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Como atiçar a brasa

 


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dezembro 2, 2010

Entre águas e segredos por Ana Cecília Soares, Diário do Nordeste

Matéria de Ana Cecília Soares originalmente publicada no Caderno 3 do jornal Diário do Nordeste em 2 de dezembro de 2010.

Os artistas visuais Caetano Dias e Meire Guerra apresentam uma prévia de sua arte, a partir de duas individuais, em cartaz até esse mês, no MAC

Símbolo da dinâmica da vida, a água é o lugar das transformações e dos renascimentos. Seu movimento, segundo Jean Chevalier e Alain Gheerbrante, no "Dicionário de Símbolos", conduz a um estado transitório entre as possibilidades ainda informes as realidades configuradas. Uma situação de ambivalência que, ao mesmo tempo, refere-se aos mundos da vida e da morte.

Numa referência quase mística ao sentimento onírico que brota da água, o baiano Caetano Dias deixou-se contaminar por essa atmosfera para compor os vídeos de sua primeira individual em Fortaleza. A exposição, que fica em cartaz no Museu de Arte Contemporânea (MAC) do Dragão do Mar, até 12 de dezembro, apresenta alguns trabalhos que o artista desenvolveu numa residência artística no Laboratório de Novas Mídias do Museu da Imagem e do Som ("LabMIS"), de São Paulo, em 2008.

Um dos vídeos mais interessante é o "1978 - Cidade Submersa", com duração em torno de 15 minutos. A partir de uma linguagem mesclada entre o documentário e a ficção experimental, o artista narra visualmente a soberania da água represada para a fundação da hidrelétrica do Lago de Sobradinho, no rio São Francisco, que fez submergir parte da cidade de Remanso, no sertão da Bahia.

As próprias imagens guardam em si a tensão e a poesia de uma cidade engolida pela água em virtude de um suposto progresso social. Outro trabalho que chama atenção pelo seu teor experimental, é o vídeo-instalação "Mar".

Projetado em uma daquelas "pedras d´água", que encontramos na beira da praia, o vídeo traz imagens de um homem nadando nu em alto mar. Embora, nos transmita uma sensação de delicadeza, a angústia também se faz presente, uma vez em que a personagem aparece, por ora, meio que preso entre rochas. Mas, a poesia é visível nesse trabalho.

Ser Mulher

A artista visual Meire Guerra também está com exposição aberta no MAC, até 19 de dezembro. Inspirada no livro "Água Viva", de Clarice Lispector, a artista fez vir à tona "Segredos".

A mostra traz como tema central de sua pesquisa poética visual, o "ser mulher", com sua presença, particularidades, inquietações, leveza, violência, medos, angustias, alegria, ou simplesmente, o seu existir.

"Passeando em uma obra literária dialogando a interdisciplinaridade artística, uma vez que me aproprio dos trabalhos ou das vidas dessas mulheres, artistas ou não, para falar de mim utilizando minha mala e pedindo o auxílio de uma mediadora chamada Clarice. A partir de um trecho solto no texto, busco descobrir os segredos delas e mais do que isso, penso que a minha caminhada é a procura de saber dos meus próprios segredos".

Por meio de vídeos e objetos, Meire Guerra apresenta ao espectador, mulheres diferentes, em locais e situações diversas, ligadas a uma espécie de recipiente de imagens, uma mala antiga, "onde tudo pode acontecer, onde se pode habitar. Porém deve-se imprimir sua marca, refletir sobre esta e presenteá-la ao infinito eternizando-a nos espelhos construídos por narradoras e personagens".

A artista conclui: "Vejo-me em todas essas mulheres. Vejo-me na própria Clarice que propicia tudo isso. Estou encantada com a possibilidade de todas elas permanecerem para sempre na minha malinha. Viajante, malinha que já não é mais só minha mais sim de todas nós".

Posted by Cecília Bedê at 3:44 PM