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julho 28, 2016
O que Vem com a Aurora na Triângulo, São Paulo
A Casa Triângulo tem o prazer de apresentar O que Vem com a Aurora, exposição coletiva com curadoria de Bernardo Mosqueira que reúne 27 trabalhos que nos apresentam imagens ou instrumentos comprometidos com a criação de um mundo diferente. Sabendo que vivemos um momento histórico em que a informação sobre as crises e injustiças é facilitada e entendendo que a crítica já introjetada na prática regular da cultura não pode ser um fim-em-si, a exposição reúne trabalhos que partem de proposições, afirmações ou construções para então investigar o momento raro e poderoso em que duas ou mais pessoas compartilham da imaginação de um mundo diferente.
A mostra reforça a importância das fabulações para orientar as transformações que devemos operar no mundo. Composta por trabalhos de 20 artistas e um coletivo de diversas partes do Brasil e da América Latina, a mostra reúne um conjunto de trabalhos absolutamente plural desenvolvido por um grupo muito diverso de artistas, incluindo maioria feminina e gays, lésbicas, transexuais, negros, índios, velhos e jovens com idade média em torno de 30 anos. A exposição busca reunir diferentes maneiras de pensar o mundo a partir de suas margens, refletindo sobre questões feministas, de gênero, raciais, coletivas, simbólicas, discursivas, ecológicas, amorosas, sexuais, mágicas, econômicas e políticas. Na abertura, ocorrerá performances das artistas Luisa Nóbrega e Odaraya Mello.
Apesar do atual cenário político de tom apocalíptico, a mostra "O que Vem com a Aurora" afirma que também vivenciamos um momento potencialmente positivo ideal para pensar um outro mundo a partir da clareza das falências desse que vivemos. Como a exposição trata do encontro entre as imaginações, seu resultado formal é uma instalação em que os trabalhos por vezes estão muito próximos uns aos outros, contaminando-se uns aos outros, sobrepondo seus discursos em novas direções.
Vale destacar a participação dos artistas Carolina Caycedo, Vivian Caccuri, Opavivará e Carlos Motta na 32ª Bienal de São Paulo, intitulada "Incerteza Viva", que assim como essa exposição trata da vida em tempos de mudança.