NESTA EDIÇÃO:
Arte brasileira na
coleção Fadel no CCBB, Brasília
Fernanda Junqueira na Valu Oria, São Paulo
Tonico Lemos Auad na Luisa Strina, São Paulo
Adriana
Rocha na Nara Roesler, São Paulo
Vídeos
realizados durante a abertura de Grande Orlândia, Rio de Janeiro HOJE
Ricardo
Basbaum fala sobre a experiência do AGORA no Parque Lage, Rio de
Janeiro
Crise do sujeito, crise da cultura, debates no Parque Lage,
Rio de Janeiro
A
Polêmica do Guggenheim-Rio no Quase 9, Rio de Janeiro DOMINGO
Só para
Assinantes: Grande Orlândia, foi bom pra você?
Trabalho da série A Cangaceira Eletrônica de Hélio Oiticica
Arte Brasileira na Coleção Fadel – da inquietação do moderno à
autonomia da linguagem
15 de abril a 1 de junho
de 2003
Galeria do Centro Cultural
Banco do Brasil – Brasília
SCES Trecho 2 lote 22
61-310-7081 / 7227
ccbbdf@bb.com.br
http://www.cultura-e.com.br
Terça a domingo, das 12h às
21h.
Arte brasileira na
coleção Fadel, que tem coordenação geral da Artviva Produção Cultural,
chega a Brasília celebrando: bateu recorde de público em exposições
brasileiras,
levando ao CCBB do Rio de Janeiro 246 mil pessoas. Em São Paulo, não
foi
diferente. O sucesso se deve, primeiro, à excelência da coleção de
obras
de arte do casal Hecilda e Sérgio Fadel, considerada a mais rica
coleção
do modernismo no Brasil, “a mais profunda, a mais densa”, destaca o
curador.
Mas Paulo Herkenhoff, curador da exposição, e um dos principais
críticos
de arte do país, decidiu que não bastava apresentar ao público estas
pérolas
como peças de museu, somente para apreciação. Com a mostra, a curadoria
se
propõe a questionar algumas “verdades imutáveis” ligadas à história da
arte
brasileira, reler a arte brasileira, a partir do modo como a história
foi
articulada pela sensibilidade dos colecionadores. Herkenhoff quer
discutir,
por exemplo, a crença comum de que o nascimento da arte moderna no
Brasil
se deu com a Semana de 22, em São Paulo. Para o curador, exemplos de
expressões
modernas são encontrados em obras realizadas bem antes do evento que
reuniu
Oswald, Mário de Andrade entre outros artistas.
A exposição é dividida em núcleos distribuídos sem ordem cronológica e
agrupados a partir de critérios singulares, como noturnos, a cor,
retratos, etc. Por eles, desfilam trabalhos assinados por Guignard,
Bruno Giorgi, Lazar Segall, Ismael Nery, Vicente do Rego Monteiro,
Tarsila do Amaral, Anita
Malfatti, Di Cavalcanti, Cândido Portinari, Cícero Dias, Amilcar de
Castro,
Hélio Oiticica, Lygia Clark, Lygia Pape, Manabu Mabe, Tomie Ohtake,
Oswaldo
Goeldi, Flávio de Carvalho, Alfredo Volpi, Rubem Valentim, entre vários
outros, compondo um panorama deslumbrante da arte brasileira.
A idéia do curador Paulo Herkenhoff é, ao contrário de privilegiar
eventos históricos, expor os processos de criação da arte moderna no
Brasil, assim como recuperar a importância de artistas que permaneceram
marginalizados pela historiografia oficial, como é o caso de Belmiro de
Almeida. A mostra realiza um corte na coleção para articular esta e
outras questões da arte moderna brasileira. No dia 13 de maio, às 19
horas, no Teatro do CCBB, o curador Paulo Herkenhoff, dará palestra
sobre o tema “Do Moderno a Autonomia da Linguagem”. No folder preparado
para a exposição de Brasília, o próprio Herkenhoff explica o conteúdo
da exposição Arte brasileira na coleção Fadel.
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A artista está neste
momento, apresentando uma exposição no Centro Maria Antonia, que vai
até 27 de abril, onde mostra esculturas e pinturas de grandes
dimensões. Paralelamente na Galeria Valu Oria irá expor pinturas,
esculturas e desenhos de menores dimensões.
Forma
do Vazio
RONALDO BRITO
A livre apropriação poética de uma noção matemática, e uma das mais
paradoxais - o conceito de conjunto vazio -, teria mesmo de acabar
tomando uma forma material básica e primitiva: a cerâmica (ou o
cimento) nas esculturas e, quando se trata das telas, uma pintura feita
diretamente com as mãos, sempre em tons de ocre ou cinza. No imaginário
do trabalho, há inclusive um termo médio, um objeto comum que faz a
perfeita mediação entre a idéia matemática que o inspira e certa forma
arquetípica que não cessa de fasciná-lo: o vaso.
LEIA A CONTINUAÇÃO no portfolio de Fernanda Junqueira no Canal
Contemporâneo:
http://www.canalcontemporaneo.art.br/portfolio_geral.php?c_lingua=P&c_tipo=1&c_artista=5
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Tonico Lemos Auad
15 de abril, terça-feira, às 19h
Galeria Luisa Strina
Rua Oscar Freire, 502
Galeria Luisa Strina
Rua Oscar Freire 502
01426-000 São Paulo
SP
11-3088-2471 /
3064-6391
Segunda a sexta, das
10h às 19h; sábados das 10h às 17h.
Exposição até 15 de
maio de 2003.
A Galeria Luisa Strina apresenta exposição individual do artista
plástico Tonico Lemos Auad. A exposição reúne instalações feitas com
carpete e correntinhas de ouro com pingentes, assim como peças em
feltro aplicadas nas paredes.
O trabalho de Tonico Lemos Auad traz uma expressão pessoal de
experiências e percepções cotidianas, comumente despercebidas ou
esquecidas. Sua prática procura reconstituir aparições,
re(a)presentando-as como se oferecesse
a oportunidade de olhar de novo. O artista utiliza mídias diversas mas
que, em algum ponto, se encontram, seja pela qualidade poética, seja
pela fragilidade física.
Seus desenhos feitos com correntinhas de ouro indicam intervenções
suaves no espaço, tão benignas em sua presença física que é possível
piscar e
não vê-las. Contudo, as figuras formadas pelas correntes não são
delicadas
em seu conteúdo. Ao contrário, os desenhos ilustram as conotações mais
sinistras e mundanas do ouro, como quando se lê, em uma de suas
correntes,
as palavras “Boca de Ouro”, apelido do bandido que dá nome à peça de
Nelson
Rodrigues.
O senso de fragilidade física encontrada nestes desenhos, é uma
qualidade inerente a todo trabalho de Auad. A experiência de andar na
ponta dos pés através de uma de suas obras em carpete, onde seres
habitam uma vasta paisagem de poliéster com seus corpos macios de
penugem, é similar a atravessar
um jardim alheio.
Morando desde 1998 em Londres, onde concluiu seu mestrado na Goldsmith
College, em 2000, Tonico Lemos Auad participou do programa de
residência na Gasworks Gallery, em 2001, onde matém ateliê e com a qual
realiza projetos colaborativos.
Entre as exposições marcadas para este ano, além desta individual, o
artista mostra seus trabalhos em Berlim, na Galerie Wiensowsi &
Harbord,
a partir de 11 de abril, e faz uma outra exposição individual em
Dublin,
na Project Gallery, durante o segundo semestre de 2003.
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Adriana Rocha
aquilo que se esvai
15 de abril, terça-feira,
21h
Galeria Nara Roesler
Av. Europa 655 - São Paulo
11-3063-2344 nararoesler@uol.com.br
http://www.nararoesler.com.br
Segunda a sexta, das 10h às
19h; sábados, das 11h às 15h.
Exposição até 10 de maio de
2003.
Obras/preços: R$3,2 mil a
R$7,6 mil.
Adriana Rocha (São Paulo, 1959) realiza a sua terceira exposição
individual na Galeria Nara Roesler, apresentando a sua produção recente
(2002). São cerca de 20 trabalhos: oito pinturas em grandes formatos
(até
200x300cm), seis pequenas (148X60cm), uma plotagem sobre adesivo
aplicada
à parede e uma série de seis imagens em transfer decorrentes do
processo
de impressão com o qual produz as figuras dos quadros. Segundo a
curadora
da mostra, Maria Alice Milliet, estas obras resultam da associação de
técnicas
tradicionais, como a veladura, a outras estranhas à tradição da
pintura:
a fotografia, o transfer, a estamparia a quente, o lixamento.
Com estes recursos, Adriana transforma telas em espaços impregnados de
densa atmosfera poética, onde imagem e cor conduzem o espectador aos
vestígios da efêmera existência. Assim é que Maria Alice Milliet chama
esta série de trabalhos de Algo que se Esvai. “Em seus quadros paira
uma certa nostalgia: nostalgia da integridade da imagem (talvez saudade
da pintura e do mundo mais
íntegro que ela representava) combinada à exploração dos limites da sua
força
de persuasão”, escreve a curadora.
Para criar este campo evanescente, o procedimento é bastante trabalhoso
e demorado. Primeiro a artista cobre de preto a tela para daí imprimir
a
imagem - dividida em partes no processo hot stamp e recomposta na tela
-,
pintar e escavar as cores até surgir a sua obra. “São procedimentos
reiterados
de acumulação e perda, de adensamento e desgaste que vem utilizando há
muito tempo, num aprimoramento de linguagem agora próximo da
maturidade”, explica Maria Alice Milliet.
Desde a última individual na Nara Roesler em 1998, Adriana Rocha
participou das coletivas, Lápis e Papel (2000) e Portão Dois, (2002),
também na galeria, e seu trabalho se expandiu internacionalmente:
Fundação Taggini, em 1999 (Roma); Arte BA, em 2000 (Buenos Aires);
Valle e Patriani Art Gallery, em 2000 (Nova York); São Paulo ici –
Bobigny la bas, em 2001 (Paris).
Grande Orlândia - Artistas abaixo da Linha Vermelha
Vídeos realizados durante a abertura
12 de abril, sábado, 19h
Rua Bela 148 esquina com
General Bruce 230
São Cristóvão Rio de
Janeiro
http://www.grandeorlandia.kit.net
Todos os dias, das 13h às
18h.
Coordenação: Ricardo
Ventura, Márcia X e Elisa de Magalhães.
Apoio: ATLANTIS
Transportadora, manitó Comunicação Visual, Canal Contemporâneo.
ARTISTAS PARTICIPANTES
Adriana Guanaes, Adriana Maciel, Adriana Tabalipa, Afonso Tostes,
Aimberê César, Alex Hamburger, Alexandre Dacosta, Alexandre Vogler,
Amália Giacomini, Ana Gastelois, Ana Lúcia Milhomens, Ana Tereza
Jardim, Analu Cunha, Arjan, Bel Barcelos, Bernardo Damasceno, Bia
Pimenta, Brígida Baltar, Camila Magalhães, Camila Rocha, Carla
Guagliardi, Cida Mársico, Cildo Meireles, Cristina
Pape, Cristina Salgado, Daisy Xavier, Daniel Feingold, Daniel Lopez,
Daniela
Mattos, Denise Cathilina, Diego Coelho, DJ Amarelo, Edmilson Nunes,
Eduardo
Coimbra, Efrain Almeida, Eliane de Oliveira, Eliane Duarte, Elisa de
Magalhães,
Enrica Bernardelli, Ernesto Neto, Fábio Carvalho, Felipe Lacerda,
Fernanda
Junqueira, Fernando Cocchiaralle, Fernando Gerheim, Franz Manata, Franz
Weissmann, Glória Ferreira, Grupo Hapax, Guga Ferraz, Guilherme Zarvos,
Gustavo Prado, Jerôme Saint-Loubert Bié, Jian-Xing Too, Joana Csekö,
João
Atanásio, João Modé, José Damasceno, Júlia Csekö, Kenny Neoob, Laura
Lima,
Lia do Rio, Lina Kim, Luis Andrade, Luiz Cesar Monken, Luiz Ernesto,
Luiza
Interlenghi, Malu Fattorelli, Márcia X, Márcio Ramalho, Marcos Cardoso,
Marcus André, Maria do Carmo Secco, Marieta Dantas, Marssares, Martha
Nicklaus,
Miguel Pachá, Neno Del Castillo, Otávio Avancini, Patricia Canetti,
Paula
Gaétan, Paulo Climachauska, Paulo Sérgio Duarte, Paulo Vivacqua, Rachel
Korman, Regina de Paula, Ricardo Basbaum, Ricardo Ventura, Rodrigo
Cardoso,
Roosevelt Pinheiro, Rubem Grilo, Saulo Laudario, Sérgio Bessa, Simone
Michelin,
Sônia Andrade, Sônia Salcedo, Suely Farhi, Tatiana Grinberg, Thiago
Rocha
Pitta, Thomas Florschuetz, Tiago Rivaldo, Tunga, Valéria Costa Pinto,
Vicente
de Mello, Walter Guerra, Wilton Montenegro, Xico Chaves, Ynaiê Dawson,
Zalinda
Cartaxo.
COMO CHEGAR
De carro:
Chegando pela Linha Vermelha ao Campo de São Cristóvão, entrar a 3a rua
à direita, Rua Esberard, depois pegar a 1a a direita, que já é a Rua
General Bruce, quando cruzar a Linha Vermelha, Rua Bela, você estará em
Grande Orlândia. Se vier pela Av. Brasil, entrar diretamente na Rua
Bela.
De ônibus:
472 – Leme / Triagem, chega à Rua Bela; 473 – Leme / São Januário; 474
– Jacaré / Jd de Alah; 209 – Praça XV / Caju; 277 – Madureira / Praça
XV (via São Cristóvão), chegam ao Campo de São Cristóvão. Do Campo de
São Cristóvão, você está a um quarteirão de Grande Orlândia!
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Considerações
sobre políticas culturais
Ricardo Basbaum fala sobre a experiência do AGORA
14 de abril,
segunda-feira, 21h
informes às 20h30
Escola de
Artes Visuais do Parque Lage
Rua Jardim
Botânico 414
Rio de Janeiro 2538-1879 / 2537-7878
Depois
do relato de Xico Chaves, sobre a sua participação na formação de
várias instituições de importância para a história cultural brasileira,
inclusive sobre a fundação da FUNARTE no final de década de 70, vamos
conversar sobre o AGORA, sua
importância no cenário carioca, nacional e internacional, e a fronteira
das ações artísticas e as instituições.
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Debate
Crise do sujeito, crise da cultura
Sujeito, cultura e
sociedade
Participantes: Luiz Fernando Dias Duarte e
Fernando Cocchiarale
14 de abril, segunda-feira, 20h
Galeria da Escola de
Artes Visuais do Parque Lage
Rua Jardim Botânico
414
Rio de Janeiro
21-2538-1879 /
2537-7878
12 de maio de 2003
3ª mesa: Arte e cultura frente à crise do sujeito
participantes: Márcio Tavares d’Amaral e Paulo Sérgio Duarte
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PT na Rua
A Polêmica do Guggenheim-Rio
Venha se informar sobre as
questões político-financeiras e artístico-culturais, e mandar cartas ao
prefeito
da cidade do Rio de Janeiro para reivindicar um melhor uso do dinheiro
público, neste esforço coletivo (e raro) entre políticos e sociedade
civil.
Artistas do grupo
artesvisuais_politicas farão ações, e também estarão informando a
população sobre o equívoco de não investirmos num museu de verdade (com
acervo!), que seja um espaço real de visibilidade para a arte
brasileira do século XX.
13 de abril, domingo, a
partir das 10h - ações artísticas às 13h
Calçadão da Praia de Ipanema,
no Quase 9
(no quiosque da praia próximo
ao Posto 9)
Rio de Janeiro RJ
Ponto tradicional de manifestações políticas dos mandatos de
vereadores e deputados do PT, neste domingo a população será informada
sobre o desvio de verbas públicas para esta instituição privada - em 20
anos são US$620 milhões - que nós da área da cultura, sabemos ser hoje
uma marca combatida por artistas, tanto na Europa como nos EUA, por sua
atual linha de atuação comercial e nociva a arte.
PARA
ADERIR ao nosso abaixo-assinado, atualmente com mais de 400
assinaturas,
CONTRA O GUGGENHEIM-RIO & POR POLÍTICAS CULTURAIS PARTICIPATIVAS: Envie seu nome completo, profissão, cidade e estado de residência, dizendo que está aderindo, para o Canal Contemporâneo - canal@canalcontemporaneo.art.br.
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Só para Assinantes
Vista de Grande
Orlândia: de dentro para fora e de fora para dentro. Fotos de
Rachel Korman.
Grande Orlândia, foi bom pra você?
Bom sempre é. Não tem como achar ruim 100 artistas se divertindo ao
lado da feira de São Cristóvão.... a única coisa que eu me pergunto é
se de fato, para a grande maioria das intervenções (obras?) que estavam
(estão) ali - e esse já era o caso lá no hotel da lapa - esta
localização, aquele espaço específico, foi relevante. Qual a diferença
em relação a um museu, a um espaço institucional? Levar um trabalho do
ateliê que poderia ir para qualquer canto não me parece fazer muito
sentido. Para além dos donos do boteco, que faturaram como nunca, fico
me perguntando que tipo de relação a turma da área teve
com o que rolou ali. será que isso é relevante?
Noves fora este comentário, o melhor da história foi ver não-artistas
visuais se arriscando com alguns trabalhos singulares e gente variada
circulando por lá. será que isso já é o começo de uma resposta para as
minhas perguntas anteriores? talvez.........
Luiz Camillo Osorio, crítico e curador
O Canal Contemporâneo pretende com a seção Só para Assinantes ampliar a nossa troca de
experiências,
partilhando com o público distante o material das exposições e eventos
em andamento. Espera ainda, que esta iniciativa venha incentivar aos
nossos Usuários&Leitores a cada vez mais aderirem às nossas
assinaturas semestrais. Para isso, pedimos aos artistas, e a galerias e
instituições, que botem para funcionar as suas câmaras digitais na
produção de fotorreportagens para alimentar esta seção, que levará
informações complementares a chamada de abertura dada pelo Canal
Contemporâneo.