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junho 20, 2011
Artistas brasileiros têm boa recepção em Basileia por Silas Martí, Folha de S. Paulo
Artistas brasileiros têm boa recepção em Basileia
Matéria de Silas Martí originalmente publicada no caderno Ilustrada da Folha de S. Paulo em 20 de junho de 2011.
Impulsionadas por grandes mostras, Maiolino e Mira Schendel se destacam
Waltercio Caldas, Nuno Ramos, Ernesto Neto e Vik Muniz também vendem na principal feira de arte do mundo
Na esteira do furacão Lygia Clark, outros brasileiros tiveram boas vendas na Art Basel, termômetro para o mercado global. Impulsionadas por grandes exposições, Anna Maria Maiolino e Mira Schendel (1919-1988) chamaram a atenção.
Uma obra de Maiolino, artista escalada para a próxima Documenta em Kassel, na Alemanha, foi vendida por US$ 80 mil, ou R$ 127 mil.
Depois de sua mostra no MoMA ao lado de Leon Ferrari e com uma retrospectiva marcada para 2013 na Tate, em Londres, Schendel teve desenhos vendidos por US$ 50 mil, cerca de R$ 80 mil.
Instituições privadas também focaram brasileiros.
Nuno Ramos teve duas instalações de US$ 100 mil (R$ 160 mil), compradas para o museu Thyssen-Bornemisza Art Contemporary, de Viena. Já Rivane Neuenschwander, agora com uma grande mostra em turnê mundial, teve uma obra de US$ 80 mil, ou R$ 127 mil, comprada para uma fundação de Miami.
Levado a Basileia por uma galeria estrangeira, a Elvira González (Madri), Waltercio Caldas foi um dos artistas mais comentados por sua instalação na Art Unlimited, parte da feira dedicada a obras monumentais -em tamanho e preço.
Galerias estrangeiras também venderam alguns nomes recorrentes no mercado.
Uma instalação de Ernesto Neto saiu por US$ 80 mil (R$ 127 mil), na Tanya Bonakdar, de Nova York.
Também foi comercializada uma fotografia de Vik Muniz por US$ 130 mil (R$ 207 mil), e uma pintura de Beatriz Milhazes à venda por US$ 1,8 milhão (R$ 2,9 milhões) terminou a feira reservada para um colecionador.