NESTA EDIÇÃO:
Projeto em Preto e
Branco na Silvia Cintra, Rio de Janeiro
FotoRio, FIGURA 4 no Bananeiras, Rio de Janeiro
Ricardo Ribenboim na Anna Maria Niemeyer, Rio de
Janeiro
Painting Per Se - Pintura britânica na André Millan,
São
Paulo
Seminário Limites do Moderno na PUC, Rio de Janeiro
Palestra
de
Nina Czegledy sobre Projetos em Arte e Ciência na EBA-UFRJ, Rio de
Janeiro
HOJE
Ciclo
de
palestras e debates no Santander Cultural, Porto Alegre
Alfabeto
Visual, O espaço entre dois pontos por Rubens Pileggi Sá
Lygia Pape
Projeto em Preto e Branco
Amilcar de Castro, Carlos Vergara, Lygia Pape, Leonílson,
Miguel Rio Branco, Mira Schendel, Sergio Camargo, Waltércio Caldas
24 de junho, terça-feira, 19h às 23h
Silvia Cintra Galeria de Arte
Rua Teixeira de Melo 53 loja D
Ipanema Rio de Janeiro
21-2521-0426 / 2522-8625
http://www.silviacintra.com.br
Segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 12h às 16h.
Exposição até 19 de julho de 2003.
A Silvia Cintra Galeria de Arte selecionou de seu acervo obras pontuais
de oito importantes artistas que durante sua trajetória, trabalharam o
preto e o branco com maestria. O “Projeto em Preto e Branco” reúne
obras que vão desde os anos 60 até a década de 90. Da pintura à
fotografia, essas duas “cores” foram usadas de diferentes maneiras para
representar o vazio, delimitar espaços, construir volumes e até brincar
com o olhar do espectador.
Da década de 60, a galeria apresenta de Lygia Pape, quatro relevos em
madeira pintados de preto e branco da obra “Livro dos Caminhos”.
Lygia,
que sempre preferiu não se fixar num estilo claramente reconhecível e
sempre
trabalhou na área de experimentação, vai mostrar pela primeira vez no
Rio
de Janeiro esta obra.
A exposição mostra de Sérgio Camargo e Waltercio Caldas trabalhos dos
anos 70. Do primeiro, um relevo em madeira branco, onde fica evidente a
preocupação do artista em realizar uma escultura contemporânea sem
abrir
mão da sensibilidade do volume e do segundo, uma escultura em ferro
preta,
intitulada “Ar ótico”, que trata do espaço, de seus vazios e limites.
Dos anos 80 a exposição traz Leonilson e Mira Schendel, mostrando a
força do desenho em papel. Datado dos anos 90, o desenho gestual de
Amílcar de Castro que participa da mostra é prova de que o artista
durante toda sua obra
explorou as cores que mais gostava: o preto e o branco. Também dos anos
90,
Carlos Vergara, que sempre procurou novos materiais, juntou neste
trabalho, a dolomita (pó de mármore branco) e a tinta preta.
Completando a exposição, a fotografia em preto e branco vem
representada pela obra “Black Tension” de Miguel Rio Branco, da série
realizada pelo artista em uma academia de boxe
nos anos 90.
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FotoRio
FIGURA 4
Ana
Paula Oliveira, Chiara Omkaara, Claudia Tavares, Daniela Dacorso, Dani
Soter, Denise Cathilina, Isabel Löfgren, Joana Csekö, Luiz Cavalheiros,
Marcelo Tabach, Marco Antônio Portela, Maria Continentino, Patricia
Gouvêa, Simone Rodrigues, Robert Stadler
24 de
junho, terça-feira, 20h às 24h
Espaço
Bananeiras
Ladeira
do Castro 209
Santa
Teresa Rio de Janeiro
21-2221-2402
figura_1@marlin.com.br
Exposição até 29 de junho de
2003.
FIGURA
O projeto FIGURA se propõe a apresentar novos artistas em espaços
diferentes dos normalmente destinados à exposição e circulação de
trabalhos de arte contemporânea. Desta forma, os artistas são
convidados a apresentar sua produção ou intervir em espaços destituidos
da aura institucional do circuito, por apenas um dia. Além disso, outra
característica deste projeto é privilegiar artistas que trabalham com
instalações e imagens técnicas: fotografia e vídeo.
FIGURA 1, FIGURA 2 e FIGURA 3 contaram com a presença de
aproximadamente 300 visitantes por evento entre fotógrafos, artistas
plásticos, galeristas, estudantes e interessados em arte em geral. A
primeira exposição aconteceu em novembro de 2002, a segunda em dezembro
de 2002 e a terceira em março deste ano.
FIGURA 4 terá a participação de todos os artistas das três primeiras
exposições além de três novos integrantes, totalizando 13 artistas.
Esta próxima edição adere ao FotoRio – 1º Encontro Internacional da
Fotografia no Rio de Janeiro, com debates, palestras, leituras de
portfolios e várias exposições espalhadas pela cidade inteira - e,
excepcionalmente, permanecerá aberto ao público por seis dias
consecutivos, de 24 `a 29 de junho no Espaço Bananeiras, em Santa
Teresa.
A concepção e organização do projeto FIGURA fica a cargo de Ana Paula
Oliveira, Claudia Tavares e Dani Soter.
Ana Paula Oliveira
É formada em Comunicação Social pela PUC-RJ com pós-graduação em
Fotografia como Instrumento de Pesquisa pela Universidade Cândido
Mendes. Sua carreira abrange 10 anos de atuação como fotógrafa em
diversas editoras no eixo Rio-São Paulo. Realizou matérias nacionais e
internacionais para diversas publicações. Desde cedo, conciliou sua
atividade fotográfica comercial com trabalhos artísticos autorais,
tendo participado de diversas exposições coletivas ao longo de
sua carreira.
Claudia Tavares
Nasceu no Rio de Janeiro em 1967. É Mestra em Artes pela Goldsmiths
College, Londres, onde viveu de 1999 a 2002. Trabalhou como assistente
de direção na VideoFilmes e no departamtneo de fotografia da Tate
Gallery em Londres. Atualmente trabalha como fotógrafa free lancer e
leciona na Universidade Gama
Filho e no Ateliê da Imagem, além de cursar o Mestrado em Linguagens
Visuais
da Escola de Belas Artes, UFRJ. Participou de exposições individuais e
coletivas
no Espaço Cultural Sérgio Porto, Sesc Copacabana e na 291 Gallery de
Londres.
É uma das mentoras do projeto Figura, juntamente com Ana Paula Oliveira
e
Dani Soter.
Daniela Dacorso
É formada em Jornalismo pela ECO/UFRJ com pós graduação em Fotografia
e Ciências Sociais pela UCAM/RJ. Foi colaboradora no Jornal do Brasil e
e
nas revistas Manchete e Geográfica Universal. Atualmente fotoografa
capas de cd, como Eu não peço desculpas, de Caetano Veloso e Jorge
Mautner. Dedica-se também a projetos pessoais, como os ensaios sobre
rituais e religiosidade expostos no brasil (2º Salão Finep de
Fotojornalismo e Fundação José Bonifácio) e na Espanha ( Salão
Iberoamericano de Cultura em Madrid).
Dani Soter
Formada em Letras pela Sorbonne. Em 1998 obtém o prêmio especial de
juri do VII Photographic Art Exhibition, em Pequim, China. Fundou a
agência de produção de fotografia e vídeo “Declic!” em Marrakech em
1991. Em Paris, onde volta a morar de 1999 a 2002, publica fotos para
capas de livros das editoras Gallimard e mercure de France, além de
colaborar com o jornal francês Libération. Neste período realiza duas
exposições coletivas e uma induvidual em galerias parisienses. Regressa
ao Brasil em agosto de 2002 e cria o projeto Figura juntamente com Ana
Paula Oliveira e Claudia Tavares.
Isabel Löfgren
É artista plástica, arquiteta e cenógrafa formada pelo Smith College,
EUA em 1996. Já trabalhou em firmas de arquitetura e projetos
cenográficos
nos EUA e no Brasil, e em firmas de Internet no Rio de Janeiro.
Atualmente
vive e desenvolve seu trabalho como artista plástica no Rio de Janeiro
em
pintura, desenho, instalação e arte digital. Participou do Santa Teresa
Arte de Portas Abertas em 2001 e 2002. “Ressonâncias”, no Centro
Cultural
da Universidade Esteacio de Sá, 2002 e “Maicon”, no Museu Nacional de
Belas
Artes, 1999, foram exposições coletivas. “Home-Less”, na Hillyer
Gallery
em Northampton foi sua exposição individual.
Joana Csekö
Joana Traub Csekö é graduada em Comunicação Social pela UFRJ e aluna da
Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Em 2001 foi selecionada pelo
Salão Universidarte IX. Como prêmio realizou uma exposição individual
intitulada PÚBLICA / PRIVADA, em junho de 2002. Recebeu também o quarto
lugar na categoria fotografia do prêmio Rio Jovem Artista, realizado
pela RioArte, em 2000.Tem fotos publicadas em jornais como O Globo e
Jornal do Brasil. Em 2001,participou como fotógrafa e pesquisadora do
livro Mapa do Maravilhoso no Rio de
Janeiro, de Beatriz Jaguaribe, lançado pela editora Sextante. No
momento,
tem um trabalho exposto na coletiva Grande Orlândia: Artistas Abaixo
da
Linha Vermelha. Nasceu em Denver, Colorado (EUA), em 1978.
Luis Cavalheiros
Rio de Janeiro, 1968. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Faz parte do
grupo A95, formado por artistas cariocas. Participou de diversos cursos
nos núcleos de desenho, pintura, escultura e teórico da Escola de Artes
Visuais do Parque Lage/Rio de Janeiro (90-95), concluindo o
Aprofundamento
em Pintura nesta escola em 1995. É graduado em comunicação social pela
ECO/UFRJ.
Principais exposições que participou:Paço das Artes - Temporada de
Projetos 2000 - Cidade Universitária, São Paulo, junho de 2000; Centro
Cultural São Paulo - Programa de Exposições 98 - São Paulo, outubro de
1998; Museu da
República, Republicando - RJ - julho 97; Museu de Arte Moderna - Free
Jazz
Festival - Pilotis do Museu de Arte Moderna - RJ - out 96; Escola de
Artes
Visuais do Parque Lage, Aprofundamento, 1995
Marcelo Tabach
Iniciou sua carreira como fotógrafo em 1987 na agência ZNZ,
fotografando para a revista de Domingo do Jornal do Brasil. Em 1990 foi
para a revista Veja, em 1991 retornou ao Jornal do brasil e em 1993 foi
para a revista Caras, onde é editor de fotografia desde 1995.
Participou das Funarte 1992; Fome, CCBB 1993; As Caras do Ano I,
Galeria Fotoptica 1995; As Caras do Ano II, Rio Design Center 1996. Fez
uma individual na Livraria Bookmakers, 1990.
Ganhou os prêmios 2º Priemio no Concurso Mundial da Nikon, 1988 –
Japão; Prêmio
Abril de Fotografia am 1995. Suas fotografias fazem parte da Coleção
Joaquim
Paiva.
Marco Antônio Portela
É professor de fotografia no Jardim Botânico e professor de laboratório
Preto e branco no Ateliê da Imagem. Participou recentemente de
exposições coletivas como o 2º Salão de Arte da UniBH e a 6º Bienal do
Recôncavo Baiano.
Maria Continentino
É formada em Comunicação Social pela ECO/UFRJ. Foi aluna do Ateliê da
Imagem e trabalha com cinema desde 1997, exercendo diferentes funcões,
tais
como assistente de direção, de montagem e continuidade. Maria assina o
roteiro, direção, fotografia e edição de seu vídeo Temporal, que é todo
feito a partir de fotografias em preto e branco.
Patrícia Gouvêa
É formada em Produção Editorial pela ECO/UFRJ com pós-graduação em
Fotografia e Ciências Sociais pela UCAM/RJ. Desde 1995 é coordenadora
do Ateliê da Imagem, escola de fotografia carioca da qual também é uma
das fundadoras. Tem fotografias pertencentes aos acervos da coleção
Joaquim Paiva e das galerias HAP, no
Rio de Janeiro e Espaço Ophicina e Imã, em São Paulo. Atualmente faz
parte
do núcleo de estudos e pesquisa da galeria Lana Botelho Artes Visuais e
é
associada do Pólo de pesquisa das relações Luso-Brasileiras, no Real
Gabinete
Português de Leitura, onde desenvolve o projeto fotográfico
Quase-nacional: imagens da colônia portuguesa no Rio de Janeiro.
Participou de exposições individuais e coletivas e foi selecionada nos
Encuentros Abiertos de Fotografia de Buenos Aires para participar como
expositora na edição de 2004 do festival.
Simone Rodrigues
É formada em História pela UFRJ (1992) e é mestre em História da
Cultura pela PUC-Rio, com pesquisa sobre a fotografia brasileira
moderna (1997). Iniciou sua formação em fotografia no North Paddington
Comunity Darkroom de
Londres (1988) e trabalha como fotógrafa freelance (desde 1992),
atuando, principalmente, na área de divulgação cultural e editorial.
Trabalhou no projeto
Foto IN Cena, produzindo dezenas de exposições de fotógrafos diversos
(1993-4),
realizou uma exposiçao individual Lomo (2000) e participou de diversas
exposições
coletivas. Entre outras premiações, recebeu menção honrosa no Prêmio
Nikon
(1996). Desde 1995, é diretora e coordenadora do Ateliê da Imagem,
instituição
dedicada à promoção e ao ensino da fotografia.
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Ricardo Ribenboim
ATITUDES
24 de junho, terça-feira, 21h
Galeria Anna Maria Niemeyer
Rua Marques de São Vicente 52 loja 205
Gávea Rio de Janeiro
21-2239-9144 / 2259-2082
galamn@centroin.com.br
http://www.annamarianiemeyer.com.br
Segunda a sexta, das 11h às 21h; sábados, das 11h às 18h.
Exposição até 12 de julho de 2003.
ATITUDES
Com a presente exposição, Ricardo Ribenboim mostra uma mudança de
atitude em relação aos trabalhos realizados para o Paço Imperial em
2001.
Diferentemente de sua recente apresentação em Nova York com peças
infláveis, a matéria-prima de suas atuais operações artísticas é a
madeira. As obras traduzem para o artista sua paixão por este material
e a admiração por Frans Krajcberg.
O tríptico apresentado na Galeria Anna Maria Niemeyer, composto de
elementos
verticais com pontas articuláveis, integra um conjunto, não exposto em
função
de sua grande dimensão, que constitui o espaço negro de uma floresta
negra,
sensação amplificada por uma peça musical do Zbigniew Preisner -
Requiem
for my friend.
As pesquisas artísticas de Ricardo Ribenboim se notabilizam pela
alteração do estado dos materiais. Neste caso, a madeira, uma
matéria-prima rígida, transforma-se em elemento flexível. Ganha formas
que sugerem diversas leituras, e levam o público à participação. Em sua
maioria, as obras dialogam com a escala ambiental onde estão
implantadas, criando uma tensão com o espaço arquitetônico.
O artista relata que este momento não é de ruptura, mas de continuidade
da investigação daquilo que sempre o move: a reflexão sobre os limites
do design e da produção plástica, destituída das exaustivas referências
modernas.
Sobre a exposição Troca de Pele (1999), Frederico Morais escreveu que
apesar de instabilidade intrínseca à peça a sensação que se experimenta
é diametralmente oposta: construção. E, não por acaso, a referência
mais
próxima que o artista considera ter na arte brasileira, para suas
esculturas,
é o Neoconcretismo, e, nele, Bichos de Lygia Clark, cuja idéia de
participação
é agora rearticulada por Ribenboim.
Em Atitudes já há indícios de novos rumos, um deles presente na obra
impregnada de cracas, que ficou mais de um ano submersa na lagoa da
Conceição,
em Florianópolis. Todo o processo da passagem do tempo foi registrado -
desde a colocação de um elemento estranho à natureza do local até o seu
processo de adaptação ao meio.
Atitudes procura evidenciar um posicionamento em constante processo de
conversão de um estado para outro, apontando para mim novas
possibilidades de trabalho", comenta
Ribenboim.
Ricardo Ribenboim
Artista plástico e designer gráfico. Ricardo Ribenboim (São Paulo
1953), desde sua infância até a década de 70, estuda com Toyota,
Evandro Carlos Jardim, Babinski, Baravelli e com Fajardo até a década
de 90. Trabalha como designer gráfico durante 30 anos, destacando-se
pela criação de diversos projetos
gráficos, editoriais e de identidade visual. Investiga os limites entre
o
design gráfico e as artes visuais, o que se reflete, em seus trabalhos,
na
utilização de diferentes materiais e suportes, tanto físicos como
eletrônicos.
Participa em 1974 da Bienal de São Paulo, em 2000 da 7ª Bienal de
Havana, em 2000 do Open Air Veneza e em 2001 dos 50 Anos da Bienal
Internacional de São Paulo.
Realizou diversas intervenções urbanas no Brasil e no exterior,
destacando-se o trabalho Bólides Marinhos, na Praia de Ipanema na
ECO-92, e um conjunto de intervenções no projeto Arte Cidade 3. É
responsável pela concepção de uma série de mostras de arte e
conselheiro de várias instituições culturais. Entre 1996 e 1997, dirige
o Paço das Artes de São Paulo e, em janeiro 1997, assume a direção do
Instituto Itaú Cultural até maio de 2002 e em seguida funda a Base7
Projetos Culturais. Em 1998, realiza a primeira curadoria internacional
de WEB-Art, na 24ª Bienal Internacional de São Paulo. Realiza exposição
individual em New York em abril de 2003.
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Painting Per Se
Brad Lochore, Claudia Marchetti, Jane Haris, Machiko Edmonson e Michael
Stubbs
Curadoria: Gerard Hemsworth
Mesa-redonda
reune o crítico de arte inglês Suhail Malik, o curador da exposição,
Gerard
Hemsworth, e os cinco artistas.
mesa-redonda, 18h30
24 de junho,
terça-feira,
18:30 às 23h
coquetel, 20h
Galeria André Millan
Rua Rio Preto 63
Jardins São Paulo
11-3062-5722 / 3457
galeria@andremillan.com.br
http://www.andremillan.com.br
Segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 11h às 17h.
Exposição até 18 de julho de 2003.
A exposição Painting
Per Se é a segunda exposição do curador britânico Gerard Hemsworth, em
parceria
com o critico de arte Suhail Malik no Brasil. No ano passado eles
reuniram
23 artistas que tinham em comum o trabalho focado na pintura
contemporânea,
e no currículo o mestrado em Fine Arts pela prestigiada Goldsmith¹s
College,
London University. Nesta exposição, o curador selecionou cinco artistas
deste grupo, que tem em seus trabalhos a pintura como modelo crítico e
problemático
e ao mesmo tempo, como espetáculo visual despido da problemática. São
obras
que simultaneamente criticam e celebram a pintura. Hemsworth e Malik
criaram
um diálogo na introdução do catálogo da exposição, levantando questões
da pintura em si mesma, ai o título em inglês Painting Per Se.
Os artistas Brad Lochore, Machiko Edmondson, Jane Harris, Claudia
Marchetti e Michael Stubbs, trabalham com a pintura em diferentes
aspectos e técnicas:
Lochore, faz representações de sombra como um elemento familiar em
enquadramentos evocativos pertencentes ao universo do cinema, televisão
e da fotografia.
Para Machiko, a definição de sua arte esta no fato dela ser uma
representação da pintura em vez de uma forma representativa desta
expressão plástica. Como uma fotografia, sua pintura questiona a busca
para a perfeição.
Já a pintura de Harris, possui a capacidade de se revelar e se ocultar,
direcionando a uma discussão na área do limite do abstrato e do
representativo.
A obra de Marchetti, consegue se alojar na fronteira da iconoclastia,
ao driblar a herança patriarcal inerente á própria pintura. Através da
manipulação da imagem de pingos de tinta ampliados inúmeras vezes e
pintados fora do alinhamento.
Stubbs, desenvolveu a técnica de derramamento de tinta sobre a tela,
conforme a tinta vai abrindo uma trilha sobre a superfície, é
interrompido por formas gráficas e motivos decorados de segunda mão.
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Seminário aberto
Limites do Moderno
arte
// arquitetura // escritos de artista // o debate crítico // o circuito
24 a 27 de junho, 16h
PUC-Rio - Prédio Frings sala 300F
Rua Marquês de São Vicente 225
Gávea Rio de Janeiro 21-3114-1001
Programa
de
pós-graduação em História Social da Cultura, Departamento de História,
PUC-Rio.PRONEX.
Organização: Cecilia Cotrim.
PROGRAMAÇÃO
24 de
junho,
3ª feira:
José Resende - artista plástico
Ronaldo Brito - crítico de arte; professor da PUC-Rio e UNI-Rio
25 de junho, 4ª feira:
Guilherme Wisnik – professor da USP
Masao Kamita – professor da PUC-Rio
Roberto Conduru – professor da UERJ e PUC-Rio
26 de junho, 5ª feira:
Luiz Camillo Osorio – crítico de arte; professor da UNI-Rio e PUC-Rio
Ricardo Basbaum – artista plástico; escritor; professor da UERJ
Simone Osthoff – professora da School of Visual Arts, Penn State
University
27 de junho, 6ª feira:
Carmela Gross – artista plástica; professora da ECA-USP
Glória Ferreira – curadora independente; professora da EBA - UFRJ
Paulo Sérgio Duarte – crítico e professor de história da arte;
pesquisador
do Centro de Estudos Sociais Aplicados da UCAM.
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Palestra
Projetos em Arte e
Ciência
[artemídia - novas tecnologias]
Nina Czegledy
Curadora e artista, Diretora
do
Comitê Internacional ISEA - Inter Society for the Electronic Arts
23 de junho,
segunda-feira,
9h30 às12h
UFRJ - prédio da Reitoria -
sala
702
Ilha do Fundão Rio de
Janeiro
Promoção LV/PPGAV/EBA
Organizaçao: Simone Michelin
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Ciclo de palestras e debates
O Estatuto da Pintura na Arte Contemporânea
Coordenação: Paulo Sergio Duarte
Dispersão e método - A pintura como fio condutor da obra de Carlos Vergara
Participantes: Paulo Sergio Duarte - crítico e professor de
história da arte, Universidade Candido Mendes / Ucam, participação de
Carlos Vergara
24 de junho, terça-feira, 19 h
Santander Cultural - Sala Oeste
Rua 7 de Setembro 1029
Praça da Alfândega Porto Alegre RS
O século XX, desde sua segunda década, discutiu a “morte da pintura”
com as manobras de Marcel Duchamp, as manifestações negativas do
dadaísmo, o racionalismo do construtivismo russo, até recentes
manifestações da arte contemporânea.
A cada um desses capítulos, observamos a permanência da pintura e seu
fortalecimento
como prática artística determinante na orientação das principais
questões
estéticas dos últimos cem anos. Do cubismo ao neoplasticismo, do
surrealismo
ao expressionismo abstrato norte-americano, da pop art à transvanguarda
das
últimas décadas, a pintura manteve-se no centro da produção artística.
O
século XX não marcou, como alguns artistas e teóricos pensaram, o seu
desaparecimento. Ao contrário, a cada “assassinato” da pintura, ela
ressurgiu poderosa e presente como uma verdadeira bússola orientando os
caminhos da arte.
Agora, na hipermodernidade, com a profusão dos novos mídias, na babel
de linguagens contemporâneas, a pintura continua uma referência para a
reflexão estética no Brasil e no mundo. Nesse território complexo, seu
estatuto não pode ser mais aquele de uma época na qual, junto com a
escultura, a pintura ocupava o lugar de paradigma da atividade
artística. Hoje, a pintura e outros meios tradicionais dividem os
espaços institucionais de igual para igual com a fotografia, os vídeos,
as instalações e as performances. No ciclo de palestras e debates,
partindo de um exame histórico, vai se interrogar sobre o lugar e o
papel da pintura nesse mundo que se quer pós-moderno.
Programação:
1º de julho
O lugar do mestre - A obra de Iberê Camargo como grande arte da pintura
moderna no Brasil
Participantes: Mônica Zielinsky, professora da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul / UFRGS; Paulo Venancio Filho, crítico e professor de
história da arte, Universidade Federal do Rio de Janeiro / UFRJ
15 de julho, Galeria
Apresentação do trabalho coletivo e do vídeo produzidos na Oficina em
São Miguel das Missões (RS). Encontro com Carlos Vergara e os artistas
participantes da oficina.
22 de julho
O olhar distante - A historicidade da pintura defronte à cultura
pós-moderna
Participantes: Blanca Brittes, professora da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul / UFRGS; Luiz Camillo Osório, crítico e professor de
história da arte, Universidade do Rio de Janeiro / UniRio
29 de julho
Pintura e espaço - A reconstrução da espacialidade na pintura depois da
revolução cubista
Participantes: Icléia Cattani, professora da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul / UFRGS; Luiz Renato Martins, crítico e professor de
história da arte, Universidade de São Paulo / USP
5 de agosto
A pintura contemporânea e suas relações com os novos meios
Participantes: Vera Chaves Barcelos, artista plástica; Ligia Canongia,
crítica e curadora independente, Rio de Janeiro
12 de agosto
Territórios em disputa - Pintura e novas linguagens na arte
contemporânea
Participantes: Niúra Legramante Ribeiro, mestre em artes pela ECA /
USP, professora de História da Arte no Atelier livre e Feevale; Maria
da Glória Ferreira, crítica e professora de história da arte,
Universidade Federal do Rio de Janeiro / UFRJ
19 de agosto
A diversidade da pintura contemporânea no Brasil e na América Latina
Participantes: Paulo Sergio Duarte; Agustín Arteaga, crítico e
professor de história da arte, curador assistente do Jeu de Paume
(Paris), curador da exposição Orozco na Bienal do Mercosul
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“Para ser curvada com os olhos” (1970). Caixa de madeira, com barras de ferro, de Cildo Meireles: ampliando a dimensão da percepção
Alfabeto Visual - O espaço entre dois pontos
RUBENS PILEGGI SÁ
O pensamento como ação é a tentativa de retardar o tempo para que a
ação se faça antes da matéria concebida. É atrasar a objetivação do
objeto dado, em pelo menos um passo antes de qualquer concreção. De tal
modo que, sendo, passa a ser a representação de si próprio enquanto
discurso. É fala que
se fala.
Com a arte seria assim, não tivéssemos que aderir à retórica para
separar teoria e prática. Na verdade, qualquer espaço vazio é espaço
ocupado, também. Cada gesto exclui uma infinidade de possibilidades de
outros gestos. Sua
afirmação se dá tanto pela presença física, quanto pela ausência,
sentida.
Uma imagem é, sendo. E ela conta várias histórias, por menos que seu
conteúdo transborde para fora de sua forma. Por menos que sua estrutura
se abra a
outras significações, interpretações, leituras. Por mais que ela diga
apenas
sobre ela mesma.
E também seu oposto. Pois a própria diagramação, seja da letra
impressa, seja da palavra dita, sintetiza, em si – como fragmento –
tudo o que se
puder arrancar do todo: algo próximo ao fractal. Só que ainda menos,
quase
lá. Sensações.
Mesmo a noção holística poderá se adaptar a determinado discurso, como
princípio de ação, porque ele não reivindica nenhuma inteireza, mas um
espaço
de atravessamento entre uma idéia e sua concretização enquanto gesto,
atitude:
plástica e poética.
É arriscado dizer coisas. Quando os caras do Pop Art venderam o
consumo, o consumismo os devorou como a uma embalagem de sabão. A
crítica pode ser a análise de uma síntese, mas quando ela também se
torna poesia, fica imantada de densidade. E cada interpretação passa a
ser somente mais uma possibilidade de leitura, dentre várias. O autor
perde o domínio do seu fazer. Sua ação é simplesmente abrir as
comportas da linguagem, o resto é criação de cada um. E essa ação nunca
está isolada do pensamento, como se este trouxesse
aquele para o palco das realizações e depois o abandonasse, em busca de
novos
talentos para o substituir.
O acaso, contrário ao planejamento dos processos computacionais de
projeção (Pierre Levy, 1990), ainda é a fonte dos sentidos em
transformação, deixando espaços suficientes para o vazio, mesmo em
situações onde falta o ar. A
eternidade pesa sobre a ponte que se quebra. Anos e anos permitindo
pessoas
passarem para lá e para cá. De um extremo a outro. Agora que a
imaginação
voa.
Arte é a idéia de arte (Kosuth, 1969). Arte é a idéia de. Arte é a
idéia. arte é a. Arte é. Arte. Ar. A.
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NO ÚLTIMO E-NFORME - ANO 3 - N. 75 / 18 DE JUNHO DE 2003
Escultores – Esculturas na Pinakotheke, São Paulo
Quatro matérias no SESC, Nova Friburgo
Foto Arte 2003, Arthur Omar no ECCO, Brasília
Panorama 4 em Le Fresnoy, Tourcoing
Brócolis VHS apresenta
Arte e Literatura, Décio Pignatari fala no CEEE, Porto Alegre
Inscrições:
28° SARP e 4º Prêmio Cultural Sergio Motta, em andamento, São Paulo
Procedência & Propriedade, Rio de Janeiro
Seminário Fotografia e Arte Contemporânea no CCBB, Brasília