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RJ Carnaval 2003: Afundação do Guggenheim no Arpoador ANO 3 N. 24 / 28 de fevereiro de 2003
NESTA EDIÇÃO:
Afundação do
Guggenheim no Arpoador, Rio de Janeiro
Gravação para o jornal RJ-TV no Posto 9, Rio de
Janeiro HOJE
REFLEXÃO SOBRE POLÍTICA CULTURAL:
A arte contra o museu-franquia
O Guggenheim, a Lei Rouanet e outras renúncias fiscais
federais
Abaixo-assinado contra o Guggenheim&políticas
culturais autoritárias
Afundação do Guggenheim
Enredo do
Carnaval 2003
4 de março,
terça-feira, às 16h
concentração e
acabamento das fantasias, às 15h
Praia do Arpoador
(na praça, junto
a pedra)
Ipanema Rio de
Janeiro
Vamos colocar o nosso
bloco na rua!
Marchinhas do Carnaval 2003, e o Hino ao Dia Nacional do Artista
Plástico, de 1985:
CÉSAR, DAI-ME!
Ó César, dai-me!
Ó César, dai-me!
Um pouquinho da bufunfa
Que já foi pro Guggenheim!
Eu tô na pindaíba
O pincel roído
Já pintando trapo
Como o rio Paraíba
Todo poluído
Engolindo sapo
Eu não vendo a vista
Eu não dou na pista
Não sou fariseu
Tem capitalista
Se não tem artista
Não tem museu
refrão
Xico Chaves, Macalé e Márcia X
QUEM VAI PAGAR
Alalaôôôôôôôô
Mas que horrooooooor
O Thomás Kréu
se encontrou com César Mala
Pra construir
um não-museu na nossa praia
Quem vai pagaaaaaaar
Vai afundaaaaaaar
Este museu é somente pra turista
e sem as musa como é que a arte fica?
Vai afundaaaaaaar
Colonizaaaaar
Vamos acusar
que a cultura é só uma isca
E o brinquedo
fica mesmo com cambista
Fundá! Mauá!
Eu é que não vou entraaaar
Esseeeee prefeito é marqueteiro
Nem escutou o artista brasileiroo
Ernesto Neto e Clarisse Tarran
GUGGENRALO
Gu, Gu, guenrain, ba ba caxi,
no César Mala, uma CPI. (bis)
Neguin aqui
nunca viu tanto milhão,
mete a mão, mete a mão.
Usaram o meu
sem me dá satisfação,
mete a mão, mete a mão.
refrão
Se o Thomas KREW,
num tô nem aí,
Thomas lá dá cá, tira o meu daí.
Se o César deu, gringo veio si servi,
Thomas lá dá cá, tira o meu daí.
refrão
Esse orçamento,
é pra nos engrupi(r),
o teto do Mam, já vai cair.
Seu arquiteto, segura a onda aê,
o teu Titanic, vai é nos fedê.
refrão
Leíla Franco
DO PIRULITO AO GUGGENHEIM
Cé, cé, cé, cé, cé, César Maia
Cé, César Maia
Tu vais parar no hospício
Com este roubo do Guggenheim
Nem com muito comício (bis)
Da primeira vez,
você bancou o bôbo
Mentindo pra todos,
fazendo pirulito
Depois com o Macieira,
que já fez os delitos
Tu tá armando a teia
E vai direto pra cadeia
refrão
Isadora Bonder
Hino ao Dia Nacional do Artista Plástico
(1985)
letra&música: Dupla Especializada (Alexandre Dacosta e Ricardo
Basbaum)
Nesta data nos reunimos
tiramos a roupa, nos medimos
quem somos nós?
quem somos nós?
quem somos nós?
seres humanos com antenas
ou o inconsciente a gozar, apenas?
na solidão do atelier
cores competindo com a TV
trocando o óleo do olhar
pincel-lamento cristalino
luz-cristal-olho-retina
nós, artistas-plásticos
não temos salário fixo
nós, artistas-plásticos
errantes entre ócio e vício
nós, artistas-plásticos
visionários não desmamados
nós, artistas-plásticos
o vinho é nosso sangue
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gravação para o jornal RJ-TV
Os Blocos de Carnaval da Zona Sul
confecção de fantasias e
adereços
28 de fevereiro,
sexta-feira, às 16h
Posto 9 –
Praia de Ipanema
Rio de Janeiro
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Estes
documentos mostram as nossas primeiras reflexões sobre política
cultural, resultado de
nossos encontros e debates realizados no AGORA e no Parque Lage.
A ARTE CONTRA O MUSEU-FRANQUIA
O Brasil vive um momento de transformações e questionamentos das
distorções e injustiças cometidas na administração pública, muitas delas oriundas do autoritarismo enraizado no nosso sistema político e nas mentes de algumas autoridades. Um caso gritante de autoritarismo e falta de transparência na gestão pública é o processo de implantação do Museu Guggenheim – Hermitage – Kunsthistorishes – Rio, que o Prefeito da cIdade, Sr. César Maia, está tentando nos impor.
É certo que esse é apenas um dos pontos que estão associados a um problema mais amplo na área cultural, cujo debate é urgente. Em nível nacional, é necessário que se chegue a uma definição democrática das prioridades no campo da arte e da cultura, o que passa pela discussão do Programa Nacional de Apoio à Cultura, como aponta Yacoff Sarkovas (Valor Econômico
03/01/2003).
Nesse processo está incluída a revisão do projeto de renúncia fiscal, ou seja, a Lei Rouanet.
Nós artistas visuais, curadores, críticos, museólogos, historiadores de arte e arte-educadores consideramos também urgente a criação de uma área no Ministério da Cultura que possa debater uma política de apoio à produção de arte contemporânea, para que não se perpetuem iniciativas desastrosas, despropositadas e arcaicas, incapazes de compreender como se dá a economia atual das artes no Brasil e no mundo. Sabe-se que a dinâmica das artes visuais se passa através de um circuito de arte com demandas próprias e específicas que é necessário debater e estudar, de modo a atualizar seus modelos de funcionamento e efetivar a implantação de uma política específica para o setor.
Entretanto, a implantação do Museu Guggenheim, pela maneira como vem sendo negociada e, sobretudo, pelo volume de recursos públicos envolvidos em sua construção e manutenção, nos obriga a reinvindicar que as autoridades tratem deste assunto imediatamente, o que significa que exigimos mais respeito pelo interesse público e que não se atropele e ignore abertamente os diversos segmentos sociais envolvidos neste projeto.
A Prefeitura do Rio de Janeiro tem conduzido o processo de maneira ao mesmo tempo espetacular e obscura. O apelo sedutor e grandiloqüente dos traços espetaculares da obra, que quer ganhar o contribuinte pela propaganda, contrasta com a falta de informações em vários aspectos que envolvem o projeto, ou seja, financeiro, artístico, urbanístico, arquitetônico, social, comunitário, jurídico e legal.
Do ponto de vista financeiro, como foi publicado (O Globo – 4/2/2003), a construção do museu custaria em torno de 190 milhões de dólares, ou seja, cerca de 684 milhões de reais (na cotação do dia 21/02/2003), e somam-se ainda mais 45 milhões de dólares de outras despesas como royalties, projeto, etc. (O Globo, 8/2/2003). Depois de pronto, financiamos ainda anualmente as exposições com o apoio da Lei Rouanet, no valor de 9 milhões de dólares, e também o seu deficit anual, calculado em 12 milhões de dólares. Este será pago com recursos da cidade do Rio de Janeiro, muito provavelmente através de leis de incentivo à cultura, mas também com a ajuda da legislação federal para entidades sem fins lucrativos e organizações sociais de interesse público (Estudo de Viabilidade - Rio Estudos, N º 79 – 22/11/2002).
O projeto foi apresentado como um pacote, envolvendo a presença do museu em um plano de reurbanização de uma área importante da cidade, cujo conteúdo é obscuro. Em meio a um cenário financeiramente tão complexo, e ao mesmo tempo tão pouco transparente, é exigida uma leitura atenciosa para que se perceba sua inviabilidade. Um dos pontos nebulosos diz respeito à própria manutenção do museu. O prefeito assegura que este se manterá com a verba de patrocínio e de recursos públicos, ou seja, proveniente da renúncia fiscal. Assim, o "gigante-elefante-branco-titanic-cultural" entraria na cidade competindo pelas mesmas verbas que nossas precárias instituições culturais. Não se fez ainda um estudo sobre o impacto que a vinda do Guggenheim terá sobre tais instituições, mas o que se pode presumir é que acarretaria em uma considerável diminuição de projetos financiados, o que implica em significativo corte de pessoal especializado empregado na área. Também não se tem falado do funcionamento do museu que, pelo mesmo estudo de viabilidade, traria suas exposições e seu quadro de funcionários, fornecendo "conhecimento especializado em desenvolvimento, administração, operações, coleções e programação....além do nome forte, internacionalmente respeitado" (Rio Estudos, N º 79 – 22/11/2002). É do próprio estudo de viabilidade, encomendado pela prefeitura, a seguinte conclusão (página 33):
“Este relatório é o resultado de um estudo de dez meses realizado por uma equipe internacional sofisticada. Ao final não produziu uma resposta ‘sim ou não’ ou ‘vai ou não vai’. Em vez disto, foi confirmada a argumentação do trabalho apresentado no Capítulo 1, ‘Introdução’, para o desenvolvimento do Museu Guggenheim no Rio, produziu um conjunto de resultados que indicam que o Museu poderia ser um risco para ambas as partes e desenvolveu um conjunto de temas que necessitam ser satisfatoriamente tratados antes que as mesmas continuem com o projeto a fim de que este tenha uma razoável probabilidade de êxito.” (grifos nossos)
Ou seja, a própria conclusão do relatório indica a necessidade de se aprofundar o debate sobre o projeto envolvendo a implantação do Museu.
É notoriamente sabido, internacionalmente, que a Fundação Guggenheim está passando por um processo de deficit e desmoronamento, decorrente da política expansionista implantada pelo mesmo Sr. Thomas Krens, seu diretor nos últimos 15 anos, que agora negocia com o Prefeito.
A política do Sr. Thomas Krens de aumentar a visibilidade do museu através de satélites-guggenheims, que teriam a função de "prover a Fundação de suporte financeiro e economia de escala para exposições e aquisições" (Lee Roesenbaum, Opinion Journal, The Wall Street Journal Editorial Page, 10 de Dezembro de 2002, disponível em http://www.opinionjournal.com/la/?id=110002748), atende aos seus objetivos de criar uma rede global de financiamento para a Fundação Guggenheim. Incluir nessa rede, de iniciativa privada, os recursos públicos do Rio de Janeiro pode até ser legítimo, mas pode não interessar a nós, contribuintes e cidadãos cariocas e brasileiros.
Enquanto os interesses da Fundação Guggenheim parecem bem claros, os argumentos e estudos apresentados pela Prefeitura do Rio de Janeiro são confusos e ineficientes, não trazendo a questão em sua totalidade. Claramente, o Museu Guggenheim é apenas instrumento secundário em um processo mais amplo envolvendo interesses financeiros de grandes dimensões. A maneira pouco transparente de condução desse processo aponta para a evidência de que as questões artística, cultural e educacional estão relegadas a segundo plano, e o processo de implantação está sendo movido por outra conjunção de interesses, nem tão nobres, inocentes ou utópicos.
Nos últimos vinte anos, a arte contemporânea brasileira conquistou respeitabilidade e reputação internacionais, com profissionais de seus mais diversos segmentos participando de importantes eventos em várias partes do mundo. Tal credibilidade os qualifica como legítimos inerlocutores a serem ouvidos e consultados em projetos do setor que sejam de interesse da população do Rio de Janeiro.
Cabe a nós, então, perguntar:
Por que deveríamos comprometer um volume tão grande de recursos num projeto cujas condições parecem tão desfavoráveis?
Por que aprovaríamos uma decisão tomada de maneira tão precipitada, sem consulta aos profissionais das várias áreas envolvidas?
Por que um município com tantas dificuldades financeiras e sem uma política cultural clara e transparente direcionada a todos os segmentos das artes, deveria comprometer um volume tão escandalosamente grande de recursos num só museu?
Por que a comunidade artística brasileira e do Rio de Janeiro, amplamente qualificada e respeitada internacionalmente, vem sendo sumariamente ignorada, quando se trata de um projeto de grande porte que a afetará diretamente?
Diante do desempenho autoritário dos nossos representantes públicos, nos solidarizamos com todos aqueles que estão exigindo transparência e zelo no uso do dinheiro público e, principalmente, que a Prefeitura apresente todos os esclarecimentos sobre os pontos obscuros do projeto.
Veja em anexo o que foi levantado sobre O Guggenheim, a Lei Rouanet e outras renúncias fiscais federais.
Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2003.
Assinam este documento, artistas visuais, críticos, curadores, historiadores de arte, arte-educadores e museólogos reunidos no Rio de Janeiro para debater sobre políticas culturais e a construção do Guggenheim-Rio, e conectados, através da internet, a um abaixo-assinado, atualmente com 370 assinaturas, contra o uso do dinheiro público na construção do Guggenheim-Rio.
Adriana Guanaes, Aimberê, Alex Hamburger, Alexandre Dacosta, Alexandre Lambert, Ana Lúcia Milhomens, Ana Muglia, André Alvim, Armando Mattos, Beatriz Luz, Beatriz Pimenta, Bob N, Bruno Lopes Lima, Cecília Cotrim, Célia Cotrim, Christina Bocayuva, Clarisse Tarran, Cristina Pape, Daniella Mattos, Elisa de Magalhães, Ernesto Neto, Evandro Salles, Fabiana Santos, Gisele Ribeiro, Glória Seddon, Guilherme Andries, Guilherme Chaves, Isabel Sodré, Isadora Bonder, Ivana Monteiro, Jacques Kalbourian, Joana Traub Csekö, Judith Miller, Julia T. Csekö, Laura Lima, Leila Franco, Lia do Rio, Lígia Teixeira, Livia Flores, Lola Machado, Luis Andrade, Luiza Interlengui, Marcia X, Marília Jaci, Marssares, Marta Strauch, Mauro Espíndola, Otavio Avancini, Patricia Canetti, Rachel Korman, Ricardo Basbaum, Ricardo Ventura, Rita Barroso, Romaric Sulger Büel, Sandra Porto, Sheila Cabo, Simone Michelin, Stela Costa, Suely Fahri, Tiago Rivaldo, Vandir Gouvea, Wilton Montenegro.
volta ao topo O Guggenheim, a Lei Rouanet e outras renúncias fiscais federais
O Relatório do Estudo de Viabilidade, versão para discussão, Encarte Rio Estudos, publicado no Diário Oficial de 22/ 11/ 02, elaborado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, sobre a construção e operação do Guggenheim Rio é extremamente confuso, raso e equívocado em vários aspectos, mas principalmente não define a verba necessária para a construção do museu. Seu conteúdo impreciso nos dá a certeza de que ele jamais seria aprovado, se fosse o caso, por um conselho de acionistas de uma empresa de capital privado; que certamente exigiria, além de números precisos, um histórico das variações de cenários políticos e econômicos mostrando possíveis oscilações das receitas e despesas, para poder estudá-los e analisá-los, e só depois decidir sobre um investimento desta magnitude. Esta falta de transparência no uso do dinheiro público tem nos legado incontáveis prejuízos, conforme lemos nos jornais diariamente, seja por corrupção, desvios de verbas, ou pelo simples uso perdulário de nossos recursos, ou apenas pelo laissez-faire de todo o nosso sistema democrático.
Nossa análise baseou-se na supracitada publicação e nos detivemos especificamente no uso dos recursos federais, pela renúncia fiscal, através da Lei Rouanet e outros mecanismos, procurando destacar os possíveis prejuízos para a cultura brasileira, conforme segue a reprodução literal de alguns trechos do Estudo de Viabilidade.
Página 4, 1º parágrafo Plano Operacional
“ O Museu Guggenheim-Rio operaria com um orçamento bruto anual de aproximadamente US$24.000.000,00. O Museu geraria receita através das entradas, vendas a varejo e das diversas formas de patrocínio privado e empresarial. Considera-se que os custos anuais de exposição de aproximadamente US$9.000.000,00 seriam totalmente financiados por empresas pelos incentivos da Lei Rouanet ou mecanismos similares( grifo nosso). A cidade do Rio seria responsável por subsídios operacionais anuais projetados atualmente em US$8.000.000,00 a US$12.000.000,00, em quantias precisas a serem determinadas por meio das negociação orçamentárias anuais, além de suprir alguma falta no financiamento de exposições pela Lei Rouanet ou similares. Obs.: Os valores em dólar americano se referem a uma taxa de câmbio de equilíbrio do início do ano de 2002”.
Página 25, 1º parágrafo Levantamento de Fundos
“ Políticas de levantamento de fundos serão acordadas pela Fundação Rio, a Associação do Museu e a Guggenheim, e serão implementadas pela Fundação Rio e a Associação do Museu. Ao mesmo tempo em que se contempla que a Fundação Rio será o principal canal para o financiamento da construção (principalmente de agências governamentais locais, estaduais e federais), ela também participará do levantamento de fundos para as operações do Museu.
Além dos fundos públicos, entidades privadas e individuais serão
solicitadas a fazer doações e participar de patrocínios. Como a
Associação do Museu será uma entidade de fins não lucrativos, as
doações feitas por terceiros serão dedutíveis dos impostos.
A Associação do Projeto também poderá se beneficiar do tratamento de
isenção de imposto dados às entidades de fins não lucrativos com base
nas qualificações que obtiver, como por exemplo, os certificados de
Utilidade Pública, Organização Social e Organização Social de Interesse
Público,( grifo nosso) conforme a Lei Federal N. 91 de 28 de agosto
de 1935, da Lei Federal N. 9637 de 15 de maio de 1998, e da Lei Federal
N. 9790 de 23 de março de 1999, respectivamente.
Finalmente espera-se que a Associação do Projeto se beneficiará dos
incentivos da Lei Rouanet (grifo nosso) (Lei N. 8313 de 23 de
dezembro
de 1991). A Lei Rouanet estabelece que pessoas físicas e entidades
legais
têm direito a deduzir do total de sua receita devida anual a parte das
doações
e patrocínios feitos a projetos culturais qualificados.”
Página 26, 2º parágrafo Levantamento de fundos “ Com base nas entrevistas realizadas no decorrer do estudo com
Diretores de museus em São Paulo, parece que a maior parte dos
museus brasileiros contam com financiamento provindos dos incentivos da
Lei Rouanet para a
maior parte, senão todos, dos custos das exibições anuais. (grifo nosso) Este estudo supões que este será
o
caso para o Museu Guggenheim-Rio, conforme está detalhado mais adiante
no
Capítulo 10: O Modelo Operacional. Embora tenham outros incentivos
fiscais
para contribuições a organizações culturais, os incentivos da Lei
Rouanet
terão impactos mais significativos para o Museu Guggenheim-Rio.”
Página 26, 5º parágrafo 10 – O Modelo Operacional O Modelo Financeiro
“O modelo estabelece com um grau de certeza relativamente alto que o
Museu Guggemheim-Rio requererá um orçamento anual para programação e
funcionamento de aproximadamente R$ 56 milhões. Projeta-se que 57%
destes custos estarão compensados pela receita operacional anual de R$
31 milhões, deixando
uma diferença de cerca de R$ 24,2 milhões (ou US$ 10,3 milhões) que
precisam
ser subsidiados pelo governo ou outras fontes”.( grifo nosso)
Receita Anual e Análise de Despesas
Principais Pressupostos Financeiros e Operacionais
. As projeções não incluem as remunerações para licenciamento da
marca registrada a Fundação Guggenheim ou financiamento para a
aquisição de uma coleção brasileira/latino-americana. (grifo nosso).
. Para ver consistência com os dados do padrão-comparativo de Nova York
e Bilbao, todas as projeções em moeda local foram transformadas em
dólares usando-se a taxa média de câmbio de 2001 de R$ 2,35 = US$ 1,00.
. A equipe de estudo de viabilidade do Guggenheim forneceu todos os
custos do programa de exibição e as taxas de administração e “content
alliance”. Presume-se que os custos com exibição serão totalmente
financiados por patrocínios de empresas levantados através dos
incentivos da Lei Rouanet ( grifo nosso) (discutida no Capítulo 9,
Estrutura Jurídica, e abaixo).
Página 27, coluna direita, 3º item Receitas
“. Como foi observado anteriormente, espera-se que os custos de
exibição totalizando US$ 9 milhões serão cobertos por receita de
empresas geradas
através da Lei Rouanet. Qualquer déficit irá aumentar o gap operacional”.(grifo nosso).
Página 28, 1º parágrafo Lei Rouanet
“ Conforme discutido no Capítulo 9, os patrocínios corporativos da
“Estrutura Legal” no Brasil baseiam-se nos incentivos fiscais da Lei
Rouanet. Os dados oficiais e as entrevistas feitas com especialistas no
Brasil permitiram
que a equipe do McKinsey-Guggenheim conclua que, desde que a
legislação
permaneça em vigência e sem mudança material adversa ao longo da
duração
do projeto, o novo Museu deve poder cobrir por completo seus custos de
exibição
através de patrocínios corporativos (grifo nosso). Segundo o Ministro
da
Cultura, cerca de US$160 milhões foram captados para o patrocínio das
artes
e da cultura através da Lei Rouanet em 2001( grifo nosso). Deste
total,
17% (aproximadamente, US$ 30 milhões), foram direcionados aos projetos
plásticos
e de artes integradas, principalmente para patrocínios de exibição.
A análise demonstra uma substancial oportunidade de captar fundos
adicionais( grifo nosso). Por exemplo, o encargo do imposto de
renda dos dez maiores contribuintes era de US$ 250 milhões, mas somente
US$ 70 milhões foram conseguidos para patrocínio pela Lei Rouanet,
deixando um balanço de aproximadamente
US$ 180 milhões a ser captado. Mesmo uma análise mais conservadora
mostra
que em 2001, dentre as dez maiores companhias que fizeram uso da lei,
somente 50% dos US$ 180 milhões em imposto de renda que poderiam ter
dado apoio
à atividade cultural foram usados.”
Os itens que acima destacamos, levaram-nos a algumas observações e
indagações pertinentes ao orçamento, a saber:
1 - Comparações dos números almejados pelo Guggenheim-Rio e os
realizados pelo MinC:
. Sobre o montante total da renúncia fiscal autorizada Os R$ 160 milhões (cento e sessenta) são de fato em moeda brasileira, e
não em moeda americana como consta no projeto publicado, e
representavam naquela
ocasião (ano 2001) US$ 63,5 milhões( sessenta e três milhões e
quinhentos mil), conforme dados fornecidos pelo próprio MinC. Esta
alternância de moedas, ora dólar, ora real, facilita conclusões
equivocadas e desarticuladoras
para a análise do projeto. Exemplo disso é o item específico sobre Lei
Rouanet, e os maiores contribuintes brasileiros.
(Veja planilha sobre Renúncia Fiscal Autorizada por Ano/Leis de
Incentivo, copiada do http://www9.cultura.gov.br/relatorios/renunciofiscal.htm - acesso em 23 de fevereiro de 2003)
. Sobre a captação de recursos O Estudo de Viabilidade aponta para uma diferença que existe entre a
verba possível de ser captada via renúncia fiscal e a que de fato é
destinada
para projetos culturais. Este mesmo Estudo sugere a possibilidade de se
aumentar a captação de recursos entre as empresas mas não explica o
porque
dessa defasagem, nem tão pouco o que poderia ser feito para modificar o
quadro atual.
Acreditamos que um dos motivos para não haver uma captação plena,
conforme todos sabem, é a contrapartida financeira necessária por parte
das pessoas jurídicas beneficiadas nos projetos de artes plásticas e de
artes integradas. Estes valores, que tem que ser efetivamente pagos
pelas empresas, tem sofrido reduções com os constantes cortes exigidos
pela economia recessiva de nosso país. A mudança neste quadro,
dependeria muito mais de uma mudança do nosso contexto econômico do que
do interesse provocado pela possibilidade de veiculação de uma
logomarca num evento patrocinado.
. Sobre os US$ 9 milhões anuais para pagar as exposições
O Estudo afirma diversas vezes que todas as exibições do Guggenheim-Rio
serão custeadas pela Lei Rouanet, totalizando US$ 9 (nove) milhões/ano.
Os dados dos últimos 5 anos já finalizados pelo governo, 1996-2000,
mostram que
o segmento de artes plásticas captou em média US$ 13,3 milhões ( treze
milhões
e trezentos mil), e que o de artes integradas captou, no mesmo período,
cerca
de US$ 29,5 milhões( vinte e nove milhões e quinhentos mil), o que
significa
que o montante a ser investido no Guggenheim-Rio representa 70% dos
recursos
de artes plásticas, 30% de artes integradas, e 20% da soma destes dois
segmentos.
Perguntamos qual o efeito que causará à cultura brasileira e ao mercado
de trabalho de seus profissionais, esta concentração de recursos numa
única instituição, como o Guggenheim-Rio, que estará importando todas
as suas
exposições, juntamente com os produtos e os profissionais necessários.
Em
vez de termos estes recursos públicos federais se espalhando pelo país,
promovendo a nossa cultura e gerando postos de trabalhos para artistas,
acadêmicos e técnicos, o que veremos será o envio deste dinheiro para a
matriz do Guggenheim, e em troca, teremos as suas exposições de
qualidade
duvidosa, já que não há nada definido neste sentido.
(Veja planilha sobre Consolidação da Captação de Recursos por
Ano/Segmento Cultural, copiada do http://www9.cultura.gov.br/relatorios/invest_cult.htm
- acesso em 23 de fevereiro de 2003.)
. Sobre a diferença entre os museus brasileiros e um “museu” de
franquia
O Estudo se baseia na realidade dos museus brasileiros produzirem suas
exposições com o apoio da Lei Rouanet.
O Museu Guggenheim-Rio quer se beneficiar desta mesma Lei, mas existem
diferenças importantes que deveriam ser analisadas antes de aceitarmos
o
uso de recursos federais para financiar este museu-franquia.
Além das questões citadas no item anterior, entendemos que o modelo que
nos está sendo imposto não preenche nossas necessidades, por não
privilegiar a arte e a cultura, principalmente a brasileira.
É um modelo de negócio que torna possível perverter a idéia de museu -
porque um museu, para que possa ser chamado como tal, deve possuir um
acervo.
Não há, no Estudo, nenhuma alusão à política de formação/aquisição de
acervo
de arte brasileira, e caso este acervo venha a se constituir
futuramente,
sob o risco de não ser interessante, demandará mais verbas, porque
estas
não estão na atual planilha de despesas previstas.
O projeto de arte-educação não está voltado para a nossa população, e
sim para um público alvo internacional, ou seja, está totalmente
voltado para as suas próprias necessidades de empresa.
. Sobre a concentração dos recursos federais no Guggenheim-Rio, em
detrimento de outros projetos e outras áreas culturais no estado do Rio de Janeiro Sendo o Rio de Janeiro, um dos pólos produtores de cultura brasileira,
seria importante analisar o resultado da concentração de recursos
federais
da Lei Rouanet no Guggenheim-Rio. Os US$ 9 milhões significam 17,6% da
média
do total arrecadado por todos os segmentos da cultura no estado do Rio
de
Janeiro, entre os anos de 1996 e 2000, através da renúncia fiscal
federal.
Seria também importante, levar em consideração o fato de que o Estudo
demonstra que haverá um deficit anual de US$ 12 milhões que serão
financiados pela
prefeitura, e que esta, muito provavelmente, fará uso da sua Lei de
Incentivo
Municipal, Lei do ISS, para levantar estes recursos. Novamente a
cultura
local será prejudicada pela aplicação da renúncia fiscal em um único
investimento.
(Veja planilha sobre Investimentos em Cultura – Lei Rouanet por Estado,
copiada do http://www2.cultura.gov.br/scripts/spoa/cgmi/investim.idc?codigo=1
- acesso em 23 de fevereiro de 2003.)
2 – Comentários sobre a participação de outros benefícios fiscais
federais utilizados tanto na construção, quanto na operação do
Guggenheim-Rio
. Sobre o deficit anual de US$ 12 milhões( doze) e a construção do
Guggenheim-Rio O Estudo aponta para o uso de renúncias fiscais federais através da
legislação que trata de entidades sem fins lucrativos e organizações
sociais de interesse público, e deixa a entender que estas doações
deverão ser utilizadas tanto para a construção do Guggenheim-Rio,
quanto para cobrir o déficit operacional anual, somando-se assim aos
recursos da Lei Rouanet já citados acima.
Concluímos,
Que o Estudo não define de maneira clara as quantias, mas é explícito
ao afirmar que a maior parte da construção e operação do Museu
Guggenheim
dependerá da verba federal.oriunda de renúncia fiscal apoiando-se na
Lei
Rouanet, caso esta permaneça como está .
Consideramos que este projeto se propõe a imobilizar a política
cultural do país e criar um sistema de uso do dinheiro público nacional
em nome de uma minoria.
Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2003.
volta ao topo VEJA ABAIXO AS ADESÕES QUE CHEGARAM DE TODO BRASIL E DO EXTERIOR(Os pontos originais de nossa convocação: Discordamos dos atos de corte de verbas,
cancelamento de eventos e desmantelamento dos espaços destinados às
artes plásticas; Consideramos urgente e essencial uma prática
democrática por parte dos representantes da
Prefeitura, no sentido de ouvir a classe artística antes da tomada de
decisões
políticas, técnicas e orçamentárias para a área da cultura; Somos
contra
a construção do Museu Guggenheim com o uso escandaloso do dinheiro
público,
já que consideramos que um museu privado deve instalar-se com suas
próprias
verbas; A cultura deve ser usada pela sociedade como uma poderosa arma
para
potencializar mudanças no ensino brasileiro, e não ser diluída e
alinhada
ao nível precário e deficiente de nosso sistema educacional; A
Prefeitura
deve sintonizar-se com a nova realidade política do país, agindo de
modo
democrático e participativo.) 1 Adolfo Montejo
Navas artista / crítico / curador Rio de Janeiro RJ 2 Adriana Guanaes artista Rio de Janeiro RJ 3 Adriana Leão artista Belo Horizonte MG 4 Adriana Maria dos Santos artista plástica e professora
universitária Chapecó SC 5 Adriana Montenegro 6 Adriana Paiva Jornalista 7 Adriana Tavares artista plástica 8 Adriana Varella 9 Afranio de Mello Franco Rio de Janeiro RJ 10 Agnus Valente artista São Paulo SP 11 Águeda Ferrão artista Belo Horizonte MG 12 Aimberê Cesar artista Rio de Janeiro RJ 13 Alayde Tosta artista 14 Alberto Cipiniuk professor UERJ e PUC Rio de Janeiro RJ 15 Alexandra de Souza e Melo França 16 Alexandre Gabriel 17 Alexandre Monteiro 18 Alicia Sterlino 19 Aline Luz Rio de Janeiro RJ 20 Aline Siqueira Dias 21 Amanda Bonan Produtora Cultural Niterói RJ 22 Amir Brito Cadôr 23 Ana Amélia Genioli São Paulo SP 24 Ana Angélica Costa 25 Ana Claudia Casales publicitária 26 Ana González artista Curitiba PR 27 Ana Holck artista Rio de Janeiro RJ 28 Ana Lana Gastelois artista Rio de Janeiro RJ 29 Ana Mae Barbosa arte-educadora São Paulo SP 30 Ana Muglia artista Rio de Janeiro RJ 31 Ana Paula Campos 32 Ana Teixeira artista São Paulo SP 33 Analu Cunha artista Rio de Janeiro RJ 34 André Costa artista Rio de Janeiro RJ 35 Andréa Tavares São Paulo SP 36 Angela Laureano economista Rio de Janeiro RJ 37 Anita Fiszon artista Rio de Janeiro RJ 38 Anna Beatriz Gaglianone 39 Anna Paola P. Baptista curadora Rio de Janeiro RJ 40 Anne Colin dosensos art Londres 41 Antonio Carlos Moreira Jornalista Rio de Janeiro RJ 42 Armando Mattos artista Rio de Janeiro RJ 43 Arnaldo Battaglini artista São Paulo SP 44 Arthur Leandro artista Macapá AP 45 Augusto Japiá artista 46 Augusto Sampaio artista São Paulo SP 47 Beatriz Luz artista Rio de Janeiro RJ 48 Beatriz Petrus artista Rio de Janeiro RJ 49 Beatriz Pimenta artista Rio de Janeiro RJ 50 Bernardo Pinheiro artista Rio de Janeiro RJ 51 Beth Moysés artista São Paulo SP 52 Bia Medeiros artista Brasília DF 53 Brenda Maida artista São Paulo SP 54 Brócolis VHS - Video Homeless System 55 Brunno Galvão Fortaleza CE 56 Bruno Sampaio artista 57 Camila Rocha artista / produtora Rio de Janeiro RJ 58 Carina Nascimento d' Ávila 59 Carla Torres Rio de Janeiro RJ 60 Carlos Eduardo Thompson Alves de Souza 61 Carlos Eduardo Valente historiador da arte 62 Carlos Henrique Cotta artista São Paulo SP 63 Carlos Santana artista São Paulo SP 64 Carlos Zibel 65 Cecilia Abs artista-professora universitária São Paulo SP 66 Cecília Cotrim historiadora / crítica Rio de Janeiro RJ 67 Celso Fioravante jornalista São Paulo SP 68 Christianne Rothier 69 Christine Mello pesquisadora/curadora São Paulo SP 70 Clarissa Campello Ramos Rio de Janeiro RJ 71 Clarisse Tarran artista Rio de Janeiro RJ 72 Claudia Zobaran Ferreira 73 Cláudio Paula 74 Clotilde Lainscek 75 Concepción R. Pedrosa Morgado crítica / historiadora de artes / professora universitária. 76 Corpos Informáticos grupo de Pesquisa Brasília, DF, Brasil/Philadelphia, PA, EUA 77 Cristiana de Melo artista Londres 78 Cristiana Tejo curadora Recife PE 79 Cristina Amiran artista Rio de Janeiro RJ 80 Cristina Pape artista Rio de Janeiro RJ 81 Cristina Salgado artista e professora Rio de Janeiro RJ 82 Cristina Zaccaria Jornalista SP 83 Cristine Monteiro Flores arquiteta e historiadora da arte Rio de Janeiro RJ 84 Daniel Feingold artista Rio de Janeiro RJ 85 Daniela Dacorso artista 86 Daniela Mattos artista Rio de Janeiro RJ 87 Daniele Torres Cordeiro museóloga - coordenadora de projetos culturais da Fundação CSN Volta Redonda RJ 88 Darci Lopes artista e animadora cultural São Paulo SP 89 Davi Cavalcanti artista Salvador BA 90 Dayse Resende galerista Vitória ES 91 Deborah Rosenfeld 92 Denise Trindade professora universitária / pesquisadora Rio de Janeiro RJ 93 Didonet Thomaz artista Curitiba PR 94 Doroti Jablonski 95 Eclesia Regina artista 96 Edith Derdyk artista São Paulo SP 97 Edson Thebaldi Carvalho marchand 98 Eduardo Coimbra artista Rio de Janeiro RJ 99 Eduardo Frota artista Fortaleza CE 100 Eduardo Villar do Valle 101 Efrain Almeida artista Rio de Janeiro RJ 102 Elaine Pinheiro 103 Eliana Rodrigues 104 Elisa Campos artista Belo Horizonte MG 105 Elisa de Magalhães artista Rio de Janeiro RJ 106 Ericson Pires - Grupo Hapax artista Rio de Janeiro RJ 107 Ernesto Neto artista Rio de Janeiro RJ 108 Ester Grinspum 109 Fabiana Passos Egrejas 110 Fabiana Santos artista Rio de Janeiro RJ 111 Fabiana Takeda designer Rio de Janeiro RJ 112 Fabíola Neves de Almeida assistente de produção e montagem de exposições/UERJ Rio de Janeiro RJ 113 Fátima Pombo fotógrafa 114 Felipe Barbosa artista Rio de Janeiro RJ 115 Fernanda Junqueira artista Rio de Janeiro RJ 116 Fernanda Terra artista Rio de Janeiro RJ 117 Fernando de La Roque artista Rio de Janeiro RJ 118 Fernando Mendonça artista Rio de Janeiro RJ 119 Fulvia Leirner artista 120 Gabriel Jauregui 121 Gavin Adams São Paulo SP 122 Geórgia Kyriakakis artista e professora São Paulo SP 123 Gerson Grünblatt músico Niterói RJ 124 Giacomo Picca artista Londres 125 Gil Vicente artista Recife PE 126 Gilberto de Abreu 127 Giovanna Martins artista Belo Horizonte MG 128 Gisele Ribeiro artista Rio de Janeiro RJ 129 Gleyce Cruz Curitiba PR 130 Goto artista Curitiba PR 131 Guy A pesquisador São Paulo SP 132 Hanaide Kalaigian São Paulo SP 133 Helena Freddi artista 134 Helena Katz professora e crítica São Paulo SP 135 Helena Maria Barroso Trindade 136 Helena Pessoa artista São Paulo SP 137 Helio Branco artista Rio de Janeiro RJ 138 Hélio Fervenza artistas plásticos e professores da UFRGS Porto Alegre RS 139 Heloisa Eterna 140 Henrique Mourato 141 Idalina Ribeiro Rio de Janeiro RJ 142 Ines Raphaelian artista plástica, curadora independente e
produtora cultural São Paulo SP 143 Iraceia de Oliveira Guerra 144 Isabela Stampanoni artista Recife PE 145 Isadora Bonder artista Rio de Janeiro RJ 146 Ivana Bentes curadora Rio de Janeiro RJ 147 Ivana Monteiro 148 Ivo Almico artista Rio de Janeiro RJ 149 Izabela Pucú artista 150 Janaina Barros artista Recife PE 151 Jane Boni 152 Jean Carla Chen artista 153 Jeanine Toledo artista Recife PE 154 Jiddu K. Saldanha 155 Joana Mazza fotógrafa Rio de Janeiro RJ 156 Joana Traub Cseko fotógrafa Rio de Janeiro RJ 157 João Atanásio 158 João Modé artista Rio de Janeiro RJ 159 João Vargas Penna 160 Jordão Corrêa Neto pediatra e geneticista São Paulo SP 161 Jorge Emanuel artista Rio de Janeiro RJ 162 José Antonio Vieira Flores 163 José Caldas 164 José Damasceno artista Rio de Janeiro RJ 165 José Eugênio Dayrell Santos artista DF 166 Judith Miller artista Rio de Janeiro RJ 167 Julia Morales Rio de Janeiro RJ 168 Julia Rodrigues Rio de Janeiro RJ 169 Julia Traub Cseko artista Rio de Janeiro RJ 170 Juliana Freitas artista Rio de Janeiro RJ 171 Juliana Morgado artista Vitória ES 172 Juliana Notari artista Recife PE 173 Julio José Fratus 174 Juvenal Portella jornalista e professor Rio de Janeiro RJ 175 Kenny Neoob artista Rio de Janeiro RJ 176 Kyosan Bajin neólogo mexicano 177 Laercio Redondo artista Estocolmo, Suécia 178 Lau Caminha Aguiar artista Belo Horizonte MG 179 Laura Lima artista Rio de Janeiro RJ 180 Lavinia Góes artista Belo Horizonte MG 181 Leila Danziger artista Rio de Janeiro RJ 182 Leonardo Galvão artista 183 Lia do Rio artista 184 Lia Rodrigues coreógrafa Rio de Janeiro RJ 185 Ligia Nobre arquiteta São Paulo SP 186 Lígia Teixeira artista Rio de Janeiro RJ 187 Lília Sodré arquiteta São Paulo SP 188 Liliza Mendes artista Belo Horizonte MG 189 Livia Flores artista Rio de Janeiro RJ 190 Lucas Coelho jornalista 191 Lúcia Avancini artista 192 Luciana Adão de Paula Andrade Produtora Cultural 193 Luciana Alencastro Guimarães 194 Luciano Zanette artista 195 Lucimar Bello artista São Paulo SP 196 Luís Andrade artista Rio de Janeiro RJ 197 Luiz Arthur Nunes 198 Luiz Carlos de Carvalho artista Niterói RJ 199 Luiz Cavalheiros artista Rio de Janeiro RJ 200 Luiz Flavio artista Belo Horizonte MG 201 Luiz Hermano 202 Luiz Zerbini artista Rio de Janeiro RJ 203 Magno Fernandes 204 Maikon Richardson Martins da Silva SESC Amapá Macapá AP 205 Mainês Olivetti artista Curitiba PR 206 Mara Martins artista 207 Mara Pereira dos Santos 208 Marcela Levi 209 Marcelo Brantes artista 210 Marcelo Terça-Nada! artista Belo Horizonte MG 211 Marcelo Valls São Paulo SP 212 Márcia Braga restauradora Rio de Janeiro RJ 213 Márcia X artista Rio de Janeiro RJ 214 Márcio José Monteiro estudante de Arte Educação Escola
Guinard Belo Horizonte MG 215 Marcos Martins designer Rio de Janeiro RJ 216 Marcus Vinícius A. Nascimento videoartista BH 217 Maria Angélica Melendi 218 Maria Carmen Gonzalez Figueiredo Brasília DF 219 Maria Hirszman jornalista São Paulo SP 220 Maria Ivone dos Santos artistas plásticos e professores da
UFRGS Porto Alegre RS 221 Maria-Carmen Urban-Perlingeiro artista Vessy, Suiça 222 Mariana Byington Valença Lins Montreal, Canadá 223 Marilá Dardot artista Belo Horizonte MG 224 Marilou Winograd artista Rio de Janeiro RJ 225 Marina Boaventura artista Palmas TO 226 Mário Chagas Poeta, Museólogo, Pesquisador, professor da
UNIRIO 227 Maristela Cabello artista São Paulo SP 228 Marssares artista Rio de Janeiro RJ 229 Marta Cristina Pereira Neves 230 Martha Maria Ozol Florianópolis SC 231 Martha Niklaus artista Rio de Janeiro RJ 232 Martingil Egypto Cenógrafo Rio de Janeiro RJ 233 Matheus Rocha Pitta artista Rio de Janeiro RJ 234 Mauro Bandeira de Mello 235 Mauro Sá Rego Costa 236 Mirella Marino artista São Paulo SP 237 Miriam de Souza Dantas Rio de Janeiro RJ 238 Miriam Gerber Produtora de Filmes Rio de Janeiro RJ 239 Morgan da Motta jornalista, critico de arte e curador
240 Murilo Godoy artista 241 Myrthes Martins Itajubá MG 242 Nadam Guerra artista Rio de Janeiro RJ 243 Nara Reis 244 Nardo Germano poeta/fotógrafo São Paulo SP 245 Nathalia Ungarelli artista Brasília DF 246 Nazareno artista Brasília DF 247 Neide Jallageas artista São Paulo SP 248 Néle Azevedo artista 249 Nelson Brissac São Paulo SP 250 Nena Balthar 251 Newman Schutze artista 252 Ni da Costa artista Rio de Janeiro RJ 253 Nina Moraes artista São Paulo SP 254 Niura Bellavinha artista Rio de Janeiro RJ 255 Noeli Ramme filósofa Rio de Janeiro RJ 256 Noemi Ribeiro 257 Norma Canetti Rio de Janeiro RJ 258 Nympha Amaral psicanalista 259 Orlando da Rosa Faria 260 Orlando Lemos 261 Oscar Malta 262 Patricia Canetti artista Rio de Janeiro RJ 263 Patricia Norman artista 264 Patricia Telles marchand Rio de Janeiro RJ 265 Paula Brandão de Holanda Cavalcanti estudante de Produção
Cultural/UFF 266 Paula Maria Gaitán cineasta 267 Paula Trope artista Rio de Janeiro RJ 268 Paulagabriela artista Rio de Janeiro RJ 269 Paulo Laport autodidata empirista 270 Paulo Lima Buenoz artista São Paulo SP 271 Paulo Mendes Faria 272 Paulo Pinto 273 Priscila Arantes pesquisadora/professora São Paulo SP 274 Priscila Bockmann arquiteta e urbanista Rio de Janeiro
RJ 275 Priscilla Christina dos Santos São Paulo SP 276 Rachel Korman artista Rio de Janeiro RJ 277 Rachel Rosalen artista São Paulo SP 278 Rafael Raddi Berlim, Alemanha 279 Raquel Kogan artista 280 Raquel Stolf artista 281 Raul Córdula 282 Regiane Cayre artista São Paulo SP 283 Regina de Paula artista 284 Regina Melim 285 Renata Barros São Paulo SP 286 Renata Lucas São Paulo SP 287 Renata Nakamura Designer do Núcleo de Criação Digital da
Globosat Rio de Janeiro RJ 288 Renata Vasconcellos videoartista 289 Renato Rebouças arquiteto e cenógrafo São Paulo SP 290 Ricardo Basbaum artista Rio de Janeiro RJ 291 Ricardo Ventura artista Rio de Janeiro RJ 292 Rinaldo Carvalho artista Recife PE 293 Rita de Almeida artista São Paulo SP 294 Rita Della Rocca São Paulo SP 295 Roberto Cobas gerente de mkt da cinecoop Rio de Janeiro
RJ 296 Roberto Conduru Rio de Janeiro RJ 297 Roberto Jorge de Abreu Martins 298 Roberto Lúcio artista Olinda PE 299 Roberto Moreira Jr. artista 300 Roberto Padilla produtor cultural Rio de Janeiro RJ 301 Roberto Ploeg PE 302 Roberto Silva artista São Paulo SP 303 Rodrigo Balan Uriartt artista RS 304 Rodrigo Cardoso artista 305 Rodrigo de Oliveira Morais jornalista Rio de Janeiro RJ 306 Rogerio Ghomes artista e professor Londrina PR 307 Ronald Duarte artista Rio de Janeiro RJ 308 Rosana Ricalde artista Rio de Janeiro RJ 309 Rosane Cantanhede 310 Roxane Chonchol artista Rio de Janeiro RJ 311 Rute Gusmão 312 Ruth Albuquerque 313 Ruy Filho diretor e dramaturgo 314 Ruy Rubio Rocha designer São Paulo SP 315 Samuel Kruchin 316 Sandra Passos 317 Sandra Schechtman artista Rio de Janeiro RJ 318 Sávio Reale artista Belo Horizonte MG 319 Sérgio Bruno Guimarães Martins 320 Sérgio Gonçalves marchand 321 Sérgio Ricardo de Lima ecologista, Sec. Nac. de Meio Ambiente
e Desenv. do PT 322 Sérgio Roclaw Basbaum 323 Sergio Verastegui artista Lima, Peru 324 Sérvulo Esmeraldo Fortaleza CE 325 Sheila Cabo pesquisadora Rio de Janeiro RJ 326 Sidnei Paciornik Prof. Universitário/Pesquisador 327 Silvia Konatsu Rodrigues cientista social / estudante de
arquitetura Rio de Janeiro RJ 328 Silvio Tavares 329 Simone Michelin artista Rio de Janeiro RJ 330 Sonia Andrade artista Rio de Janeiro RJ 331 Sonia Labouriau artista plástica/ prof. universitária/
pesquisadora Belo Horizonte MG 332 Stela Costa museóloga/arte-educadora Rio de Janeiro RJ 333 Stella Teixeira de Barros diretora da divisão de artes
plásticas do CCSP São Paulo SP 334 Suely Farhi artista Rio de Janeiro RJ 335 Suzy Okamoto São Paulo SP 336 Tatiana Aragão Pereira atriz Rio de Janeiro RJ 337 Tatiana Blass artista São Paulo SP 338 Tatiana Faro artista Rio de Janeiro RJ 339 Tatiana Ferraz 340 Tatiana Potrich pós-graduação na UFG Goiânia GO 341 Teresa Maria Mascarenhas 342 Teresa Viana artista São Paulo SP 343 Tereza Neuma artista Recife PE 344 Tiago Rivaldo Rio de Janeiro RJ 345 Tobias Maier dosensos art Londres 346 Ubiratan Lima 347 Valdirlei Dias Nunes 348 Valeria Costa Pinto artista Rio de Janeiro RJ 349 Valéria Pena-Costa artista Brasília DF 350 Vandir Gouvea artista Rio de Janeiro RJ 351 Vanessa Xavier artista Vitória ES 352 Vera beatriz Siqueira Rio de Janeiro RJ 353 Vera Condé 354 Vera Hermano artista Rio de Janeiro RJ 355 Vera Lins 356 Vera Lúcia Domschke arquiteta São Paulo SP 357 Vera Sylvia Bighetti SP 358 Veronica Cordeiro artista / crítica de arte São Paulo SP 359 Vilmar Madruga 360 Viviane Rodrigues Cavalheiro Rio de Janeiro RJ 361 Wagner Malta Tavares artista São Paulo SP 362 Walter Lima Júnior cineasta 363 Walton Hoffmann artista 364 Wilton Montenegro fotógrafo Rio de Janeiro RJ 365 Xico Chaves artista Rio de Janeiro RJ 366 Yiftah Peled artista Florianópolis SC 367 Yumi Garcia dos Santos assessora cultural São Paulo SP 368 Zé Antonio Lacerda artista Florianópolis SC 369 Zil Ribas publicitária/professora em Comunicação Social,
Univ. Estácio de Sá Rio de Janeiro RJ 370 Zulma Borges artista Florianópolis SC
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Boa Folia para todos vocês!
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