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março 20, 2009
Selecionados 2009 dos Clubes de Colecionadores de Gravura e Fotografia - MAM-SP
Comissão de seleção
Cauê Alves (gravura) e Eder Chiodetto (fotografia)
Selecionados do Clube da Gravura
Albano Afonso (São Paulo - SP)
Arthur Luiz Piza (Paris - FR)
Ernesto Neto (Rio de Janeiro - RJ)
Fernando Lindote (Florianópolis - PR)
Nilo (Juazeiro do Norte – Cariri - CE)
Selecionados do Clube da Fotografia
Adriana Varejão (Rio de Janeiro - RJ)
Felipe Cama (São Paulo - SP)
João Castilho (Belo Horizonte - BH)
Tony Camargo (Curitiba - PR)
Rosângela Rennó (Belo Horizonte - BH)
O Museu de Arte Moderna de São Paulo promove anualmente seus Clubes de Colecionadores de Gravura e da Fotografia, hoje sob a coordenação de Fátima Pinheiro. A idéia da criação e do funcionamento dos clubes, comum em museus norte-americanos e europeus, é simples. Os interessados se associam a um dos clubes e passam a receber anualmente cinco gravuras ou cinco fotografias. A edição é de até 112 obras: 100 são distribuídas aos associados, 10 obras ficam com os artistas e 2 são doadas ao acervo do MAM, tanto das gravuras quanto das fotografias. A curadoria da área de gravura fica a cargo de Cauê Alves e, na área de fotografia, de Eder Chiodetto.
Entre 1986 e 2007, com a criação do Clube de Colecionadores de Gravura, pela artista Maria Perez Sola (o Clube de Colecionadores de Fotografia surgiu em 2000), entraram para o acervo do MAM 89 gravuras e 35 fotografias. Várias dessas obras já estiveram em exposições do acervo e em mostras externas.
Clube de Colecionadores de Gravura
Segundo o diretor do MAM, Tadeu Chiarelli, o clube “acolheu alguns dos principais artistas gravadores do Brasil -entre eles Maria Bonomi, Fayga Ostrower, Emanoel Araújo, Evandro Carlos Jardim, Anna Bella Geiger, Cláudio Mubarac e Laurita Salles-, ao mesmo tempo em que permitiu aos sócios do clube adquirir obras de artistas que comumente se expressam através de outros meios, como Tomie Ohtake, Arcangelo Ianelli, Luis Paulo Baravelli e Leda Catunda, entre outros”.
Chiarelli salienta ainda, em texto sobre história do clube, que “desde o início, o Museu sempre convidou artistas reconhecidos pela adoção de procedimentos gráficos como meio de expressão e, concomitantemente, artistas que nunca _ou raramente_ se utilizaram desses procedimentos. A idéia de propiciar ao sócio do clube obras de grandes nomes da gravura brasileira, e ao mesmo tempo, obras daqueles que, por se manifestarem sobretudo por meio da pintura, atingissem uma cotação mercadológica acima das possibilidades e/ou interesses do associado”.
O clube nasceu em 1986 dentro das atividades do extinto Departamento de Artes Gráficas do MAM. A partir de 1996, os critérios de escolha dos artistas para a participação no clube começaram a passar por algumas modificações. A primeira razão para essas mudanças deveu-se sobretudo à própria situação da gravura contemporânea em São Paulo, em meados dos anos 90.
Há exemplos que deixam clara a afirmação do diretor do museu: a obra “Faça você mesmo” (2000), de Paulo Climachauska, constituída de um kit democrático e interativo, leva o associado a grafar na parede um perfil figurativo, afixar um prego e colocar uma pedra sobre sua fina base. Outro exemplo é “Principia” (1997/2002), obra de Vik Muniz. A gravura se apresenta como um aparelho de madeira e couro com visor estereoscópico. Pelo aparelho pode-se visualizar organismos vivos falsos.
O interessado em se associar ao Clube de Colecionadores de Gravura paga à vista R$ 3.200 ou até 10 mensalidades de R$ 320. No decorrer do ano, bimestralmente, o sócio recebe a sua gravura.
Clube de Colecionadores de Fotografia
Criado em 2000 sob os mesmos moldes e inspiração do Clube de Colecionadores de Gravura, o Clube de Colecionadores de Fotografia propôs-se desde o início a divulgar os nomes mais importantes dessa arte. Apresentada em museus e galerias, a fotografia ainda hoje continua pouco colecionada no âmbito privado. O MAM atua no sentido de incentivar o colecionismo fotográfico.
Nos três primeiros anos do clube, a curadoria do museu propôs fotos em preto-e-branco e no formato 40 x 50 centímetros. Em 2003, os dois parâmetros não foram mais uma exigência. Trinta artistas já produziram fotografias para o clube, que foi iniciado por Tuca Reinés, Vicente de Mello, Rochelle Costi, Rômulo Fialdini e João Musa.
A adesão ao Clube de Colecionadores de Fotografia é feita através do pagamento anual de R$ 2.600 ou mediante o parcelamento em até 10 vezes de R$ 260. No decorrer do ano, bimestralmente, o sócio recebe a sua fotografia.