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fevereiro 26, 2009
Prêmio Marcantonio Vilaça - Entrevista com o artista premiado Eduardo Berliner
Entrevista por emeio feita por Ananda Carvalho especialmente para o Canal Contemporâneo.
Ao acompanhar a premiação do Prêmio Marcantonio Vilaça, nos questionamos sobre o papel dos prêmios e o estado da arte contemporânea. O Júri de seleção do Prêmio não escolhe um projeto a ser desenvolvido, e sim, avalia os portfolios. Cada artista recebe uma bolsa de R$30 mil para dar continuidade ao seu processo ou para aventurar-se em novas pesquisas. Esse processo será acompanhado por um crítico escolhido a partir de três sugestões do próprio artista. Convidamos os artistas premiados e os membros do júri a exporem suas idéias.
Canal / Ananda Carvalho - Quais temas, projetos ou características pretende desenvolver ao longo deste ano?
Eduardo Berliner - Ainda não defini um projeto. Ao longo dos últimos dois anos venho trabalhando questões referentes à memória e fragmentação através da pintura. Em 2009 meu trabalho provavelmente manterá algum nível de diálogo com este assunto.
Normalmente inicio meu trabalho através da observação do meu entorno guiado por curiosidade, estranhamento, dúvida ou desconforto. Em seguida costumo registrar meus pensamentos em cadernos utilizando desenho, colagem, escrita e fotografia. Neste processo misturo coisas que vejo com outras que apenas lembro vagamente, de forma nebulosa e distorcida.
Do acúmulo de registros diários lentamente forma-se uma trama de relações. Em certos cruzamentos sou sensibilizado por algum tipo de atrito perceptual. Baseado neste tipo de experiência separo meus registros visuais em grupos e depois os fixo na parede do atelier. Em seguida começo o processo de pintura em si.
Venho trabalhando com grupos de no mínimo três telas para que eu possa avaliar por analogia o desenvolvimento das pinturas. Ao longo do processo permito que elementos inicialmente separados para uma determinada tela migrem para outras. Dentro do tipo de pintura que desenvolvo considero este fator desejável pois fico mais interessados em trabalhos que sofrem mudanças de rumo em relação ao meu plano inicial. Estas permutações funcionam também como metáfora dos choques imprevisíveis entre nossas memórias e a enorme quantidade de estímulos sensoriais que nos deparamos diariamente ativa ou passivamente.
Ocasionalmente ao longo do desenvolvimento do trabalho uma das telas começa a apontar em outra direção. Esta mudança pode ocorrer por meio de atitudes intencionais norteadas pela natureza do assunto escolhido ou atraves da reflexão sobre algo que parecia errado ou inútil em determinada etapa do projeto mas que posteriormente demonstrou ser uma nova possibilidade a ser trabalhada. Então o processo de anotações e registros continua agora guiado por um novo foco de curiosidade.
Canal / Ananda Carvalho - Quais foram os orientadores que indicou para acompanhar o seu trabalho?
Daniela Labra, Fernando Cocchiarale, Agnaldo Farias
Leia também a entrevista com o artista premiado Yuri Firmeza
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Estou realizando um estudo a respeito do acaso nas produções artísticas e gostaria de ter uma forma de contato com o Eduardo Berliner, já que ele se referiu ao aproveitamento de seus "erros" durante seu processo de criação. Agradeço a atenção e aguardo contato.
Posted by: Aidê Zorek at março 28, 2010 10:30 PMGostei muito do trabalho do Eduardo Berliner. Como posso entrar em contato com ele para comprar um quadro?
Atenciosamente
Sergio Freitas de Almeida
11 - 3145-2626 9979-9929
sergiofreitas@tcu.gov.br
Como posso adquirir trabalhos de Eduardo Berliner?
Meu e-mail é lucas.niamey@yahoo.com.br
lucas.
Posted by: lucas niamey at maio 28, 2011 11:54 AMHá visivelmente um monte de identificar com isso. Eu suponho que você fez alguns pontos ótimas características também .
Posted by: buy anabolics steroids online at novembro 1, 2011 12:22 PMasdas
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