|
fevereiro 26, 2020
Edições Sesc São Paulo e MASP lançam livro Anna Bella Geiger: Brasil nativo/Brasil Alienígena
Obra faz um panorama da produção da artista plástica que utiliza diversos suportes para retratar sua visão sobre a cultura brasileira
Brasil nativo, Brasil alienígena é o título de um dos mais importantes trabalhos da escultora, pintora, gravurista, desenhista e artista multimídia Anna Bella Geiger. Lançada originalmente em 1977, a série também dá nome à exposição corealizada pelo MASP e o Sesc Avenida Paulista, que fica em cartaz até 1 de março, e à nova publicação coeditada pelas Edições Sesc.
Ao utilizar métodos inovadores em sua arte e discutir criticamente a história e a realidade social do Brasil, Anna Bella Geiger se estabeleceu como uma artista pioneira no país. Sua trajetória dos anos 1950 a 2000 é contada no livro homônimo da exposição, organizado por Adriano Pedrosa e Tomás Toledo, que reúne imagens de todos os trabalhos da mostra, materiais de arquivo, reproduções de escritos, nota biográfica por Gabriela de Laurentiis, além de ensaios inéditos dos críticos Bernardo Mosqueira, Zanna Gilbert, Estrella de Diego, Philippe Van Cauteren e dos curadores, incluindo uma entrevista com Anna Bella realizada por Pedrosa, diretor artístico do MASP.
Sobre a artista
Anna Bella Geiger (Rio de Janeiro, 1933) é escultora, pintora, gravadora, desenhista, artista intermídias e professora. Com formação em língua e literatura anglo-germânicas, inicia, na década de 1950, seus estudos artísticos no ateliê de Fayga Ostrower (1920-2001). De 1965 a 1968, Geiger produz o que é chamado pela crítica de "fase visceral", sob a influência da nova figuração. Essa fase antecipa a utilização da cartografia em sua produção, cujo eixo central é a problematização da existência de uma cultura comum a todos os habitantes do Brasil. Sua obra é marcada pelo uso de diversas linguagens e a exploração de novos materiais e suportes.
Sobre os organizadores
Adriano Pedrosa é, desde 2014, diretor artístico do Museu de Arte de São Paulo (MASP). Com graduação em Direito pela UERJ e diversas pós-graduações nas áreas de arte, curadoria e museologia, Pedrosa despontou no cenário artístico brasileiro na década de 1990, como co-curador da 24ª Bienal de Arte de São Paulo, que refletiu sobre o movimento antropofágico. Fez curadoria de diversas exposições bem avaliadas pela crítica e, à frente do Masp, promoveu mostras que foram grande sucesso de público e crítica, como “Histórias Afro-Atlânticas” (2018) e a recente “Tarsila Popular” (2019), sobre Tarsila do Amaral.
Tomás Toledo é, desde 2018, o curador-chefe do MASP. Foi um dos curadores da exposição “Histórias Afro-Atlânticas” (2018), grande sucesso de público e crítica, além de “A mão do povo brasileiro”, 1969/2016 (2016), “Miguel Rio Branco: Nada levarei quando morrer” (2017), “Tunga: o corpo em obras” (2017), “Emanoel Araújo, a ancestralidade dos símbolos: África-Brasil” (2018) e “Lina Bo Bardi: Habitat” (2019).
Ficha técnica
Anna Bella Geiger: Brasil nativo/Brasil Alienígena
Organização: Adriano Pedrosa e Tomás Toledo
Masp e Edições Sesc São Paulo
Páginas: 288
ISBN: 978-85-9493-210-5
Formato: 21 x 25,5 cm
Preço: R$ 139,00
Sobre as Edições Sesc São Paulo
Pautadas pelos conceitos de educação permanente e acesso à cultura, as Edições Sesc São Paulo publicam livros em diversas áreas do conhecimento e em diálogo com a programação do Sesc. A editora apresenta um catálogo variado, voltado à preservação e à difusão de conteúdos sobre os múltiplos aspectos da contemporaneidade. Seus títulos estão disponíveis nas Lojas Sesc, na livraria virtual do Portal Sesc São Paulo, nas principais livrarias e em aplicativos como Google Play e Apple Store.