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fevereiro 12, 2009
Seminário Internacional Criação & Crítica no Museu Vale, Vila Velha
Inscrições: a partir de 15 de fevereiro de 2009
Realização: 11 a 15 de março
Museu Vale
Antiga Estação Pedro Nolasco, s/n, Argolas, Vila Velha - ES
27-3333-2484
www.museuvale.com
www.seminariosmv.org.br
Coordenação: Fernando Pessoa e Glória Ferreira
Pensar o processo de criação artística é o objetivo da quarta edição dos Seminários Internacionais Museu Vale, que será realizada de 11 a 15 de março, com a participação de 16 palestrantes nacionais e internacionais, abrindo as atividades do museu em 2009. Criação & Crítica propõe uma reflexão sobre a arte tanto na perspectiva de quem a produz, quanto na de quem a interpreta, através da realização de um grande fórum de discussões entre artistas e críticos ao longo de cinco dias no Museu Vale, em Vila Velha - ES. Na abertura, será lançado o livro Criação & Crítica, com textos de todos os palestrantes. As inscrições serão abertas no dia 15 de fevereiro, e deverão ser feitas exclusivamente através do site www.seminariosmv.org.br.
Programação:
11 de março, quarta-feira
Abertura
9-21h - Mônica Zielinsky
Lançamento do livro: Criação & Crítica
12 de março, quinta-feira
Mesa 1
15-18h - José Damasceno e Tânia Rivera
Mesa 2
19-22h: Jean-Claude Lebensztejn
13 de março, Sexta-feira
Mesa 3
15-18h: Rodrigo Braga e Clarissa Diniz
Mesa 4
19-22h: Ana Maria Machado e Eduardo Coutinho
14 de março, sábado
Mesa 5
11-14h: Marilá Dardot e Luisa Duarte
Mesa 6
15-18h: Nelson Félix e Glória Ferreira
15 de março, domingo
Mesa 7
11-14h: Ricardo Basbaum e Waltércio Caldas
Encerramento
15-18h: Jacinto Lagueira e Thierry De Duve
A coordenação de Criação & Crítica está a cargo do filósofo Dr. Fernando Pessoa, Professor de Filosofia da Universidade Federal do Espírito Santo, e Glória Ferreira, Crítica de arte e curadora independente. Segundo Fernando Pessoa, organizador do evento desde a primeira edição, a proposta dos Seminários é refletir a relação existente entre arte e pensamento. “Não há mais fronteiras entre a arte e a filosofia, uma vez que a arte contemporânea se torna cada vez mais reflexiva do seu próprio papel.” Ele destaca ainda a importância dessa iniciativa no país: “Ao reunir filósofos, críticos, artistas e historiadores, os Seminários Museu Vale democratizam o saber para além de cada uma das áreas, propiciando trocas muito ricas de conhecimento universal. Pelo sucesso que o evento vem registrando a cada ano, com um número cada vez maior de interessados de todo o Brasil, percebe-se que existe uma demanda crescente de gente interessada em refletir o nosso tempo”.
Palestrantes
Três palestrantes internacionais participarão das discussões: Thierry De Duve (Crítico de arte - historiador, filósofo da arte, professor da Universidade de Lille 3), Jean-Claude Lebensztejn (Crítico de arte - professor emérito de história da arte da Universidade Paris), e Jacinto Lagueira (Crítico de arte - professor de Estética na Universidade de Paris 1 Panthéon-Sorbonne).
Entre os conferencistas brasileiros há artistas, críticos de arte, dirigentes de instituições culturais e curadores independentes, muitos dos quais também professores de universidades do Rio de Janeiro e São Paulo. São eles: Mônica Zielinsky, (Diretora do Museu Iberê Camargo), Waltércio Caldas (artista plástico), José Damasceno (artista plástico), Rodrigo Braga (artista plástico), Clarissa Diniz (artista plástica), Ana Maria Machado (escritora), Eduardo Coutinho (crítico literário), Marilá Dardot (artista plástica), Luisa Duarte (crítica de arte), Nelson Félix (artista plástico), Glória Ferreira (crítica de artes e curadora) e Ricardo Basbaum (artista plástico).
Os Seminários Internacionais Museu Vale tiveram início em 2006. Na primeira edição, o tema foi “Arte no Pensamento”, que tratou da importância da arte nas filosofias antiga, moderna e contemporânea. O ano seguinte, com o tema “Sentidos na/da arte”, o questionamento teve como foco os sentidos tanto na arte contemporânea, a sua elaboração teórica, quanto da arte contemporânea, a reflexão de sua prática concreta. Em 2008, a discussão partiu da questão formulada pelo poeta Friedrich Hölderlin, em sua elegia Pão e Vinho: “... e para que poetas em tempo indigente?”. Sempre com as 450 vagas disponibilizadas ao público totalmente preenchidas em poucas horas de inscrição. O público participante tem sido predominantemente de estudantes e professores do ensino fundamental ao universitário, com destaque para os formados em artes, arquitetura, filosofia, história, letras e comunicação, além de dirigentes e funcionários de instituições culturais.
O encontro faz parte do calendário oficial dos eventos culturais realizados anualmente no país, sendo reconhecido como um dos mais importantes palcos de reflexão sobre o papel da arte no século XXI. Direcionados ao público de diferentes faixas etárias, níveis socioeconômicos, formações e experiências, promovem conhecimentos artísticos e filosóficos, possibilitando a compreensão do trabalho de artistas e pensadores. A intenção é pensar a arte como uma produção indispensável à existência, como um processo por meio do qual os homens interrogam as discrepâncias sociais e procuram descobrir possíveis caminhos que conduzam a uma superação das questões que assombram o mundo atual.
Museu Vale
O Museu Vale tem como objetivo proporcionar à população um espaço de excelência em arte contemporânea, incentivar os jovens a usar a criatividade na busca do conhecimento e preservar a memória da centenária Estrada de Ferro Vitória a Minas - EFMV. Inaugurado em 15 de outubro de 1998, já recebeu mais de 700 mil visitantes, dos quais, cerca de 230 mil estudantes. Sediou 30 importantes exposições, entre as quais se destacam: “Babel”, de Cildo Meireles, realizada pelo Museu Vale na Estação Pinacoteca do Estado de São Paulo, premiada com o Troféu da Associação Paulista de Críticos de Arte como a melhor exposição de 2006; além de exposições que contaram com artistas como Tunga, Ernesto Neto, Carlos Vergara, Iole de Freitas, Hilal Sami Hilal, Eduardo Sued, Regina Silveira, Nelson Felix e Nelson Leirner.
Uma das iniciativas mais notáveis do Museu Vale é seu Programa Educativo, que, entre outras ações, capacita jovens aprendizes em ofícios relativos à montagem e desmontagem das exposições. Em cada mostra, um grupo de jovens de comunidades vizinhas ao Museu participa da montagem e desmontagem, em conjunto com as equipes de profissionais especializados em áreas como iluminação, marcenaria, serralheria, pintura, comunicação visual e cenografia. Entre os principais objetivos do programa estão: oferecer conhecimentos teóricos e práticos sobre montagem e desmontagem de exposições de arte; formar novos profissionais, capacitando-os para este mercado de trabalho específico; e despertar o interesse dos jovens para atividades ligadas a museus, galerias e centros de arte, de modo muito especial no que diz respeito à preservação, atuação, responsabilidade e desenvolvimento das instituições museológicas.
Através de suas ações educativas de caráter interdisciplinar, a instituição busca uma interação que propicia novas percepções e posições diante das obras e do mundo. Para cada uma das exposições temporárias do Museu Vale há uma abordagem educativa específica, a partir das obras e conceitos em questão, envolvendo pesquisa, leitura, elaboração de materiais de estudo e treinamento de equipes. Esse trabalho, mediador entre as obras expostas e o espectador, facilita o diálogo, a compreensão e a formação do público. O Museu Vale promove ainda workshops sobre as exposições de arte contemporânea para universitários, que posteriormente ministram oficinas para professores e estudantes da rede de ensino da Grande Vitória.