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março 15, 2011
Programação do Festival Performance Arte Brasil no MAM, Rio de Janeiro
Festival Performance Arte Brasil
Palestrantes: Fernando Cocchiarale, Fábio Ferreira, Lucio Agra, Luiz Camillo Osorio, Nayse Lopez, Paulo Bruscky, Otávio Donasci, Yuri Firmeza, Solon Ribeiro.
Curadoria geral: Daniela Labra
Equipe Curatorial: Beth da Matta, Bia Medeiros, Daniela Mattos,Paulo Reis Orlando Maneschy, Regina Melim
Assistente de Curadoria: Julia Pombo
22 a 27 de março de 2011
Museu de Arte Moderna MAM-RJ
Av. Infante Dom Henrique 85, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro - RJ
21-2240-4640 ou mam@mamrio.org.br
www.mamrio.com.br
Realização: Apoio a Festivais de Fotografia, Performances e Salões Regionais Funarte/MinC
Apoio: Verallia
Programação:
22 de março, terça-feira:
Mostra de vídeos
PERFORMATI(VÍDEO)DADE, 14-16h – cinemateca
Curadoria: Daniela Mattos
Fala de abertura – Performance, experimentalismos históricos e arte contemporânea no MAM, 16h – cinemateca
Luiz Camillo Osorio (RJ) e Fernando Cocchiarale (RJ). Mediação: Daniela Labra (RJ)
Ana Montenegro (SP) – 18h
“Reprodução Proibida”
A artista posiciona-se de costas para o público e em seguida uma voz, em off, inicia uma narrativa da possível imagem frontal desse corpo. A obra deriva de um cruzamento entre performance e o protocolo da imagem nos meios digitais.
Gê Orthof e Cecília Aprigliano (DF) – 18h30
“Abibliotecadostripper: olivrodefundo”
Em um jogo labiríntico, a performance atualiza, por meio de pequenas ações poéticas, o singular encontro transtemporal de duas austríacas de mesmo nome – Gertrud Alice Goldberg – nascidas com mais de um século de diferença. Tudo ao som de uma passacaglia executada ao vivo em viola da gamba e de um vídeo desse enigmático encontro.
Juliana Notari (PE) – 19h30
“Symbebeko”
A artista atravessa descalça um caminho de cacos de vidro. A intenção não é se mutilar ou sacrificar seu sangue em nome da arte, mas livrar-se pacientemente do perigo, afastando cuidadosamente a ameaça da dor.
23 de março, quarta-feira
Daniel Toledo (RJ) – 12h
“Veste nu”
Vestindo duas roupas estampadas com um nu masculino e outro feminino, o artista caminha ao redor do espaço e do público. O trabalho conta com a participação de Ana Hupe.
Lourival Neto (PE) – 13h
“Parangolé” (Vídeo premiado no Prêmio Registros do Canal Contemporâneo em 2010)
Uma instalação/performance é o produto de uma apropriação não-autorizada ocorrida no MAM do Rio de Janeiro.
Mostra de vídeos – A imagem como performance: alguns casos na Amazônia, 14-16h – cinemateca
Curadoria: Orlando Maneschy
Victor de La Rocque (PA) – 14h30
“Gallus Sapiens”
O artista caminha pela cidade com galinhas sobre o corpo e o rosto. A presença incômoda de um homem que busca a existência galinácea, e se comporta passivo a tudo, sem fazer nenhum ato de troca com o espectador.
Margit Leisner (PR) – 15h
“Sem título, ensaio sobre um certo tema II”
A proposta pressupõe que a realização de performances nas dependências internas de museus é algo incomum. Este trabalho portanto toca em questões que podem se evidenciar a partir do deslocamento da sua realização - inicialmente concebida para as dependências da Cinemateca - para os Pilotis do MAM.
Encontro com os curadores
Curadoria e realização de performance arte no Brasil (parte I), 16h – cinemateca
Orlando Maneschy (PA), Bia Medeiros (DF) e Beth da Matta (PE)
Nadam Guerra (RJ) – 18h
“Cinema de si”
O artista – dentro de um saco preto com dois buracos – por meio de uma câmera de segurança e um monitor de vídeo produz e transmite imagens do corpo de dentro desse saco.
Yftah Peled (SC) – 18h30
“Alta Tensão”
Performance desenvolvida ao som da marcha nupcial Mendelson mixada, em que três performers com um figurino específico abordam e interagem com o público, que se alterna na condição de visitante-performer e observador.
Shima (SP) – 19h
“Trauma”
Deitado no chão com um livro grosso de capa dura negra ao lado, o artista tenta, assoprando, virar as páginas. Este processo provoca hiperventilação em seu corpo, apresentando reações como: dedos retorcidos, suor, lágrimas, saliva etc.
Davi Ribeiro (RJ) – 19h30
“A nona parte de um ovo ou beba água com açúcar e vá dormir”
Nas próximas 24 horas, só poderás consumir um copo de água com açúcar e a nona parte de um ovo, para que não esqueças que 925 milhões de pessoas ainda passam fome no mundo. O artista ficará no espaço restrito de uma esteira durante 24 horas. A ação será filmada e transmitida ao vivo via blog.
24 de março, quinta-feira
Aslan Cabral (PE) – 10h
“O barão nas árvores”
Com título inspirado em livro de mesmo nome, a performance conta a história de um personagem que, cansado das regras e jogos sociais de seu círculo familiar aristocrático, decide subir em uma árvore, de onde nunca desce. Em referência ao personagem, o artista subirá em uma árvore e permanecerá nela ao longo do dia, por dez horas.
Mauricio Ianês (SP) – a partir 12h
“Glossa”
Esta obra sonora, inédita, leva a refletir sobre a noção de performatividade quando não há presença do artista.
Mostra de vídeos – “O Corpo na Cidade – seleção de ações performáticas para vídeo em Curitiba”, 14-16h – cinemateca
Curadoria: Paulo Reis
Marcus Vinícius (ES) – 15h
“Ninguém”
A performance propõe a composição de um rosto multifacetado sobre o rosto do performer a partir de fragmentos de outros rostos, de outros homens, outras mulheres, outras identidades.
Encontro com os curadores
Curadoria e realização de performance arte no Brasil (parte II), 16h – cinemateca
Paulo Reis (PR), Regina Melim (SC) e Daniela Mattos (RJ)
Luana Aguiar (RJ) – 18h
“Bachus Et Ariane”
Performance que conta com o artista Pedro Moreira Lima. Em referência à mitologia grega, os artistas bebem e se banham com vinho, oferecendo-o ao público. Tal sensorialidade causará uma presumida embriaguez e um sentido de organicidade na edificação do MAM.
Claudia Paim (RS) – 18h30
“Possibilidades”
Performance que aborda a questão da liberdade da mulher sobre seu próprio corpo.
Em uma ação repetida, a artista lê nomes escritos em 420 ovos, que simbolizam os 420 óvulos femininos, quebrando-os após a leitura, um a um.
Franklin Cassaro (RJ) – 19h30
“Teaser Drum uma batucada portátil no abrigo bioconcreto”
25 de maço, sexta-feira
Zmário (BA) – a partir de 12h
“A sombra dos pilotis”
Deslocamento de um conjunto de ações realizadas diariamente pelo artista. Na área externa do MAM, arte e vida, ordinário e extraordinário vão se (con)fundindo à medida que o tempo passa e as sombras dos pilotis mudam de lugar.
João Rosa (SC) – a partir 12h
“CAEP”
O CAEP, Cinema Alternativo Experimental Performático, investiga maneiras de restaurar a percepção plástica nas coisas banais do tempo contemporâneo, utilizando técnicas cinematográficas, fotográficas, plásticas e performáticas.
Obra de intervenção urbana instalada nas imediações do MAM
Opavivará (RJ) – a partir de 13h
“Namoita”
O trabalho é a construção de uma moita circular com vasos de plantas ornamentais, de diferentes espécies, formando um espaço interativo entre as pessoas e a moita, de forma que cada um se sinta à vontade para contribuir como quiser.
Edson Barrus (PE/RJ) – 13h30
“Rés do Chão on-live”
O artista propõe ficar um dia do evento em uma área preparada para receber colaboradores e outros artistas. Um monitor exibirá vídeos e, em uma bancada, serão expostos os impressos do Nós Contemporâneos.
Mostra de vídeos - 34’37”
14h às 16h – cinemateca
Curadoria: Regina Melim
Fernanda Magalhães (PR) – 14h30
“Corpo Re-Construção Ação Ritual Performance”
Projeto de criação que se constrói a partir de ações performáticas realizadas com grupos convidados. O grupo de performers cria corpos diversos e coletivos, construídos com diferentes mídias, em rede e maleáveis, que se estendem, podem se tocar e se multiplicar.
Armando Queiroz (PA) – a partir de 15h30
“Cão”
Ao ar livre, deparamo-nos com alguém que lança indefinidamente, horas a fio, um bastão que ele próprio irá buscar. Esta performance busca problematizar não somente nossos movimentos repetitivos e impensados, mas, sobretudo, nossas atitudes despidas de reflexão e temor ao que se mostra desconhecido, imprevisível.
Debate aberto
Festivais interdisciplinares e Performance, 16h – pilotis do MAM
Marcos Gallon (SP), Nayse Lopez (RJ) e Fábio Ferreira (RJ)
Flávia Vivacqua (SP) – 18h
“Jardim de Pedras e Encantamento de Pássaros II”
O trabalho é uma Ode aoTempo. A performance acontecerá no pôr do sol, ao som do encontro entre diferentes músicos de rua atuantes na região central da cidade, no Jardim das Pedras, desenhado por Burle Marx para o MAM.
Grupo Empreza (GO) – 19h
“Serão Performático”, 3 ações
O grupo apresenta três ações: Um Corpo Marcado: Mar & Eros, Um Corpo Cabeça-Parafina e Um Corpo-Gago
26 de março, sábado
Zmário (BA) – a partir de 12h
“A sombra dos pilotis”
Deslocamento de um conjunto de ações realizadas diariamente pelo artista. Na área externa do MAM, arte e vida, ordinário e extraordinário vão se (con)fundindo à medida que o tempo passa e as sombras dos pilotis mudam de lugar.
Grupo SYA (CE) – a partir de 12h
“Desredito”
Os artistas Yuri Firmeza e Solon Ribeiro operam de forma sutil e diminuta, ao longo do evento, sussurrando enunciados performativos em contato direto e íntimo com o público. Como em outros de seus trabalhos, em escala de um para um, conferem potência às pequenas sutilezas aparentemente imperceptíveis, como um sopro, uma respiração, um ranger de dentes.
Jéssica Becker (PR) – a partir de 13h
“Sopro de Esperança - A Troca”
Troca dos “saquinhos” com Sopros de Esperança. Inflados pela artista e pelo visitante/partícipe, os sopros recolhidos são identificados com nome, data e horário, e logo expostos, suspensos em uma linha.
Alexandre Sá (RJ) – 13h30
“A performance dos sem nome; ou a revolta do invólucro (a não-obra)”
Um homem. Um homem de nenhum lugar. Alguns rolos de plástico bolha. Alguns metros. Algum tempo. Um espaço. Procura alguma ajuda. E então acontece algum acontecimento. (...) Aos poucos, as pessoas tentam. O material, o público, a ação, o espaço e alguma solução ao acaso.
Maicyra Leão (DF) – 14h
“Guarda-corpo”
A performance nos convida ao mal-estar do enjoo, da vertigem e do desequilíbrio, por meio do deslocamento espiralado da artista pelas ruas do centro da cidade, usando uma roupa específica da qual balões cheios de líquido preto são atirados no ar.
Michel Groisman (RJ) – 14h30
“Máquina de Desenhar”
Como seria transformar o traçar de uma linha em um processo coletivo? A máquina de desenhar surge a partir desta ideia: proporcionar a experiência de um desenhar grupal, um desenho que escapa ao controle de cada um.
Corpos Informáticos (DF) – 15h
“Encerando a Chuva”
Interação com o público por meio de eletrodomésticos obsoletos.
GIM (RJ) – 15h30
“SMS”
Um casal que se conheceu na internet se prepara para se encontrar pessoalmente pela primeira vez, mas é o público quem decidirá o final da história enviando um SMS para os artistas.
Encontro com artistas
Criadores e criaturas: vídeo, performance e Subterrâneos dos anos 1980 até hoje
16h às 18h – pilotis do MAM
Lucio Agra (SP) e Otávio Donasci (SP)
Marco Paulo Rolla (MG) – 18h
“Uma canção na vitrola”
A performance faz parte da série Homens de Preto. Uma canção na vitrola, distorcida com a ação praticada por um homem, vai trabalhar a sonoridade e a presença nostálgica deste objeto como sensibilidades que ativam o corpo dos presentes emocionalmente.
Pontogor (RJ) – 18h30
“4”
Utilizando projeções simultâneas, Pontogor explora seu corpo em movimentos que se complementam, criando uma precária situação de fluidez.
Micheline Torres (RJ) – 19h / Distribuição de senha 30 minutos antes
“Carne”
É um trabalho que trata da carne e sua manipulação, da sexualidade e sua manipulação e dos significados e funções originados nesta fricção. Carne é um trabalho com o apoio do Centre National de la Danse (Paris) e de Micadanses Studios (Paris).
27 de março, domingo
Orlando Maneschy (SP) – 12h
“Karaokê D’Or”
O artista subverte o sentido do que seria uma obra de arte, criando um ambiente musical do qual convida o público a participar. Assim, dessacraliza o lugar distante da arte e proporciona um espaço de intimidade para o participante.
Jéssica Becker (PR) – a partir das 13h
“Sopro de Esperança - A Troca”
Troca dos “saquinhos” com Sopros de Esperança. Inflados pela artista e pelo visitante/partícipe, os sopros recolhidos são identificados com nome, data e horário, e logo expostos, suspensos em uma linha.
Coletivo Filé de Peixe (RJ) – 13h30
“Piratão #14” e “Sessão Pirata #26: Performance BR”
O projeto Piratão, ao modo e preços praticados pelos camelôs piratas dos grandes centros urbanos, comercializa vídeos de autores clássicos e recentes, da produção videoartística nacional e internacional.
Shima (SP) – 14h
“Redenção”
Diversas instruções de participação são distribuídas pelo chão, sugestões para que o participante projete no artista sua própria imagem.
Maíra Vaz Valente (SP) – 14h30
“2:8:1 versão Rosa”Uma situação performática que gera um encontro, por meio de uma espécie de veste que já estará instalada no MAM (o Conector Rosa), estabelecendo distanciamentos e proximidades entre aqueles que participam.
Fernanda Bec (PR) – 15h
“Autoimagem”
Em um ato de cuspir e raspar a tinta de seu autorretrato, a artista apaga sua imagem e cobre o rosto com seus “resíduos”, deixando no local da ação a moldura com essa “nova” imagem.
Alex Hamburguer (RJ) – 15h30
“Nouvelle Vague?”
A ação procurará discutir de uma forma contundente a real pertinência e contradições da linguagem perform/ativa no circuito local das artes.
Encontro com artistas
A cena de Performance no Nordeste: conversa entre gerações
16h – pilotis do MAM
Paulo Bruscky (PE), Solon Ribeiro (CE) e Yuri Firmeza (CE)
Marcela Levi (RJ) – 18h
“Em redor do buraco tudo é beira”
Marcela Levi e seu parceiro de palco Frederico Paredes usam seus corpos, músicas, pedaços de papel e duzentas cenouras para contar histórias sobre violência, guerra e morte. Um trabalho poderoso, poético, mas não sem humor.
Otávio Donasci (SP) – 18h30
Videotango
Pioneiro da performance tecnológica, Donasci apresenta uma videoperformance com uma Plasmacriatura de 42 polegadas. O Personagem imerso em um mar cotidiano parece estar sendo “afogado” ou rejeitado por todos, inclusive pelos que aparentemente o amam. A Plasmacriatura dança ao vivo com as pessoas presentes.
Ronald Duarte (RJ) – 19h
“Performance de encerramento”
Encerrando a jornada de seis dias de intensas atividades performáticas, o artista prepara uma ação coletiva pelos pilotis do MAM, realizando um espetáculo sensorial de luz e som.
Sobre os palestrantes
Fernando Cocchiarale (RJ)
Crítico de arte, professor de estética do Departamento de Filosofia e do curso de
especialização em História da Arte e Arquitetura do Brasil, na PUC-Rio, e professor na
Escola de Artes Visuais do Parque Lage.
Luiz Camillo Osorio (RJ)
Doutor em Filosofia pela PUC-Rio, atualmente é professor do Departamento de Filosofia
da mesma universidade e está licenciado da UNIRIO. Atua na área de Estética, Teoria e
História da Arte. Desde setembro de 2009, é curador do Museu de Arte Moderna do Rio
de Janeiro.
Nayse Lopez (RJ)
É jornalista, crítica de dança, editora do www.idanca.net e curadora do Panorama Festival
no Rio.
Fábio Ferreira (RJ)
Pós-graduado em História Social da Cultura pela PUC-Rio e doutorando em Teoria
Literária pela USP. É diretor de teatro, pesquisador, professor universitário e produtor
cultural. Foi criador e diretor-geral do Rio Cena Contemporânea (1996-2008).
Otávio Donasci (SP)
Mestre em Artes pela USP. Atualmente é professor de Artes do Corpo da PUC-SP.
Atua principalmente nos seguintes temas: videoperformance, educação superior, teatro
contemporâneo, instalação multimídia e videocriaturas.
Lucio Agra (SP)
Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, atualmente é professor adjunto em
Comunicação e Artes do Corpo (habilitação em performance) na mesma instituição. Tem
experiência em temas como poesia e poética, novas tecnologias, performance e artes do
corpo e vanguardas.
Paulo Bruscky (PE)
Artista, ativista e renomado arquivista, trabalha com diversas mídias, que incluem
desenhos, performances, happenings, copy art, fax-art, arte postal, intervenções urbanas,
fotografia, filmes, poesia visual, experimentações sonoras e intervenções em jornais,
entre outras experiências.
Yuri Firmeza (CE)
Graduado em Artes Visuais pela FGF, é artista visual, tendo realizado exposições em
diversas cidades do Brasil e do exterior. Ganhou, em 2009, o Prêmio Marcantonio Vilaça.
Foi integrante do programa Bolsa Pampulha em 2008 e participou do Rumos Itaú Cultural
em 2006.
Solon Ribeiro (CE)
Artista visual, professor e curador, formado em Comunicação e Arte pela L’École
Superieure des Artes Décoratifs, em Paris. Em suas atividades, busca mostrar a relação
entre a fotografia, a cenografia, a instalação e a performance. É autor do livro Lambe-
Lambe, Pequena História da Fotografia Popular.