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novembro 21, 2020
Programação paralela da mostra Filme-fátuo, de Dirnei Prates, na Adelina, São Paulo
Atividades envolvem as artes visuais, o cinema e a História da Arte
A mostra Filme-fátuo, do artista visual gaúcho Dirnei Prates, que tem visitação até 5 de dezembro de 2020, na Adelina Instituto, em Perdizes, em SP, tem uma programação paralela de atividades. A exposição faz parte do projeto Perímetro, organizado e curado por Mario Gioia.
No dia 7 de novembro, 15h, haverá o ciclo de Filmes Online com Dirnei Prates e Nelton Pellenz. Neste encontro os parceiros do coletivo Cine Água, apresentam ao público uma seleção dos trabalhos desenvolvidos no coletivo. Inscrições gratuitas pelo www.sympla.com.br/adelina.
Atuante desde 2006, o Cine Água é um Coletivo formado pelos artistas Dirnei Prates e Nelton Pellenz, com trabalhos envolvendo propostas em vídeo, fotografia, instalações e organização de mostras em espaços pouco ortodoxos. O coletivo vem discutindo questões que buscam a diluição das fronteiras entre o cinema e as artes plásticas. A água, referência sempre presente, é o elo que une uma série de ideias a respeito de deslocamento, lugar, tempo e memória. Entre as exposições do duo, destacam-se: Cinema do Acaso, no Museu Victor Meirelles, em Florianópolis/SC, Caos e Efeito, na Galeria Itaú Cultural, em São Paulo/SP, e Marestesia (na Galeria Ecarta) e Aquaplay (na Galeria Iberê Camargo), ambas em Porto Alegre/RS. Salas de Chuva, contemplada com o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea, na galeria Fayga Ostrower, em Brasília/DF. Participaram das mostras Eu Não Quero Ser Cineasta, com curadoria de Gustavo Spolidoro para o Vivo arte.mov, na sala PF Gastal, em Porto Alegre/RS. Vivem e trabalham em Porto Alegre/RS.
No dia 21 de novembro, 15h, acontece o encontro online "Olhar centrífugo: margem, fundo, profundidade com Lúcia Monteiro". Neste encontro, conversaremos sobre a tênue fronteira entre tradição cinematográfica e história da arte, Dirnei Prates convida a um deslocamento das modalidades habituais de olhar: do centro para a periferia do quadro; do evento para suas margens; do primeiro plano para o pano de fundo. Trata-se de um sofisticado gesto político, que Lucia propõe pensar em diálogo com o trabalho de cineastas-artistas como Chantal Akerman, John Akomfrah, Ana Vaz, Karim Aïnouz, Marcelo Gomes e Lav Diaz. Inscrições gratuitas pelo www.sympla.com.br/adelina.
Lúcia Monteiro é professora do curso de cinema da Universidade Federal Fluminense. Doutora em cinema e audiovisual pela Universidade Sorbonne Nouvelle Paris 3 e pela Universidade de São Paulo, fez pesquisa de pós-doutorado na USP e na Universidade de Grenoble. Como curadora, realizou as mostras África(s), cinema e revolução; África(s), cinema e memória em construção e A Caliwood de Luis Ospina, entre outras. É co-organizadora de diversos livros, entre os quais Cinema, estética, política e as dimensões da memória (Sulina, 2019), reunindo pesquisas na interseção entre cinema e história, e Oui, c'est du cinema / Yes, It's cinema (Campanotto, 2008), sobre as relações entre cinema e arte contemporânea.
E no último dia da exposição, 5 de dezembro, haverá um bate-papo com o artista, o curador e o crítico de fotografia Ronaldo Entler, às 14h, e uma apresentação do DJ Eric Frizzo, às 15h30, ambas atividades serão transmitidas ao vivo pelo youtube.com/Adelina Instituto.