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janeiro 18, 2006
An Oak tree, uma porta de entrada para a obra de Souzousareta Geijutsuka, por Luisa Duarte
Texto de Luisa Duarte, produzido para a exposição de Yuri Firmeza no Museu de Arte Contemporânea do Ceará
An Oak tree, uma porta de entrada para a obra de Souzousareta Geijutsuka
LUISA DUARTE
Ao ser apresentada a obra do artista japonês Souzousareta Geijutsuka, na mostra Geijitsu Kakuu, imediatamente me veio a lembrança de um trabalho de arte que me é muito caro, chamado An Oak Tree, de 1973, do inglês Michael Craig-Martin, que se encontra no acervo da Tate Modern, em Londres.
Pela simplicidade, pela devoção ao que é quase impalpável, pela crença incluída em qualquer trabalho de arte, crença primeiro do artista, depois do espectador, por esses e outros motivos creio que a obra de Craig-Martin pode ser uma excelente porta de entrada para quem quiser adentrar o universo proposto por Geijutsuka em sua exposição no Centro Dragão do Mar.
An Oak tree nada mais é do que um copo de vidro com água dentro, apoiado sobre um suporte de vidro preso numa parede. Ao lado lê-se um pequeno texto, que traz o seguinte diálogo:
Q: To begin with could you describe this work?
A: Yes, of course. What I've done is change a glass of water into a full-grown oak tree without altering the accidents of the glass of water.
Q: The accidents?
A: Yes. The colour, feel, weight, size.
Q: Haven't you simply called this glass of water an oak tree?
A: Absolutely not. It is not a glass of water anymore. I have changed its actual substance. It would no longer be accurate to call it a glass of water. One could call it anything one wished but that would not alter the fact that is an oak tree
Q: Do you consider that changing the glass of water into a oak tree constitutes an artwork?
A: Yes.
Se não for uma afronta ao grande artista que temos a honra de receber no Brasil, e dada a simplicidade da obra que trago aqui como referência, sugiro que reproduzam An Oak Tree na ante-sala da exposição Geijitsu Kakuu, de Geijutsuka. O público terá, a meu ver, um ótimo cartão de visita para compreender melhor a aposta feita pelo trabalho deste artista asiático que lida com a crença no poder do artista, com a imaterialidade e os fenômenos da natureza.
Luisa Duarte é crítica de arte e curadora
Luiza, que comparação hein?
Posted by: marcelo pinheiro at janeiro 23, 2006 4:14 PMParece que a Luisa Duarte não entendeu nada...
Já ouviu falar de "Darko Maver", minha cara?