Página inicial

Blog do Canal

o weblog do canal contemporâneo
 


julho 2021
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab
        1 2 3
4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17
18 19 20 21 22 23 24
25 26 27 28 29 30 31
Pesquise no blog:
Arquivos:
julho 2021
junho 2021
maio 2021
abril 2021
março 2021
fevereiro 2021
janeiro 2021
dezembro 2020
novembro 2020
outubro 2020
setembro 2020
agosto 2020
julho 2020
junho 2020
maio 2020
abril 2020
março 2020
fevereiro 2020
janeiro 2020
dezembro 2019
novembro 2019
outubro 2019
setembro 2019
agosto 2019
julho 2019
junho 2019
maio 2019
abril 2019
março 2019
fevereiro 2019
janeiro 2019
dezembro 2018
novembro 2018
outubro 2018
setembro 2018
agosto 2018
julho 2018
junho 2018
maio 2018
abril 2018
março 2018
fevereiro 2018
janeiro 2018
dezembro 2017
novembro 2017
outubro 2017
setembro 2017
agosto 2017
julho 2017
junho 2017
maio 2017
abril 2017
março 2017
fevereiro 2017
janeiro 2017
dezembro 2016
novembro 2016
outubro 2016
setembro 2016
agosto 2016
julho 2016
junho 2016
maio 2016
abril 2016
março 2016
fevereiro 2016
janeiro 2016
dezembro 2015
novembro 2015
outubro 2015
setembro 2015
agosto 2015
julho 2015
junho 2015
maio 2015
abril 2015
março 2015
fevereiro 2015
janeiro 2015
dezembro 2014
novembro 2014
outubro 2014
setembro 2014
agosto 2014
julho 2014
junho 2014
maio 2014
abril 2014
março 2014
fevereiro 2014
janeiro 2014
dezembro 2013
novembro 2013
outubro 2013
setembro 2013
agosto 2013
julho 2013
junho 2013
maio 2013
abril 2013
março 2013
fevereiro 2013
setembro 2012
agosto 2012
junho 2012
abril 2012
março 2012
fevereiro 2012
novembro 2011
setembro 2011
agosto 2011
junho 2011
maio 2011
março 2011
dezembro 2010
novembro 2010
outubro 2010
setembro 2010
junho 2010
fevereiro 2010
janeiro 2010
dezembro 2009
novembro 2009
maio 2009
março 2009
janeiro 2009
novembro 2008
setembro 2008
agosto 2008
julho 2008
maio 2008
abril 2008
fevereiro 2008
dezembro 2007
novembro 2007
outubro 2007
agosto 2007
junho 2007
maio 2007
março 2007
janeiro 2007
dezembro 2006
outubro 2006
setembro 2006
agosto 2006
julho 2006
junho 2006
maio 2006
abril 2006
março 2006
fevereiro 2006
janeiro 2006
dezembro 2005
novembro 2005
setembro 2005
agosto 2005
julho 2005
junho 2005
maio 2005
abril 2005
março 2005
fevereiro 2005
janeiro 2005
dezembro 2004
novembro 2004
outubro 2004
setembro 2004
agosto 2004
junho 2004
maio 2004
abril 2004
março 2004
janeiro 2004
dezembro 2003
novembro 2003
outubro 2003
agosto 2003
As últimas:
 

agosto 7, 2008

Reabertura do MIS - Museu da Imagem e do Som de São Paulo

Reabertura do MIS - Museu da Imagem e do Som de São Paulo

9 de agosto, sábado, 12h

Museu da Imagem e do Som
Av Europa 158, Jardim Europa, São Paulo - SP
11-2117-4777 ou mis@mis-sp.org.br
www.mis-sp.org.br
Entrada: R$ 4 e R$ 2 (meia); grátis aos domingos
Horários: exposições: terças a sábados, 12-22h; domingos e feriados, 11-21h
LabMIS: terças e quintas, 10-18h; quartas, sextas e sábados, 14-22h; domingos, 15-19h.
Midiateca: terças a sábados, 12-19h; domingos e feriados, 14-18h.
Cinema: quartas e sextas, 20h; sábados, 18h e 20h; domingos, 17h e 19h. Ingresso: R$ 16 (R$ 8 para estudantes que estiverem portando carteira de identificação e maiores de 65 anos). Entrada gratuita (ingressos distribuídos na Bilheteria do MIS, uma hora antes do início de cada sessão).

Sobre a exposição Bill Seaman e Daniel Howe no Blog do Canal

Sobre a exposição de Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti no Blog do Canal

Sobre a exposição de Rodrigo Matheus no Blog do Canal

Sobre a morte Paradigmas do Experimental no Blog do Canal

Sobre a exposição Lights Out: Proposições Fotográficas em Outros Campos dos Sentidos no Blog do Canal

Sobre o espetáculo Celebração no Blog do Canal

Sobre o Laboratório de novas mídias do Brasil no Blog do Canal

Sobre o novo site do MIS no Blog do Canal


Bill Seaman e Daniel Howe

Doze monitores de computador, dispostos em duplas, exibem um fluxo de imagens e palavras que surgem, a cada momento, em diferentes combinações. Para associá-los, Bill Seaman e Daniel Howe criaram um sistema de palavras-chave, que norteiam o funcionamento de uma rede de seis computadores. Um banco de dados, composto por um poema de 1.500 palavras (de autoria de Seaman), além de fotografias de paisagens da Coréia do Sul, servem de matéria-prima para a construção dessa obra. Explorando justaposições aleatórias e relações de referências inteligentes, são gerados novos poemas textuais/visuais. Assim, a proposta da obra está em constante mutação e desdobramento poético aos olhos dos visitantes, provocando novas relações de sentido a cada vez que a obra é percorrida.

Arte generativa
Termo usado para definir o processo de produção artística em que uma regra fixa, pré-determinada pelo autor, norteia o resultado da obra (que pode ser textual, musical, plástica etc). A partir do emprego de algoritmos matemáticos, processos mecânicos ou programas de computador, o trabalho se desenvolve de forma randômica. Sua prática foi impulsionada após a invenção do computador digital, embora princípio semelhante já fosse empregado no século 18, na criação dos Musical Dice Games (jogos de dados musicais), atribuídos a Mozart. (Em anexo, segue glossário de termos correlatos).

Randomização

Os computadores digitais executam os cálculos com as instruções para fazer funcionar seus programas na RAM (Random Acess Memory, ou Memória de Acesso Aleatório). Por isso, expressões como "randômico" e "randomizar" tornaram-se parte do vocabulário cotidiano, para indicar os processos de cálculo executados em sistemas digitais. Uma das vertentes mais importantes das pesquisas em inteligência artificial aposta na emergência de processos autônomos a partir da execução de cálculos aleatórios de grande complexidade. Os projetos de Bill Seaman e Daniel Howe investem nesta possibilidade com ênfase cada vez maior.


Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti

A proposta dos artistas é traduzir, visualmente, o deslocamento do volume de ar provocado pela chegada de um corpo estrangeiro a um ambiente espacial. “O nosso aparato sensório, dos seres humanos, não está preparado para perceber as alterações que a nossa chegada a um determinado lugar provoca. A idéia aqui é demonstrar de que modo a tecnologia pode amplificar nossos sentidos e toda a nossa relação com o espaço físico”, explica Rejane Cantoni.

Para conseguir produzir os efeitos vistos pelo público, os artistas projetaram e construíram um sofisticado sistema. A obra é acionada graças a um sensor ultrasônico, que capta a presença e a aproximação de qualquer pessoa, de uma distância mínima de 1 metro e máxima de 4 metros. Este equipamento calcula e informa, em milesegundos, a que distância está o espectador.

Tais informações são transmitidas a um controlador lógico programável, instalado no verso da obra. Conectado a um motor de passo, o controlador coloca em movimento um braço robótico (uma alavanca em forma de braço acoplada a uma garra em forma de uma mão espalmada com seis dedos), que desloca a superfície espelhada.

De acordo com a distância do observador medida pelo sensor, o braço robótico empurrará ou puxará o “Espelho”. Quanto mais longe o observador estiver, maior a curvatura convexa da superfície espelhada - como se uma “força” em seu interior a sugasse para dentro. Na medida em que o observador se aproxima, a superfície assume forma côncava - como se a “força” começasse a empurrá-la.


Rodrigo Matheus

Utilizando como matéria-prima imagens de áreas geográficas completamente diferentes, capturadas do website Google Earth, o artista sugere novos caminhos para se interpretar o sistema de representação do mundo. Serão exibidos dois planos seqüência de sua série, “Tóquio, 2008” (com gravações do perímetro urbano da capital japonesa) e “Pólo Sul 2008” (com imagens da Antártida), além da pré-edição do vídeo “Grand Canyon, 2008” (com cenas do cânion que recorta parte do estado do Colorado, nos EUA).

A idéia para a criação da obra surgiu da constatação de que o Google Earth conta com diferentes sistemas de representação, para ilustrar cidades, acidentes geográficos, florestas e outras áreas do globo terrestre. Estes espaços podem ser representados, por exemplo, por volumes geométricos, ou por detalhadas imagens em três dimensões. Dispositivo tecnológico em constante atualização, o website produz ainda visuais inesperados, resultantes de oscilações técnicas e estruturais em seu sistema de funcionamento.

O artista utiliza um gravador de tela (screen recorder) para capturar, em alta definição, as imagens geradas pela câmera do Google Earth. O resultado visual é determinado por sua habilidade em operar a câmera e também pela geração de “falhas” técnicas do sistema, que são transformados em novas possibilidades estéticas.


Paradigmas do Experimental

O primeiro programa da série Acervo Vivo, “Paradigmas do Experimental”, foi desenvolvido por Arlindo Machado a partir da proposta de oferecer um contraponto à estética do cinema comercial. “Numa época como a nossa, marcada pela submissão aos modelos de consumo e pela capitulação às regras do mercado, trazer essas obras à vida pode ser entendido como um gesto político de resistência e de resgate de éticas e estéticas de não-conformismo. ‘Paradigmas do Experimental’, aproveitando a atual fase de revitalização do MIS, quer trazer novamente essas obras ao debate público para provar que só há vida onde há permanente invenção”, explica o curador.

Arlindo Machado é doutor em comunicações e professor do programa de pós-graduação em comunicação e semiótica da PUC-SP e do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da ECA-USP. Publicou, entre outras obras, “Eisenstein: Geometria do Êxtase” (ed. Brasiliense), “A Ilusão Especular” (ed. Brasiliense), “A Arte do Vídeo” (ed. Brasiliense), “Máquina e Imaginário: O Desafio das Poéticas Tecnológicas” (Edusp), “Pré-cinemas & Pós-cinemas” (ed. Papirus), “A Televisão Levada a Sério” (ed. Senac), além de artigos para publicações especializadas do Brasil e exterior. Trabalhou como crítico de fotografia e vídeo para o jornal Folha de S.Paulo, entre 1984 e 1986. Entre as curadorias que realizou, estão “Arte e Tecnologia” no MAC de São Paulo (1985), “Cinevídeo” no MIS de São Paulo (1982 e 1983) e “A Arte do Vídeo no Brasil” no MAM do Rio de Janeiro (1997). Foi responsável pela organização de mostra de arte eletrônica produzida no Brasil para a feira Arco 91 em Madri, Espanha (1991) e Image Fórum (Tóquio, Japão). Participou do júri de festivais como Videobrasil em São Paulo e FórumBHZVídeo, em Belo Horizonte. Recebeu o Prêmio Nacional de Fotografia da Funarte (1995) e o Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia em 2007.


Lights Out: Proposições Fotográficas em Outros Campos dos Sentidos

Com trabalhos dos artistas Sara Chi-Hang Wong e Leung Chi-Wo (China), Whitney Lee (EUA), Skoltz e Kolgen (Canadá) e Rochelle Costi (Brasil), a mostra comprova que a imagem visual é apenas um dos possíveis resultados do processo fotográfico, mas não o único. Ampliando o conceito de fotografia e analisando suas etapas, além de seu impacto sobre a percepção do público, a jovem curadora Daniela Castro convidou artistas que criaram obras para serem ouvidas, degustadas, desenhadas e tocadas pelo público, além de valorizar a percepção subjetiva.

“Lights Out” traz pela primeira vez ao Brasil o premiado trabalho City Cookie (dos chineses Sara Chi-Hang Wong e Leung Chi-Wo), que já passou pelas cidades de Nova Iorque, Toronto, Xangai, Oslo, Veneza e Hong Kong. A obra conta com três ampliações fotográficas (120 cm X 120 cm), que retratam os céus de diversos centros urbanos internacionais, todos eles recortados e confinados por ângulos de edifícios. As mesmas imagens angulosas de pedaços de céus servem ainda de formato para a confecção de biscoitos, que serão distribuídos para os visitantes no Museu.

Para a abertura da mostra, os próprios artistas vão assar os biscoitos de “pedaços de céus”, em quatro fornos dispostos em círculo no espaço expositivo do MIS. Entretanto, no decorrer da exposição, os biscoitos ficarão disponíveis em uma máquina de vendas (vending machine) instalada no Museu. Desta forma, City Cookie subverte o conceito de aquisição de obra de arte, uma vez que o visitante adquire o biscoito usando como moeda de troca sua própria percepção sobre a cidade (uma imagem, uma performance ou um texto).

Para aguçar os ouvidos do público, “Lights Out” apresenta também a instalação foto-sonora Hyalin, assinada pelos VJs canadenses Skoltz & Kolgen. Aqui, a proposta é possibilitar aos visitantes a experiência de “ouvir fotografias”. Dispostos em uma mesa transparente, três cromos fotográficos sofrem a interferência das ondas sonoras de uma composição musical. Em escala quântica, a transparência (o cromo) se comporta como rede: a imagem fotográfica é modificada pela intervenção das ondas sonoras. Para conferir o resultado dessa experiência, fones de ouvido serão disponibilizados para o público durante a mostra. Exclusivamente no dia da reabertura do MIS, os VJs canadenses protagonizarão uma performance audiovisual.

Já a instalação Reprodutor, concebida pela brasileira Rochelle Costi especialmente para essa exposição, instiga a um só tempo as visões mecânica e subjetiva dos visitantes. Cada um terá a oportunidade de comandar uma “mesa de reprodução”: um móvel dividido por uma placa vertical de vidro laminado de cor vermelha (alusão à cor da luz usada em laboratórios de impressão fotográfica). O primeiro passo é escolher um dos retratos de personalidades do universo artístico, à disposição no local. Ao posicionar o retrato selecionado do lado esquerdo da mesa, o visitante constatará que a imagem surge “projetada” do outro lado, “flutuando” sobre uma folha de papel branco A3. Tendo essa imagem imaterial como guia, o visitante pode viver a experiência de desenhar no papel sua própria versão da foto. Unindo a mecânica da câmera e a mecânica do olho e do traço (elementos que deram origem ao design da ferramenta de reproduções fotográficas), Rochelle Costi revela que a reprodução fotográfica nunca é fiel e objetiva. Uma vez concluído, o trabalho do visitante se torna parte da obra e passa a integrar o acervo de retratos disponibilizados na mostra.

Completando a exposição, a artista norte-americana Whitney Lee sugere o tato como possibilidade de apreender a fotografia, com as obras Soft Porn, Cyber Girls e 360 Spin. A partir da apropriação de imagens femininas publicadas em revistas e websites pornográficos, a autora teceu três tapetes de grandes proporções, dispostos nas paredes e também no chão do espaço expositivo, para serem tocados e pisados pelos visitantes.

Além de empregar a tecnologia (imagem digital) a serviço de uma atividade artesanal e do universo usualmente identificado como feminino (a tecelagem), a artista explicita com seu trabalho a coisificação da mulher (prostituição na internet). Para concretizar a experiência com as obras, é preciso ainda ultrapassar o constrangimento de olhar e tatear no espaço público um conteúdo usualmente reservado para fruição em espaços privados.


Celebração

Destaque do cenário musical internacional, a cantora paulistana Cibelle Cavalli protagonizará, ao lado do ator Paulo César Pereio e do coletivo Embolex, o espetáculo multimeios “Celebração”.

Dirigido por Marcos Saboya, o espetáculo é inspirado no poema “With Usura” (“Com Usura”), do poeta norte-americano Ezra Pound. A obra será interpretada inicialmente em inglês e, em seguida, em português, por Cibelle e Pereio. Ao mesmo tempo, os VJs do coletivo Embolex projetarão sobre telões imagens da cidade de São Paulo, grafismos, camadas sampleadas da voz de Ezra Pound, trechos do poema e imagens de pessoas não-identificadas, fotografadas por Jorge Lepesteur.

A proposta é integrar diferentes linguagens em um projeto colaborativo, re-significando a poesia de Pound no contexto da produção artística contemporânea. A obra “With Usura” (“Com Usura”) foi escolhida para amarrar o espetáculo por tratar da generosidade e da liberdade criativa, ressaltando a relevância da arte no mundo contemporâneo.

Ao final da apresentação, Cibelle Cavalli interpretará um repertório musical diversificado, do qual fazem parte as suas composições “Noite de Carnaval”, “Minha Neguinha”, “Instante de Dois” e “Mad Man”, além de “Por Toda Minha Vida”, de Vinícius de Moraes e “Green Grass”, de Tom Waits.


Laboratório de novas mídias do Brasil

O LabMIS foi concebido pela diretoria da instituição com base na consultoria de um corpo de artistas de ponta, críticos e pensadores e está sob coordenação da artista e pesquisadora Gisela Domschke, que coordenou também o lab mídia do Goldsmiths University de Londres, na Inglaterra. Ocupará o 2º andar do MIS, em uma área dividida em: sala de workshop, estúdio de som, oficina de interfaces e sala de edição de áudio e vídeo; além de um lounge (com acesso gratuito à internet sem fio) e um pequeno auditório (para 70 pessoas), que foi renovado.

Comissionamento e Residência

Anualmente, o LABMIS lançará editais públicos para a seleção de artistas interessados em desenvolver seus projetos no espaço, contando com o suporte da equipe de orientadores e técnicos. Serão escolhidos três artistas (incluindo profissionais de outros Estados), que receberão uma bolsa-residência para se instalarem durante três meses em São Paulo. O laboratório estabelecerá convênios com instituições do exterior, para promover intercâmbios e residências para estrangeiros, além de convidar e comissionar três artistas ao ano para criarem obras inéditas a serem expostas no MIS.

Exclusivamente em 2008, a direção da instituição convidou cinco artistas apontados como promissores pela crítica e também pela academia, para desenvolver seus projetos no LABMIS. Entre os comissionados, os escolhidos foram os norte-americanos Bill Seaman e Daniel Howe, o paulista Cássio Vasconcellos e a fluminense Kátia Maciel. Já para a residência foram convocados o baiano Caetano Dias e o pernambucano Paulo Meira. Os artistas comissionados exibirão seu trabalho no Espaço Redondo da instituição, área destinada à exposição de projetos relacionados ao LabBMIS. Para os artistas residentes, o Museu prevê uma mostra anual de resultados no espaço expositivo. Desta forma, o MIS consegue aliar suas finalidades de pesquisa, produção e difusão cultural.

Orientação
O laboratório contará com a consultoria de artistas orientadores, especialistas em estética digital, design de interfaces e computação, tecnologias de rede, entre outros. Contratados por temporada, prestarão suporte teórico e técnico aos artistas residentes do laboratório e oferecerão cursos para os mais variados públicos, enquanto desenvolvem suas próprias pesquisas.

Entre agosto e dezembro de 2008, os convidados a compor o quadro de orientadores do laboratório são: Luiz Duva (cujo trabalho é marcado pela experimentação no campo audiovisual e o diálogo com as tecnologias emergentes), Marcus Bastos (artista e teórico de mídias emergentes), Rejane Cantoni (artista multimídia) e Lucas Bambozzi (artista multimídia). A programação didática terá, ainda, workshops de música eletrônica com Wilson Sukorski, de programação com Ricardo Palmieri, de interface físico-digital com o artista norte-americano Bill Seaman, de escala e tempo com a artista mexicana Ale de la Puente e de composição audiovisual Luiz Duva. Já a formação teórica fica por conta do programa do núcleo de teoria crítica, com as pesquisadoras Paula Alzugaray, Christine Mello e Juliana Monachesi.

Programação
Contemplará a realização de cursos, workshops e palestras destinados a jovens artistas, estudantes de artes visuais, cinema, fotografia e afins, professores da rede pública, crianças, adolescentes, universitários e terceira idade. Conduzidas pelos orientadores e por artistas comissionados, contemplarão desde a capacitação em programação em novas mídias até a especialização em curadoria e crítica das artes contemporâneas.

Coordenação
Gisela Domschke é artista midiática, curadora e mestre em Design de Comunicação pelo Central Saint Martins College of Arts, em Londres. Coordenou o curso de mestrado em Mídias Interativas na Goldsmiths University, em Londres. Participou de diversas exposições e festivais de mídia, entre eles World Wide Vídeo Festival (Amsterdã), Pandemonium Festival (Londres), Lovebytes (Sheffield), Videobrasil (São Paulo), Bienal do Mercosul (Porto Alegre), 24ª Bienal de São Paulo (São Paulo), Whitney Biennial (Nova York), FILE (São Paulo), ICA New Media Talents Award (Londres), além de outros eventos coletivos como “Stream” (Tóquio). Suas obras foram publicadas em periódicos como Creative Review, Blueprint, The Guardian e Time Out (Inglaterra). É colaboradora do Istituto Europeo de Design (São Paulo).


Sobre o novo site do MIS

Ao retomar as suas atividades, no dia 9 de agosto (sábado), o Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS) inaugura seu novo website e, com ele, a proposta - pioneira no Brasil - de estabelecer um diálogo dinâmico e transparente de uma instituição pública de cultura com seus usuários. Ferramenta transformadora da relação do público com o Museu, o novo website funcionará como um dos principais eixos de atuação do MIS: será plataforma de convívio, comunicação, trabalho, criação artística, desenvolvimento de curadorias on line e transmissão em tempo real de debates, listas de discussão, blogs e fotologs.

A concepção deste novo conceito de website resulta do reposicionamento institucional do MIS, adotado a partir da constatação da importância de se adequar à arte do século 21 e às novas demandas e funções museológicas contemporâneas (com a popularização das novas tecnologias e do ciberespaço). Para sua construção, o MIS optou pelo software livre Icox (Gerenciador de Inteligência Coletiva), corroborando sua aposta em uma arte mais acessível. Esta reformulação se deve, ainda, à necessidade de um Museu dedicado às artes e às mídias de documentar e preservar o que acontece na internet e a partir de seu advento. Assim, a médio prazo, será disponibilizada a listagem e sinopses de títulos Acervo MIS, para pesquisa on line.

Mais do que um instrumento de comunicação institucional, o novo website possibilitará que o MIS, centro onde tradicionalmente despontaram iniciativas de vanguarda nos campos do áudio e do visual no país, se torne também referência nos novos meios e tecnologias de comunicação. A partir da experimentação deste novo espaço, será possível conhecer novas demandas e resultados e construir novas formas de relação. Gradativamente, o website será convertido em plataforma para realização de atividades no espaço cibernético, ao mesmo tempo em que será convertido em área de trabalho dos profissionais da instituição, colaboradores, artistas residentes, comissionados e orientadores do LabMIS (laboratório de novas mídias do Museu).

Seu surgimento garante, ao público, a transparência nos processos da instituição, que se torna porosa não só ao olhar de fora para seu espaço expositivo físico, mas também - e na mesma medida - para seu espaço virtual de produção de conteúdos e questionamento de idéias.

Ficha técnica
Concepção: Patrícia Canetti. Artista multimídia e ativista. Autodidata, fez sua formação em cursos livres no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e no Parque Lage, também no Rio de Janeiro (entre os anos 1970 e 1980), na Politécnica da Central Londres (em 1978 e 1979) e na Escola Superior de Belas Artes de Paris na França (entre 1988 e 1990). Criou o Canal Contemporâneo, publicação e comunidade digital de arte contemporânea brasileira (2001), onde atua como ativista à frente de mobilizações junto à comunidade e na participação do Canal em exposições e eventos. Desde 2005, integra o Conselho Consultivo Internacional da Categoria de Comunidades Digitais do Prix Arte Eletrônica em Linz, na Áustria. Em 2007, tornou-se titular da cadeira de representante de Arte Digital no CNPC - Conselho Nacional de Política Cultural.

Arquitetura da Informação e Design: Claudia Duarte. Mestre em tecnologia da imagem pela UFRJ, especialista em gestão do conhecimento pela mesma instituição e em multimídia pelo Instituto de Tecnologia da Georgia, nos Estados Unidos. Com formação em design pela PUC-RJ, atuou no Jornal do Brasil, na Fundação do Cinema Brasileiro, no jornal O Dia, onde trabalhou como assessora de tecnologias para produção editorial. Desenvolve, pela empresa Avellar e Duarte, web sites para organizações como Fundação Casa de Rui Barbosa, Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, Agência Nacional do Petróleo, Secretaria de Prevenção da Violência e Valorização da Vida de Nova Iguaçu, entre outras.

Desenvolvimento Tecnológico: E-Open Tecnologia em Software. Empresa especializada em solução para tecnologia da informação e comunicação online, que trabalha preferencialmente com software livre. Entre seus projetos, estão o desenvolvimento do Portal Nacional de Tecnologia Assistiva (parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia do Governo Federal), a implantação do site do Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas) e o desenvolvimento do software livre Icox, em parceria com a empresa Pontonet.

Posted by João Domingues at 12:18 PM