|
agosto 15, 2008
Seminário A arquitetura de um circuito em construção - Nordeste no CCBN, Fortaleza
Seminário A arquitetura de um circuito em construção - Nordeste
Participantes: Afonso Luz, Bitu Cassundé, Caetano Dias, Clarissa Diniz, Cristiana Tejo, Mariana Furlani, Paulo Darzé, Rodrigo Braga, Vitor César
19, 20 e 22 de agosto de 2008
Centro Cultural Banco do Nordeste Fortaleza
Rua Floriano Peixoto 941, Centro, Fortaleza - CE
85-3464-3108
Coordenação: Bitu Cassundé
A arquitetura de um circuito em construção - Nordeste
Região de bifurcações culturais, fluxos contraditórios e contrastes que perpassam o tempo, o Nordeste brasileiro se constrói por uma rica cultura nas diversas linguagens que o compõem. Percorrer esses processos nordestinos revela estruturas marcadas severamente por concepções políticas, sociais, econômicas, na sua maioria equivocadas, que conduziram e ainda regem nosso tempo a nossa condição de nordestino.
Território traduzido culturalmente pela variedade, seja numa estética literária, cinematográfica, musical, de leituras regionais ou contemporâneas, o Nordeste sempre esteve no epicentro de temáticas artísticas, seja de uma forma estereotipada, que evidencia a banalidade do clichê ou por concepções mais coerentes .
Pensar o Nordeste é traçar uma diversidade que não se localiza somente nesse campo semântico ao qual costumamos associá-lo. A região se legitima e se reconstrói, diluindo clichês, construindo outros, refazendo novas modalidades de fluxos migratórios e de releituras, e a arte é um desses mecanismos que possibilita recontextualizar diversas questões, através de impressões, estéticas, novos pensamentos, apropriações e misturas. É nesse “caldo cultural” que diversas potencialidades artísticas acontecem sejam através de uma tradição artesanal, ou em contextos contemporâneos, que nos conduz a um território híbrido.
Dentro dessa dinâmica marcada por uma rica cultura regional, de laborioso esplendor, as proposições da arte contemporânea encontram um solo fértil para suas questões e se legitimam com grande potencial e força nas diversas linguagens, porém, como outras potencialidades culturais nordestinas, sofrem pela fragmentada política cultural ainda bastante edificada por resíduos de um coronelismo presente em nossas práticas.
É na construção de uma dinâmica marcada por instituições culturais fortes, políticas públicas, instituições privadas, universidades, galerias de arte, intensa produção artística tanto num plano individual como coletivo, pesquisa e apoio a produção que um Circuito de Arte se alimenta e faz movimentar todo um mercado ao construir uma aproximação entre público e linguagem.
Pensar num Circuito de Arte no Nordeste é se deparar com múltiplas dificuldades e estruturas fragmentadas nessa sintaxe que a rege, já que não existe uma política definida, com estruturação mercadológica, educacional ou institucional eficaz. Quando pensamos num circuito um pouco mais estruturado na Região nos limitamos a três capitais: Recife, Salvador e Fortaleza que através de uma postura mais sólida promove circulação, comercialização e informação da arte contemporânea com certa continuidade, através dos museus, centros culturais, galerias, ateliês de artistas, universidades. Verificar o posicionamento e as políticas desenvolvidas para arte contemporânea nos outros estados que não estão inseridos em um circuito mais estabelecido fará parte de uma das mesas de discussão. Os encontros pretendem debater e investigar políticas de inserção e o circuito de arte que se articula a partir da Região Nordeste nos últimos anos, através de galerias, centros culturais e de um forte posicionamento de artistas nordestinos no cenário nacional discute também novas possibilidades para frágeis arquiteturas nas políticas das artes visuais da Região. Para compor as mesas um variado panorama
Programação:
19 de agosto, terça-feira, 15h
Um Breve Panorama Nordestino
Bitu Cassundé (CE) - Curador independente, mestrando em Teoria e Crítica da Imagem pela EBA UFMG, atualmente é curador assistente do Projeto Rumos 2008/09, responsável pelo mapeamento dos estados CE, PB, RN, JP, MA.
Clarissa Diniz (PE) - Crítica de arte, editora da revista de crítica Tatuí, atualmente é curadora assistente do Projeto Rumos 2008/09, responsável pelo mapeamento dos estados PE, BA, AL, SE.
Cristiana Tejo (PE) - É Diretora do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM) e foi Curadora do Rumos Artes Visuais 2005/06, responsável pelo mapeamento das regiões Centro-Oeste e Sul. É mestre em Comunicação e Coordenadora do Bacharelado em Artes Plásticas das Faculdades Integradas Barros Melo. É crítica e curadora independente.
20 de agosto, quarta-feira, 15h
O Artista Como Desbravador do seu Próprio Circuito
Caetano Dias (BA) - Artista, graduado em Letras pela Universidade Católica de Salvador, ministrou cursos de pintura nas oficinas do Museu de Arte Moderna da Bahia. Participou da 3º Bienal do MERCOSUL.
Rodrigo Braga (PE) - Artista, graduado em Artes Plásticas pela UFPE. Entre 2005 e 2007 foi Gerente de Artes Visuais da Prefeitura do Recife, onde coordenou o SPA das Artes. Participou do coletivo Branco do Olho, em Recife, onde hoje divide atelier com outros artistas.
Vitor César (CE) - Artista, mestrando em Poéticas Visuais ECA/USP, formado em Arquitetura e Urbanismo pela UFC. É integrante da Transição Listrada, desenvolve o Projeto BASEmóvel e co-organizou o evento Arte e Esfera Pública
22 de agosto, sexta-feira, 15h
A Galeria de Arte e o Cenário Nordestino
Afonso Luz - Ministério da Cultura
Mariana Furlani (CE) - Mariana Furlani Arte Contemporânea
Paulo Darzé (BA) - Paulo Darzé Galeria de Arte