|
fevereiro 6, 2013
Museu de Arte Contemporânea, Bienal do Mercosul, Margs e Santander Cultural apresentam projetos para 2013 por Francisco Dalcol, Zero Hora
Museu de Arte Contemporânea, Bienal do Mercosul, Margs e Santander Cultural apresentam projetos para 2013
Matéria de Francisco Dalcol originalmente publicada no jornal Zero Hora em 30 de janeiro de 2013.
Em novembro, o MAC-RS será transferido da Casa de Cultura para nova sede
Museu de Arte Contemporânea – MAC-RS
Uma programação de mostras mensais a partir de março, na Casa de Cultura Mario Quintana, antecipará um grande acontecimento para o Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MAC-RS). Em 10 de novembro, a nova sede da instituição será inaugurada com a exposição MAC 21, que apresentará obras de 21 artistas brasileiros. Nomes de projeção internacional como Cildo Meireles, Nelson Leirner, Paulo Bruscky, Regina Silveira e Carlos Vergara são alguns dos que estarão na mostra.
Depois de 20 anos em busca de um espaço adequado para promover exposições, o MAC será transferido da Casa de Cultura para o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRS), no antigo prédio da Mesbla, no Centro da Capital, onde funciona o campus de Porto Alegre da instituição de ensino. O MAC pretende promover exposições temporárias no térreo e, no mezanino, mostras de acervo – cujas obras ainda permanecerão na reserva técnica da Casa de Cultura. A mostra MAC 21 apresentará mais de 20 trabalhos representativos da arte contemporânea brasileira dos anos 1960 até hoje. Financiada pelos R$ 300 mil do Prêmio Marcantonio Vilaça (edital Funarte/MinC), a aquisição das obras faz parte da política de ampliação do acervo da instituição. O professor, crítico e historiador Paulo Gomes foi encarregado da curadoria do projeto, tendo como objetivo selecionar obras de "representatividade dentro do contexto histórico de produção dos artistas".
Assim, foram compradas produções de artistas de diferentes gerações, incluindo ainda nomes como Elaine Tedesco, Lucia Koch, Gil Vicente, Rosângela Rennó, Maria Lucia Cattani, Alfredo Nicolaiewsky, Jorge Menna Barreto e Rômulo Conceição. Dos 21 artistas, foram adquiridos trabalhos em fotografia, instalação, vídeo, desenho, pintura, escultura, entre outras linguagens e suportes.
– Além de valorizar o acervo do museu, esse projeto possibilitará a ampliação da divulgação pública da arte contemporânea brasileira em nosso Estado – aposta André Venzon, diretor do MAC.
Outras exposições
Fazer e Desfazer a Paisagem
> Em parceria com o Instituto de Artes da UFRGS, a mostra apresentará trabalhos de nomes como Beatriz Rauscher, Bruno Borne, Celeste Wanner, Elaine Tedesco, Eliane Chiron, Lurdi Blauth, Ricardo Cristofaro, Sandra Rey e Shirley Paes Leme. De 2 de março a 7 de abril, na Casa de Cultura.
Joseph Koudelka
> Trabalhos do fotógrafo, que registrou a invasão de Praga em 1968, serão apresentados durante o FestFotoPoA. De 16 de abril a 19 de maio, na Casa de Cultura.
Vera chaves Barcellos
> A artista fará a curadoria de uma mostra que explora o acervo do MACRS. De 22 de agosto a 22 de setembro, na Casa de Cultura.
Jovens artistas
> A curadora Ana Zavadil percorrerá o interior do Estado para montar a mostra Entre – Curadoria de A a Z. De 1º de outubro a 1º de dezembro, na Casa de Cultura Mario Quintana.
Com as reformas previstas no Cais do Porto, a Bienal do Mercosul deixará de receber o público em seu tradicional endereço. Por isso, a aposta desta 9ª edição será explorar diferentes espaços, alguns conhecidos e outros um tanto inusitados. Prevista para começar em 13 de setembro, a mostra de arte contemporânea terá sua atividades distribuídas em espaços como Usina do Gasômetro, Santander Cultural, Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), Fundação Iberê Camargo e Centro Cultural CEEE Erico Verissimo. Uma novidade é a ideia de levar o público à Ilha das Pedras Brancas, mais conhecida como Ilha do Presídio, onde será realizada parte da programação. Localizada no Guaíba, a 2,5 quilômetros de Porto Alegre, abriga ruínas de uma prisão desativada em 1983.
– A Bienal vai descobrir locais. Vamos pensar e explorar a ilha por meio da arte – diz Patrícia Fossati Druck, presidente da 9ª Bienal.
Inspirando-se nos aspectos históricos da relação entre homem e natureza, a curadora mexicana Sofía Hernandez Chong Cuy pretende articular questões envolvendo arte, ciência e tecnologia. A relação dos artistas convidados e a programação ainda serão divulgados.
Santander Cultural
Importantes nomes da arte moderna brasileira, como Ivan Serpa, Manabu Mabe, Tomie Ohtake e Iberê Camargo, serão reunidos na coletiva Narrativas Poéticas, em 21 de maio. A exposição apresentará um recorte da Coleção Santander Brasil, que conta com obras representativas do modernismo, do construtivismo e do abstracionismo brasileiros. Outro destaque será a continuidade do projeto RS Contemporâneo. A iniciativa continuará revelando a nova arte gaúcha. Neste ano, serão novamente três artistas: Nathalia García (em 26 de março, com curadoria de Marcio Pizarro Noronha), Marília Bianchini (em 14 de maio, com curadoria de Luiza Proença) e Túlio Pinto (em 2 de julho, com curadoria de Clarissa Diniz).
Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs)
Explorar o acervo com diferentes abordagens e temáticas continuará sendo o foco do projeto curatorial do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs). O curador-chefe, José Francisco Alves, destaca como principal exposição a que irá abordar relações entre arte e medicina. Ainda sem título, a mostra será aberta em maio.
– A exposição percorrerá um arco histórico entre meados do século 19 e a contemporaneidade. Irá oferecer uma fascinante experiência sobre um tema recorrente na história da arte, passando pelas lições de anatomia, da abordagem da morte, dos estudos radiográficos da obra de arte, das mazelas da doença até a representação do corpo como um retrato da natureza material e espiritual do ser humano – diz.
Em março, o Margs pretende lançar o catálogo da instituição, resultado de um projeto de pesquisa voltado ao estudo das cerca de 2,7 mil obras do acervo. O patrocínio é da Caixa Econômica Federal. Para o decorrer do ano, o museu também busca meios de consertar o sistema de climatização, atualmente danificado tanto nos espaços de exposição quanto no acervo.
Confira a exposição de William Kentridge que a Fundação Iberê Camargo receberá em março