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RJ/RS/SP Seminário Limites do Moderno na PUC / Ricardo Ribenboim na Anna Maria Niemeyer
ANO 3 N. 76 / 23 de junho de 2003




NESTA EDIÇÃO:
Projeto em Preto e Branco na Silvia Cintra, Rio de Janeiro
FotoRio, FIGURA 4 no Bananeiras, Rio de Janeiro
Ricardo Ribenboim na Anna Maria Niemeyer, Rio de Janeiro
Painting Per Se - Pintura britânica na André Millan, São Paulo
Seminário Limites do Moderno na PUC, Rio de Janeiro

Palestra de Nina Czegledy sobre Projetos em Arte e Ciência na EBA-UFRJ, Rio de Janeiro  HOJE
Ciclo de palestras e debates no Santander Cultural, Porto Alegre
Alfabeto Visual, O espaço entre dois pontos por Rubens Pileggi Sá

 



Lygia Pape

Projeto em Preto e Branco

Amilcar de Castro, Carlos Vergara, Lygia Pape, Leonílson, Miguel Rio Branco, Mira Schendel, Sergio Camargo, Waltércio Caldas

24 de junho, terça-feira, 19h às 23h

Silvia Cintra Galeria de Arte
Rua Teixeira de Melo 53 loja D
Ipanema   Rio de Janeiro
21-2521-0426 / 2522-8625
http://www.silviacintra.com.br
Segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 12h às 16h.
Exposição até 19 de julho de 2003.
 
A Silvia Cintra Galeria de Arte selecionou de seu acervo obras pontuais de oito importantes artistas que durante sua trajetória, trabalharam o preto e o branco com maestria. O “Projeto em Preto e Branco” reúne obras que vão desde os anos 60 até a década de 90. Da pintura à fotografia, essas duas “cores” foram usadas de diferentes maneiras para representar o vazio, delimitar espaços, construir volumes e até brincar com o olhar do espectador.

Da década de 60, a galeria apresenta de Lygia Pape, quatro relevos em madeira pintados de preto e branco da obra  “Livro dos Caminhos”. Lygia, que sempre preferiu não se fixar num estilo claramente reconhecível e sempre trabalhou na área de experimentação, vai mostrar pela primeira vez no Rio de Janeiro esta obra.

A exposição mostra de Sérgio Camargo e Waltercio Caldas trabalhos dos anos 70. Do primeiro, um relevo em madeira branco, onde fica evidente a preocupação do artista em realizar uma escultura contemporânea sem abrir mão da sensibilidade do volume e do segundo, uma escultura em ferro preta, intitulada “Ar ótico”, que trata do espaço, de seus vazios e limites.

Dos anos 80 a exposição traz Leonilson e Mira Schendel, mostrando a força do desenho em papel. Datado dos anos 90, o desenho gestual de Amílcar de Castro que participa da mostra é prova de que o artista durante toda sua obra explorou as cores que mais gostava: o preto e o branco. Também dos anos 90, Carlos Vergara, que sempre procurou novos materiais, juntou neste trabalho, a dolomita (pó de mármore branco) e a tinta preta. Completando a exposição, a fotografia em preto e branco vem representada pela obra “Black Tension”  de Miguel Rio Branco, da série realizada pelo artista em uma academia de boxe nos anos 90.

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FotoRio
FIGURA 4
Ana Paula Oliveira, Chiara Omkaara, Claudia Tavares, Daniela Dacorso, Dani Soter, Denise Cathilina, Isabel Löfgren, Joana Csekö, Luiz Cavalheiros, Marcelo Tabach, Marco Antônio Portela, Maria Continentino, Patricia Gouvêa, Simone Rodrigues, Robert Stadler

24 de junho, terça-feira, 20h às 24h

Espaço Bananeiras
Ladeira do Castro 209
Santa Teresa  Rio de Janeiro
21-2221-2402
figura_1@marlin.com.br
Exposição até 29 de junho de 2003.

 
FIGURA
O projeto FIGURA se propõe a apresentar novos artistas em espaços diferentes dos normalmente destinados à exposição e circulação de trabalhos de arte contemporânea. Desta forma, os artistas são convidados a apresentar sua produção ou intervir em espaços destituidos da aura institucional do circuito, por apenas um dia. Além disso, outra característica deste projeto é privilegiar artistas que trabalham com instalações e imagens técnicas: fotografia e vídeo.

FIGURA 1, FIGURA 2 e FIGURA 3 contaram com a presença de aproximadamente 300 visitantes por evento entre fotógrafos, artistas plásticos, galeristas, estudantes e interessados em arte em geral. A primeira exposição aconteceu em novembro de 2002, a segunda em dezembro de 2002 e a terceira em março deste ano.

FIGURA 4 terá a participação de todos os artistas das três primeiras exposições além de três novos integrantes, totalizando 13 artistas. Esta próxima edição adere ao FotoRio – 1º Encontro Internacional da Fotografia no Rio de Janeiro, com debates, palestras, leituras de portfolios e várias exposições espalhadas pela cidade inteira - e, excepcionalmente, permanecerá aberto ao público por seis dias consecutivos, de 24 `a 29 de junho no Espaço Bananeiras, em Santa Teresa.

A concepção e organização do projeto FIGURA fica a cargo de Ana Paula Oliveira, Claudia Tavares e Dani Soter.


Ana Paula Oliveira
É formada em Comunicação Social pela PUC-RJ com pós-graduação em Fotografia como Instrumento de Pesquisa pela Universidade Cândido Mendes. Sua carreira abrange 10 anos de atuação como fotógrafa em diversas editoras no eixo Rio-São Paulo. Realizou matérias nacionais e internacionais para diversas publicações. Desde cedo, conciliou sua atividade fotográfica comercial com trabalhos artísticos autorais, tendo participado de diversas exposições coletivas ao longo de sua carreira.

Claudia Tavares
Nasceu no Rio de Janeiro em 1967. É Mestra em Artes pela Goldsmiths College, Londres, onde viveu de 1999 a 2002. Trabalhou como assistente de direção na VideoFilmes e no departamtneo de fotografia da Tate Gallery em Londres. Atualmente trabalha como fotógrafa free lancer e leciona na Universidade Gama Filho e no Ateliê da Imagem, além de cursar o Mestrado em Linguagens Visuais da Escola de Belas Artes, UFRJ. Participou de exposições individuais e coletivas no Espaço Cultural Sérgio Porto, Sesc Copacabana e na 291 Gallery de Londres. É uma das mentoras do projeto Figura, juntamente com Ana Paula Oliveira e Dani Soter.

Daniela Dacorso

É formada em Jornalismo pela ECO/UFRJ  com pós graduação em Fotografia e Ciências Sociais pela UCAM/RJ. Foi colaboradora no Jornal do Brasil e e nas revistas Manchete e Geográfica Universal. Atualmente fotoografa capas de cd, como Eu não peço desculpas, de Caetano Veloso e Jorge Mautner. Dedica-se também a projetos pessoais, como os ensaios sobre rituais e religiosidade expostos no brasil (2º Salão Finep de Fotojornalismo e Fundação José Bonifácio) e na Espanha ( Salão Iberoamericano de Cultura em Madrid).

Dani Soter
Formada em Letras pela Sorbonne. Em 1998 obtém o prêmio especial de juri do VII Photographic Art Exhibition, em Pequim, China. Fundou a agência de produção de fotografia e vídeo “Declic!” em Marrakech em 1991. Em Paris, onde volta a morar de 1999 a 2002, publica fotos para capas de livros das editoras Gallimard e mercure de France, além de colaborar com o jornal francês Libération. Neste período realiza duas exposições coletivas e uma induvidual em galerias parisienses. Regressa ao Brasil em agosto de 2002 e cria o projeto Figura juntamente com Ana Paula Oliveira e Claudia Tavares.

Isabel Löfgren
É artista plástica, arquiteta e cenógrafa formada pelo Smith College, EUA em 1996. Já trabalhou em firmas de arquitetura e projetos cenográficos nos EUA e no Brasil, e em firmas de Internet no Rio de Janeiro. Atualmente vive e desenvolve seu trabalho como artista plástica no Rio de Janeiro em pintura, desenho, instalação e arte digital. Participou do Santa Teresa Arte de Portas Abertas em 2001 e 2002. “Ressonâncias”, no Centro Cultural da Universidade Esteacio de Sá, 2002 e “Maicon”, no Museu Nacional de Belas Artes, 1999, foram exposições coletivas. “Home-Less”, na Hillyer Gallery em Northampton foi sua exposição individual.

Joana Csekö
Joana Traub Csekö é graduada em Comunicação Social pela UFRJ e aluna da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Em 2001 foi selecionada pelo Salão Universidarte IX. Como prêmio realizou  uma exposição individual intitulada PÚBLICA / PRIVADA, em junho de 2002. Recebeu também o quarto lugar na categoria fotografia  do prêmio Rio Jovem Artista, realizado  pela RioArte, em 2000.Tem fotos publicadas em jornais como O Globo e Jornal do Brasil. Em 2001,participou como fotógrafa  e pesquisadora  do livro Mapa do Maravilhoso  no Rio de Janeiro, de Beatriz Jaguaribe, lançado  pela editora Sextante. No momento, tem um trabalho exposto  na coletiva  Grande Orlândia: Artistas  Abaixo da Linha Vermelha. Nasceu em Denver, Colorado (EUA), em 1978.

Luis Cavalheiros
Rio de Janeiro, 1968. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Faz parte do grupo A95, formado por artistas cariocas. Participou de diversos cursos nos núcleos de desenho, pintura, escultura e teórico da Escola de Artes Visuais do Parque Lage/Rio de Janeiro (90-95), concluindo o Aprofundamento em Pintura nesta escola em 1995. É graduado em comunicação social pela ECO/UFRJ.
Principais exposições que participou:Paço das Artes - Temporada de Projetos 2000 - Cidade Universitária,  São Paulo, junho de 2000; Centro Cultural São Paulo - Programa de Exposições 98 - São Paulo, outubro de 1998; Museu da República, Republicando - RJ - julho 97; Museu de Arte Moderna - Free Jazz Festival - Pilotis do Museu de Arte Moderna - RJ - out 96; Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Aprofundamento, 1995

Marcelo Tabach
Iniciou sua carreira como fotógrafo em 1987 na agência ZNZ, fotografando para a revista de Domingo do Jornal do Brasil. Em 1990 foi para a revista Veja, em 1991 retornou ao Jornal do brasil e em 1993 foi para a revista Caras, onde é editor de fotografia desde 1995. Participou das Funarte 1992; Fome, CCBB 1993; As Caras do Ano I, Galeria Fotoptica 1995; As Caras do Ano II, Rio Design Center 1996. Fez uma individual na Livraria Bookmakers, 1990. Ganhou os prêmios 2º Priemio no Concurso Mundial da Nikon, 1988 – Japão; Prêmio Abril de Fotografia am 1995. Suas fotografias fazem parte da Coleção Joaquim Paiva.

Marco Antônio Portela
É professor de fotografia no Jardim Botânico e professor de laboratório Preto e branco no Ateliê da Imagem. Participou recentemente de exposições coletivas como o 2º Salão de Arte da UniBH e a 6º Bienal do Recôncavo Baiano.

Maria Continentino
É formada em Comunicação Social pela ECO/UFRJ. Foi aluna do Ateliê da Imagem e trabalha com cinema desde 1997, exercendo diferentes funcões, tais como assistente de direção, de montagem e continuidade. Maria assina o roteiro, direção, fotografia e edição de seu vídeo Temporal, que é todo feito a partir de fotografias em preto e branco.

Patrícia Gouvêa
É formada em Produção Editorial pela ECO/UFRJ com pós-graduação em Fotografia e Ciências Sociais pela UCAM/RJ. Desde 1995 é coordenadora do Ateliê da Imagem, escola de fotografia carioca da qual também é uma das fundadoras. Tem fotografias pertencentes aos acervos da coleção Joaquim Paiva e das galerias HAP, no Rio de Janeiro  e Espaço Ophicina e Imã, em São Paulo. Atualmente faz parte do núcleo de estudos e pesquisa da galeria Lana Botelho Artes Visuais e é associada do Pólo de pesquisa das relações Luso-Brasileiras, no Real Gabinete Português de Leitura, onde desenvolve o projeto fotográfico Quase-nacional: imagens da colônia portuguesa no Rio de Janeiro. Participou de exposições individuais e coletivas e foi selecionada nos Encuentros Abiertos de Fotografia de Buenos Aires para participar como expositora na edição de 2004 do festival.

Simone Rodrigues
É formada em História pela UFRJ (1992) e é mestre em História da Cultura pela PUC-Rio, com pesquisa sobre a fotografia brasileira moderna (1997). Iniciou sua formação em fotografia no North Paddington Comunity Darkroom de Londres (1988) e trabalha como fotógrafa freelance (desde 1992), atuando, principalmente, na área de divulgação cultural e editorial. Trabalhou no projeto Foto IN Cena, produzindo dezenas de exposições de fotógrafos diversos (1993-4), realizou uma exposiçao individual Lomo (2000) e participou de diversas exposições coletivas. Entre outras premiações, recebeu menção honrosa no Prêmio Nikon (1996). Desde 1995, é diretora e coordenadora do Ateliê da Imagem, instituição dedicada à promoção e ao ensino da fotografia.

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Ricardo Ribenboim
ATITUDES

24 de junho, terça-feira, 21h

Galeria Anna Maria Niemeyer
Rua Marques de São Vicente 52 loja 205
Gávea   Rio de Janeiro
21-2239-9144 / 2259-2082
galamn@centroin.com.br
http://www.annamarianiemeyer.com.br
Segunda a sexta, das 11h às 21h; sábados, das 11h às 18h.
Exposição até 12 de julho de 2003.


ATITUDES

Com a presente exposição, Ricardo Ribenboim mostra uma mudança de atitude em relação aos trabalhos realizados para o Paço Imperial em 2001.

Diferentemente de sua recente apresentação em Nova York com peças infláveis, a matéria-prima de suas atuais operações artísticas é a madeira. As obras traduzem para o artista sua paixão por este material e a admiração por Frans Krajcberg.

O tríptico apresentado na Galeria Anna Maria Niemeyer, composto de elementos verticais com pontas articuláveis, integra um conjunto, não exposto em função de sua grande dimensão, que constitui o espaço negro de uma floresta negra, sensação amplificada por uma peça musical do Zbigniew Preisner - Requiem  for my friend.

As pesquisas artísticas de Ricardo Ribenboim se notabilizam pela alteração do estado dos materiais. Neste caso, a madeira, uma matéria-prima rígida, transforma-se em elemento flexível. Ganha  formas que sugerem diversas leituras, e levam o público à participação. Em sua maioria, as obras dialogam com a escala ambiental onde estão implantadas, criando uma tensão com o espaço arquitetônico.

O artista relata que este momento não é de ruptura, mas de continuidade da investigação daquilo que sempre o move: a reflexão sobre os limites do design e da produção plástica, destituída das exaustivas referências modernas.

Sobre a exposição Troca de Pele (1999), Frederico Morais escreveu que apesar de instabilidade intrínseca à peça a sensação que se experimenta é diametralmente oposta: construção. E, não por acaso, a referência mais próxima que o artista considera ter na arte brasileira, para suas esculturas, é o Neoconcretismo, e, nele, Bichos de Lygia Clark, cuja idéia de participação é agora rearticulada por Ribenboim.

Em Atitudes  já há indícios de novos rumos, um deles presente na obra impregnada de cracas, que ficou mais de um ano submersa na lagoa da Conceição, em Florianópolis. Todo o processo da passagem do tempo foi registrado - desde a colocação de um elemento estranho à natureza do local até o seu processo de adaptação ao meio.

Atitudes  procura evidenciar um posicionamento em constante processo de conversão de um estado para outro, apontando para mim novas possibilidades de trabalho",  comenta
Ribenboim.


Ricardo Ribenboim

Artista plástico e designer gráfico. Ricardo Ribenboim (São Paulo 1953), desde sua infância até a década de 70, estuda com Toyota, Evandro Carlos Jardim, Babinski, Baravelli e com Fajardo até a década de 90.  Trabalha como designer gráfico durante 30 anos, destacando-se pela criação de diversos projetos gráficos, editoriais e de identidade visual. Investiga os limites entre o design gráfico e as artes visuais, o que se reflete, em seus trabalhos, na utilização de diferentes materiais e suportes, tanto físicos como eletrônicos.

Participa em 1974 da Bienal de São Paulo, em 2000 da 7ª Bienal de Havana, em 2000 do Open Air Veneza e em 2001 dos 50 Anos da Bienal Internacional de São Paulo.

Realizou diversas intervenções urbanas no Brasil e no exterior, destacando-se o trabalho Bólides Marinhos, na Praia de Ipanema na ECO-92, e um conjunto de intervenções no projeto Arte Cidade 3. É responsável pela concepção de uma série de mostras de arte e conselheiro de várias instituições culturais. Entre 1996 e 1997, dirige o Paço das Artes de São Paulo e, em janeiro 1997, assume a direção do Instituto Itaú Cultural até maio de 2002 e em seguida funda a Base7 Projetos Culturais. Em 1998, realiza a primeira curadoria internacional de WEB-Art, na 24ª Bienal Internacional de São Paulo. Realiza exposição individual em New York em abril de 2003.

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Painting Per Se
Brad Lochore, Claudia Marchetti, Jane Haris, Machiko Edmonson e Michael Stubbs
Curadoria: Gerard Hemsworth

Mesa-redonda
reune o crítico de arte inglês Suhail Malik, o curador da exposição, Gerard Hemsworth, e os cinco artistas.


mesa-redonda, 18h30
24 de junho, terça-feira, 18:30 às 23h
coquetel, 20h

Galeria André Millan
Rua Rio Preto  63
Jardins    São Paulo
11-3062-5722 / 3457
galeria@andremillan.com.br
http://www.andremillan.com.br
Segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 11h às 17h.
Exposição até 18 de julho de 2003.

A exposição Painting Per Se é a segunda exposição do curador britânico Gerard Hemsworth, em parceria com o critico de arte Suhail Malik no Brasil. No ano passado eles reuniram 23 artistas que tinham em comum o trabalho focado na pintura contemporânea, e no currículo o mestrado em Fine Arts pela prestigiada Goldsmith¹s College,  London University. Nesta exposição, o curador selecionou cinco artistas deste grupo, que tem em seus trabalhos a pintura como modelo crítico e problemático e ao mesmo tempo, como espetáculo visual despido da problemática. São obras que simultaneamente criticam e celebram a pintura. Hemsworth e Malik criaram um diálogo na introdução do catálogo da exposição,  levantando questões da pintura em si mesma, ai o título em inglês Painting Per Se.

Os artistas Brad Lochore, Machiko Edmondson, Jane Harris, Claudia Marchetti e Michael Stubbs, trabalham com a pintura em diferentes aspectos e técnicas:

Lochore, faz representações de sombra como um elemento familiar em enquadramentos evocativos pertencentes ao universo do cinema, televisão e da fotografia.

Para Machiko, a definição de sua arte esta no fato dela ser uma representação da pintura em vez de uma forma representativa desta expressão plástica. Como uma fotografia, sua pintura questiona a busca para a perfeição.

Já a pintura de Harris, possui a capacidade de se revelar e se ocultar, direcionando a uma discussão na área do limite do abstrato e do representativo.

A obra  de Marchetti, consegue se alojar na fronteira da iconoclastia, ao driblar a herança patriarcal inerente á própria pintura. Através da manipulação da imagem de pingos de tinta ampliados inúmeras  vezes e pintados fora do alinhamento.

Stubbs, desenvolveu a técnica de derramamento de tinta sobre a tela, conforme a tinta vai abrindo uma trilha sobre a superfície, é interrompido por formas gráficas e motivos decorados de segunda mão.

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Seminário aberto
Limites do Moderno
arte // arquitetura // escritos de artista // o debate crítico // o circuito

24 a 27 de junho, 16h

PUC-Rio - Prédio Frings sala 300F
Rua Marquês de São Vicente  225
Gávea   Rio de Janeiro   21-3114-1001
Programa de pós-graduação em História Social da Cultura, Departamento de História, PUC-Rio.PRONEX.
Organização: Cecilia Cotrim.


PROGRAMAÇÃO
24 de junho, 3ª feira:
José Resende - artista plástico
Ronaldo Brito - crítico de arte; professor da PUC-Rio e UNI-Rio

25 de junho, 4ª feira:
Guilherme Wisnik – professor da USP
Masao Kamita – professor da PUC-Rio
Roberto Conduru – professor da UERJ e PUC-Rio

26 de junho, 5ª feira:
Luiz Camillo Osorio – crítico de arte; professor da UNI-Rio e PUC-Rio
Ricardo Basbaum – artista plástico; escritor; professor da UERJ
Simone Osthoff – professora da School of Visual Arts, Penn State University

27 de junho, 6ª feira:
Carmela Gross – artista plástica; professora da ECA-USP
Glória Ferreira – curadora independente; professora da EBA - UFRJ
Paulo Sérgio Duarte – crítico e professor de história da arte; pesquisador do Centro de Estudos Sociais Aplicados da UCAM.

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Palestra
Projetos em Arte e Ciência [artemídia - novas tecnologias]
Nina Czegledy
Curadora e artista, Diretora do Comitê Internacional ISEA - Inter Society for the Electronic Arts

23 de junho, segunda-feira, 9h30 às12h

UFRJ - prédio da Reitoria - sala 702
Ilha do Fundão   Rio de Janeiro
Promoção LV/PPGAV/EBA
Organizaçao: Simone Michelin

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Ciclo de palestras e debates
O Estatuto da Pintura na Arte Contemporânea
Coordenação: Paulo Sergio Duarte
Dispersão e método - A pintura como fio condutor da obra de Carlos Vergara
Participantes: Paulo Sergio Duarte - crítico e professor de história da arte, Universidade Candido Mendes / Ucam, participação de Carlos Vergara

24 de junho, terça-feira, 19 h

Santander Cultural - Sala Oeste
Rua 7 de Setembro  1029
Praça da Alfândega   Porto Alegre  RS

O século XX, desde sua segunda década, discutiu a “morte da pintura” com as manobras de Marcel Duchamp, as manifestações negativas do dadaísmo, o racionalismo do construtivismo russo, até recentes manifestações da arte contemporânea. A cada um desses capítulos, observamos a permanência da pintura e seu fortalecimento como prática artística determinante na orientação das principais questões estéticas dos últimos cem anos. Do cubismo ao neoplasticismo, do surrealismo ao expressionismo abstrato norte-americano, da pop art à transvanguarda das últimas décadas, a pintura manteve-se no centro da produção artística. O século XX não marcou, como alguns artistas e teóricos pensaram, o seu desaparecimento. Ao contrário, a cada “assassinato” da pintura, ela ressurgiu poderosa e presente como uma verdadeira bússola orientando os caminhos da arte.

Agora, na hipermodernidade, com a profusão dos novos mídias, na babel de linguagens contemporâneas, a pintura continua uma referência para a reflexão estética no Brasil e no mundo. Nesse território complexo, seu estatuto não pode ser mais aquele de uma época na qual, junto com a escultura, a pintura ocupava o lugar de paradigma da atividade artística. Hoje, a pintura e outros meios tradicionais dividem os espaços institucionais de igual para igual com a fotografia, os vídeos, as instalações e as performances. No ciclo de palestras e debates, partindo de um exame histórico, vai se interrogar sobre o lugar e o papel da pintura nesse mundo que se quer pós-moderno.

Programação:
1º de julho
O lugar do mestre - A obra de Iberê Camargo como grande arte da pintura moderna no Brasil
Participantes: Mônica Zielinsky, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul / UFRGS; Paulo Venancio Filho, crítico e professor de história da arte, Universidade Federal do Rio de Janeiro / UFRJ

15 de julho, Galeria
Apresentação do trabalho coletivo e do vídeo produzidos na  Oficina em São Miguel das Missões (RS). Encontro com Carlos Vergara e os artistas participantes da oficina.

22 de julho
O olhar distante - A historicidade da pintura defronte à cultura pós-moderna
Participantes: Blanca Brittes, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul / UFRGS; Luiz Camillo Osório, crítico e professor de história da arte, Universidade do Rio de Janeiro / UniRio

29 de julho
Pintura e espaço - A reconstrução da espacialidade na pintura depois da revolução cubista
Participantes: Icléia Cattani, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul / UFRGS; Luiz Renato Martins, crítico e professor de história da arte, Universidade de São Paulo / USP

5 de agosto
A pintura contemporânea e suas relações com os novos meios
Participantes: Vera Chaves Barcelos, artista plástica; Ligia Canongia, crítica e curadora independente, Rio de Janeiro

12 de agosto
Territórios em disputa - Pintura e novas linguagens na arte contemporânea
Participantes: Niúra Legramante Ribeiro, mestre em artes pela ECA / USP, professora de História da Arte no Atelier livre e Feevale; Maria da Glória Ferreira, crítica e professora de história da arte, Universidade Federal do Rio de Janeiro / UFRJ

19 de agosto
A diversidade da pintura contemporânea no Brasil e na América Latina
Participantes: Paulo Sergio Duarte; Agustín Arteaga, crítico e professor de história da arte, curador assistente do Jeu de Paume (Paris), curador da exposição Orozco na Bienal do Mercosul

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“Para ser curvada com os olhos” (1970). Caixa de madeira, com barras de ferro, de Cildo Meireles: ampliando a dimensão da percepção
 
 
Alfabeto Visual - O espaço entre dois pontos

RUBENS PILEGGI SÁ
 
O pensamento como ação é a tentativa de retardar o tempo para que a ação se faça antes da matéria concebida. É atrasar a objetivação do objeto dado, em pelo menos um passo antes de qualquer concreção. De tal modo que, sendo, passa a ser a representação de si próprio enquanto discurso. É fala que se fala.

Com a arte seria assim, não tivéssemos que aderir à retórica para separar teoria e prática. Na verdade, qualquer espaço vazio é espaço ocupado, também. Cada gesto exclui uma infinidade de possibilidades de outros gestos. Sua afirmação se dá tanto pela presença física, quanto pela ausência, sentida.

Uma imagem é, sendo. E ela conta várias histórias, por menos que seu conteúdo transborde para fora de sua forma. Por menos que sua estrutura se abra a outras significações, interpretações, leituras. Por mais que ela diga apenas sobre ela mesma.

E também seu oposto. Pois a própria diagramação, seja da letra impressa, seja da palavra dita, sintetiza, em si – como fragmento – tudo o que se puder arrancar do todo: algo próximo ao fractal. Só que ainda menos, quase lá. Sensações.

Mesmo a noção holística poderá se adaptar a determinado discurso, como princípio de ação, porque ele não reivindica nenhuma inteireza, mas um espaço de atravessamento entre uma idéia e sua concretização enquanto gesto, atitude: plástica e poética.

É arriscado dizer coisas. Quando os caras do Pop Art venderam o consumo, o consumismo os devorou como a uma embalagem de sabão. A crítica pode ser a análise de uma síntese, mas quando ela também se torna poesia, fica imantada de densidade. E cada interpretação passa a ser somente mais uma possibilidade de leitura, dentre várias. O autor perde o domínio do seu fazer. Sua ação é simplesmente abrir as comportas da linguagem, o resto é criação de cada um. E essa ação nunca está isolada do pensamento, como se este trouxesse aquele para o palco das realizações e depois o abandonasse, em busca de novos talentos para o substituir.

O acaso, contrário ao planejamento dos processos computacionais de projeção (Pierre Levy, 1990), ainda é a fonte dos sentidos em transformação, deixando espaços suficientes para o vazio, mesmo em situações onde falta o ar. A eternidade pesa sobre a ponte que se quebra. Anos e anos permitindo pessoas passarem para lá e para cá. De um extremo a outro. Agora que a imaginação voa.

Arte é a idéia de arte (Kosuth, 1969). Arte é a idéia de. Arte é a idéia. arte é a. Arte é. Arte. Ar. A.

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NO ÚLTIMO E-NFORME - ANO 3 - N. 75 /  18 DE JUNHO DE 2003
Escultores – Esculturas na Pinakotheke, São Paulo
Quatro matérias no SESC, Nova Friburgo
Foto Arte 2003, Arthur Omar no ECCO, Brasília
Panorama 4 em Le Fresnoy, Tourcoing
Brócolis VHS apresenta
Arte e Literatura, Décio Pignatari fala no CEEE, Porto Alegre
Inscrições:
28° SARP e 4º Prêmio Cultural Sergio Motta, em andamento, São Paulo
Procedência & Propriedade, Rio de Janeiro
Seminário Fotografia e Arte Contemporânea no CCBB, Brasília


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