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maio 22, 2019

Ralph Gehre na Referência, Brasília

Com pinturas inéditas, artista visual radicado em Brasília apresenta na Referência Galeria de Arte a sua mais recente produção em que aborda o embate pessoal com a sua produção através da pintura. Em duas oportunidades, o público poderá conversar com artista na galeria com visita mediada

No dia 25 de maio, das 17h às 22h, A Referência Galeria de Arte inaugura a mostra Jogo de simples, de Ralph Gehre. Um dos mais emblemáticos e importantes artistas visuais de Brasília apresenta 11 trabalhos inéditos de formatos variados, em que aborda a natureza da pintura e os questionamentos que surgem ao longo do processo de produção. A mostra fica em exibição até o dia 13 de julho, com visitação de segunda a sexta, das 12h às 19h, e sábado, das 10h às 15h. A entrada é gratuita e livre para todos os públicos. A Referência Galeria de Arte fica na 202 Norte Bloco B Loja 11 – Subsolo – Brasília-DF. Telefone: +55 61 3963-3501.

Desde os anos 1980, Ralph Gehre produz e expõe seus trabalhos nos mais variados suportes. Seu interesse se direciona neste momento por completo à pintura. Nesta mostra, Ralph Gehre convida o público a participar de uma partida em que cada participante ocupa sua posição na quadra ou no tabuleiro de jogo. Um embate se põe em andamento, à exemplo do que ocorre entre o artista e a pintura, fruidor e obra se duelam e se desafiam. O campo escolhido pode ser a obra como a galeria.

Ralph Gehre afirma que concomitantemente ao ato de pintar surgem as ideias que orientam sua produção. O processo, diz, é difícil, mas conduz bons pensamentos. “O desejo de pintar implica pensamentos lógicos e incoerentes e ambos são importantes”, ressalta. A pintura que Ralph Gehre apresenta em “Jogo de simples” mostra como se relacionam a forma, a cor, a textura, a luz e a sombra. “Na prática, estes trabalhos dizem respeito à minha relação coma a pintura. É um embate entre o artista e a produção, a vida, a pintura e todas as coisas que nos cercam”, afirma. “Sempre penso em jogos, em campos de peleja e espaços relacionais”, completa.

Um artista necessário

A presença de Ralph Gehre é perceptível não apenas através de sua produção, mas nas obras das novas gerações de artistas visuais que surgiram no Distrito Federal e que hoje se destacam nos cenários nacional e internacional. “Para além de sua produção artística, Ralph Gehre se faz cada vez mais necessário para as artes visuais de Brasília e do País”, afirma Onice Moraes, galerista e sócia da Referência Galeria de Arte. A relação de trabalho e amizade ao longo de décadas com o artista gerou exposições individuais e coletivas importantes além de apresentação de sua produção para colecionadores, instituições públicas e feiras internacionais. “O interesse por sua obra cresce a cada dia entre curadores e críticos, havendo uma grande demanda por conhecer mais sobre seu trabalho. A mostra “Jogo de simples” que ele apresenta na Referência apresenta mais uma enorme contribuição à pujante produção cultural de um dos artistas seminais de Brasília”, completa a galerista.

Encontros com o artista

Como parte da programação da mostra, o artista realizará duas conversas abertas ao público. A primeira acontece no dia 31 de maio, sexta, às 16h30, e a outra, no dia 1º de junho, sábado, às 12h. A entrada é gratuita e livre para todos os públicos.

Sobre o artista

Esta é a primeira individual de Ralph Gehre na Referência Galeria de Arte desde 2015, quando realizou a mostra “Coisas impossíveis são possíveis”, na Referência Galeria de Arte; e a exposição individual Recluso e a Oficina Aberta Verso no Museu Correios, Brasília no mesmo ano. Ralph Tadeu Gehre nasceu em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, em 1952. Vive e trabalha em Brasília desde 1962, tendo iniciando sua carreira de artista plástico em 1980. Tem por formação Desenho e Plástica e Arquitetura e Urbanismo, cursados na UnB no período entre 1972 e 1980. Utiliza diversas mídias gráficas, além do desenho, da pintura e da fotografia. Situa sua pesquisa na relação entre a imagem e a palavra, tratando do processo de leitura, e nas relações entre corpo da pintura e composição.

Posted by Patricia Canetti at 2:10 PM