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novembro 19, 2009
MIS mostra imagens geradas em laboratório por Silas Martí, Folha de S. Paulo
Matéria de Silas Martí originalmente publicada na Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo em 18 de novembro de 2009.
Artistas que trabalharam em projeto do museu tentam criar novos espaços visuais e sonoros a partir da tecnologia
Estão na exposição Anaisa Franco, Cláudio Bueno, Paulo Meira, Caetano Dias, Guilherme Lunhani e Felipe Sztutman e Rodrigo Bellotto
Numa sala escura, três projetores lançam imagens contra um cilindro cheio de fumaça.
Anaisa Franco dá uma volta em torno de sua obra, procurando enxergar cada estilhaço de luz.
"É uma escultura imaterial", diz ela. "A luz vira matéria."
E também tenta definir espaços nas obras dos outros residentes do Museu da Imagem e do Som. Nesta primeira mostra do grupo de artistas que trabalhou no laboratório do MIS, fica clara a tentativa, fracassada ou não, de criar novas dimensões a partir da tecnologia.
Franco fala em "extrusão da imagem". No dicionário, extrusão quer dizer a passagem de metal ou plástico por um orifício para chegar a uma nova forma. Não difere muito do que fazem esses artistas, tentando enfiar, pela goela das novas mídias, imagens antes restritas a plataformas convencionais.
No cilindro de fumaça, extrusão que deu certo, a imagem de uma garota andando pela cidade se transforma numa constelação de pontos luminosos, de uma energia raivosa. Desafia a perspectiva comum e transforma a metrópole numa caixinha de música a mil por hora -farpas de uma noite mal dormida.
Caetano Dias vai na mesma direção e projeta a imagem de um homem num mar revolto sobre um chumaço de algodão.
Tenta opor a tempestade já em curso à sua forma latente, sobrepondo nuvem e aguaceiro.
Dividindo um único filme em duas telas, Paulo Meira alterna dois momentos de percepção, tentando criar uma terceira margem para uma história que já existia num só plano visual.
Na linha interativa, Rodrigo Bellotto e Felipe Sztutman constroem uma caixa preta.
Um corredor em caracol leva a um pequeno espaço lá dentro, cheio de "estímulos sensoriais". Evocam a arte participativa, dizendo que é uma obra centrada no espectador, nas "narrativas sinestésicas" que ele for capaz de construir.
Do mesmo jeito que os balões de Cláudio Bueno, acionados por celular, estouram e despejam purpurina roxa no espaço do museu. Cada visitante manda um desejo à obra, que responde com a pequena explosão, não importa qual o desejo. Fica o chão todo brilhante e a sensação de que falta alguma coisa.
Seleção para programa está aberta
Está aberto agora, e vai até 25 de novembro, o edital para selecionar os próximos artistas que vão integrar o programa de residência do Museu da Imagem e do Som. Cada artista tem três meses para desenvolver suas obras no LabMIS, o laboratório do museu, e recebe uma bolsa de R$ 2.000 por mês durante a residência, além de ajuda de custo para produzir seus trabalhos.
Mostra LABMIS
Anaisa Franco, Claudio Bueno, Felipe Sztutman e Rodrigo Bellotto, Guilherme Lunhani
Artistas convidados: Alexandre Fenerich, Caetano Dias, Paulo Meira
Museu da Imagem e do Som - MIS
Av. Europa 158, Jardim Europa, São Paulo - SP
11-2117-4777 ou mis@mis-sp.org.br
www.mis-sp.org.br
Exposição até 3 de janeiro de 2010
caro silas,
és todo alfinetes! mas afagas com a almofadinha cá e lá, deixando apenas os balões desprotegidos...
que azougue!
um texto jornalistico curto, que tem 6 vezes as variacoes do verbo "tentar', sequer é jornalistico, pois explicita sua maldade.
ma que texto ruim, ô meu!
Posted by: luciana ohira e sergio bonilha at dezembro 4, 2009 9:50 PM