NESTA EDIÇÃO:
John Boch e Rivane
Neuenschwander na Fortes Vilaça, São Paulo
João Carlos Goldberg na Anna Maria Niemeyer, Rio de
Janeiro
Museus de Arte: Vertentes da Pesquisa Contemporânea, João
Frayse fala no MAC-USP, São Paulo HOJE
Mesa Redonda na Virgilio, São Paulo
Inscrições
Mostra Coletiva dos Artistas de Ribeirão Preto no MARP, São Paulo
Artistas
selecionados da 1ª Fase do 15º Salão de Artes, Praia Grande
Quem é que confunde bailarino com atleta? por Helena Katz,
O Estado de S. Paulo
Lehm, Vista da Instalação, 2001
John Boch
The Death of
Raymond Roussel
Rivane Neuenschwander
Eu desejo o seu
desejo
Vista da Instalação Palais de Tokyo, Paris, 2003
29 de maio, quinta-feira, das 20h às 23h
Galeria Fortes
Vilaça
Rua Fradique
Coutinho 1500
São Paulo 11
30327066
galeria@fortesvilaca.com.br
http://www.fortesvilaca.com.br
Terça a sexta,
das 10h às 19h; sábados, de 10h às 17h.
Ambas as
exposições até 28 de junho de 2003.
John Boch
The Death of Raymond Roussel
Bock ficou conhecido por suas obras envolvendo performances, já
apresentadas em lugares consagrados da arte contemporânea como a Bienal
de Veneza e a
Documenta de Kassel, e também em outros espaços menos usuais como um
carro
ou um bote descendo um rio.
Suas ações, ou “palestras” como ele gosta de chamá-las, acontecem em
espaços que ele mesmo cria empregando uma arquitetura rudimentar e
improvisada e
objetos do cotidiano. O artista participa ativamente em suas
instalações,
pedindo muitas vezes também a participação do público, de atores e até
de
animais. Seu trabalho integra diferentes vocabulários, passando pelas
artes
visuais, moda, poesia, teatro e teorias econômicas (o artista tem
formação
nesta área).
Nas cinco obras expostas na Fortes Vilaça, câmeras de circuito interno
transmitem a imagem do espectador para monitores colocados em lugares
especiais
nas esculturas. Em um dos trabalhos, a imagem do espectador aparece na
cabeça
de um bicho, espécie de coelho gigante. Em outro, o visitante deve
deitar-se
dentro de uma enorme caixa de papelão, onde bonecos feitos com roupas
usadas
aparecem na mesma posição, criando uma pequena confusão entre o objeto
e
o espectador. Nos desenhos, John usa com freqüência diagramas de
marketing
e tabelas econômicas fictícias, um parodoxo de familiaridade e
estranheza
às salas de reunião de qualquer grande empresa.
O título desta exposição faz referência ao escritor Francês Raymond
Roussel, cujo célebre peça teatral Impressions d’Afrique influenciou o
grupo surrealista. Outras influências de Bock são os trabalhos de Paul
McCarthy, Joseph Beuys e dos movimentos, Fluxus, Viennese Actionismus:
“Se Mathew Barney, Joseph Beuys e Bertold Brecht podem ser chamados de
mestres dos assuntos complexos e indissolúveis, John Bock assim como
nenhum outro em sua geração tem grandes chances de entrar para sua
augusta companhia” diz o curador Yilmaz Dziewi, do Museu Ludwig, em
Colônia.
Esta é a primeira vez que John Bock mostra seu trabalho na América
Latina. O artista expôs amplamente em museus e galerias nos Estados
Unidos e Europa, além de ter participado da Documenta XI, da 48ª Bienal
de Veneza, das bienais de Berlin e Valencia e da Trienal de Yokohama,
no Japão
Rivane Neuenschwander
Eu desejo o seu desejo
A instalação, inédita no Brasil, foi apresentada com sucesso
recentemente na exposição individual da artista no Palais de Tokyo, em
Paris.
Uma coleção de desejos em andamento é a matéria prima deste trabalho.
Eles aparecem estampados em fitinhas coloridas, como as do Senhor do
Bonfim,
formando uma grande pintura abstrata. Cada fitinha entra em um pequeno
furo
na parede. Os furos formam linhas paralelas, como numa folha de papel
pautado.
Cada visitante que entra pode ler os desejos nas fitinhas e escolher
quantos
quiser. O trabalho é generoso, se dissemina, sai da galeria e ganha o
espaço
íntimo da casa de cada um. Complementando a instalação há um caderno em
branco
e uma caneta. Ali, quem quiser escreve seu desejo, aumentando a coleção.
A comunicação escrita, oral e não verbal é um dos temas centrais do
trabalho da artista. Em sua instalação Palavras Cruzadas., os
visitantes eram convidados a formar palavras com letras estampadas em
laranjas desidratadas. Em Alfabeto Comestível, uma série de quadros
abstratos são compostos de listras coloridas visualmente semelhantes.
As listras se diferenciam pela cor dos temperos
usados para fazer cada um dos quadros, dispostos em ordem alfabética (
açafrão,
black pepper, colorífico, dill, etc...). Involunatry Sculptures é uma
coleção
de objetos feitos por diferentes pessoas enquanto conversam num bar, ou
falam ao telefone. Em BH, 2002 um calendário é formado por fotos, as
letras aparecem na paisagem urbana de Belo Horizonte: num muro pichado,
numa placa de trânsito ou num letreiro comercial.
Em Eu desejo o seu desejo, o discurso aparece enunciado por completo
pela primeira vez: ”Eu desejo um cachorro, uma casinha no cipó, e a
Mariana”,
lê-se numa das fitinhas, “Eu desejo ganhar na Mega Sena”, em outra. O
desejo
do outro é assimilado, e amarrado no pulso, ou no tornozelo. O corpo
vira
o suporte da obra.
Rivane Neuenschwander partcipará da L Bienal de Veneza, na exposição
Delays and Revolutions, Curadoria de Francesco Bonami e Daniel
Birnbaum. Seu trabalho já foi exposto em lugares como o Museu Portikus,
em Frankfurt; Walker Arts Center, Minneapolis e The Americas Society,
Nova Iorque. Em 2004, a artista faz uma exposição individual no Museu
Reina Sofia, em Madrid.
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João Carlos Goldberg
Variações Goldberg
até 31 de maio
de 2003
Galeria Anna
Maria Niemeyer
Rua Marques de
São Vicente 52 loja 205
Gávea Rio de
Janeiro
21-2239-9144 /
2259-2082
http://www.annamarianiemeyer.com.br
Segunda a sexta,
das 11h às 21h; sábados, das 11h às 18h.
Goldberg preparou cerca de 11 trabalhos (esculturas, gravuras, objetos
e jóias) que representam a sua própria experiência como escultor e
professor.
A pesquisa instigante dos materiais e das formas que ao longo dos anos
o artista vem realizando, deram origem a uma nova série de trabalhos:
Variações Goldberg, que poderão ser apreciadas nesta exposição onde o
artista reúne além dos metais (ouro, prata, aço inox, ferro, latão,
mercúrio, etc.) e
das pedras (granito e mármore) - que sempre estiveram presentes em sua
obra
- ainda outros materiais (estes não tão comuns em sua trajetória) como:
a madeira, o couro, o papel e o cristal. Desta sua pesquisa: o jogo
entre
a matéria e forma, surgiu uma série de belas peças que entre elas
destacamos:
o Xadrez Robin, 1999/2003: um jogo de xadrez onde as peças brancas
foram
executadas em aço inox e as pretas (aqui douradas) em latão com banho
de
ouro sobre um tabuleiro de cristal jateado; s/ título, 2003, um pêndulo
de
aço inox, que preso ao teto por um fino e transparente cabo de aço,
flutua
sobre uma placa circular de mármore de carrara, com um rebaixo central,
onde
uma gota de mercúrio cria a ilusão do pêndulo que se esvai e pinga
sobre
a base; uma outra peça Touro Mouro de Couro Louro, 2003, foi criada a
partir
de um pedaço recortado de couro sola onde o artista, ao fixar um par de
prumos
colocados horizontalmente, leva o espectador à imaginar que tem a sua
frente
um touro; uma escultura -portável: Pim-Pim, 2003, peça executada em
prata
maciça, na forma de um prumo alongado, que pode ser usada como um
objeto
(exposto aqui em uma caixa de madeira preta c/ vidro) e/ou brinco, pim,
etc.;
uma escultura fininha: s/título, 2003, onde Goldberg aplicou uma ponta
de
prata (em forma também de um prumo alongado), sobre uma gravura (relevo
seco
sobre papel)de superfície totalmente branca onde pode-se ver o mesmo
prumo
mostrado na forma de um relevo no próprio papel, e ainda um objeto:
Variações
Goldberg, 2003, uma peça criada a partir de um disco c/capa (LP - 1ª
gravação)
da música que titula a mostra.
Goldberg participou de importantes coletivas, salões e bienais no
Brasil e no exterior e nestas mostras foi inúmeras vezes premiado.
Realizou exposições individuais nas mais importantes capitais
brasileiras e, seu trabalho esta presente em importantes coleções
públicas e privadas.
João Carlos Goldberg é arqueólogo, com especialização em Tecnologia
Pré-Histórica na Universidade Paris X-Nanterre (1984/1985) e
Pós-graduação em Tecnologia Pré-Histórica na URA 28, no Centre National
de la Recherche Scientifique, CRA-CNRS, ambos realizadas em Paris,
FRANÇA. Atua desde 1969 como professor - entre 1969/1973 foi professor
do MAM-RJ - e desde 1982 é professor e Coordenador da Oficina 3 D na
Escola de Artes Visuais do Parque Lage - entre 1991/1993 assumiu a
Direção da EAV - e ainda desde 1982 é professor titular das Cadeiras de
Expressão e Representação III e IV na Faculdade de Arquitetura da
Universidade Estácio de Sá.
Levado pelo seu grande conhecimento e apuro técnico obssecado por um
exímio acabamento e ainda pela sua criatividade e conhecimento na
utilização de
diversos materiais, ocasionalmente também atua como designer de troféus
e
prêmios - é o autor do Prêmio Petrobrás de Qualidade 2000, do Prêmio
Paschoal
Segreto de Cinema, do Troféu 6 1/2 de Música Popular LUBRAX/FUNARJ e
mais
recentemente criou o Prêmio Fundação Oscar Niemeyer, (que são oferecido
à
personalidades que contribuem de forma significativa para a manutenção
da
Fundação Oscar Niemeyer e de seus propósitos). Em 2000, convidado pelo
Consulado
de Israel no Rio de Janeiro, viajou para a cidade de Netanya, onde
participou
do ENCONTRO DE ESCULTORES NETANYA-ISRAEL, realizado no Instiituto
Cultural
Israel-Ibero America, onde realizou uma escultura para o Parque da
Amizade
Israel-América Latina, a convite da Prefeitura local.
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PROGRAMAÇÃO:
4 de junho de 2003
O Museu na Era Eletrônica
Annateresa Fabris (ECA USP)
11 de junho de 2003
Cenografias na Exposição de Arte
Lisbeth Rebollo Gonçalves (ECA USP)
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Mesa Redonda
Participantes: Evandro Carlos
Jardim, Marco Buti, Elisa Bracher e Ricardo Resende; mediadora: Carmela
Gross
29 de maio, quinta-feira,
19h30
Galeria Virgilio
Rua Dr. Virgilio de Carvalho
Pinto 426
11-3062-9446
artevirgilio@uol.com.br
http://www.curtocircuito.2y.net
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Mostra Coletiva dos Artistas de Ribeirão Preto
Inscrições até
12 de junho de 2003
Comissão de
Seleção:
Eduardo Brandão (Curador Independente), Juliana Monachesi (Curadora
Independente) e Nilton Campos (Coordenador de Artes Plásticas / MARP).
MARP - Museu de
Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi
Rua Barão do
Amazonas 323
14010-120
Ribeirão Preto SP
16-610-2773
Terça a sexta,
das 9h às 12h e das 14h às 18h.
marp.cultura@ribeiraopreto.sp.gov.br
http://www.marp.ribeiraopreto.sp.gov.br
Encontram-se abertas as inscrições para seleção de obras para a Mostra
Coletiva dos Artistas de Ribeirão Preto, a realizar-se no mês de julho
de
2003, no MARP, com Prêmio Exposição no MARP em 2004.
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15° Salão de Artes Plásticas de Praia Grande
Artistas selecionados da 1ª Fase
Adriane
P. Rivero Rodrigues-Gravura-São Paulo/SP
Agnes Bonfim
Kilzer-Desenho-São Paulo/SP
Alexandre Furtado
Cardoso-São Paulo-SP
Antonio Celso
R.Brasiliano F.-Fotografia-São Paulo/SP
Belkiss J.
Rabello-Fotografia-São Paulo/SP
Bettina Vaz
Guimarães-Pintura-São Paulo/SP
Carolina
Lopes-Gravura-São Paulo/SP
Cristiana
Bernardi Isaac-Pintura-São Paulo/SP
Flávia
Berindoague-Objeto-Belo Horizonte/MG
Francisco Ding
Musa-Fotografia-São Paulo/SP
Frederico Dalton
de Moraes-Fotografia-Rio de Janeiro/RJ
George Rembrandt
Gutlich-Gravura-São José dos Campos/SP
Heleno
Bernardi-Fotografia-Rio de Janeiro/RJ
José Roberto
Shwafaty-Gravura-Jarinu/SP
Laerte Gomes da
S. Ramos-Gravura-São Paulo/SP
Norival Ribeiro
de Freitas-Pintura-Praia Grande/SP
Osvaldo Piva
Filho-Desenho-São Paulo/SP
Paulo Camillo de
O. Pena-Gravura-São Paulo/SP
Rodrigo da Silva
Barrales-Desenho-São Paulo/SP
Ronaldo
Gifalli-Desenho-Bauru/SP
Tatiana Severo
Lins-Fotografia-Campinas/SP
O 15° Salão de Artes de Praia Grande recebeu inscrições de 500
artistas, totalizando 1500 obras inscritas.
A participação foi em âmbito nacional. Recebemos trabalhos de várias
cidades dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São
Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso
do Sul, Rondônia, Distrito Federal, Pará, Pernambuco, Bahia, Alagoas e
Paraíba.
O júri, formado por Tadeu Chiarelli, Ricardo Resende e Denise
Grinspum
selecionaram 59 trabalhos para a 2ª fase, onde será feita a seleção das
obras que participarão do Salão e a premiação.
Além dos prêmios que constam no Regulamento, a CPFL premiará um dos
artistas selecionados, com uma viagem para conhecer um dos Museus de
Arte do País.
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Quem é que confunde bailarino
com atleta?
Cresce na TV e na
publicidade tese que nivela coreógrafos e treinadores esportivos
HELENA KATZ
- especial
para o Estado de São Paulo
Dança não é esporte e bailarino não é atleta. Nos últimos dias, surgiu
uma espécie de campanha que parece ter sido iniciada com o objetivo de
forçar o público (que, evidentemente, não conhece as especificidades
das duas funções) a fazer esse tipo de associação errônea (sem
fundamento científico). Todavia, quem conta com o desconhecimento do
interlocutor para levá-lo a aceitar
conceitos errados pratica atitude próxima da má-fé - a menos que os
agentes
da difusão partilhem da mesma ignorância que o público ao qual destinam
suas comunicações. Nesse caso, torna-se ainda mais necessário promover
o
esclarecimento.
Há três fatos que devem ser ligados: duas reportagens na TV Globo e um
anúncio de página inteira na revista Veja. A primeira reportagem foi ao
ar na terça-feira retrasada, no Jornal Nacional, e se dedicou a
comparar
o bailarino a um atleta. O texto se apoiou em jogos de linguagem para
proclamar
que o coreógrafo é como um treinador, uma vez que os dois profissionais
traçam os planos das suas equipes; que os bailarinos têm seus corpos
cuidados
por fisioterapeutas, tal como sucede em qualquer time; e que o esporte,
às vezes, é quase arte, e a dança é quase sempre atlética. O texto de
Tino
Marcos, repórter da editoria de Esportes da TV Globo, foi reforçado
pelos
infelizes depoimentos de duas profissionais da dança:
Deborah Colker
("Bailarino e atleta são realmente duas vidas muito parecidas") e
Cecilia Kersche. Ambas não esclareceram o perigo em tratar a partir do
senso comum um assunto que pede conhecimento técnico. Se aos olhos do
leigo o bailarino e o atleta podem parecer quase a mesma coisa, cabe
aos profissionais dos dois lados (o da dança
e o do esporte) esclarecerem que corpo de bailarino e corpo de atleta
têm
competências muito distintas - exatamente para salvaguardar as
especificidades dosdois campos de atuação.
Não, não havia qualquer fato a ser noticiado. Tratava-se de uma
eportagem (longa para padrões de JN) saindo assim do nada. Cinco dias
depois, o mesmo jornalista, Tino Marcos, voltou com uma reportagem
ainda maior no Globo
Esporte do domingo, onde declarou, por exemplo, "que a arte depende do
esporte
para ser espetacular", "que o esporte fica orgulhoso porque é parte
cada
vez mais importante de um processo de criação", e termina com mais um
dos
seus truques de linguagem: "Balé, arte sagrada, arte sarada." Nesta
feita,
contou com um novo colaborador: Silvio Dufrayer, apresentado como
professor
de Educação Física e ex-bailarino, que vaticina que quem continuar nas
"aulas
tradicionais de balé, em cinco, dez anos não vai ficar no mercado de
trabalho".
Na mesma semana, a revista Veja circulou com um anúncio de página
inteira do Conselho Federal de Educação Física (Confef), que diz:
"Cuide-se: não
deixe seu corpo e sua saúde nas mãos de qualquer pessoa. Procure sempre
um
profissional de Educação Física registrado no Confef." A propaganda é
explícita:
"Se você faz ginástica, musculação, luta, dança, hidroginástica ou
qualquer
outra atividade física, procure sempre um profissional com o registro
do
Confef." Detalhe: a dança foi posta no meio com a desculpa de ser
também
uma atividade física. Ora, trabalhar como operário em construção civil
também
é uma atividade física, tocar piano ou reger uma orquestra também se
constituem
como atividades físicas (dependem do corpo). Como se vê, a atividade
física
não se constitui como parâmetro confiável para a classificação que o
anúncio
pretende veicular.
O leitor pode não saber que os conhecimentos necessários para o
treinamento de uma Daniele Hipólito são de outra natureza que os que
formam uma Ana
Botafogo. Mas precisa ser informado disso para não cair no engodo do
Confef.
Porque o pano de
fundo dessa falsa controvérsia tem motivação comercial.
Luta - Há cerca de dois anos, a dança trava (e vem vencendo)
nos
foros legislativos brasileiros, uma luta contra o Confef.
O motivo? Esse
Conselho deseja que todos os professores de dança, caso queiram
continuar ensinando dança, devem comprar essa autorização diretamente
no seu caixa. Ao pretender cobrar do professor de dança o direito de
continuar dando aula de dança, estaria
engordando extraordinariamente o seu cofrinho. O perfil da situação
ganha
contornos mais claros quando se lembra que o referido Conselho não
detém
nem sequer o consenso da área que deveria representar - a Educação
Fisica
-, pois nela enfrenta críticas pesadas dos próprios pares.
Pena que os profissionais de dança envolvidos nas reportagens citadas
tenham perdido a oportunidade de esclarecer o telespectador de que
dança e esporte entendem e tratam o corpo humano de forma diferenciada,
pois têm objetivos distintos. Que não se reduzem ao fato de uma
ambicionar o gol e a outra,
os aplausos, como veicula a equivocada reportagem da terça retrasada.
Publicado
originalmente no jornal O Estado de São paulo, sexta-feira, 23 de maio
de 2003.
http://www.estado.com.br/editorias/2003/05/23/cad035.html
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