NESTA EDIÇÃO:
Sobre o Fluxus e uma
crítica pobre por Evandro Salles
Linha Imaginária: bate-papo on line com Ricardo Basbaum
Galeria Luisa Strina no Armory Show 2003, EUA HOJE
Cursos no Parque Lage, Rio de Janeiro
Pós-Graduação
Lato Sensu em Arte e Filosofia na PUC, Rio de Janeiro
Curso de
especialização em Artes Plásticas no Santa Marcelina, São Paulo
Ciclo de palestras: Um olhar sobre o século XIX na
Pinacoteca, São Paulo
Ben Vautier - Caixa de Fósforos Arte Total (Total Art Match-Box), 1965
Sobre o Fluxus e uma crítica pobre
EVANDRO SALLES
O Globo publicou em sua edição de 18 de fevereiro texto do Sr. Wilson
Coutinho que pretende ser uma crítica à exposição O que é Fluxus? O que
não é! O porquê., em exibição no CCBB do Rio de Janeiro. Toda crítica
fundamentada é relevante para o fortalecimento da arte. Mas diante da
superficialidade do texto e de informações equivocadas ou falsas
veiculadas no seu desenrolar, acreditamos que seja importante para seus
leitores e para o público de arte, uma discussão em torno das
informações ali veiculadas. O ideal seria se pudéssemos
evitar as idiossincrasias com as quais o crítico busca desqualificar a
exposição e seus artistas, como por exemplo, quando em vez de falar
algo consistente contra a obra de Yoko Ono, rumina velhos preconceitos
e ridiculariza uma
das obras expostas da artista ignorando que esta mesma obra faz parte
de
conjunto que antecede a importante série de pinturas do pop Andy
Warhol, onde
este repete a idéia de Yoko Ono de pisar a tela imprimindo a marca
dessa pisada.
Entretanto, o texto do Sr. Coutinho usa como método o cruzamento de
veleidades
pessoais com dados pseudo-históricos. O fato é que a história da arte
não
se faz através do gosto pessoal do crítico, pouco significando no
contexto
de sua análise. O que dá densidade à crítica é a profundidade e rigor
com
que é elaborada, o embasamento teórico de sua abordagem, a capacidade
de
quem a escreve de contextualizar e entender seu objeto. O texto do Sr.
Coutinho
é construído através de preconceitos e chavões primários do tipo que
vimos
serem aplicados durante anos, por exemplo, contra a pintura de um
artista
como Volpi: “até uma criança sabe fazer essas bandeirinhas”.
Quase meio século depois dos eventos Fluxus provocarem polêmica e
discussão no circuito cultural da época, causa constrangimento o fato
de um crítico de um dos jornais mais importantes do país ainda ignorar
a significação desse movimento, de seus artistas e obras já
inteiramente incorporados à história da arte, tentando nos fazer crer
que a exposição e a publicação de um livro com farto material
informativo sejam realizações sem nenhum valor e função cultural.
O movimento internacional Fluxus, criado por artistas alemães,
japoneses, coreanos, franceses, italianos, norte-americanos,
escandinavos, etc., encerra o leque de movimentos de vanguarda
iniciados nos primórdios da arte moderna e que, hoje, fazem parte da
rica e diversificada história da arte do século XX. Suas obras e a
documentação sobre suas atividades integram muitos dos grandes museus
do mundo, além de constituírem capítulo definitivo em qualquer
compêndio historiográfico sobre a arte do século XX. As origens de seu
ideário estão localizadas nas vanguardas revolucionárias russas, no
dadaísmo e na grande influência exercida nos anos 50 e 60 pela
filosofia zen-budista sobre artistas e intelectuais europeus e,
principalmente, norte-americanos. Apenas nos últimos anos foi iniciado
um levantamento crítico e museográfico sistemático de suas atividades.
Por exemplo, o grande museu espanhol Centro de Arte Reina Sofia acaba
de realizar mostra sobre a produção cinematográfica do Fluxus.
Acompanha o evento a edição de um grande livro com análises dos
diferentes aspectos de seu experimentalismo. No Brasil, antes da atual
mostra, a única grande exposição sobre o Fluxus aconteceu há duas
décadas, em uma das edições da Bienal de São Paulo, através das mãos do
crítico e professor Walter Zanini. Para o público brasileiro, a
exposição e o livro editado vêm preencher séria lacuna informativa
sobre um movimento que, como um celeiro de idéias, está na origem de
grande parte das linguagens artísticas contemporâneas: arte
eletrônica, vídeo arte, instalação, performance, arte correio, livro de
artista,
arte conceitual, action music, arte política, cinema experimental, etc.
Felizmente o Sr. Coutinho não tem o poder de apagar ou modificar a
história e se quisermos saber das origens do que fazemos hoje em arte,
teremos necessariamente de passar pelo Fluxus.
Mas, em vez de contextualizar e analisar o Fluxus e seus artistas, o
que o texto do Sr. Coutinho faz é reunir uma série de afirmações às
vezes
jocosas, outras inverídicas ou equivocadas, outras ainda puramente
absurdas.
Diz por exemplo que o Fluxus foi o movimento que reuniu “o maior número
de artistas medíocres em todo o planeta”, citando como exceções Claes
Oldemburg
e Joseph Beuys. Será que o Sr. Wilson Coutinho nunca ouviu falar de Nam
June Paik, o pai da arte eletrônica; Volf Wostell, um dos mais
importantes
artistas alemães do pós-guerra, Walter De Maria, Christo, Kate Millett,
Allan
Kaprow, Alison Knowles, Per Kirkeby, La Monte Young, Ben Vautier ou no
guru
do Fluxus, John Cage, só para ficar em alguns dos nomes mais famosos?
Ao atacar George Maciunas, líder do movimento, ( “tinha talento para
animador de auditório...”) e sua luta contra a guerra do Vietnam, (
Maciunas imitava “os dadaístas, quando estes em 1915, viviam uma guerra
de verdade” ) o Sr. Coutinho continua apenas emitindo opiniões pessoais
sem explicá-las e sem entrar na análise das obras do artista. Não
explica também o absurdo implícito na frase acima de que a guerra do
Vietnam não foi uma guerra de verdade. Talvez Bush concorde com ele...
Mas começa, entretanto, a confundir datas e informações históricas
básicas: em 1915 o dadaísmo ainda não existia. O grupo inicia suas
atividades apenas em 1916 em Zurique, Suíça, em ambiente nada
dramático: o Cabaret Voltaire, onde realizam um show de variedades.
Eram
artistas que não participavam da guerra protegidos pela neutralidade do
país.
É só depois do final da guerra que o dadaísmo conhece seu apogeu.
Mais grave, entretanto, é a afirmação de que o “CCBB presenteou o
ricaço Fluxus com um caríssimo catálogo, coisa de pobre mostrando ser
rico...”. Descumprindo dever básico de jornalista, o Sr. Coutinho não
se interessa em checar a veracidade das informações que publica. O CCBB
participa com aproximadamente
apenas 20% do custo total do catálogo. A Silverman Foundation,
proprietária
da coleção exposta, propôs uma co-edição ao CCBB e pagou 80% dos
custos,
inclusive os direitos autorais dos textos publicados. O livro será
distribuído
internacionalmente nos grandes museus e livrarias de arte do mundo pela
mesma
fundação. O Brasil, ao contrário da informação falsa veiculada pelo Sr.
Coutinho,
ganhou dólares pela exportação do livro impresso em gráfica brasileira.
O jornal é muitas vezes a única fonte de informação para um grande
número de pessoas. Se não fosse por essa grave responsabilidade, o
texto do Sr. Coutinho seria apenas ridículo. Entretanto, algo de muito
sério se passa quando
um crítico de um grande jornal, abandonando o respeito ao seu dever
básico
de jornalista que é gerar informações corretas e esclarecer a opinião
pública,
busca impor seu gosto ao grande público destorcendo informações
históricas
e sem que suas opiniões apresentem qualquer embasamento. Seria
fundamental
ao trabalho de qualquer crítico de arte reconhecer e defender que a
obrigação
básica das instituições públicas na área da cultura é ser plural, não
excluindo
grupos ou escamoteando a história em função de posições ou opiniões
pessoais.
Mas o Sr. Coutinho não acredita em utopias e, no texto, nos brinda com
essa
pérola da amargura e falta de perspectivas pós-modernas: a ”utopia foi
outro
engano da época”. Engano comete o Sr. Coutinho ao não compreender que a
utopia
foi a própria essência da época e que ela, em todas as épocas,
impulsiona
grande parte dos movimentos artísticos e políticos da humanidade.
Talvez
por enganar-se em relação a esta premissa básica da arte, seu papel de
crítico
torne-se também um engano, um engodo. Possivelmente, esta é a razão das
obras
do Fluxus causarem tamanha ira ao crítico do Globo: elas fazem
desmanchar,
através da utopia, da poesia e do humor, o autoritarismo e personalismo
dos
que pretendem ser os donos da arte, de suas instituições, de sua
história
e, como se não bastasse, da própria verdade.
Evandro Salles é artista plástico, pesquisador, curador, e coordenador
no Brasil desta mostra, que esteve antes em Brasília.
O que é Fluxus? O que não é! O porquê.
Centro Cultural Banco do Brasil CCBB-RJ
Rua Primeiro de Março 66/2º andar
Centro – Rio de Janeiro
21-3808-2020
Terça a domingo, das 12h às 20h - entrada franca.
Exposição até 6 de abril de 2003.
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Linha Imaginária - bate-papo on line
Ricardo Basbaum
Linha Imaginária, projeto que
privilegia as ações artísticas entre seus objetivos, inicia uma nova
etapa, convidando para um bate-papo on line o artista Ricardo Basbaum
para conversar sobre o
projeto “Você gostaria de participar de uma experiência artística?”,
projeto de interatividade de sua autoria que integra sua série de
trabalhos NBP, e
trocas de experiências.
9 de março, domingo, às
20hs
Interessados em participar devem seguir as seguintes instruções:
- acessar a página do servidor terra http://www.terra.com.br
- na barra laranja de opções à esquerda da página, escolher a opção
CHAT
- na barra azul à esquerda da página, escolher a opção SALA DE
ASSINANTES
- nas opções no centro da página, escolher OUTROS
- digitar seu nome no espaço apropriado e escolher a sala que se chama
NBP. Preencher os números que aparecem logo abaixo e clicar na tecla
ENTRAR
- a sala estará disponível a partir das 19:45 do dia do bate-papo. são
50 vagas.
Qualquer dificuldade no acesso: jorgemsp@terra.com.br
The Internacional Fair of New Art
The Armory Show 2003
Galeria Luisa Strina no STAND # 8345
Alexandre da Cunha, Antônio Dias, Artur Barrio, Caetano de Almeida, Cildo Meireles, Dora Longo Bahia, Edgard de Souza, Fernanda Gomes, Franklin Cassaro, Gilberto Mariotti, Jorge Macchi, Keila Alaver, Marcius Galan, Marepe, Marina Saleme, Sandra Tucci, Tonico Lemos Auad, Valdirlei Dias Nunes.
7 de março, sexta-feira,
às 12 h
12th Avenue at 48th & 50th Streets
Piers 88 & 90
Nova Iorque EUA
Sexta a domingo, das 12h às
20h; segundas, das 12h às 17h.
Exposição até 10 de março de
2003.
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Parque Lage – Cursos 2003
Início dos cursos: 10 de
março, ou durante a próxima semana
Os valores variam entre R$120
(1x p/semana) e R$170 (2x p/semana) mensais.
Escola de Artes Visuais do
Parque Lage
Rua Jardim Botânico 414
Rio de Janeiro
21 2538-1879 / 2537-7878
eav@parquelage.org.br
http://www.eavparquelage.org.br
A seguir, informações sobre alguns cursos. Veja a íntegra da
programação das diferentes categorias (3D, Ciclo de Debates, Desenho,
Infanto-Juvenil, Meios Múltiplos, Pintura, Teoria e História da Arte,
Workshops) em: http://www.eavparquelage.org.br
3D
3D – Abordagens e linguagens
Professor: Marcos Chaves
De 13/03/03 a 26/06/03
5ª feira, 14h às 17h
O curso pretende analisar as propostas dos alunos, desenvolvidas em
aula ou não, e discutir as várias possibilidades abertas por eles, além
dos obstáculos apresentados para o seu desenvolvimento efetivo. As
discussões irão girar não somente em torno dos problemas técnicos
apresentados, mas principalmente em torno dos problemas conceituais que
a proposta pode vir a apresentar.
Sobre escultura contemporânea
Professor: Iole de Freitas
De 13/03/03 a 26/06/03
5ª feira, de 10h às 13h
Durante o curso é desenvolvida uma dinâmica de análise dos trabalhos
apresentados pelos participantes, em maquetes, projetos, ou mesmo
instalados nas depedências do Parque Lage.
Em geral, são analisados e discutidos dois trabalhos por aula.
Conduzida pelo professor responsável a discussão conta com a
contribuição de todos os presentes. São eventualmente apresentadas
leituras de textos teóricos, assim como sugestões de bibliografia
específica relacionada com cada processo criativo.
Não é necessário que logo nas primeira aulas o participante apresente
um projeto ou um trabalho já executado. Acompanhando o processo de
análise da outras obras, ele perceberá e definirá o momento de trazer
sua proposta para reflexão no grupo.
O curso é contínuo,não sofrendo interrupção durante os meses de férias.
WORKSHOPS
O Artista como Agenciador, como Crítico e como Curador
Professor: Ricardo Basbaum
De 01/04/03 a 27/05/03
3ª feira, de 19h30 às 21h30
Neste pequeno curso de dez aulas, pretendo discutir o papel do artista
para além do produtor de obras, envolvido em práticas expandidas junto
ao circuito de arte. Sem abrir mão de uma proximidade com o jogo
poético
e impulsionado por questões desenvolvidas pela arte conceitual, de modo
amplo, e também pela literatura, antropologia e música, o artista do
final
do século XX e início do XXI tem adotado instrumentos de linguagem que
o
aproxima da produção e construção de eventos e da atividade de
investigacão
crítica. As fronteiras entre estes papéis podem ser extremamente tênues
e flexíveis, revelando um interessante e complexo jogo de interfaces,
como
testemunha a prática de diversos artistas modernos e contemporâneos que
realizaram
e realizam ações nos terrenos de agenciamento crítico e curatorial. Tal
superposição de papéis não é vista aqui de modo exclusivista, devendo
ser percebida como uma possibilidade de expansão da prática habitual
dos artistas. O curso é dividido em três blocos de três aulas,
complementados por uma conversa de encerramento.
Tópicos abordados:
artista como agenciador
- sistema ou circuito de arte;
- o cubo branco;
- evento, acontecimento, intervenção;
- os movimentos modernos, grupos e ações coletivas;
- autonomia institucional;
- público x espectador;
- políticas da amizade;
- espaços ou centros geridos por artistas – os centros, grupos e
iniciativas de artistas no Brasil nos últimos anos;
artista como curador
- a prática da curadoria;
- construção do evento e os dispositivos de linguagem plástica;
- limites, compromissos e negociações das demandas institucionais
(globalização, grandes capitais, etc);
- preenchimento de espaços, dissonâncias, serialidades, (a)tonalismos,
multiplicidade de vozes, manipulação digital: traços e diagramas
sonoros;
artista como crítico
- relações entre texto e imagem;
- manifestos, ensaios, textos críticos;
- arte conceitual, desmaterilaização da obra e a ênfase no texto de
uma proposicão;
- texto como obra de arte;
- crítica institucional;
- relações entre ensaio e ficção;
- V.C.P.: Vivência Crítica Participante, observação participante;
conclusão: artista-etc.
- o artista que se desloca através de diversos papéis frente ao
circuito e a busca de um outro lugar para o poético;
Encontros – elementos visuais e de expressão
Professor: Anna Maria Maiolino
De 11/03/03 a 27/05/03
terça-feira, de 19h30 às 22h30
O objetivo do workshop
é criar um espaço de interesse individual e coletivo, na busca da
compreensão e individuação da produção de arte de cada um dos
participantes, dentro do contexto da arte contemporânea. Proporcionando
um questionamento reflexivo sobre as questões da poética visual, serão
no entando também trabalhados aqueles elementos coletivos -
político-sociais - que sempre favoreceram a parmanência da obra de arte
na história.
As aulas são destinadas a alunos de arte e jovens artistas,
independentemente dos meios e da linguagem utilizada, e nos encontros,
será colocada em discussão a produção de cada aluno. Os trabalhos serão
apreciados e discutidos pelo professor e pelos outros participantes.
TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE
O Processo Criativo
Professor: Charles Watson
De 20/03/03 a 30/06/03
2ª e 4ª feira, de 19h30 às 21h30
De natureza interdisciplinar, o curso tem o objetivo de demonstrar
vários aspectos do processo criativo e como se manifestam nas mais
diversas disciplinas. Para isso contamos com a contribuição de
profissionais de diferentes áreas como inteligência artificial,
cosmologia, física, dança e arte. Amplamente ilustrado com textos e
vídeos, o curso mostra que a semelhança entre as dinâmicas criativas em
áreas diversas supera freqüentemente a diferença entre
as linguagens. Entendendo mecanismos que podem limitar nossas
possibilidades criativas, podemos pensar e discutir estratégias que,
ludicamente, podem contornar
essas tendências.
O Workshop é dirigido a todos que se interessam pelo processo criativo
e para quem a geração de novas idéias se tornou fundamental, seja em
nível profissional ou simplesmente pessoal. O curso vai partir da
análise dos seguintes tópicos:
1ª Parte
CONSIDERAÇÕES GERAIS - Definição da Criatividade na história - Relação
de Criatividade com Limites
Processos Perceptuais - O modelo do Universo / Fisiologia da percepção
(Gregory / Dawkins) - Classsificação & Estereotipagem (vendo o que
se espera ver ou "quando só lhe resta um martelo, tudo parece com
prego") - Dificuldade em Isolamento do Problema - Limitando a área do
problema -
O olhar do outro / o passo para trás / o segundo olhar - Saturação: 1
& 2 Saturação 2 (como problema) Saturação 2 (como solução)
(Tehching Hsieh, Jan Fabre, Opalka, Long, Sísifo, o herói existencial)
- Estímulos sensoriais alternativos Einstein e imagens musculares e
visuais Nicolas Tesla & visualização
Processos Emocionais - O gene inútil (a anlogia evolutiva)
(Csikszentmihaly / Dawkins) / Sistemas não lineares (Luiz Alberto
Oliveira) - Motivação (Intrínseca / extrínseca, a cenoura ou o chicote)
Motivação extrínseca Motivação intrínseca - Flow (Fluxo) / Autotelismo
(Csikszentmihaly) - A engenharia do erro -
Julgamento / avaliação prévia - A importância de não ter nada a perder
-
Ansiedade (dificuldade em gestação) - Convicção vs. Compulsão (Apolka,
Hsieh
& Sísifo como herói existencial) - Persistência - A habilidade em
mudar
de objetivo
CULTURAIS / AMBIENTAIS - Tabu - Humor / o encontro de dois matrizes
mutuamente exclusivos (Arthur Koestler) - Multiplas inteligências
(Howard
Gardner) Inteligência linguística Inteligência musical Inteligência /
lógica-matemática Inteligência espacial Inteligência corporal /
cinestético Inteligências pessoais
Inteligência intrapessoal - Meio propício - Fantasia vs. realidade -
Razão
vs. Intuição / polo subjetivo, polo objetivo - Tradição vs. mudança
Transfiguração do Lugar Comum - Michel Groissman - Lia Rodrigues -
Oldenburg
Palestrantes convidados: Agnaldo Farias, Lia Rodrigues, Carlos Eduaro
Costa, Luiz Alberto Oliveira, Guilherme Vergara e Marco Veloso
Dynamic Encounters Videos
Professor: Charles Watson
De 13/03/03 a 26/06/03
5ª feira, de 19h30 às 22h30
Exibição de vídeos sobre a obra, vida e processo criativo de artistas e
cientistas de notável contribuição para o pensamento humano. Estes
filmes mostram a surpreendente semelhança entre os processos de
conceitualização utilizados por criadores de diferentes disciplinas.
2ª Parte
A mostra abrange o período a partir do Renascimento até nossos dias,
enfatizando a contemporaneidade.
ESTRATÉGIAS
Para isso, contamos com uma coleção de mais de 200 vídeos, onde são
entrevistados personagens diversos ligados à história da arte e da
ciência,
e abordando temas como a pintura, a escultura, a instalação, a animação
e a performance, além de física quântica, cosmologia
- Geração de alternativas inteligência artificial e sistemas
não-lineares. - Fragmentation / deconstruction - Re-estruturamento
Alguns desses personagens são: Joseph Beuys, Richard Serra, Dan Graham,
Robert Irwin, Pablo
- Criando obstáculo para digestão Picasso, Jackson Pollock, Marina
Abramovitch, Alexander Calder, Elizabeth Murray, Kiki Smith, -
Infraestrutura tácita (David Bohm) Louise Bourgeois, Matisse, Barnett
Newman e, na área da ciência, Richard Feynman, Paul Davies,
- Pontuando o mundo / Observação precisa / Pedágio de pensamentos Roger
Penrose, David Bohm, Ilya Prigogine e Fritjoff Capra, entre outros,
- Inversão - Estímulo aleatório Os vídeos serão exibidos com tradução
simultânea, e após cada sessão haverá discussão sobre o - Analogia tema
abordado.
- Visualização Imaginação Desenho (como meio de pensar) Manipulação
- Linguagem adequada
- Necessidade de um problema / o problema como limite / o problema como
forma
- Brainstorming
Arte – Filosofia
Professor: Anna Bella Geiger e Fernando Cocchiarale
De 12/03/03 a 25/06/03
4ª feira, de 19h30 às 22h30
O curso Arte – Filosofia pretende trazer para o aluno algumas questões
fundamentais a respeito do significado da arte contemporânea, como
também de suas conexões com outras disciplinas, esferas, temas e
repertórios do mundo de nossos dias. Como indica o próprio título do
curso, ele pretende estabelecer uma relação, ou melhor, uma atitude, –
a de um diálogo específico a partir destas conexões. Mapear, do pondo
de vista de cada um dos professores, as questões fundamentais sobre a
função e a natureza da arte no mundo pós-moderno. Cada um a seu modo, e
em níveis diversos, demonstrando como os novos repertórios
ético-políticos vêm substituindo aqueles, restritos anteriormente às
questões da forma, cor, espaço etc, vindo a se transformar num novo
campo estético, aberto e relacionado à vida social, pública e
individual, privada. Com a denominada pós-modernidade, revalorizou-se o
inverso, numa "contaminação" entre as disciplinas teóricas e as
atividades práticas, num extravasamento recíproco. Abordaremos também,
algumas questões sobre as idéias e intuições dos artistas e suas
descobertas nestas últimas décadas. Iremos examinar o modo como os
artistas plásticos estabeleceram diálogos com outras áreas e meios e
condicionaram suas mudanças, seja aos rigores de necessidades
específicas,
ou de outras condições, seja no surgimento de tendências que
reorientaram
ou ratificaram o curso de seus processos individuais. Estas aulas
exigem
apenas um conhecimento básico. Para isso, pedimos que apresentem por
escrito
um currículo mínimo, onde constem dados de sua formação e de seus
estudos
(não necessariamente na área de artes plásticas). Este curso se dirige
a
um público mais amplo, interessado em compreender as questões e dilemas
da
arte atual. Para quem tem formação dentro das artes plásticas, haverá
um
complemento no final do semestre, que irá avaliar sua produção através
de
duas aulas de análise do material apresentado. A ilustração dos
assuntos
tratados será feita através da projeção de slides, vídeos e outros
materiais.
Mais informações em http://www.eavparquelage.org.br.
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Arte e Filosofia
Pós-Graduação Lato Sensu -
Departamento de Filosofia PUC
Inscrições até 14 de março
de 2003
PUC - Rio
Rua Marquês de São Vicente,
225 casa XV Gávea/RJ
Av. Marechal Câmara, 186 7º
andar Centro/RJ
A realização do curso estará
sujeita à quantidade mínima de matrículas
Taxa de inscrição: R$ 30,00
PÚBLICO
Graduados em Arte, Filosofia e áreas afins.
PERÍODO DE AULAS
De 26/03 a 09/07/2003 - 2ª e 4ª feira, das 18:30 às 22:30h (1º período)
PAGAMENTO
O curso poderá ser pago em 24 parcelas mensais, sendo:
As 12 primeiras: R$ 281,00
As 12 seguintes: R$ 303,00
A primeira parcela deverá ser paga no ato da matrícula.
Aceita-se pagamento com cartões de crédito American Express, Mastercard
e Visa.
OBJETIVO
O curso aborda grande parte das teorias filosóficas da arte - que
constituem a matéria básica do que hoje denominamos Estética - com
vistas a promover o diálogo entre essas duas esferas do conhecimento.
Espera-se que tal diálogo convide à reflexão, não apenas aqueles que
têm interesses especificamente teóricos, mas também os que estão, de um
modo ou de outro, envolvidos no exercício prático de atividades
artísticas. Pensar a arte através da filosofia, mas também a filosofia
através da arte - eis em suma o objetivo do programa.
PROGRAMA
- Introdução à Estética;
- Estética Moderna;
- Fundamentos da Estética Contemporânea I;
- Fundamentos da Estética Contemporânea II;
- Teorias Estéticas Contemporâneas I;
- Teorias Estéticas Contemporâneas II;
- Teorias Estéticas Contemporâneas III;
- Questões Estéticas I (Arte e Verdade);
- Questões Estéticas II (Arte, Vida e Filosofia);
- Tópicos Especiais em Arte e Filosofia I (Música);
- Tópicos Especiais em Arte e Filosofia II (Artes Cênicas);
- Tópicos Especiais em Arte e Filosofia III (Tragédia Grega);
- Tópicos Especiais em Arte e Filosofia IV (Cinema e Televisão);
- Tópicos Especiais em Arte e Filosofia V (Música, Literatura e Artes
Plásticas nos Movimentos Artísticos Brasileiros);
- Didática do Ensino Superior (Opcional)
- Monografia.
CORPO DOCENTE
Adriana Ítalo, Doutoranda em Filosofia, PUC-Rio.
Cecília Cotrim Martins de Mello, Doutora, PUC-Rio.
Edgar Lyra, Doutorando em Filosofia, PUC-Rio.
Eduardo Jardim de Moraes, Doutor, PUC-Rio.
Irley F. Franco, Doutora, PUC-Rio.
James Arêas Bastos, Doutor, UERJ.
Kátia Muricy, Doutora, PUC-Rio.
Luiz Camillo O. de Almeida, Doutor, UNIRIO.
Maura Iglesias, Doutora, PUC-Rio.
Paulo César Duque Estrada, Doutor, PUC-Rio.
Phillip Wilhelm Keller, Doutorando em Filosofia, UERJ.
PROFESSORES CONVIDADOS
Alexandre Jordão, Doutorando em Filosofia, PUC-Rio.
Antonio Quinet de Andrade, Doutor em Filosofia, Université Paris VIII
– Vincennes.
Ethel Menezes Rocha, Doutora e Profa. do Depto. de Filosofia do
Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ – IFCS.
Guilherme Nery Atem, Doutorando em Comunicação, UFRJ.
Marcelo Dreyffus Cattan, Doutorando em Filosofia no IFCS – UFRJ.
Silvia M. Kutchma, Doutoranda em História, PUC-Rio.
Tito Marques Palmeiro, Doutor.
Walter Gomide Jr., Doutorando em Filosofia, PUC-Rio.
SELEÇÃO
A seleção será feita com base no Curriculum Vitae, Histórico Escolar e
Entrevista a ser agendada.
Resultado da Seleção: 24/03/2003
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Faculdade Santa Marcelina
Cursos de Especialização em Artes Plásticas
Linguagens Visuais, Arte e Tecnologia, Crítica de Arte
Docentes: Ermelindo Nardin, Leda Catunda, Mirtes Marins de Oliveira,
Paulo Ghiraldelli Jr. (professor convidado Oklahoma State University/
Centro de Estudos Filosóficos), Ricardo Hage de Matos, Sergio
Romagnolo, Shirley Paes Leme (professora convidada), Stella Teixeira de
Barros, Tereza de Arruda (professora convidada/mestre pela universidade
livre de Berlim)
Início das aulas: 10 de março de 2003
Faculdade Santa Marcelina
Rua Dr. Emílio Ribas, 89
Perdizes – São Paulo
11- 3824-5800
glaucia@fasm.com.br
http://www.fasm.com.br
A FASM e as Artes
Visuais
O investimento em pesquisa em
artes visuais denota o alto comprometimento da instituição FASM no
aprofundamento da prática e debate em arte contemporânea. Os cursos de
Especialização em Artes Plásticas da FASM têm como objetivo atender a
necessidade de formação e aperfeiçoamento nesta área.
Na Graduação em Artes
Plásticas a FASM amplia o leque de possibilidades de vivência do aluno
nas múltiplas abordagens da arte contemporânea, e propõe um adensamento
dos aspectos reflexivos e críticos sobre a produção cultural e,
especificamente, em artes visuais. As Especializações vêm solidificar e
incentivar este projeto, fundamentando a formação do artista plástico
ou pesquisador que venha se dedicar à reflexão crítica sobre aquela
produção.
Assim, a Especialização em
Artes Plásticas da FASM, propõe um curso focado na arte contemporânea,
com proposta de reflexão crítica e adensamento da pesquisa, além da
presença da diversidade cultural que a alimenta. Além disso, a
proposição de um curso teoricamente solidificado, sem concessões a
modismos novidadeiros, tendo como parâmetro os aspectos estéticos, e
portanto correspondentemente éticos da produção.
Eixos norteadores do projeto
de Especialização:
Ênfase na arte contemporânea;
Ênfase na história, reflexão
e crítica;
Formação do pesquisador nas
áreas de Linguagens Visuais, Arte e Tecnologia e Crítica de Arte.
Organização do curso
O projeto do curso de
Especialização em Artes Plásticas se organizará em torno de um Núcleo
de Disciplinas Básicas de pesquisas em arte contemporânea. A partir de
cumprida esta etapa, deverá seguir por sua Especialização escolhida,
podendo atuar como:
pesquisador-artista.
pesquisador-artista, com
ênfase nas tecnologias computacionais.
pesquisador-crítico de arte.
Especialização em Artes
Plásticas: Linguagens Visuais
Público-alvo:
Portadores de diploma de
curso superior: artistas plásticos, designers, arquitetos, educadores e
outros que
se interessam pela produção em Artes Visuais
Objetivos:
Possibilitar aos professores
de modo geral, particularmente os professores universitários,
profissionais do campo da arte, a formação de uma consciência crítica
sobre a produção em
artes visuais;
Favorecer, apoiar, discutir e
divulgar a pesquisa estética e seus aspectos éticos;
Aprofundar o conhecimento em
arte contemporânea e sua prática;
Desenvolver a pesquisa
estética dentro das linguagens expressivas bi e tridimensionais e em
mídias diversas.
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ciclo de palestras - primeiro módulo
Um olhar sobre o século XIX
História da arte brasileira
no acervo da Pinacoteca do Estado
Março a julho
de 2003, aos sábados, às 16h
Pinacoteca do Estado -
Auditório
Praça da Luz 2
São Paulo
Informações:11-229-9844, r.
226, Depto. de Ação Educativa.
Coordenação: Taisa Helena P.
Palhares.
Apoio: Visa.
- As palestras serão gratuitas. Não há inscrições prévias. Em
virtude da limitação de lugares no Auditório (140 lugares), serão
distribuídas senhas para ingresso no dia das palestras, a partir das
15h30.
- Cada palestra terá duração de, no mínimo, 45 minutos.
- Será concedido certificado de participação no ciclo, mediante a
comprovação, em lista de presença, de no mínimo 75% de freqüência nas
palestras.
- Público-alvo: estudantes universitários e pesquisadores na área de
artes, professores de artes ou história do ensino médio, interessados
na história da arte brasileira, público em geral.
Inaugurada em 1905, a Pinacoteca do Estado possui um dos mais
abrangentes e representativos acervos de arte brasileira da cidade de
São Paulo. Suas 6.000 obras apresentam um significativo panorama da
arte e dos movimentos artísticos ocorridos no Brasil desde o século XIX
até nossos dias. Nas salas de exposição do Museu, trabalhos de Alfredo
Volpi, Almeida Jr., Amílcar de Castro, Anita Malfatti, Brecheret,
Castagneto, Di Cavalcanti, Flávio de
Carvalho, Hélio Oiticica, Lasar Segall, Lygia Clark, Pedro Alexandrino,
Pedro
Américo, Tarsila do Amaral e Willys de Castro, entre outros, podem ser
apreciados
pelo público que deseja conhecer o desenvolvimento da arte brasileira
nos
dois últimos séculos.
Um dos principais objetivos de um museu de arte é contribuir para o
estudo do valor artístico das obras de seu acervo. Este foi o espírito
norteador do projeto História da Arte Brasileira no Acervo da
Pinacoteca do Estado. Trata-se de ciclos de palestras em que renomados
historiadores e críticos de arte realizam leituras públicas de uma obra
do acervo ou discutem temas importantes para sua compreensão. Por
ocasião das palestras, a obra de arte enfocada será deslocada da sala
de exposição para o auditório da Pinacoteca, proporcionando ao público
presente a oportunidade de observação direta e de reflexão na presença
do trabalho. O projeto será desenvolvido em ciclos cronológicos, dos
quais este primeiro abordará a produção do século XIX.
A Pinacoteca do Estado de São Paulo, na qualidade de instituição
museológica com clara função educativa, espera, com esta iniciativa,
colaborar para a consolidação de uma tradição de estudos teóricos sobre
a arte brasileira, proporcionando, difundir esse conhecimento e, acima
de tudo, contribuir para a formação de fruidores de arte, ao adensar os
conhecimentos contextuais das obras analisadas.
PROGRAMAÇÃO
15/03: José Roberto Teixeira Leite
A Academia e a pintura no século XIX
22/03: Luciano Migliaccio
Moema (1895, escultura em bronze fundido) de Rodolfo Bernardelli.
05/04: Sônia Salzstein
Marinha (1885, pintura a óleo sobre madeira) de João Batista Castagneto
12/04: Claudia Valladão de Mattos
Visão de Hamlet (1893, pintura a óleo sobre tela) de Pedro Américo
10/05: Jorge Coli
O Violeiro (1899, pintura a óleo sobre tela), de Almeida Jr.
17/05: Rodrigo Naves
Caipira picando fumo (1893, pintura a óleo sobre tela) de Almeida Jr.
24/05: Maria Cecília França Lourenço
Leitura (1892, pintura a óleo sobre tela) de Almeida Jr.
07/06: Ruth Sprung Tarasantchi
Flores e doces (sem data, pintura a óleo sobre tela) de Pedro
Alexandrino
14/06: Carlos Lemos
O prédio da Pinacoteca do Estado e a obra de Ramos de Azevedo
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pré-seleção do Canal Contemporâneo:
1 - Envie sua divulgação
para canal@canalcontemporaneo.art.br;
2 - No assunto/subject coloque a data,
nome do artista e
local;
3 - No corpo do emeio coloque as
informações de serviço completas: data, nome do evento, nome do
artista, local, endereço, telefones, horário e conexões;
4 - Inclua release, texto crítico e
currículo em arquivos em anexo;
5 - 2 a 3 imagens em jpg, em RGB, 150
dpis, com no máximo 800 pixels no maior lado;
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