MOSTRAS:
Pele, Alma de Katia
Canton no CCBB, São Paulo HOJE
Coletiva dos artistas selecionados no CCSP, São Paulo
HOJE
CURSOS E POLÍTICA CULTURAL:
Cursos seqüenciais na FAAP, São Paulo
Entrevista com Gilberto Gil sobre Leis de Incentivo,
Folha
de S. Paulo
"cicatrizes", Paulo Gaiad, 1998
Pele, Alma
Curadoria de Katia Canton
módulo 1 - "A Pele é a
Roupagem da Alma"
Efraim Almeida
Ernesto Neto
Leda Catunda
Renata Pedrosa
Solange Pessoa
Sonia Guggisberg
módulo 2 - "Alma em Dor"
Adriana Varejão
Dora Longo Bahia
Karin Lambrecht
Paulo Gaiad
módulo 3 - "Ornamentos da
Pele, Desenhos da Alma"
José Rufino
Rosângela Rennó
Sandra Cinto
módulo 4 - "Alma Brilhante"
Albano Afonso
Del Pilar Sallum
Flávia Ribeiro
Sandra Tucci
5 - Vídeo
Beth Moisés
25 de janeiro, sábado,
às 11h
Performance Lista, criação de
Katia Canton e Cristina Mutarelli, ao meio-dia
Centro Cultural Banco do
Brasil de São Paulo
Rua Álvares Penteado 112
Centro São Paulo
11-3113-3651
Terça a domingo, das 12h às
18h30.
Exposição até 16 de março de
2003.
'Pele, Alma' mapeia nova espiritualidade na arte
Mostra que será inaugurada hoje no CCBB identifica a relação entre
corpo e espírito
FERNANDO OLIVA
Muito mais que um projeto acadêmico, a extensa e contínua
pesquisa levada a cabo pela curadora paulistana Katia Canton - crítica
de arte e
docente do MAC USP (Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São
Paulo)
- é um projeto de vida que está completando dez anos e inaugura, hoje,
mais
uma grande exposição que mapeia a produção recente da arte
contemporânea
brasileira consagrada, no Brasil e no mundo, a partir dos anos 90.
Pele,
Alma, que ocupa os três andares da sede paulistana do CCBB (Centro
Cultural
Banco do Brasil), investe sobre o que a curadora chama de "nova
espiritualidade"
na arte, tendência relacionada a uma maneira particular de abordar o
corpo,
na conexão do material com o espiritual.
"Não se trata do corpo matizado pela violência que povoou o universo da
produção artística dos anos 1990, o corpo fragmento e estranhamento, o
corpo simulacro, distanciado da vida pela virtualização do mundo e das
relações, a persona-máscara que habita o anonimato das grandes
cidades", avisa Katia. "A exposição fala de um corpo que é pele e
poros, uma membrana para passagem de verdades, caminho aberto pelas
vias da respiração e da transpiração."
LEIA A CONTINUAÇÃO no Estado de São Paulo, Caderno 2, de 25 de janeiro
de 2003, sábado:
http://www.estado.com.br/editorias/2003/01/25/cad040.html
volta ao topo
Programa
de Exposições 2003
Coletiva dos Artistas Selecionados
Aline van Langendonck,
Ana Holck, Andrea Aly, Antonio Malta, Carolina Lopes, Cezar
Bartholomeu, Claudio Matsuno, Estela Sokol, Fabio Kneese Flaks,
Fernando Vilela, Hugo Fortes,
Iara Freiberg, João Carlos de Souza, Karina El Azem, Katia Prates,
Mirella
de Almeida Marino, Newman Schutze, Tatiana Blass, Tatiana Ferraz,
Vanderlei
Lopes, Wagner Morales.
25 de janeiro, sábado, a
partir das 12h
Centro Cultural São Paulo -
Piso Caio Graco
Rua Vergueiro 1000, Paraíso
São Paulo 11 3277-3611
Terça a sexta, das 10h às
20h; sábados e domingos, das 10h às 18h, com entrada franca.
Exposição até 23 de fevereiro
de 2003.
Resultado de uma seleção de 21 artistas a partir da avaliação
de 440 projetos inscritos de todo o Brasil e outros países, como
Argentina,
Espanha, Portugal e Cuba. Os trabalhos envolvem pintura, fotografia,
escultura
e instalação, entre outros temas.
Os trabalhos foram avaliados por uma banca especializada composta por:
Carlos Augusto Calil, diretor do Centro Cultural São Paulo, Stella
Teixeira de Barros, diretora da Divisão de Artes Plásticas do CCSP,
Célia Euvaldo, 47, artista plástica paulistana vencedora do
Prêmio
Viagem ao Exterior – 11º Salão Nacional de Artes Plásticas, Funarte,
Rio
de Janeiro. Em 2002, participou da exposição coletiva da VII Bienal
Internacional
de Pintura de Cuenca, no Equador, entre muitas outras, e de individuais
em
vários espaços importantes do país, Ricardo Resende, mestrando
em
Artes pela Universidade de São Paulo, trabalhou no Museu de Arte
Moderna
de São Paulo, sendo recentemente, curador de várias exposições, como
Nefelibatas:
Para Aqueles que Vivem nas Nuvens e Panorama da Arte Brasileira de
2001,
entre outras e Roberto Conduru, membro da Comissão de Curadoria
da
Galeria Cândido Portinari – UERJ, em 2001.
Aline van Langendonck
Série de gravuras e monotipias realizadas a partir de uma única matriz
de metal. Estruturas negativas, esqueletos e ensaios. Transformações e
reorganizações do espaço por meio de claros e escuros, massas de
diferentes qualidades
de pretos, secos, aveludados, brilhantes; dinamizam e criam sequencias,
possibilidades e mudanças do lugar.
Ana Holck
My Mondrian, é uma série de três fotografias sobre backlight. Ao juntar
body-art e Mondrian, não mais encontramos o corpo tal como o conhecemos
ou sua essência, mas fragmentos que se constituem como elementos
autônomos, antes
construídos que fragmentados.
Andrea Aly
Para a mostra coletiva, foram selecionadas 10 fotografias de vias
públicas em tamanho 26X40 cm e todas as fotografias estão montadas
sobre uma chapa de PVC. A técnica é a fotografia por ser mais
apropriada para este tipo
de registro. Comecei a fotografar espaços das vias públicas e percebi a
variação da linha amarela que se esforça para demarcar o asfalto com
precisão,
porém, às vezes é quase imperceptível a presença desta sinalização. As
fotos
fazem parte da série “Pelos Cantos” que são desenhos de espaços
públicos
produzidos em 2002 com as mesmas cores das fotografias.
Carolina Lopes
O foco do trabalho é a arquitetura cotidiana, aquilo que seria banal se
não tivesse sido surpreendido por um olhar mais atento. Arcos,
escadarias, viadutos e janelas, depois de gravados na madeira,
tornam-se módulos que exploram
o espaço bidimensional, remetendo à própria experiência concreta.
Claudio Matsuno
A série de desenhos apresentados sobre plástico montados quase
precários sem telas remetem a um universo imaginário de HQs seçm
roteiro, sem começo ou sem fim, porém discutindo, testando ou até
questionando os limites do
homem enquanto ser pensante.
Estela Sokol
Serão apresentadas 4 xilogravuras de compensado de virola impressas
sobre papel. As dimensões variam de 1,20 x 1,60cm à 36 x 45cm (medida
interna). Os trabalhos buscam discutir as propriedades da madeira:
veio, massa, entrada de luz... através da relação com a matéria papel,
ou seja, a estampa em
sí no seu ponto limítrofe de equilíbrio.
Fabio Kneese Flaks
Expõe na Exposição Coletiva do Programa de Exposições 2003 do CCSP
quatro trabalhos dípticos de fotografia com dimensões de 130 x 100 cm.
Estes trabalhos consistem em fotografias de cantos de diversos
ambientes sem qualquer relação com espaços destinados à arte, que ao
serem combinadas formam outro espaço, um espaço que não existe, neutro,
remetendo ao espaço expositivo, o cubo
branco.
Hugo Fortes
Apresenta uma série de aquários com água, parafina, pigmento e chumbo
em que explora as relações de peso e leveza, flutuação e submersão,
transparência e opacidade, reflexão, refração e distorção. As formas
orgânicas em parafina remetem a formas geológicas ou corporais em
transformação.
Iara Freiberg
Para a Exposição 2003 no Centro Cultural São Paulo, apresenta desenhos
de carvão sobre papel descrevem espaços internos, compostos por paredes
e portas. Remetendo a salas vazias onde estas paredes são planos que se
cruzam, constroem uma tridimensionalidade que se desdobra no interior
do
papel, criando um espaço virtual dentro do desenho.
João Carlos de Souza
As esculturas utilizam-se da ótica e do espaço, tanto o vazio quanto o
cheio, que existindo ambos como matéria escultórica, ativam valores
positivos
de peso, volume e massa. Assim, o objeto estético é a substancia
atmosférica e a linha que utiliza para cortar o espaço é apenas um
instrumento.
Karina El Azem
Acostumbrados al enfoque de los media, consumimos la violencia como una
sucesión de imágenes vacías de contenido.
Los pictogramas pueden ser leídos como simples rítmos y formas
abstractas si no conocemos los códigos, como sucede con las caligrafías
chinas, árabes y japonesas. Durante los últimos años el foco de mi
producción estuvo centrado en la influencia de las artes decorativas en
el desarrollo del arte abstracto del siglo XX. Ahora estoy trabajando
en una serie llamada Razas, Delito,
Trabajo y Salud. Consiste en pictogramas hechos con mostacillas y
balines
de aire comprimido que digitalizo, edito y desarrollo.
Katia Prates
Produz séries fechadas onde utiliza diferentes meios técnicos em busca
de dualidades. Em “Paisagens”, sua mais recente série, fotografa cenas
da
natureza e investiga o funcionamento da imagem quando extraídos seus
limites
de referência habituais.
Mirella de Almeida Marino
Os desenhos apresentados originam-se de anotações feitas em pequenos
cadernos que carrego sempre comigo.
Sua referência é a cidade, não os desenhos mais explícitos como
outdoors ou luminosos e sim, os desenhos que meu olhar busca nas faixas
de pedestres e grelhas ou nas sinalizações de trânsito no asfalto, e
nas proporções de janelas dos edifícios e suas sacadas. Talvez seja o
olhar da artista-arquiteta-urbanista, não voltado para os fluxos e
funções da cidade mas para seus materiais e
suas soluções de desenho.
A partir desses registros, novos desenhos são feitos; começo a criar
“famílias” de desenhos com poéticas próprias, como uma investigação das
possibilidades que eles proporcionam, onde a referência da cidade não é
mais tão evidente. Assim, experimento desenhar em outras escalas. Nesse
momento, a referência são as anotações em si, não mais os “desenhos” da
cidade.
Os desenhos transformam-se em pequenos carimbos ou adquirem tamanhos
maiores, da escala de um lambe-lambe, por exemplo. Existe a intenção de
que esses
desenhos maiores incorporem-se ao suporte, seja desenhados diretamente
sobre
a parede, ou ainda, colados como cartazes quando o desenho é feito num
papel
muito fino, deixando que a textura da parede transpareça através dele.
A geometria é uma forte característica do trabalho; ora sutil, nos
desenhos feitos com linhas que se repetem, ora marcante, nos desenhos
que são compostos por massas pretas, sempre utilizando horizontais e
verticais.
Newman Schutze
A exposição será composta de várias telas em diversos tamanhos. O
trabalho é calcado no Minimalismo, há nele uma serialidade, um gesto
enfático, literal no seu fazer, usando uma combinatória geométrica na
horizontalidade mas
com uma cromática variável, onde vermelhos e cinzas convivem com
amarelos
e azuis, para que o equilíbrio não se torne austero demais. Sempre
obedecendo
uma ordem planar, com planos horizontais sendo construídos e montados
uns
sobre os outros.
Tatiana Blass
Tatiana Blass expõe na Coletiva do Programa de Exposições do CCSP
pinturas de 2002 em óleo sobre tela ou papel. Com o uso da tinta direto
do tubo,
sem diluição, constrói um embate entre diferentes cores. Sua
preocupação
está em estabelecer uma convivência em que mesmo a estranheza não traga
discordância. Sem uma passagem brusca - que não é dada pelo tonalismo
-
apresenta outras maneiras de amaciar o conflito sem rebaixar a
identidade
de cada cor. Isto através de um contorno incerto do campo de cor, pelas
sobras de branco do suporte, pelas camadas anteriores de tinta e pelo
trabalho
do pincel evidentes.
Tatiana Ferraz
Os trabalhos desenvolvidos pela artista nos últimos três anos se
aproximam cada vez mais da condição do lugar. Do desenho e da maquete
partem propostas de ocupação dos espaços dados, a partir dos quais
busca-se um estreito convívio que estimula uma ação sobre eles,
reformulando suas especialidades e conduzindo a novas experiências do
lugar antes veladas.
Vanderlei Lopes
Reflexão sobre a paisagem (Propagações) é uma série de fotografias que
registram o sopro de fumaça sobre a superfície negra de uma mesa, tendo
como assunto central o exato momento em que a fumaça branca toca a
superfície
negra e se propaga sobre ela.
Em praticamente todo o trabalho de Vanderlei Lopes o binômio
construção/desconstrução e o espaço atuam como agentes centrais.
Em trabalhos como Constelação, escultura composta de 100 peças ovais,
feitas de cerâmica negra e dispostas no chão, essa obra não somente se
articula
no espaço como também o articula determinando uma outra experiência do
local onde está instalada.
Wagner Morales
O trabalho (sem título) apresentado é um vídeo experimental de
aproximadamente 5 minutos de duração. A câmera registra a imagem de uma
margem de rio onde uma bobina plástica transparente cheia de água
recebe tiros de espingarda até esvaziar.
volta ao topo
Cursos Seqüenciais em Artes Plásticas
Aulas com: Sandra Cinto;
Gustavo Rezende; Cláudio Mubarac; Mônica Barth; Marcos Moraes; Magnólia
Costa; entre outros.
Inscrições até 15 de fevereiro de 2003
FAAP- FAP - Seqüencial no
Curso de Artes Plásticas
11-3662.7313 – com Luciana das 8h30 às 18h
http://www.faap.br
Preço por curso: R$ 190.
Tudo para você fazer
arte com qualidade sem prestar vestibular.
É preciso ter cursado ou estar cursando curso superior, passando, é
claro, por uma entrevista com professores, que orientará o pretendente
a escolher o curso que melhor lhe encaixa. O aluno poderá fazer aulas
de pintura, escultura, desenho, história da arte, etc, com os melhores
professores da atualidade.
Criada em 1947 e destinada a amparar e desenvolver as artes plásticas,
a Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP - é hoje uma das mais
importantes e respeitadas instituições acadêmicas do Brasil, tendo
colocado no mercado muito dos nossos artistas das artes contemporâneas.
A FAP/FAAP coloca a disposição de interessados os Cursos Seqüenciais
que são regulamentados pela Portaria nº 482, de 07 de abril de 2000,
do Ministério da Educação - MEC, que diz que toda a faculdade poderá
abrir cursos seqüenciais, desde que estejam de acordo com as exigências
específicas, ou seja, que
o pretendente ao curso seja universitário, ou já esteja formado no 3º
grau, independente da disciplina que o pretendente escolher.
O Curso Seqüencial
tem duração semestral e ao final do semestre o aluno receberá, por
disciplina cursada, um Certificado de Curso Superior de Complementação
de Estudos.
Até 15 de fevereiro a
Faap estará agendando entrevistas com um professor da Faculdade de
Artes Plásticas,
onde o interessado obterá informações sobre os conteúdos da(s)
disciplina
horários de aula, documentos necessários e prazo para a matrícula.
volta ao topo
Em passagem por
Cannes, o ministro Gilberto Gil anuncia mudanças na estrutura do seu
ministério
Gil defende lei de incentivo para o Carnaval
ISRAEL DO VALE
Meses atrás, a frase "eficácia daquele novo instrumento legal",
ouvida da boca de Gilberto Gil, seria tomada como um elogio ao som do
violão que acabara de comprar. Mas agora é o ministro quem fala, em
referência ao trabalho de convencimento político que deve anteceder as
reformas planejadas para seu
ministério.
Gilberto Passos Gil Moreira parecia confortável no figurino de ministro
da Cultura do Brasil na primeira baldeação de sua viagem internacional
de
estréia, que começou no último sábado por Cannes, na França, chega hoje
à
capital do país e se estende na próxima semana a Davos, na Suíça, onde
acontece
o Fórum Econômico Mundial. Gil foi convidado a abençoar a primeira
investida institucional da produção musical independente brasileira
sobre o Midem, principal
feira da indústria fonográfica mundial, que teve no Brasil seu
país-tema.
Entre as novidades da reforma que prepara na estrutura do ministério,
anunciou
a criação de dois novos "entes": um para a área de museus, outro para a
de
música - esta, a ser entregue ao antropólogo Hermano Vianna. Leia a
seguir
a entrevista que o ministro deu à Folha, em Cannes.
Folha - O programa de governo da área cultural do PT previa mudanças
nas leis de incentivo. Isso já vem sendo discutido?
Gilberto Gil - Uma das coisas que vão entrar na pauta da reforma é a
questão da readaptação da lei de incentivo a políticas que sejam mais
democráticas, que contemplem setores médios e pequenos, não só da área
econômica que vai incentivar, mas da atividade cultural periférica.
Esse grupo de trabalho está
sendo constituído.
Folha - O que será discutido?
Gil - O desempenho dos mecanismos de incentivo. Há projetos de cunho
social, de desenvolvimento de setores carentes da população, projetos
que têm interfaces culturais e através delas acabam se qualificando
para usar os mecanismos de
incentivo. Tem um atendimento que a lei faz que precisa ser continuado,
ainda
que correções devam ser feitas. Por exemplo, há críticas aos institutos
das
empresas que se beneficiam das leis e criam, através do dinheiro
público, um financiamento da sua atividade privada.
Folha - O sr. é a favor disso?
Gil - É preciso corrigir. Há todo um conjunto de atendimentos que a lei
faz. Carnaval, por exemplo: as prefeituras é que fazem Carnaval no
Nordeste.
Folha - O Carnaval deve ser financiado pelas leis de incentivo?
Gil - Acho que sim. Do meu ponto de vista é uma manifestação cultural
importantíssima.
Folha - Isso não seria manter os rumos da política cultural do governo
nas mãos do mercado?
Gil - Mas o que é o mercado senão uma interação múltipla entre
produtores, consumidores? A gente discute o mercado como uma entidade
abstrata, pertencente ao mundo negativo, mas ele é uma instância
reguladora. Ele não deve estar sozinho, porque muitas questões não são
atendidas pelo mercado. Por isso, precisa-se da regulação do Estado.
Folha - Quais são as prioridades do seu ministério?
Gil - A questão da reforma da lei de incentivo é básica, assim como a
da lei autoral. Na área do patrimônio histórico, temos uma reforma a
fazer. Esse
novo ente ministerial dedicado aos museus é importante assim como dar
agilidade
ao projeto Monumenta.
Folha - A idéia é vincular os projetos culturais à esfera social?
Gil - Há projetos que vão contribuir para a questão do aumento da
segurança, da inclusão. A gente precisa apoiar o Fome Zero com a
mobilização de artistas, com projetos que possam designar percentuais
mínimos das rendas para o projeto. Há uma articulação com a FAO (órgão
das Nações Unidas de combate à fome) para
criar projetos que envolvam artistas internacionais.
O jornalista Israel
do Vale viajou a convite da organização do evento.
Texto publicado na Folha de São Paulo, terça-feira, 21 de janeiro de
2003.
volta ao topo
Assinaturas e renovações são fundamentais para a manutenção deste Canal.
http://www.canalcontemporaneo.art.br/projetos.htm#0