|
setembro 5, 2018
O Poder da Multiplicação no MARGS, Porto Alegre
Mostra coletiva com 14 artistas contemporâneos brasileiros e alemães trata da linguagem e das técnicas de reprodução na arte, da gravura à era digital. Exposição faz parte de amplo projeto realizado pelo Goethe-Institut, em Porto Alegre (Brasil) e Leipzig (Alemanha)
No dia 11 de setembro, terça-feira, às 19h, será inaugurada a exposição O Poder da Multiplicação, no MARGS – Museu de Arte do Rio Grande do Sul. A mostra apresenta mais de 80 obras, entre gravuras, vídeos, instalações, street art, fotografias e obras em 3D e realidade aumentada, de 14 artistas contemporâneos brasileiros e alemães – como Carlos Vergara, Hanna Hennenkemper, Helena Kanaan, Ottjörg A.C., Regina Silveira, Vera Chaves Barcellos, Thomas Kilpper e Xadalu. A exposição fica em cartaz até o dia 11 de novembro, com entrada franca.
Na programação de abertura estão previstas diversas atividades com entrada franca, como a apresentação do grupo de canto e dança Nhamandu – integrado por 20 crianças da aldeia indígena Pindó Mirim, de Viamão. O artista Xadalu vai criar serigrafias durante o evento, que serão distribuídas ao público. A artista Helena Kanaan apresentará a performance Ritidomas, que explora suas obras vestíveis de látex e terá a participação dos performers Augustē, Bela Leindecker, Maria Galant e Sandro Aliprandini.
No dia seguinte, 12 de setembro, a programação começa às 10h, com uma visita mediada pelo curador da exposição e diretor do Kunsthalle Düsseldorf, Gregor Jansen. Às 11h, o artista alemão Ottjörg A.C. e o programa Educativo do MARGS promovem uma visita mediada a obras da intervenção Marca Urbana, na Praça da Alfândega. À noite, 19h30, será realizado um bate-papo no Goethe-Institut, com Gregor Jansen e os consultores curatoriais Paulo Gomes e Francisco Dalcol. Na ocasião, Xadalu dará início à sua intervenção no muro do Goethe-Institut. Confira os detalhes de toda a programação abaixo.
Trinta anos após o surgimento dos meios digitais – que tornaram naturais o acesso à informação e à reprodução (Copy & Paste) –, as questões a respeito da arte reprodutível em larga escala voltam a ser discutidas. Segundo o curador Gregor Jansen, reproduções, tiragens múltiplas ou cópias são instrumentos de comunicação contra o conceito autoritário de originalidade. (Ler texto do curador.)Elas servem à propagação em massa, inclusive de propaganda dos mais variados matizes. A base para essa discussão tem suas raízes no século XV, quando surgiram as primeiras problematizações a respeito do original e as suas reproduções, e quando a tipografia, a xilogravura e a gravura produziram cópias pela primeira vez. Os 14 artistas contemporâneos do Rio Grande do Sul e da Alemanha presentes na mostra refletem sobre o que isso significa para a arte e qual o seu papel social na era digital, e lidam com essas questões de maneiras muito diversas.
A exposição traz, ainda, uma sessão especial, intitulada O jornal como obra de arte. São edições especiais dos jornais diários alemães Süddeutsche Zeitung, Frankfurter Allgemeine Zeitung e Die Welt, criadas por artistas como Anselm Kiefer, Jenny Holzer, Sigmar Polke, Gerhard Richter, Georg Baselitz.
Em 2019, a mostra será apresentada no Leipziger Baumwollspinnerei, em Leipzig/Alemanha, onde permanecerá em cartaz de 28 de fevereiro a 24 de março.
A exposição faz parte de um amplo projeto desenvolvido pelo Goethe-Institut Porto Alegre no campo da arte impressa, que inclui website, catálogo, videogame e uma série atividades paralelas, como debates e visitas mediadas.
Programação de abertura
11 de setembro, terça-feira
MARGS | 19h – entrada franca
Abertura da exposição O Poder da Multiplicação com:
Performance Ritidomas, de Helena Kanaan, com os performers performers Augustē, Bela Leindecker, Maria Galant e Sandro Aliprandini
Criação e distribuição de serigrafias com Xadalu e Guaranis
Apresentação do Grupo de Canto e Dança Nhamandu da aldeia indígena Pindo Mirim (Viamão)
12 de setembro, quarta-feira
MARGS | 10h
Visita mediada pela exposição O Poder da Multiplicação
Mediação: Gregor Jansen, curador da exposição e diretor do Kunsthalle Düsseldorf
*Com tradução consecutiva
MARGS | 11h
Visita mediada pela intervenção urbana Marca Urbana
Mediação: artista Ottjörg A.C. e Educativo do MARGS
Encontro em frente ao MARGS
Atividade para público em geral
*Em caso de chuva a atividade será cancelada
Goethe-Institut | 19h30
Bate-papo sobre a exposição com o curador Gregor Jansen e com os consultores curatoriais Paulo Gomes e Francisco Dalcol
*Com tradução simultânea
Lançamento da intervenção do artista Xadalu no muro do Goethe-Institut
Saiba mais sobre o projeto
O projeto O Poder da Multiplicação - Arte reprodutível na América do Sul e na Alemanha: do pré-digital ao pós-digital ou da gravura, passando pelo xerox, até o 3D é uma contribuição artístico-teórica à reflexão sobre a questão da reprodução hoje em dia.
Além da exposição que será realizada no Brasil e na Alemanha, o projeto conta com um website, atividades paralelas (como visitas guiadas e debates), catálogo e um videogame, desenvolvido por um grupo de pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O site www.aura-remastered.art oferece a possibilidade de um aprofundamento no assunto e na análise das obras exibidas por meio de ensaios, entrevistas, fotos, vídeos, biografias dos artistas e calendários de atividades. Os ensaios são escritos por especialistas no tema: os textos de Paulo Gomes e Andreas Schalhorn tratam da importância da gravura no Rio Grande do Sul e na Alemanha, enquanto Francisco Dalcol e Marcio Seligmann reiteram a importância do famoso ensaio de Walter Benjamin sobre a reprodutibilidade técnica na arte nos dias de hoje.
Aberto ao diálogo interativo com a exposição, o jogo Aura Remastered – cujo lançamento está previsto para o dia 16 de outubro – coloca em discussão a importância da cópia como forma de acesso à cultura e à arte em nosso cotidiano. Ele permite, também, por via da simulação e da metáfora, a experimentação das diferentes técnicas de reprodução em gravura ou arte impressa e o modo como afetam a cultura e a sociedade. O jogo foi criado por uma equipe coordenada pela professora do Instituto de Artes da UFRGS, Paula Mastroberti.
Antes da exposição no MARGS, foram realizadas exposições e oficinas, além de um concurso nacional de arte impressa e a criação de uma rede sul-americana de ateliês de gravura.
O projeto é realizado pelo Goethe-Institut Porto Alegre com a colaboração de parceiros locais e da Europa, como MARGS – Museu de Arte do Rio Grande do Sul, UFRGS – Instituto de Artes, Pinacoteca Barão de Santo Ângelo, Museu do Trabalho, Associação Cultural Vila Flores e Leipziger Baumwollspinnerei.
A edição da exposição no MARGS ganhou o XII Prêmio Açorianos de Artes Plásticas, da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, na categoria Melhor Exposição Coletiva de 2018.
Artistas participantes
Carlos Vergara
Nasceu em Santa Maria, Rio Grande do Sul, em 1941. É gravador, fotógrafo, escultor e pintor, sendo conhecido como um dos principais representantes do movimento artístico da Nova Figuração no Brasil, constituído no final dos anos 1960. Após essa experiência com o figurativismo, a produção de Vergara constituiu-se por intensas investigações pictóricas, além de diversas obras desenvolvidas para projetos arquitetônicos. Expôs em diversas bienais, como Bienal de São Paulo, Bienal do Mercosul e Bienal de Veneza, tendo sido contemplado com diversos prêmios, como o Prêmio ABCA Clarival do Prado Valladares, o Prêmio Cultura do Estado do Rio de Janeiro, o Prêmio ABCA Mario Pedroso e o Prêmio Henrique Mindlin (IAB/RJ), entre outros.
Flavya Mutran
É paraense e atua no campo da arte e comunicação desde 1989. Já trabalhou como fotojornalista, laboratorista e editora de imagens para assessorias de comunicação pública e privada, estando ligada também a projetos individuais e coletivos em arte e educação. Com formação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Pará (UFPA), é mestre e doutora em Artes Visuais pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com pesquisas sobre arquivos fotográficos e compartilhamentos de imagens via web. É atualmente professora auxiliar do Departamento de Design e Expressão Gráfica na Escola de Arquitetura da UFRGS.
Hanna Hennenkemper
A artista nasceu em 1974 em Flensburg e atualmente vive e trabalha em Berlim. Estudou Desenho e Arte impressa em Kiel, com o Prof. E. Thieme, e na weißensee kunsthochschule berlin (Escola Superior de Artes Weiβensee, em Berlim), com o Prof. H. Schimansky. Desde 2006, vem lecionando desenho e arte impressa contemporânea na weißensee kunsthochschule berlin, na Escola Superior de Artes do Burg Giebichenstein, em Halle an der Saale, e na hslu, Escola Superior de Lucerna/Suíça. Em 2010, conquistou uma cátedra de professora visitante de desenho e arte impressa contemporânea na weißensee kunsthochschule berlin. Recebeu em 2012 uma bolsa da Edvard-Munch-Haus/Warnemünde, em 2014 obteve fomento para residência artística na Künstlerhaus de Munique e em 2017 para residência artística em Porto Alegre/Brasil. Sua obra foi distinguida em 2010 com o Prêmio Dr. Herbert Zapp para arte jovem e, em 2012, com o Prêmio Christine Perthen da Berlinische Galerie.
Helena Kanaan
Artista visual, com investigações em Gravura Contemporânea e Procedimentos Híbridos da Arte Impressa. Docente na área de Arte Impressa no Instituto de Artes Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutora e mestre em Poéticas Visuais pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da UFRGS/Universidade Politécnica de Valencia, na Espanha. Especialização pela Scuola d'Arte Grafica Il Bisonte em Florença, na Italia. Professora no Centro de Artes UFPel (1991/2013) na linha de Poéticas Visuais, onde coordenou o projeto de pesquisa e extensão Grupo Gravadores de Rua. Na UFRGS, coordena o grupo de extensão Núcleo de Arte Impressa e o Grupo de Pesquisa Práticas Críticas da Gravura à Arte Impressa. No CNPq, é líder do Grupo de Pesquisa Expressões do Múltiplo: imagens e meios reprodutivos de criação. Participou de exibições individuais e coletivas tanto no Brasil quanto em outros países (Argentina, Espanha, Polônia, Coreia do Sul, Itália).
Hélio Fervenza
Artista plástico, doutor em Artes Plásticas pela Université de Paris I Panthéon-Sorbonne, professor do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pesquisador do CNPq. Participou de diversas exposições, como Bienal de Veneza (Itália), Bienal de São Paulo (sala retrospectiva 1990-2012), Bienal de Yakutsk – BY14 (Rússia), Bienal do Mercosul (Porto Alegre), Museu da Gravura (Curitiba), Museu Victor Meirelles (Florianópolis), Bienal de Amsterdã (Holanda), Instituto Itaú Cultural (São Paulo), Fundación DANAE (Espanha), Musée des Beaux-Arts de Verviers (Bélgica), Grand Palais (França).
Marcelo Chardosim
Nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 1989. Graduando em artes visuais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atualmente desenvolve o projeto Abrigo do Sol em Alvorada (RS). Em 2017, participou da coletiva Salta d’água: dimensões críticas da paisagem, no Instituto de Artes da UFRGS. Em 2016, participou da residência colaborativa na Escola de Samba Unidos da Vila Isabel, em Viamão (RS). Participou do projeto Grude, com uma série de lambes distribuídos em todas as capitais do Brasil. Em 2015, participou do Programa Perdidos no Espaço Público, do III Encontro de Universidades e Cidades. Atuou em cinco exposições individuais e inúmeras coletivas entre as instituições Museu de Arqueologia e Etnografia de Santa Catarina, Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MAC-RS), Museu de Artes do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (MARGS), Usina do Gasômetro, Memorial dos Direitos Humanos do Mercosul, entre outras.
Olaf Holzapfel
Olaf Holzapfel interessa-se pelas relações entre cidade e campo, materialidade e informação, analógico e digital. Seu trabalho desdobra-se em complexos de obras. Esses perduram muitas vezes por diversos anos, confluindo em exposições com diferentes mídias (instalação, filme, texto, fotografia e pintura). Para o projeto Housing in Amplitude, em parceria com Sebastian Preece, ele empreendeu, entre 2013 e 2016, viagens pela Patagônia (www.housinginamplitude.net). Resultado do projeto foi o filme Latitude 40, sobre a história da demarcação de fronteira entre Argentina e Chile em 2017. Desde 2009, o artista confecciona imagens têxteis tecidas a partir do chaguar, uma fibra vegetal local, em cooperação com a tribo indígena dos wichis, do Chaco argentino. A obra Temporäres Haus (Casa temporária) foi exposta em diversos museus da América do Sul e na Bienal de Veneza 2011. Olaf Holzapfel integrou a documenta 14, em Atenas e Kassel.
Ottjorg A.C.
7813 AEC - Europa castra um touro.
1547 - É introduzida na Inglaterra a marcação do rosto a ferro quente para seus próprios cidadãos identificados como vagabundos.
1706 - Uma torre em construção no prédio da casa da moeda de Berlim, que simbolizaria o poder do rei Frederico I da Prússia, desaba sobre o solo pantanoso de Berlim, matando alguns operários.
1958 - Óvulo e espermatozoide de uma família de camponeses da região do Kraichgau e de uma família pomerana de capitães de navios combinam-se, dando origem a Ottjörg.
1989 - Ottjörg presencia a debelação do movimento por democracia nas ruas de Pequim e assiste, a partir da Academia das Artes/Berlim Oriental, junto ao Portão de Brandemburgo, a queda do muro de Berlim.
1993 - Estudos em Viena e Leningrado/S. Petersburgo; conclusão do curso de Artes na Escola Superior de Artes de Berlim com distinção.
2004 a 2007 - Temporadas como professor visitante na China; experiências com técnicas chinesas de impressão.
2004 a 2021 – Encontros fecundos com gaúchas/os.
Rafael Pagatini
Nasceu em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, em 1985. Artista, pesquisador e professor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), doutorando em Artes Visuais na Universidade de Campinas (Unicamp). Seu trabalho parte da gravura e da fotografia sob uma perspectiva política e crítica da sociedade contemporânea através da investigação das relações entre arte e memória social. Realizou exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior: Columbia University (Nova York, 2018); 20º Festival Vídeo Brasil (São Paulo, 2017); Paço das Artes (São Paulo, 2016); Rumos Itaú Cultural (São Paulo, 2013). Recebeu o Prêmio Energisa Artes Visuais, a Bolsa Estímulo à Produção em Artes Visuais (FUNARTE), a Bolsa Iberê Camargo – Ateliê de Gravura e o V Prêmio Açorianos de Artes Plásticas. Vive e trabalha em Vitória (ES).
Regina Silveira
Nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 1939. Vive e trabalha em São Paulo. É mestre e doutora pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP), com extensa carreira docente. Foi bolsista da Guggenheim Foundation, da Pollock-Krasner Foundation e da Fulbright Foundation. Desde os anos 1960, tem realizado inúmeras exposições individuais e participado de coletivas selecionadas no Brasil e no exterior. Foi artista convidada da Trienal de Setouchi, Japão (2016); das Bienais de Havana (1986, 1998, 2015); da Médiations Biennale Poznan (2012); das Bienais do Mercosul (2001, 2011); da Bienal de Taipei (2006) e das bienais de São Paulo (1981, 1983, 1998). Recebeu diversos prêmios, como o Prêmio MASP (2013), o Prêmio ABCA (2012), o Prêmio Fundação Bunge (2009) e o Prêmio Bravo Prime (2007). Suas obras estão presentes em diversas coleções, assim como museus nacionais e internacionais.
Thomas Kilpper
Nasceu em Stuttgart, Alemanha, em 1956. Vive e trabalha em Berlim. Estudou Belas Artes nas Academias de Nuremberg, Dusseldorf e Frankfurt am Main (Städelschule). É conhecido internacionalmente por suas xilogravuras em grande escala e intervenções críticas. Suas obras estão em coleções púbicas, como a da Tate Gallery (Londres), do Museu de Arte Moderna (Frankfurt), da South London Gallery (Londres) e do Kupferstichkabinett (Berlim), entre outras. Desde 2014, é professor da Faculdade de Artes, Música e Design na Universidade de Bergen (Noruega). Alguns de seus projetos recentes incluem Contemporary Footprints, Museu Nacional Oslo (Noruega 2015), “Não pense na crise – lute!” (Porto Alegre, Brasil, 2016), “Um farol para Lampedusa!” (Paris, França), Dresden e Kassel (Alemanha, 2016-2017) e “Traços de guerra” na Pinakothek of Moderne (Munique, 2017).
Tim Berresheim
Artista plástico nascido em Heinsberg em 1975. Desde 2002, produz pinturas sobre painéis com o auxílio do computador. Suas imagens, realizadas na forma de fotografias, serigrafias ou impressões de computador, apresentam cenários que se projetam no espaço tridimensional e ilusionista. Desde 2005, o aspecto da multidimensionalidade também passa a adquirir relevância para Berresheim. Por meio de distorções óticas dentro de complexas representações, a legibilidade da imagem é submetida a permanentes alterações e, assim, a ideia de um ponto de vista definitivo ou de uma perspectiva central é posta em questão. Últimas exposições individuais: Harry Rag – Gallery Belmacz, Londres (UK), Smashin´ Time II – Kunst Raum Riehen, Riehen (CH) und Suspension of Disbelief – Neuer Aachener Kunstverein, Aachen (D), em 2018.
Vera Chaves Barcellos
Nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 1938. Nos anos 1960, atua como gravadora e, na década de 1970, passa a utilizar a fotografia em seu trabalho. Em 1975, com bolsa do British Council, estuda técnicas gráficas e fotografia no Croydon College em Londres. Em 1976, participa da Bienal de Veneza com o trabalho Testarte. Participou do Grupo Nervo Óptico (1976-1978), do Espaço N.O. (1979-1982) e da Galeria Obra Aberta (1999-2002). Em 2005, instituiu a Fundação Vera Chaves Barcellos, dedicada à arte contemporânea. Participou de quatro Bienais de São Paulo. Exposições individuais recentes: Imagens em Migração (MASP, São Paulo, 2009), Per gli Ucelli (Octógono, Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2010); Enigmas (Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, 2015) e Vera Chaves Barcellos – fotografias, manipulações e apropriações, Paço Imperial (2017), ambas no Rio de Janeiro.
Xadalu
Nasceu em Alegrete, Rio Grande do Sul, em 1985. Vive e trabalha em Porto Alegre. O personagem Xadalu surge pela primeira vez em 2004, como uma forma de manifestação artística, trazendo luz ao tema da destruição da cultura indígena. Ele está presente em mais de 60 países, atingindo quatro continentes, fazendo parte de um cenário mundial da arte urbana contemporânea, participando de exposições e diversos festivais de arte, com obras em acervos de museus do Rio Grande do Sul, sempre com foco na informação e conscientização dos temas abordados. Dione Martins tem fortalecido sua relação com comunidades indígenas do estado do Rio Grande do Sul, sempre buscando formas de contribuição e apoio aos moradores das aldeias. O artista também está atento às demandas dos bairros periféricos, ministrando cursos e oficinas em escolas e comunidades.