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março 3, 2010

Programação Dynamic Encounters // Rio de Janeiro

DYNAMIC ENCOUNTERS // RIO DE JANEIRO

11 a 14 de março de 2010

informações: 21-2553-3748 / 2553-9224
contato: wats352@attglobal.net / bcawats@attglobal.net

Programação*
sujeita a alteração de acordo com a agenda do artista

11 março
LIA RODRIGUES
[PALESTRA DA COREOGRAFA / auditório da EAV Parque Lage]
Fundada em 1990, a Lia Rodrigues Companhia de Dança ajudou a construir uma linguagem para a dança contemporânea no Brasil e hoje é reconhecida nacional e internacionalmente. Suas atividades sempre foram pautadas pela reflexão, sensibilização para as questões da arte e formação de novas platéias. (texto do site www. hotsitespetrobras.com.br/cultura)

JOÃO MODÉ
[PALESTRA DO ARTISTA / auditório da EAV Parque Lage.]
“Há uma ordem quase imperceptível que rege coisas e acontecimentos díspares.
Um enredo que se dá sob a forma de eventos discretos e interligados como o tilintar incessante das garrafas do caminhão de bebidas em sua rota noturna, lembra? A lista é infinita... as redes estão em toda parte. Do cérebro ao verbo. Da linguagem em geral às relações inter-pessoais e daí para as redes que nos enredam a todos, indistintamente, e no mundo inteiro. Porque a verdadeira pedra de toque desse projeto, literalmente, aquilo que o faz melhor do que todos aqueles que lhes são semelhantes, é o modo como ele dissolve o seu autor nos outros, acendendo neles o mesmo olhar que João Modé devota às pequenas coisas, a começar pelo gesto pequeno e nítido através do qual eu me uno, ou me embaraço, tanto faz, àquele que me é próximo.” Agnaldo Farias.

MARCO VELOSO
[PALESTRA DO ARTISTA / auditório da EAV Parque Lage]
Os desenhos de Marco Veloso revelam grande domínio técnico, fruto de intensa disciplina de trabalho. A obra é essencialmente visual como linguagem, e demonstra o inteiro domínio profissional. Marco Veloso não dá títulos as suas seqüências, chamadas assim por serem agrupadas seguindo uma ordem de leitura. Isto, entretanto, não impede que o olhar salte de um elemento para outro, ou “escorregue” em diagonal, provocando uma sensação de turbilhão. Ou, ainda, que o olhar fique fixado momentaneamente em uma imagem que nos atraia mais do que outras. O trabalho de Marco Veloso sempre instiga uma reação, uma curiosidade, e a vontade de olhar mais e mais, e descobrir. Texto do site do Canal Contemporâneo.

12 março
GLORIA FERREIRA _ sobre trabalho do NELSON FELIX
[PALESTRA / Cavalariças da EAV Parque Lage]
Crítica de arte, curadora independente e professora da Escola de Belas Artes/UFRJ. Doutora em História da Arte pela Universidade de Paris I – Sorbonne. Publicou artigos
em diversas revistas nacionais e internacionais, é co-editora da revista Arte & Ensaios
e dirige a Coleção Arte + (Jorge Zahar Editor).

“Cavalariças” de Nelson Felix ... “Necessariamente, um experimento de escultura tem a ver com dois fatores básicos do mundo da vida: o transitório e o permanente. Assim como toma posse das cavalariças, procura torná-las intrínsecas à sua forma, a escultura passa também a impressão de que acaba de chegar. E, no devido tempo, vai partir. Está exposto o paradoxo: escultura plena, coisa única, ela se sabe contudo uma ocorrência, um acontecimento que não sobrevive à sua apresentação. Íntegra, ela só vem a sê-la porque absorve o tempo heterogêneo, as instâncias díspares de seu processo de produção. E porque resiste à falsa segurança do futuro, a seus apelos enganosos. Ao futuro, reserva só uma resposta: uma versão diferente de si mesma. Tudo é a escultura pronta e, no entanto, ela é indissociável de um percurso físico e mental, uma série de manobras poéticas ( vamos chamá-las, por enquanto, manobras) que a preparam, ou melhor, a ela respondem por antecipação. Manobras que conduzem o artista, casual mas compulsoriamente, a cinco pontos predeterminados do planeta. Cavalariças, daí a sua condição ímpar, encerra o ciclo, conclui o périplo. Todo o trânsito desconcertante, a ansiedade e a euforia que o acompanham, convergem para a forma final, porém aberta, prospectiva, da escultura. Há que dizê-lo de uma vez, embora sob o risco do contrassenso: a sua independência, sua autonomia plástica, depende justamente dos deslocamentos imaginativos que a precedem. Ronaldo Brito, extrato do texto para o catálogo da exposição.

LUIZ ZERBINI
[VISITA AO ATELIÊ]
“Transitando facilmente da pintura à escultura, à instalação e de novo à pintura, Zerbini é um autêntico reflexo da ansiedade do pintor contemporâneo. Dono de uma paleta rica e luminosa, ele produz desde imagens de cenas domésticas, paisagens naturais e urbanas até imagens de sentido mais obscuro ou mesmo abstratas. Zerbini justapõe estilos e técnicas, padrões orgânicos e geométricos, campos de luz e sombra, produzindo efeitos óticos que convidam à contemplação.” Texto do site da Galeria Fortes Villaça.

CADU
[VISITA AO ATELIÊ]
“Entre o intelecto e a sensibilidade, o projeto e o resultado, a regra e a aplicação,
Cadu concebe e realiza sua obra. Num caminho diverso ao do subjetivismo confessional predominante na produção contemporânea, ele cria cada trabalho a partir de uma regra explícita, qual a de um jogo, cujos resultados são sempre visuais. Em seguida aplica-a, j
á que tem sido seu único e principal jogador.

Sua poética caracteriza-se, pois, pela subordinação da ação plástica à idéia (ou conceito) e, portanto, pela convicção de que, no caso de seu trabalho, a criação deve ocorrer no limite entre a ideação de regras e a feitura: não no fazer puro e simples.” Fernando Cocchiarale.

13 março
LUIZ ALBERTO OLIVEIRA
[PALESTRA / auditório da EAV Parque Lage]
Físico, Doutor em Cosmologia (CBPF),Pesquisador do Laboratório de Cosmologia e Física Experimental de Altas Energias (LAFEX) do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF/MCT), Rio de Janeiro, Pesquisador associado do Programa Transdisciplinar de Estudos Avançados (IDEA) da Escola de Comunicação da UFRJ (ECO/UFRJ), Professor de Epistemologia, História e Filosofia da Ciência, Coordenação de Formação Científica do CBPF, Consultor Científico do Museu de Astronomia e Ciências Afins - MAST/MCT, Editor Científico do Programa Globo Ciência (Fundação Roberto Marinho), Consultor Científico do Canal Futura de Teleducação, Professor convidado da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro, Membro organizador e conferencista da Universidade
Livre do Rio de Janeiro.

ERNESTO NETO
[VISITA AO ATELIÊ]
As instalações abstratas de Ernesto têm materiais vários que vão do algodão ao nylon, representado normalmente formas que são praticamente orgânicas. Ocupando praticamente todo o espaço da exposição, as suas composições fundem-se com o ambiente e espaço, através de contornos que por vezes fazem lembrar teias de aranha e estruturas irrealistas.

LUCIA LAGUNA
[VISITA AO ATELIÊ]
“É notável o patamar crítico dessas telas de Lucia Laguna, a madura consciência dos limites quanto ao significado de se realizar uma pintura hoje. Instalada no delicado gume existente entre o figurativo e o abstrato, ela rebaixa a amplitude do gesto, fazendo uso do pincel apenas para a obtenção de planos homogêneos sobrepostos em veladuras discretas, combinados com gestos que, apoiados em réguas e esquadros, aplicam e posteriormente arrancas as fitas adesivas com as quais isola planos de bordas serrilhadas, define setores coloridos, e os cortes efetuados com as lâminas de estilete, retirando filetes das camadas secas, deixando exposto todas as etapas do processo, explicitando através das microescavações efetuadas em chanfros o tempo despendido e o tempo acumulado na confecção da peculiar geologia de suas pinturas.” Texto do site da Galeria Laura Marsiaj.

14 março
EDUARDO BERLINER
[PALESTRA DO ARTISTA / MAM Rio / Exposição dos Vencedores do Prêmio Marco Antonio Vilaça]
As técnicas utilizadas na composição das obras são diversas, indo desde o desenho de observação minucioso até a colagem. Esta última, porém, é percebida como mote conceitual da produção total de Berliner. Recortes são justapostos a lastros de memórias, e estes são semi-encobertos por camadas de tintas, de lápis, de outros recortes, de espaços vazios. Além da colagem como práxis, outro mote recorrente é a idéia permanente de aceitação do erro, uma vez que o artista não admite o uso de artifícios corretivos: qualquer acidente que surja em seu processo de criação é incorporado à obra como mais uma camada de informação. O seu olhar atento e sua disposição para o risco justapõe materiais e referências afetivas improváveis, resignificando as imagens-matrizes e criando um terceiro objeto temático cujo significado não se consegue alcançar plenamente. Apesar do desconforto violento de certas imagens e da incompreensão de muitas delas, o choque ou a crítica não são os focos. Berliner mergulha em seu acervo de relíquias para trazer à tona releituras livres de cenas e estórias que viveu ou pensou ter vivido, ancorando o absurdo de suas pinturas a um rochedo de realidade submerso em águas muito profundas…” Daniela Labra.

CARLOS VERGARA
[PALESTRA DO ARTISTA / MAM Rio / Dimensão Gráfica]
A exposição apresenta um conjunto de mais de 200 trabalhos realizados pelo artista dos anos 1960 até hoje, onde a linguagem gráfica é o fio condutor. Para o artista, a exposição se reveste de um caráter particularmente interessante, o de ter a curadoria de um colecionador, que o acompanha desde sempre. “Para o artista, e também para o público, é especial acompanhar esse olhar, que reflete o método sistemático e obsessivo de um colecionador dedicado que me acompanha desde o começo”, afirma Carlos Vergara. Kornis concorda que usou o “critério exato” que usa em sua coleção: “o de elos, ligações, entre os trabalhos”. Ele compara essa ligação entre as obras à escolha de um roteiro musical de um show, ou à seqüência de músicas que espontaneamente surge em uma roda de instrumentistas. Texto do site do MAM Rio.

MICHEL GROISMAN
[PALESTRA DO ARTISTA / MAM Rio / Dimensão Gráfica]
Michel Groisman desenvolve um trabalho que integra artes visuais e movimento através de dinâmicas lúdicas e jogos. Trabalha desde 2004 com a artista e pedagoga Gabriela Duvivier. Juntos participaram de exposições e festivais por todo o mundo, como o InTransit (Alemanha), Fierce! (Inglaterra), Le Merlan e Made in Brasil (França) e Riocenacontemporanea e Festival Panorama de Dança (Brasil). Texto tirado do site idanca. typepad.com.

professores / palestrantes:
CHARLES WATSON // Professor da EAV Parque Lage, foi diretor do Centro de Arte Hélio Oiticica (2000 – 2003) e atualmente dirige o Projeto “Dynamic Encounters _ International Art Workshops”, ministra o curso “O Processo Criativo” na EAV, entre outros.

FERNANDO COCCHIARALE // Crítico de arte, curador independente e professor da EAV Parque Lage. Graduado em Filosofia pela PUC-Rio, onde atuou como professor da graduação e pós-graduação em História da Arte e da Arquitetura no Brasil. Publicou diversos artigos e livros e foi curador do MAM-RJ (2000 – 2008) e do programa Rumos Itaú Cultural Artes Visuais (1999 – 2003), entre outros. Atualmente ministra o curso “Teorias da Arte” na EAV.

GLORIA FERREIRA // Crítica de arte, curadora independente e professora da Escola de Belas Artes/UFRJ. Doutora em História da Arte pela Universidade de Paris I – Sorbonne. Publicou artigos em diversas revistas nacionais e internacionais, é co-editora da revista Arte & Ensaios e dirige a Coleção Arte + (Jorge Zahar Editor).

PEDRO FRANÇA // Professor da EAV Parque Lage e artista. Graduado em Desenho Industrial pela PUC-Rio, onde cursa o mestrado em História da Arte. Publicou textos em catálogos e revistas sobre o trabalho de alguns artistas e atualmente ministra o curso “História da Arte Moderna e Contemporânea” na EAV.

Posted by Ana Elisa Carramaschi at 5:15 PM