teve um percentual maior se comparado ao seu numero de habitantes.
É uma pena que o premio tenha virado o que virou, era um sonho para todos do jeito que estava.
Agora minha sujestão é que façam por percentuais de participação o que acham?
abraços a todos
Posted by: Fabiola henri mesquita at julho 10, 2011 10:24 PM