NESTA EDIÇÃO:
Feijoada do Dia
do Nada no Rés do Chão, Rio de Janeiro
Video Art Channel, Trabalhos de Carlo Sansolo e Erika
Fraenkel, Japão HOJE
Manifestação contra o Guggenheim-Rio, Rio de Janeiro
HOJE
A
Teologia do Fluxus por Guilherme Vaz
O Guggenheim vai transformar o Rio na Capital Cultural da
América Latina por Patricia Canetti
Abaixo-assinado contra o Guggenheim-Rio & por
Políticas Culturais Participativas
FEIJOADA DO DIA DO NADA
1ª segunda de maio
Nada. [Da loc. do lat. tardio res nata, 'coisa nascida', 'alguma coisa', que com elipse do não (res[non]nata) e perda do res, passou a significar 'coisa alguma', 'nada']Pron. indef. 1. Nenhuma coisa; coisa alguma. Adv 2. De modo algum; absolutamente não. S.m.3. A não existência ..... (Aurélio)
5 de maio,
segunda-feira, a partir das 12h
Rés do Chão
Rua do Lavradio106
Lapa Rio de
Janeiro
Dia
de ócio, vagabundagem, preguiça dia de fazer nada ouvir cage, novos
baianos, raul, caíme, calma um dia de sossego,
livre a participação é
espontânea e pode ser conectada além de um ponto fixo: a programação de
uma rádio, por exemplo levar redes, livros,
cafezinhos, coisas para poder "viajar" um pouco. sair da dureza da
realidade, encontrar a flexibilidade, dobrar o peso de uma rotina,
encontrar uma vírgula no meio da tarde, quem sabe? inventar o ócio como
um dia a ser comemorado uma licença poética
no meio do estresse da cidade um dia para decretar
um território nosso, para expandir um limite, para ser ocupado sem
culpa. um dia dedicado ao delicado sabor da poética. saborear uma
situação rara em comum tecer poéticas, criar
tramas, conexões, para REDES_COBRIR_O_BRASIL quem ver e não saber
pode nem pensar no que seja. é tudo misturado. um projeto de arte
interagindo no cotidiano. sem interferir na vida das pessoas, de certa
forma. já q tudo está no ar, mas o lugar sendo algo diferente. aberto
aos acontecimentos uma proposta de
resistência coletiva contra o trabalho individualista, mecânico, sem
criatividade e desprazeroso mas não confunda: não
participar não quer dizer fazer nada, no sentido que damos aqui e mais, onde vc
esteja. Porq o movimento é parado. Porq a ação é colocar o cotovelo no
balcão e bater papo. e registrar e juntar os materiais. E tudo ser de
todos o tempo todo. não, não é para ir
jogar dominó, dama ou bingo, é para ir fazer NADA mesmo, simplesmente
sentindo a vida acontecer faça qualquer
movimento quer tenha a ver com essa idéia, como transformar sua agenda
em aviõezinhos de papel, bola para embaixadinhas, sair para tomar uma
cerveja na hora do expediente, deixar a chuva chegar sem esperar nada
do céu, ver o arco-íris se formar e o mais que lhe der vontade. vale a
criatividade, a rebeldia e o espírito livre para deixar as coisas
acontecerem! afinal o santo Padroeiro do dia do Nada é São Nunca agora, não se esqueça
de tirar uma foto, fazer um vídeo, gravar, documentar esse seu ato e
enviar o registro, ok? Rubens Pileggi rubenssa@onda.com.br
REDE DE LIGAÇÕES em Bela Vista do
Paraíso (Lugar Nenhum - capital do Fim de Mundo): a - abrir as lojas
fechadas e vazias do centro comercial da cidade; b - chupar mixirica
sentado no sofá, em frente ao Banco do Brasil. em Londrina: 1 - Pasmatoria (praça
da bandeira): a - telas
despintadas, telas em branco, pinturas sem pinturas; b - redes de dormir
esticadas na praça. na ocasião será oficializada a entrega de uma rede
para
o artesão Jajá (que tem uma banca na praça) que receberá o "título" de
"guardião do nada". Esta rede estará disponível durante o ano todo para
quem quiser se deitar na praça durante algum período do dia; 2 - Praia de nadismo
(praça rocha pombo): a - os participantes
estarão em traje de férias e levarão isopor, bola, bóias infláfeis,
etc.; b - fumacê do
descarrego (via atrocidades maravilhosas): em que serão queimados
vários defumadores para fazer fumaça e "descarregar" a praça; c - "matando o tempo"
- varas de pescar sem anzol; d - incorporando o
vazio - ficar sem comer e sem falar com ninguém; e - ... 3 - Fazer nada no
lago Igapó (perto da Funcart): no melhor estilo "um
velho calção de banho, um dia pra vadiar. em Foz do Iguaçu: Grupo Colt 45 - arte
de grosso calibre: na praça em frente ao à prefeitura municipal no Rio de Janeiro: Feijoada no espaço de
atividades de arte Rés-do-chão. em Pernambuco: D´Improvizzo Gang, do
Depto de Teoria da Arte, Centro de Artes e Comunicação da UFPe.: das 09:00 às 18:00h.
dependurados nas árvores, nas colunas, paus de bandeira, aonde der
sustentação com nossas redes nordestinas. no Amapá: Núcleo de pesquisa em
Poéticas Visuais da UNIFAP e Grupo URUCUM: Munidos de câmaras de
ar, os participantes irão pegar carona de barco pelo Rio Amazonas, e
ficarão boiando na água até o fim da tarde quando farão uma fogueira
para conversar em seu entorno. em vários pontos do
país participantes irão “fazer nada” no Dia do Nada. volta ao topo
Video Art Channel / Video Art from Brazil
Carlo Sansolo e Erika Fraenkel
art Lab. GOLDEN SHIT (Merda Dourada)
MK Build 2F, Nakano
Nakano-ku 164-0001
(1 min walk from JR
Nakano sta. From JR North exit, walk straight into Nakano san mall,
turn
right on 'Gindako', after 50m walk on the right.)
03-5380-8755
http://www.vctokyo.org/e/news.html
Video
Art Channel vol.26
Trabalhos de
Erika Fraenkel
4 de maio de
2003, domingo
Apresentação:
de 14h às 19h
19h – discussão
Programa
1 Imagenetica (2002)
2 Manager (2002)
3 erotique zone (2002)
4 Similodes2 (2002)
5 Love's House (2002)
6 Love's House 2 (2002)
7 The mummy (2002)
8 Trapped mouse (2002)
Erika Fraenkel
Pintora, trabalha com Vídeo, performance, fotografia desde 1997.
Forte ligação com o pensamento Junguiano.
Video Art Channel vol.25
Trabalhos de Carlo Sansolo
6 de abril de 2003, domingo
Apresentação: de 14h às 19h
19h – discussão
Programa
1 I am the son of
Helio Oiticica (2002)
2 TzimTzum (2002)
3 C.T. (2002)
4 N.I.C.E. (2002)
5 N.M.T. (2002)
6 The Strong Will Be
the Weak (2002)
7 surveillance and
punishment (2002)
8 B-T(2001)
Carlo Sansolo
Trabalha com posters,
vídeo arte e examina possibilidades de uso da tecnologia digital,
inclusive a internet, como formas de discutir a estética e a política
hoje.
VIDEOART CHANNEL é
uma mostra mensal de video arte. Acontece no primeiro domingo de cada
mês. Trabalhos de vídeo-arte de vários temas. 1 hora de programa é
repetida incessantemente nos monitores durante o período da mostra
(14-19h). Visite em Tókyo e veja a mais nova seleção de trabalhos de
vídeo arte.volta ao topo
Manifestação
Contra o Guggenheim-Rio
promovida pelos partidos PSB,
PT, PV, PCB
4 de maio, domingo,
10h30
Em frente ao Copacabana Palace
Praia de Copacabana
Rio de Janeiro
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A Teologia do Fluxus
GUILHERME VAZ
O artista e músico Guilherme Vaz surgiu na cena brasileira na primeira
geração de estudantes da UNB, na época uma universidade experimental
que se pretendia, de fato, formuladora de um pensamento brasileiro.
Vindo para o Rio de Janeiro no final da década de 60 – junto com Cildo
Meireles e
Luiz Alphonsus – participou ativamente daquele ambiente entorno do MAM,
culminando com sua participação, junto com Oiticica, Cildo e Barrio, da
já lendária exposição Information, no MoMA, em 1970. Por sinal, esta
exposição
foi tema da conversa informal que tivemos, eu e Guilherme, com John
Hendrix,
na véspera da abertura da exposição do grupo Fluxus no CCBB. O curador
ficou
interessado em saber sobre a recepção do artista Dick Higgins – um dos
grandes
do fluxus - quando de sua vinda ao Rio de Janeiro no começo da década
de
70 e de suas performances no MAM. Dos relatos de Vaz e da sua
interlocução
com o curador foi nascendo este texto veiculado agora pelo Canal
Contemporâneo.
A versão em inglês veio por indicação do próprio curador. Acima de
tudo,
o texto revela uma afinidade espiritual entre as opções poéticas do
músico
e artista conceitual brasileiro e as estratégias dos artistas fluxus.
As
armadilhas de uma possível cooptação institucional – haja vista, por
exemplo,
uma exposição como esta do CCBB – ficam aquém da energia conceitual e
da
resistência intelectual que se descolam e circulam fragmentariamente
das
atitudes e dos gestos poéticos destes artistas fluxus. A pergunta (e o
paradoxo) de Duchamp permanece: como fazer arte que não seja uma obra
de
arte? Segue o texto de Guilherme Vaz.
Luiz Camillo Osorio, Maio de 2003. [crítico e curador]
A ausência de traços materiais pode ser considerada a mais alta
conquista do pensamento do Fluxus. Traços materiais de ações
espirituais e seu processo de pulverização e acumulação podem ser
considerados a base da corrupção
de todas as atividades espirituais. Assim são as relíquias e todo o seu
círculo de patologias. Assim foram as Cruzadas um ciclo de guerras
sombrias
com a intenção de capturar relíquias, roupas, pedaços de madeira,
lugares,
territórios e montanhas de uma ação espiritual transcendente que uma
vez
aconteceu naquelas vastas paisagens mas que fosse cumprida. Massas de
guerreiros
verrugados inundados pela fome crônica e pela miséria mental, além de
pela
peste, movendo-se através dos grandes Desertos, ausentes de suas
próprias
almas, mentes mortas, dando a sua vida para procurar, olhar, espremer,
apertar
e tocar traços materiais de uma ação espiritual da qual eles não
perceberam
ou entederam o sentido e o significado. Eles queriam traços materiais e
estavam dispostos a tudo por isto mesmo o pior. Esta é a verdade.
Igrejas
que são imaginadas como lugares espirituais e podem acontecer com duas
ou
três pessoas sobre um gramado verde ou uma sala de areia foram
construídas
para guardar estas relíquias, cercadas por paredes de pedras de
cantaria
e protegidas por homens em armas. Não havia quase nada lá dentro apenas
traços
materiais de ações espirituais. No fundo desta gigantesca Escala ainda
não
descoberta, relíquias eram vendidas e tornavam-se objetos de trocas
econômicas
passando por sombrias negociações na escala do dinheiro, cidades
lutavam
umas contra as outras, nações contra nações, pela disputa e pela
propriedade
de uma ou duas destas relíquias, traços materiais. Santos, homens
espirituais,
quando estavam morrendo eram protegidos por exércitos porque as
populações
queriam pedaços de suas roupas para guardar em casa. Como foi o caso de
Francisco
da Itália e de muitos outros. Lendas e legendas foram inventadas e os
homens
acreditaram como o Graal. Livros obscuros foram escritos ferindo o
próprio
coração da compreensão.Os divinizadores de bastidores e cenários são a
essência
filosófica do comportamento idolátrico. E instigante ver como nos
primórdios
da espécie humana o homem percebeu e foi avisado para observar as ações
espirituais
e não os traços materiais que vem da sua Tempestade. E polêmico ver que
todo
o melhor da humanidade vem desta tradição em todos os campos, mesmo na
filosofia.
Seu Alto-Sentir. O Fluxus pertence a esta tradição. O mesmo aconteceu
na
Arte. Não podemos ver a arte como uma parte em si mesma, nada é uma
parte
em si mesma, a Arte pelo menos para a civilização do homem branco
Caucasiano
é apenas uma agulha nos seus nervos (a sua dicotomia simbólica – o
temido
não-lado).Olhando de uma cadeira colocada no abismo e num espaço
chamado
fora nos vemos que nos movemos e vivemos dentro daquela civilização e
estamos
soterrados e jugulados por toneladas de comportamentos idolátricos da
cama
onde dormimos, passando pelos sistemas de transporte até os locais que
visitamos.
O mercado de Arte(uma infeliz expressão alexandriana) o mercado de
relíquias
,cresce em proporções assustadoras. Os procedimentos-relíquias crescem
na
direção da Moda, hábitos, joalheria, sinais feitos com fogo sobre a
pele,
Bestialismo-como os homens se organizam em tribos de animais,
sociologia
non-sense e não-simbólica; tomando novas e poderosas formas de combate
ao
espírito.A Arte se torna cada vez e mais próxima da Moda,
aproximando-se
da descartabilidade. Sempre uma nova troca de relíquias por um novo e
tímido
“Esprit du Temps”. Em segundos as coisas mudam precisamente pela lacuna
do
procedimento espiritual. Nada encaixa-Nunca. Assim o mundo após o
Fluxus
é pior do que antes como aconteceu com o mundo dos Santos. A Arte está
se
tornando pobre e as suas relíquias ricas. A sua essência ainda está
submersa.
O Homem tem uma declividade para traços materiais e uma falta de
compreensão
espiritual. Traços materiais são pedaços mortos de coisas vivas, isto
não
é Arte é um processo de acumulação. Arte é a explosão do espírito não o
pó soprado por ela. A fé de joelhos. Homens e mulheres do Fluxus foram
mártires.
Numa sociedade dominada pelo império das relíquias eles disseram Não!
Santos
seculares e sacerdotes do comum eles vingaram o mundo. As potências da
Arte
ainda estão no Não-Nascido.
[Este texto é dedicado ao meu amigo pessoal Richard Higgins, membro de
capital importância do Fluxus].Lectio Divina –eu entendo a sua Teologia
Secular.
the theology
of fluxus
GUILHERME VAZ
the
absence of material traces can be considered the highest of the fluxus
thinking.material traces of spiritual actions and its after blowing
process and acumulation can be considered the basis of corruption of
all spiritual activities.so are
the story of relics and its circle of pathologies, so are the crusades
a
cycle of dark wars moved by holding relics, clothes, sections of wood,
places,
territories, mountains of a transcenfental spiritual action once
happened
in taht vast landsdcape but that is already gone acomplished. the
masses
of poor warriors, many flooded by cronichle starvation and mental
misery,
nosewarteds moving trough the deserts, out of their souls, dead minds,
giving
their lifes to look at, search, squeeze , hold tight , touch material
traces
of a spiritual action they forgot to look for it, or understand it, or
its
significance and aim. they wanted material traces and are able for the
worst
for it. thats the true. churches that are imagined spiritual places and
could
happen with two and three people over a green grass plain or a sand
hall
were builded to hold those relics of a spiritual action squared by
stone
walls and protected by men in arms, there where almost nothing there
inside,
just material traces of spiritual actions.in the bottom of this huge
scale,
still not nominated, relics were selled, and become object of economic
changes
proving dark business in money scales, cities fougth one against the
other,
nations against nations, for the dispute and property on hands of one
or
two of those relics, material traces. saints, spiritual men, when dying
were
protected by armies for the people wanted pieces of their clothes to
hold
home, as in the case of francis of italy and many, many others. legends
were
written and men believed- like the graal. dark books were written about
other
relics hurting the very heart of comprehension. background divinizers
are
the philosophical essence of idolatric behaviour. its strange that in
the
very begining of humanity men perceived and was advised to look for the
spiritual
action and not to material traces that comes from its blowing. and its
strange
that mixing all the best inj humanity has relation with this tradition
.its
alter being. fluxus belongs to this tradition. the same happened in art
.
but we can not analyze art as a part in itself , there is nothing in
itself
, it is at least to caucasian white men civilization just a piece on
its
nerves [its symbolical dichotomy-the non side scared] or the antrophos
back
and ahead movement making always the same circle. looking from a
steepless chair placed in a space called out we see that we live in a
white men caucasian civilization and are surmounted and circled by
heavy stones of idolatric behaviour,
fromk the bed we sleep, passing trough transportations systems untill
tha
place we visit.the art market[ one unhappy alexandrian expression], the
relics
market still grows to proportions ahead of any measure.the relics
proceedings
are growing to fashion, habits, jewelry, signs made on fire over the
skin,
bestialism as men organized in wolfes tribes, non- sense and
non-symbolic
sociology, taking new and stronguer shapes over the old. and art
becomes
nearer and more a fashion. whats is always a relics change for a new
and
shy esprit du temp s. outside changes. in seconds things change to
anothjer
precisely because of the lack of a spiritual action. it fits never.
so
the world after the fluxus is still worst like happened with
the
saints of the desert. art is getting poor and its relics rich. its
essence
is still undergone. men has a declivity to material traces and an
absence
of spiritual comprehension..material traces are dead pieces of
living
things, that is no art but acumulation of relics. art is the cluster
of
the spirit not the powder blowed by it. the faith under knees. men
and
women of the fluxus were martyrs.in a society completely dominated by
the
empire of relics they said no . secular saints and priests of the
commom,
with absolute no money they ravenged the world, the backs of art are
still
underbirth.thats why the children of the fluxus cum grano salis went
tom
the wrong place when they went to art sacene – call this of art is
undername
it-the alexandrians low and raw affairs-ships of red slaves carring
relics
of all the universe. what more/? is this the so famous white men art
museum?
what more? what more? decide it! its not for no reason that fluxus
rises
from music the dante`s utmost spheric circle in the third section
paradise.
a lectio divina. after that a com´plete revolution to take it as
serious
as it is or a rose lips dried teacup en a very hot day. i understend
your
secular theology. more than this its sacred springuing.
[this text is
dedicated to my personal friend and fluxus member richard higgins].
Observação:
Originariamente o texto em inglês havia sido escrito todo em caixa
alta, mas foi modificado pelo Canal devido à censura dos programas
anti-spams que bloqueiam mensagens com muitas linhas de texto neste
formato.
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O Guggenheim vai transformar o Rio na Capital Cultural da América Latina
PATRICIA CANETTI
Terminava com esta frase, o anúncio do Governo da Prefeitura do Rio
de Janeiro, durante o Jornal Nacional, no dia da assinatura do contrato
em Nova Iorque, 30 de abril de 2003.
Quando estava ouvindo a explanação do Secretário Municipal da Cultura,
Ricardo Macieira, no último dia da série de debates na Universidade
Cândido Mendes, pensava sobre o seu ponto de vista macropolítico, este
que faz
com que ele se refira ao Guggenheim-Rio, e a todo jogo urbanístico da
cidade no qual este se insere, sempre de uma mesma distância. E é esta
distância que ao mesmo tempo que o impede de entrar neste equipamento
cultural, e
perceber o que nele vive e trabalha, também o incapacita para tratar de
questões relacionadas à própria cultura e à arte.
A característica mais importante para mim nestes debates foi a
diferença de ocupação e interesse das pessoas que falaram pró e contra
o Guggenheim-Rio, e os conseqüentes resultados de suas colocações. De
um lado ouvimos secretários de governo e um arquiteto comprometido com
este empreendimento; do outro, professores do curso de Produção
Cultural desta universidade, reunindo
um artista, um crítico, ambos curadores, um produtor, e também uma
diretora de um museu federal. Enquanto as falas que estavam contra
entravam em pormenores de questões que dizem respeito às várias
profissões que formam este mercado de trabalho, os que falaram a favor
ressaltaram a importância deste equipamento cultural para a
revitalização da zona portuária (o Guggenheim-Rio seria
o catalizador dos investimentos imobiliários privados nesta área) e
para
a política de animação (é este o novo termo utilizado para designar uma
política cultural de massas) pretendida pelo governo para a cidade do
Rio de Janeiro.
Enquanto ouvia as colocações macropolíticas do Secretário de Cultura,
também me lembrava da tal política cultural de animação, a qual foi
instituída no início deste ano pela prefeitura do Rio de Janeiro, com a
contratação de Miguel Falabella para dirigir todos os teatros da rede
municipal; incluindo também a demissão do presidente do RIOARTE, e o
conseqüente enfraquecimento de seu banco de projetos, que deveria
alimentar todos os teatros e demais espaços culturais municipais em
seus vários segmentos artísticos; e ainda, a mudança da Lei de
Incentivo Cultural do Município, que agora passava a
enfocar apenas as produções de vídeo, tv e cinema.
Ao lembrar que a política deste governo se faz baseada muito mais em
cópias do que em inovações, como nos exemplifica a escolha dos musicais
da Broadway como linha de atuação para os teatros neste imenso
manancial
de músicos e atores que é a cidade do Rio de Janeiro, não me
surpreendeu
ouvir o Secretário repetir que o objetivo da prefeitura em relação ao
Guggenheim-Rio
era a animação, uma política voltada para atrair o maior número
possível
de pessoas. Diante desta confirmação, me veio a certeza de que o
segundo
maior problema deste emprendimento era justamente ele reforçar esta
mudança
de natureza da política cultural (o primeiro continua sendo o uso desta
quantidade indecente de recursos públicos para financiar uma iniciativa
privada). A partir de agora, deixamos de lado o que a cultura tem a ver
com educação e arte, e o desenvolvimento do potencial humano de uma
nação,
e ficamos com aquilo que a pouca sagacidade das empresas patrocinadoras
conseguiu articular com as nossas expressões artísticas nos últimos 10
anos:
propaganda (ou ainda, uma fina camada de realidade manipulável).
O Secretário de Cultura, Ricardo Macieira, encerrou a sua fala sem nada
detalhar sobre o Guggenheim-Rio, nem ao menos nos revelar sobre as
mudanças do novo contrato (que são poucas, é verdade), que apenas nos
explicou não ter sido até aquele momento publicado por tratar-se de um
contrato sigiloso
(sic). Então teve início o debate, com o crítico e curador Paulo Sergio
Duarte, professor da UCAM, que estava na platéia, e colocou que a
prefeitura havia perdido uma excelente oportunidade para a realização
de um concurso internacional para a escolha do projeto arquitetônico; o
que poderia ter diminuído consideravelmente os custos totais do
empreendimento, além de abrir a concorrência a novos arquitetos
brasileiros e estrangeiros. Em seguida, falou da importância
de construirmos acervos brasileiros de arte moderna e contemporânea, e
neste momento foi interrompido pela revelação de Ricardo Macieira de
que a prefeitura vinha sendo assessorada pelo recém empossado diretor
do Museu Nacional de Belas Artes, Paulo Herkenhoff, na elaboração do
projeto para o acervo brasileiro no Guggenheim-Rio. O que fez com que
Paulo Sergio rapidamente completasse que deveriam ser escolhidos não
apenas um, mas vários curadores para uma tarefa desta magnitude. O
secretário completou relatando que ouvia opiniões de pessoas do meio
como, o artista Raul Mourão, o curador da coleção Hélio Oiticica,
Luciano Figueiredo, e a mim, Patricia Canetti, através do Canal
Contemporâneo.
O contrato recém assinado com a Fundação Guggenheim realmente coloca
o acervo de arte brasileira citado logo no 5o parágrafo, incluindo
idéias
discutidas no Canal, como a itinerância deste acervo por outros museus
da
mesma cadeia, mas é só isso. Este tópico continua sendo muito pouco
preciso,
ou simplesmente omisso, em relação a como este será selecionado,
adquirido,
guardado, exposto e itinerado. (Os contratos com a Fundação Guggenheim
e
o Arquiteto Jean Nouvel podem ser baixados em documento word, cada um
com
44 e 7 páginas, respectivamente: http://www.rio.rj.gov.br/pcrj/destaques/guggehein/popup.htm).
É como o que se viu na fala do Secretário de Cultura, nada foi
detalhado porque não havia o que detalhar, pois por contrato cabe a
Fundação Guggenheim decidir 100% sobre a programação da sua filial no
Rio, e isso certamente será
feito com um olho nas necessidades da cadeia Guggenheim e o outro na
bilheteria
do Rio, já que o montante de deficit anual a ser pago por nós, este
sim,
já está especificado em contrato. (Vale a pena lembrar que a realização
de
exposições com outros acervos diminui consideravelmente o faturamento
da
Fundação Guggenheim.)
Não creio que estejamos acreditando na propaganda do governo, não creio
tão pouco que sejamos entusiastas do modo Guggenheim de lidar com a
arte, mas acho que ainda nos equivocamos ao pensar que seja realmente
possível apenas trabalhar, cuidar da própria obra e carreira nos tempos
contemporâneos, quando o tudo-ao-mesmo-tempo-agora nos injeta vida, e
trama elos, entre tudo e todos. Costumo pensar que o espaço político é
um só, e se nós não o ocupamos, o outro vai se tornando cada vez mais
espaçoso. Não existe a menor necessidade para esta prefeitura de pensar
em cultura e arte, pois eles simplesmente não sabem do que se trata, e
portanto, tão pouco nos respeitam como profissionais, e a prova disso
está definitivamente neste contrato que brinca com os anseios de uma
classe, desrespeita o seu mercado de trabalho, cedendo o comando
de sua mais reluzente vitrine, ao mesmo tempo que usurpa-lhe
perversamente, para o seu financiamento, a verba federal destinada ao
crédito nacional
de suas atividades, sem dar-lhes, nem ao menos em troca, uma única
garantia
por escrito de um mínimo de ocupação deste novo espaço.
Convoco a Universidade Cândido Mendes para promover uma outra rodada
de debates, desta vez envolvendo apenas profissionais da área, contra e
a favor, para falarmos mais amplamente da significação da construção
desta
filial no Brasil, do que deixamos de construir em nosso mercado de
trabalho
nesta última década subsidiada por Leis de Incentivo, que nos
paralisaram
ainda mais a troca com a sociedade brasileira, acarretando ainda uma
total
carência de políticas culturais.
Afinal, o que é um trabalho de arte hoje?
Patricia Canetti é artista plástica e criadora do Canal Contemporâneo.
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CONTRA O GUGGENHEIM-RIO & POR POLÍTICAS CULTURAIS PARTICIPATIVASVEJA ABAIXO AS ADESÕES AO ABAIXO-ASSINADOTendo em vista a maneira autoritária e arbitrária como a Prefeitura vem
agindo na tomada de decisões referentes à área das artes plásticas,
a classe artística do
setor reunida em 31 de janeiro de 2003 no AGORA, espaço
independente
de arte contemporânea no Rio de Janeiro, vem a público se posicionar
sobre alguns fatos em curso:
Discordamos dos atos de corte de verbas, cancelamento de eventos e
desmantelamento dos espaços destinados às artes plásticas.
Consideramos urgente e essencial uma prática democrática por parte dos
representantes da Prefeitura, no sentido de ouvir a classe artística
antes da tomada de decisões políticas, técnicas e orçamentárias para a
área da cultura.
Somos contra a construção do Museu Guggenheim com o uso escandaloso do
dinheiro público, já que consideramos que um museu privado deve
instalar-se com suas próprias verbas.
A cultura deve ser usada pela sociedade como uma poderosa arma para
potencializar mudanças no ensino brasileiro, e não ser diluída e alinhada ao
nível precário e deficiente de nosso sistema educacional.
A Prefeitura deve sintonizar-se com a nova realidade política do país,
agindo de modo democrático e participativo.
Os pontos acima mencionados serão tomados como base para o desenvolvimento
de nosso debate para a construção de uma Política
Cultural.
1
Adolfo Montejo Navas artista / crítico / curador Rio de
Janeiro RJ
2 Adriana Guanaes artista Rio de Janeiro RJ
3 Adriana Leão artista Belo Horizonte MG
4 Adriana Maria dos Santos artista plástica e professora
universitária Chapecó SC
5 Adriana Montenegro
6 Adriana Paiva Jornalista
7 Adriana Tavares artista plástica
8 Adriana Varella
9 Afranio de Mello Franco Rio de Janeiro RJ
10 Agnus Valente artista São Paulo SP
11 Águeda Ferrão artista Belo Horizonte MG
12 Aimberê Cesar artista Rio de Janeiro RJ
13 Alayde Tosta artista
14 Alberto Cipiniuk professor UERJ e PUC Rio de Janeiro RJ
15 Alexandra de Souza e Melo França
16 Alexandre Gabriel
17 Alexandre Monteiro
18 Alexandre Sá artista Rio de Janeiro RJ
19 Alexis Azevedo Morais artista Belo Horizonte MG
20 Alicia Sterlino
21 Aline Luz Rio de Janeiro RJ
22 Aline Siqueira Dias
23 Amanda Bonan Produtora Cultural Niterói RJ
24 Amanda Melo artista Recife PE
25 Amir Brito Cadôr
26 Ana Amélia Genioli São Paulo SP
27 Ana Angélica Costa
28 Ana Claudia Casales publicitária
29 Ana González artista Curitiba PR
30 Ana Holck artista Rio de Janeiro RJ
31 Ana Lana Gastelois artista Rio de Janeiro RJ
32 Ana Mae Barbosa arte-educadora São Paulo SP
33 Ana Miguel artista Bruxelas, Bélgica
34 Ana Muglia artista Rio de Janeiro RJ
35 Ana Paula Campos
36 Ana Teixeira artista São Paulo SP
37 Analu Cunha artista Rio de Janeiro RJ
38 André Costa artista Rio de Janeiro RJ
39 André Komatsu artista São Paulo SP
40 Andréa Tavares São Paulo SP
41 Angela Almeida Sousa Madri, Espanha
42 Angela Freiberger artista Rio de Janeiro RJ
43 Angela Laureano economista Rio de Janeiro RJ
44 Angela Santos artista plástica/paisagista São Paulo SP
45 Anita Fiszon artista Rio de Janeiro RJ
46 Anna Acioly gerente de comunicação da editora Rocco Rio de
Janeiro RJ
47 Anna Beatriz Gaglianone
48 Anna Paola P. Baptista curadora Rio de Janeiro RJ
49 Anne Colin dosensos art Londres
50 Antonio Carlos Moreira Jornalista Rio de Janeiro RJ
51 Armando Mattos artista Rio de Janeiro RJ
52 Arnaldo Battaglini artista São Paulo SP
53 Arthur Leandro artista Macapá AP
54 Augusto Japiá artista
55 Augusto Sampaio artista São Paulo SP
56 Beatriz Luz artista Rio de Janeiro RJ
57 Beatriz Petrus artista Rio de Janeiro RJ
58 Beatriz Pimenta artista Rio de Janeiro RJ
59 Beatriz Santos de Oliveira arquiteta Rio de Janeiro RJ
60 Bernardo Pinheiro artista Rio de Janeiro RJ
61 Bertha Nutels Rio de Janeiro RJ
62 Beth Moysés artista São Paulo SP
63 Bia Medeiros artista Brasília DF
64 Bianca Espinola Rio de Janeiro RJ
65 Brenda Maida artista São Paulo SP
66 Brócolis VHS - Video Homeless System
67 Brunno Galvão Fortaleza CE
68 Bruno Sampaio artista
69 Bruno Vieira
70 Camila Rocha artista / produtora Rio de Janeiro RJ
71 Carina Nascimento d' Ávila
72 Carla Linhares artista Belo Horizonte MG
73 Carla Torres Rio de Janeiro RJ
74 Carlo Sansolo artista Rio de Janeiro RJ
75 Carlos Eduardo Thompson Alves de Souza
76 Carlos Eduardo Valente historiador da arte
77 Carlos Henrique Cotta artista São Paulo SP
78 Carlos Santana artista São Paulo SP
79 Carlos Zibel
80 Carolina de Arruda Botelho artista São Paulo SP
81 Cecilia Abs artista-professora universitária São Paulo SP
82 Cecília Cotrim historiadora / crítica Rio de Janeiro RJ
83 Celso Fioravante jornalista São Paulo SP
84 Christianne Rothier
85 Christina Bocayuva fotógrafa Rio de Janeiro RJ
86 Christine Mello pesquisadora/curadora São Paulo SP
87 Clarissa Campello Ramos Rio de Janeiro RJ
88 Clarisse Tarran artista Rio de Janeiro RJ
89 Claudia Zobaran Ferreira
90 Cláudio Paula
91 Cleide Wanderley Rio de Janeiro RJ
92 Clotilde Lainscek
93 Concepción R. Pedrosa Morgado crítica / historiadora de artes
/ professora universitária.
94 Corpos Informáticos grupo de Pesquisa Brasília, DF,
Brasil/Philadelphia, PA, EUA
95 Cristiana de Melo artista Londres
96 Cristiana Tejo curadora Recife PE
97 Cristina Amiran artista Rio de Janeiro RJ
98 Cristina Pape artista Rio de Janeiro RJ
99 Cristina Salgado artista e professora Rio de Janeiro RJ
100 Cristina Zaccaria Jornalista SP
101 Cristine Monteiro Flores arquiteta e historiadora da arte
Rio de Janeiro RJ
102 Daniel Feingold artista Rio de Janeiro RJ
103 Daniela Dacorso artista
104 Daniela Mattos artista Rio de Janeiro RJ
105 Daniele Torres Cordeiro museóloga - coordenadora de projetos
culturais da Fundação CSN Volta Redonda RJ
106 Darci Lopes artista e animadora cultural São Paulo SP
107 Davi Cavalcanti artista Salvador BA
108 Dayse Resende galerista Vitória ES
109 Deborah Rosenfeld
110 Deise Marin artista Curitiba PR
111 Denise Trindade professora universitária / pesquisadora
Rio de Janeiro RJ
112 Didonet Thomaz artista Curitiba PR
113 Doroti Jablonski
114 Eclesia Regina artista
115 Edilberto José de Macedo Fonseca músico Rio de Janeiro
RJ
116 Edith Derdyk artista São Paulo SP
117 Edneide Torres arte-educadora Recife PE
118 Edson Thebaldi Carvalho marchand
119 Eduardo Coimbra artista Rio de Janeiro RJ
120 Eduardo Frota artista Fortaleza CE
121 Eduardo Marin Kessedjian fotógrafo São Paulo SP
122 Eduardo Villar do Valle
123 Efrain Almeida artista Rio de Janeiro RJ
124 Eide Feldon artista São Paulo SP
125 Elaine Pinheiro
126 Eliana Rodrigues
127 Eliane Duarte artista Rio de Janeiro RJ
128 Elisa Campos artista Belo Horizonte MG
129 Elisa de Magalhães artista Rio de Janeiro RJ
130 Elizabeth Titton artista / prof .de escultura da Escola de
Música e Belas Artes do PR-Curitiba Curitiba PR
131 Ericson Pires - Grupo Hapax artista Rio de Janeiro RJ
132 Érika Fraenkel artista Rio de Janeiro RJ
133 Ernesto Neto artista Rio de Janeiro RJ
134 Ester Grinspum
135 Evany Fanzeres
136 Fabiana Passos Egrejas
137 Fabiana Santos artista Rio de Janeiro RJ
138 Fabiana Takeda designer Rio de Janeiro RJ
139 Fábio Carvalho artista Rio de Janeiro RJ
140 Fabíola Neves de Almeida assistente de produção e montagem
de exposições/UERJ Rio de Janeiro RJ
141 Fátima Pombo fotógrafa
142 Felipe Barbosa artista Rio de Janeiro RJ
143 Fernanda Junqueira artista Rio de Janeiro RJ
144 Fernanda Scarpa estudante de artes visuais Rio de
Janeiro RJ
145 Fernanda Terra artista Rio de Janeiro RJ
146 Fernando de La Roque artista Rio de Janeiro RJ
147 Fernando Mendonça artista Rio de Janeiro RJ
148 Fulvia Leirner artista
149 Gabriel Jauregui
150 Gavin Adams São Paulo SP
151 Geórgia Kyriakakis artista e professora São Paulo SP
152 Gerson Grünblatt músico Niterói RJ
153 Giacomo Picca artista Londres
154 Gil Vicente artista Recife PE
155 Gilberto de Abreu
156 Giovanna Martins artista Belo Horizonte MG
157 Gisele Ribeiro artista Rio de Janeiro RJ
158 Gleyce Cruz Curitiba PR
159 Goto artista Curitiba PR
160 Guilherme Secchin pintor Rio de Janeiro RJ
161 Guy A pesquisador São Paulo SP
162 Hanaide Kalaigian São Paulo SP
163 Helena Freddi artista
164 Helena Katz professora e crítica São Paulo SP
165 Helena Maria Barroso Trindade
166 Helena Pessoa artista São Paulo SP
167 Helio Branco artista Rio de Janeiro RJ
168 Hélio Fervenza artistas plásticos e professores da UFRGS
Porto Alegre RS
169 Heloisa Eterna
170 Henrique Mourato
171 Heros Kusano artista São Paulo SP
172 Idalina Ribeiro Rio de Janeiro RJ
173 Ines Raphaelian artista plástica, curadora independente e
produtora cultural São Paulo SP
174 Iraceia de Oliveira Guerra
175 Isabela Stampanoni artista Recife PE
176 Isadora Bonder artista Rio de Janeiro RJ
177 Ivana Bentes curadora Rio de Janeiro RJ
178 Ivana Monteiro
179 Ivo Almico artista Rio de Janeiro RJ
180 Izabela Pucú artista
181 Janaina Barros artista Recife PE
182 Jane Boni
183 Jean Carla Chen artista
184 Jeanine Toledo artista Recife PE
185 Jiddu K. Saldanha
186 Joana Mazza fotógrafa Rio de Janeiro RJ
187 Joana Traub Cseko fotógrafa Rio de Janeiro RJ
188 João Atanásio
189 João Modé artista Rio de Janeiro RJ
190 João Vargas Penna
191 Jordão Corrêa Neto pediatra e geneticista São Paulo SP
192 Jorge Emanuel artista Rio de Janeiro RJ
193 José Antonio Vieira Flores
194 José Caldas
195 José Damasceno artista Rio de Janeiro RJ
196 José Eugênio Dayrell Santos artista DF
197 Judith Miller artista Rio de Janeiro RJ
198 Julia Morales Rio de Janeiro RJ
199 Julia Rodrigues Rio de Janeiro RJ
200 Julia Traub Cseko artista Rio de Janeiro RJ
201 Juliana Freitas artista Rio de Janeiro RJ
202 Juliana Morgado artista Vitória ES
203 Juliana Notari artista Recife PE
204 Julio José Fratus
205 Juvenal Portella jornalista e professor Rio de Janeiro
RJ
206 Kenny Neoob artista Rio de Janeiro RJ
207 Kyosan Bajin neólogo mexicano
208 Laercio Redondo artista Estocolmo, Suécia
209 Lau Caminha Aguiar artista Belo Horizonte MG
210 Laura Lima artista Rio de Janeiro RJ
211 Lavinia Góes artista Belo Horizonte MG
212 Léa Hasson Soibelman artista Rio de Janeiro RJ
213 Leila Danziger artista Rio de Janeiro RJ
214 Leila Franco artista Rio de Janeiro RJ
215 Leonardo Galvão artista
216 Lia do Rio artista
217 Lia Rodrigues coreógrafa Rio de Janeiro RJ
218 Ligia Nobre arquiteta São Paulo SP
219 Lígia Teixeira artista Rio de Janeiro RJ
220 Lília Sodré arquiteta São Paulo SP
221 Lilian Fessler Vaz arquiteta e urbanista Rio de Janeiro
RJ
222 Liliza Mendes artista Belo Horizonte MG
223 Livia Flores artista Rio de Janeiro RJ
224 Lorena D'Arc Menezes de Oliveira artista plástica,
vice-diretora da Escola Guignard-UEMG Belo Horizonte MG
225 Lucas Coelho jornalista
226 Lúcia Avancini artista
227 Luciana Adão de Paula Andrade Produtora Cultural
228 Luciana Alencastro Guimarães
229 Luciano Zanette artista
230 Lucimar Bello artista São Paulo SP
231 Luís Andrade artista Rio de Janeiro RJ
232 Luiz Arthur Nunes
233 Luiz Carlos de Carvalho artista Niterói RJ
234 Luiz Cavalheiros artista Rio de Janeiro RJ
235 Luiz Flavio artista Belo Horizonte MG
236 Luiz Hermano
237 Luiz Zerbini artista Rio de Janeiro RJ
238 Magno Fernandes
239 Maikon Richardson Martins da Silva SESC Amapá Macapá
AP
240 Mainês Olivetti artista Curitiba PR
241 Mara Martins artista
242 Mara Pereira dos Santos
243 Marcela Levi
244 Marcelo Brantes artista
245 Marcelo Terça-Nada! artista Belo Horizonte MG
246 Marcelo Valls artista Rio de Janeiro RJ
247 Márcia Braga restauradora Rio de Janeiro RJ
248 Márcia X artista Rio de Janeiro RJ
249 Márcio José Monteiro estudante de Arte Educação Escola
Guinard Belo Horizonte MG
250 Marco Antonio Figueiredo médico Rio de Janeiro RJ
251 Marcos Martins designer Rio de Janeiro RJ
252 Marcos PS. Almeida designer Rio de Janeiro RJ
253 Marcus Vinícius A. Nascimento videoartista BH
254 Marcus Vinicius Fainer Bastos pesquisador São Paulo SP
255 Maria Angélica Melendi
256 Maria Carmen Gonzalez Figueiredo Brasília DF
257 Maria Hirszman jornalista São Paulo SP
258 Maria Ivone dos Santos artistas plásticos e professores da
UFRGS Porto Alegre RS
259 Maria-Carmen Urban-Perlingeiro artista Vessy, Suiça
260 Mariana Byington Valença Lins Montreal, Canadá
261 Marilá Dardot artista Belo Horizonte MG
262 Marilou Winograd artista Rio de Janeiro RJ
263 Marina Boaventura artista Palmas TO
264 Mário Chagas Poeta, Museólogo, Pesquisador, professor da
UNIRIO
265 Maristela Cabello artista São Paulo SP
266 Marssares artista Rio de Janeiro RJ
267 Marta Cristina Pereira Neves
268 Martha Maria Ozol Florianópolis SC
269 Martha Niklaus artista Rio de Janeiro RJ
270 Martingil Egypto Cenógrafo Rio de Janeiro RJ
271 Matheus Rocha Pitta artista Rio de Janeiro RJ
272 Mauro Bandeira de Mello
273 Mauro Sá Rego Costa
274 Mirella Marino artista São Paulo SP
275 Miriam de Souza Dantas Rio de Janeiro RJ
276 Miriam Gerber Produtora de Filmes Rio de Janeiro RJ
277 Morgan da Motta jornalista, critico de arte e curador
278 Mozart Santos Inventor Recife PE
279 Murilo Godoy artista
280 Myrthes Martins Itajubá MG
281 Nadam Guerra artista Rio de Janeiro RJ
282 Naila el Shishiny artista Rio de Janeiro RJ
283 Nara Reis
284 Nardo Germano poeta/fotógrafo São Paulo SP
285 Natasha Barricelli artista São Paulo SP
286 Nathalia Ungarelli artista Brasília DF
287 Nazareno artista Brasília DF
288 Neide Jallageas artista São Paulo SP
289 Néle Azevedo artista
290 Nelson Brissac São Paulo SP
291 Nena Balthar
292 Newman Schutze artista
293 Ni da Costa artista Rio de Janeiro RJ
294 Nina Moraes artista São Paulo SP
295 Niura Bellavinha artista Rio de Janeiro RJ
296 Noeli Ramme filósofa Rio de Janeiro RJ
297 Noemi Ribeiro
298 Norma Canetti Rio de Janeiro RJ
299 Nympha Amaral psicanalista
300 Orlando da Rosa Faria
301 Orlando Lemos
302 Oscar Malta
303 Patricia Canetti artista Rio de Janeiro RJ
304 Patrícia Gouvêa fotógrafa Rio de Janeiro RJ
305 Patricia Norman artista
306 Patricia Telles marchand Rio de Janeiro RJ
307 Paula Braga historiadora da arte São Paulo SP
308 Paula Brandão de Holanda Cavalcanti estudante de Produção
Cultural/UFF
309 Paula Maria Gaitán cineasta
310 Paula Trope artista Rio de Janeiro RJ
311 Paulagabriela artista Rio de Janeiro RJ
312 Paulo Laport autodidata empirista
313 Paulo Lima Buenoz artista São Paulo SP
314 Paulo Mendes Faria
315 Paulo Nenflidio artista São Paulo SP
316 Paulo Pinto
317 Paulo Rafael artista Recife PE
318 Pedro Paulo Domingues artista Rio de Janeiro RJ
319 Priscila Arantes pesquisadora/professora São Paulo SP
320 Priscila Bockmann arquiteta e urbanista Rio de Janeiro
RJ
321 Priscilla Christina dos Santos São Paulo SP
322 Rachel Korman artista Rio de Janeiro RJ
323 Rachel Rosalen artista São Paulo SP
324 Rafael Raddi Berlim, Alemanha
325 Raquel Kogan artista
326 Raquel Stolf artista
327 Raul Córdula
328 Regiane Cayre artista São Paulo SP
329 Regina de Paula artista
330 Regina Jourdan artista Rio de Janeiro RJ
331 Regina Melim
332 Renata Barros São Paulo SP
333 Renata Lucas São Paulo SP
334 Renata Nakamura Designer do Núcleo de Criação Digital da
Globosat Rio de Janeiro RJ
335 Renata Vasconcellos videoartista
336 Renato Rebouças arquiteto e cenógrafo São Paulo SP
337 Ricardo Basbaum artista Rio de Janeiro RJ
338 Ricardo Ventura artista Rio de Janeiro RJ
339 Rinaldo Carvalho artista Recife PE
340 Rita de Almeida artista São Paulo SP
341 Rita Della Rocca São Paulo SP
342 Rita Gusmão atriz / professora UFMG Belo Horizonte MG
343 Roberto Cobas gerente de mkt da cinecoop Rio de Janeiro
RJ
344 Roberto Conduru Rio de Janeiro RJ
345 Roberto Jorge de Abreu Martins
346 Roberto Lúcio artista Olinda PE
347 Roberto Moreira Jr. artista
348 Roberto Padilla produtor cultural Rio de Janeiro RJ
349 Roberto Pereira professor e crítico de dança Rio de
Janeiro RJ
350 Roberto Ploeg PE
351 Roberto Silva artista São Paulo SP
352 Rodolfo Caesar músico e professor Rio de Janeiro RJ
353 Rodrigo Balan Uriartt artista RS
354 Rodrigo Cardoso artista
355 Rodrigo Carneiro Campello jornalista Rio de Janeiro RJ
356 Rodrigo de Oliveira Morais jornalista Rio de Janeiro
RJ
357 Rogerio Ghomes artista e professor Londrina PR
358 Ronald Duarte artista Rio de Janeiro RJ
359 Rosa Damasceno Paranhos artista Petrópolis RJ
360 Rosana Ricalde artista Rio de Janeiro RJ
361 Rosane Cantanhede
362 Roxane Chonchol artista Rio de Janeiro RJ
363 Rute Gusmão
364 Ruth Albuquerque
365 Ruy Filho diretor e dramaturgo
366 Ruy Rubio Rocha designer São Paulo SP
367 Samuel Kruchin
368 Sandra Passos
369 Sandra Schechtman artista Rio de Janeiro RJ
370 Sávio Reale artista Belo Horizonte MG
371 Sebastião Miguel artista visual, professor e gestor
cultural
372 Sérgio Bruno Guimarães Martins
373 Sérgio Gonçalves marchand
374 Sérgio Ricardo de Lima ecologista, Sec. Nac. de Meio Ambiente
e Desenv. do PT
375 Sérgio Roclaw Basbaum
376 Sergio Verastegui artista Lima, Peru
377 Sérvulo Esmeraldo Fortaleza CE
378 Sheila Cabo pesquisadora Rio de Janeiro RJ
379 Sidnei Paciornik Prof. Universitário/Pesquisador
380 Silney Costa e Silva artista Curitiba PR
381 Silvia Konatsu Rodrigues cientista social / estudante de
arquitetura Rio de Janeiro RJ
382 Silvio Tavares
383 Simone Michelin artista Rio de Janeiro RJ
384 Sonia Andrade artista Rio de Janeiro RJ
385 Sonia Labouriau artista plástica/ prof. universitária/
pesquisadora Belo Horizonte MG
386 Stela Costa museóloga/arte-educadora Rio de Janeiro RJ
387 Stella Teixeira de Barros diretora da divisão de artes
plásticas do CCSP São Paulo SP
388 Suely Farhi artista Rio de Janeiro RJ
389 Suzy Okamoto São Paulo SP
390 Tadeu Chiarelli professor São Paulo SP
391 Tatiana Aragão Pereira atriz Rio de Janeiro RJ
392 Tatiana Blass artista São Paulo SP
393 Tatiana Faro artista Rio de Janeiro RJ
394 Tatiana Ferraz
395 Tatiana Potrich pós-graduação na UFG Goiânia GO
396 Teresa Maria Mascarenhas
397 Teresa Viana artista São Paulo SP
398 Tereza Neuma artista Recife PE
399 Tiago Rivaldo Rio de Janeiro RJ
400 Tobias Maier dosensos art Londres
401 Ubiratan Lima
402 Valdirlei Dias Nunes
403 Valeria Costa Pinto artista Rio de Janeiro RJ
404 Valéria Dias Barzaghi Toloi arquiteta São Paulo SP
405 Valéria Pena-Costa artista Brasília DF
406 Vandir Gouvea artista Rio de Janeiro RJ
407 Vanessa Xavier artista Vitória ES
408 Vera beatriz Siqueira Rio de Janeiro RJ
409 Vera Condé
410 Vera Costa artista São Paulo SP
411 Vera Hermano artista Rio de Janeiro RJ
412 Vera Lins
413 Vera Lúcia Domschke arquiteta São Paulo SP
414 Vera Sylvia Bighetti SP
415 Veronica Cordeiro artista / crítica de arte São Paulo SP
416 Vicente Duque videomaker e produtor cultural Rio de Janeiro RJ
417 Vilmar Madruga
418 Viviane Rodrigues Cavalheiro Rio de Janeiro RJ
419 Wagner Malta Tavares artista São Paulo SP
420 Walter Lima Júnior cineasta
421 Walton Hoffmann artista
422 William Golino historiador Vitória ES
423 Wilton Montenegro fotógrafo Rio de Janeiro RJ
424 Xico Chaves artista Rio de Janeiro RJ
425 Yiftah Peled artista Florianópolis SC
426 Yolanda Freyre artista plástica e museóloga Rio de Janeiro RJ
427 Yumi Garcia dos Santos assessora cultural São Paulo SP
428 Zé Antonio Lacerda artista Florianópolis SC
429 Zil Ribas publicitária/professora em Comunicação Social,
Univ. Estácio de Sá Rio de Janeiro RJ
430 Zulma Borges artista Florianópolis SC
PARA ADERIR:
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