SOBRE AGENDA E REDE CANAL
AGENDA DE EVENTOS
Hector Zamora + Pablo Lobato na Luciana Brito, São Paulo
Sunday Night na Baró, São Paulo
Jac Leirner + Tiago Carneiro da Cunha na Fortes Vilaça, São Paulo
Sara Ramo + Tamar Guimarães no Galpão Fortes Vilaça, São Paulo
Anna Maria Maiolino na Galeria Millan, São Paulo
Reginaldo Pereira na Casa Triângulo, São Paulo
Luiz Alphonsus na Galeria Oscar Cruz, São Paulo
Lygia Clark no Itaú Cultural, São Paulo
Adriana Varejão + Encontros de arte e gastronomia no MAM, São Paulo
Waltercio Caldas na Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre
Daniel Lannes na Luciana Caravello, Rio de Janeiro
ARTE EM CIRCULAÇÃO Lygia Clark: uma Retrospectiva por Felipe Scovino e Paulo Sergio Duarte
NOTA MEC reconhece a primeira graduação em crítica e curadoria do Brasil
Hector Zamora
Pablo Lobato
Hector Zamora
Inconstância Material
+
Nuno Ramos
Gigante, intervenção nos dias das aberturas
+
Pablo Lobato
Do Corte
1 e 2 de setembro, sábado e domingo, 13-19h e 13-18h
Luciana Brito Galeria
Rua Gomes de Carvalho 842, Vila Olímpia, São Paulo - SP
11-3842-0634 ou info@lucianabritogaleria.com.br
www.lucianabritogaleria.com.br
Terça a sábado, 10-19h
Exposições até 27 de outubro de 2012
Sobre as mostras e os artistas
+ imagens e resumos na agenda de Hector Zamora e Pablo Lobato
english / english
Enviado por Tatiana Gonçales
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Roman Signer
Sunday Night
Adam Nankervis, David Medalla, Roman Signer, Tatiana Trouvé
Curadoria de Marc-Olivier Wahler
2 de setembro, domingo, 15-20h
Baró Galeria
Rua Barra Funda 216, Barra Funda, São Paulo - SP
11-3666-6489 ou info@barogaleria.com
www.barogaleria.com
Terça a sexta, 11-19h; sábado, 11-18h
Exposição até 3 de novembro de 2012
+ imagem e resumo na agenda
english
Enviado por Adriano Casanova
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Jac Leirner, Seda de Nível, 2012, nível, papel e plástico 18,5 x 123 x 3,5 cm
Jac Leirner
Hardware seda – Hardware silk
+
Tiago Carneiro da Cunha
Novas Esculturas
1 de setembro, sábado, 12-15h
Galeria Fortes Vilaça
Rua Fradique Coutinho 1500, Vila Madalena, São Paulo - SP
11-3032-7066 ou galeria@fortesvilaca.com.br
www.fortesvilaca.com.br
Terça a sexta, 10-19h; sábado, 10-18h
Exposições até 27 de outubro de 2012
Sobre as mostras e os artistas
+ imagens e resumos na agenda de Jac Leirner e Tiago Carneiro da Cunha
english / english
Enviado por Amanda Rodrigues Alves
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Tamar Guimarães
Sara Ramo
Pano de Fundo
+
Tamar Guimarães
Os últimos dias de Watteau
1 de setembro, sábado, 15-18h
Galpão Fortes Vilaça
Rua James Holland 71, Barra Funda, São Paulo - SP
11-3392-3942 ou curatorial@fortesvilaca.com.br
www.fortesvilaca.com.br
Terça a sexta, 10-19h; sábado, 10-18h
Exposições até 13 de outubro de 2012
Sobre as mostras e os artistas
+ imagens e resumos na agenda de Sara Ramo e Tamar Guimarães
english / english
Enviado por Amanda Rodrigues Alves
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Anna Maria Maiolino
Anna Maria Maiolino
É o que é
+
Lançamento do livreto
Eu sou eu
Poema que integra a instalação da artista na Documenta 13
1 de setembro, sábado, 11-17h
Galeria Millan
Rua Fradique Coutinho 1360, Vila Madalena, São Paulo - SP
11-3031-6007 ou galeria@galeriamillan.com.br
www.galeriamillan.com.br
Segunda a sexta, 10-19h; sábado, 11-17h
Exposição até 6 de outubro de 2012
+ imagem e resumo na agenda
english
Enviado por Caroline Carrion
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Reginaldo Pereira
Abre Alas
1 de setembro, sábado, 12-19h
Casa Triângulo
Rua Paes de Araújo 77, Itaim Bibi, São Paulo - SP
11-3167-5621 ou info@casatriangulo.com
www.casatriangulo.com
Terça a sábado, 11-19h
Exposição até 6 de outubro de 2012
+ imagem e resumo na agenda
english
Enviado por Casa Triângulo
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Luiz Alphonsus
Máquina de Voar
Curadoria de Ophelia Patrício Arrabal
3 de setembro, segunda-feira, 19h
Galeria Oscar Cruz
Rua Clodomiro Amazonas 526, Itaim Bibi, São Paulo - SP
11-3167-0833 ou galeria@galeriaoscarcruz.com
www.galeriaoscarcruz.com
Terça a sexta, 11-19h; sábado, 11-17h
Exposição até 6 de outubro de 2012
+ imagem e resumo na agenda
english
Enviado por Décio Giorgi
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Lygia Clark, Bicho, 1960 (Foto de Marcelo Corrêa)
Lygia Clark
Lygia Clark: uma Retrospectiva
Curadoria de Felipe Scovino e Paulo Sergio Duarte
1 de setembro, sábado, 16h
Instituto Itaú Cultural
Avenida Paulista 149, Jardim Paulista / Paraíso, São Paulo - SP
11-2168-1776 ou instituto@itaucultural.org.br
www.itaucultural.org.br
Terça a sexta, 9-20h; sábado, domingo e feriado, 11-20h
Exposição até 11 de novembro de 2012
Sobre a mostra e programação paralela
Texto curatorial
+ imagem e resumo na agenda
english
Enviado por Cristina Duran
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Adriana Varejão
Histórias às margens
Curadoria de Adriano Pedrosa
+
Encontros de arte e gastronomia
Amanda Lopes (Girarrosto - São Paulo) e Caetano Dias (Salvador), Ana Luiza Trajano (Brasil a Gosto - São Paulo) e Rodrigo Bueno (São Paulo), Henrique Fogaça (Sal - São Paulo) e Marco Paulo Rolla (Belo Horizonte), José Barattino (Hotel Emiliano - São Paulo) e Laura Lima (Rio), Léo Filho (Hotel do Frade - Angra dos Reis) e coletivo Opavivará (Rio de Janeiro), Maria do Céu (Centro de Gastronomia do Amazonas - Manaus) e Amilcar Packer (São Paulo), Philippe Brye (Traiteurs de France - Rio) e Rochelle Costi (São Paulo), Renato Carioni (Cosi - São Paulo) e Jardineiro André Feliciano (São Paulo), Rodrigo Oliveira (Mocotó - São Paulo) e Matheus Rocha Pitta(Rio) e Tsuyoshi Murakami (Kinoshita - São Paulo) e Regina Silveira (São Paulo)
3 de setembro, segunda-feira, 20h
Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM SP
Parque Ibirapuera portão 3, Ibirapuera, São Paulo - SP
55-11-5085-1300 ou imprensamam@mam.org.br
www.mam.org.br
Terça a domingo e feriados, 10-18h
Eventos até 16 de dezembro de 2012
Sobre a mostra e os encontros
+ imagem e resumo na agenda de Adriana Varejão e Arte e Gastronomia
english / english
Enviado por Luciana Pareja
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Waltercio Caldas
O Ar Mais Próximo e outras matérias
Curadoria de Gabriel Pérez-Barreiro e Ursula Davila-Villa
1 de setembro, sábado, 11h
Fundação Iberê Camargo
Avenida Padre Cacique 2000, Porto Alegre - RS
51-3247-8000 ou site@iberecamargo.org.br
www.iberecamargo.org.br
Terça a domingo, 12-19h; quintas, até 21h
Exposição até 18 de novembro de 2012
Sobre a mostra
+ imagem e resumo na agenda
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Enviado por Neiva Mello Assessoria em Comunicação
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Daniel Lannes
Dilúvio
1 de setembro, sábado, 13h
Luciana Caravello Arte Contemporânea
Rua Barão de Jaguaripe 387, Ipanema, Rio de Janeiro - RJ
21-2523-4696 ou contato@lucianacaravello.com.br
www.lucianacaravello.com.br
Segunda a sexta, 10-19h; sábado, 11-14h
Exposição até 29 de setembro de 2012
+ imagem e resumo na agenda
english
Enviado por Marcos Noronha
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ARTE EM CIRCULAÇÃO
Lygia Clark: uma Retrospectiva
FELIPE SCOVINO E PAULO SERGIO DUARTE
Lygia Clark - Lygia Clark: uma Retrospectiva, Instituto Itaú Cultural, São Paulo, SP - 02/09/2012 a 11/11/2012
A obra de Lygia Clark (1920-1988) é um momento privilegiado da arte da segunda metade do século XX para observarmos as passagens do moderno ao chamado pósmoderno, ou melhor, do moderno ao contemporâneo, ou, se preferirem, do moderno aos dias atuais. É importante saber que internacionalmente se começa a reconhecer isto: no Brasil da segunda metade do século XX ocorreram experiências inéditas que contribuem para uma melhor compreensão da arte atual. E uma das chaves desse entendimento é a obra de Lygia Clark com a qual você se encontrará na sua assustadora radicalidade.
Leia a continuação e publique seu comentário no blog Arte em circulação
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NOTA
MEC reconhece a primeira graduação em crítica e curadoria do Brasil
A graduação em Arte: História, Crítica e Curadoria da PUC-SP acaba de ser reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) com a nota máxima (5). O curso é o primeiro do país voltado à formação de profissionais de crítica e curadoria. “O resultado da avaliação nos qualifica e consolida esta nova área de conhecimento, que estamos construindo há quatro ou cinco anos”, comemora a professora Elaine Caramella, coordenadora e uma das fundadoras do curso. “O reconhecimento do MEC também expressa a seriedade de nosso trabalho para a criação de massa crítica em uma área que não existia no Brasil como formação profissional”, complementa.
A graduação em Arte: História, Crítica e Curadoria da PUC-SP foi criada em 2008 e tem foco na reflexão sobre a arte (e não na formação do artista). A primeira turma se formou em 2011. Os profissionais graduados no curso desenvolvem as mais diversas atividades no campo artístico: além de avaliar e redigir textos sobre obras e exposições, podem programar e produzir eventos culturais em galerias, museus, centros culturais e institutos de arte.
Para formar este profissional, o curso promove atividades além da sala de aula, como visitas técnicas, estágios supervisionados e laboratório experimental de crítica e curadoria de exposições. A graduação também incentiva a produção científica dos alunos – as atividades de pesquisa incluem, além dos trabalhos de conclusão de curso, a possibilidade de participar de grupos de pesquisa e de realizar projetos de iniciação científica.
Mais informações sobre o curso no site www3.pucsp.br/artecuradoria.
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TEXTOS DO E-NFORME
Sara Ramo e Tamar Guimarães no Galpão Fortes Vilaça
Temos o prazer de apresentar no Galpão Fortes Vilaça, exposição individual das artistas Sara Ramo e Tamar Guimarães. Sara Ramo apresenta uma grande escultura utilizando os painéis moveis expositivos do galpão ao mesmo tempo que desconstrói o seu uso. Já Tamar Guimarães, que faz sua primeira exposição na galeria desde que começou a ser representada pela Fortes Vilaça, apresenta uma fotonovela para slides realizada em parceria com o artista dinamarquês Kasper Akhøj.
Sara Ramo | Pano de Fundo
Em Pano de Fundo, Ramo mais uma vez nos coloca em um lugar inusitado. Painéis comuns, normalmente utilizados para configurar o espaço expositivo do Galpão, estão uns sobre os outros, em delicado equilíbrio, formando uma escultura monumental. O material aparentemente neutro toma vida, se reorganizando como se estivesse prestes a cair. O público é convidado a andar entre os painéis empilhados.
A obra é um desenvolvimento de trabalhos anteriores onde as composições também tomam como ponto de partida a desordem ou o acaso. Em Legado de 2012, feito para o CA2M de Madrid, encontramos uma construção absurda, com muros e vigas feitos de concreto e tijolos sobrepostos uns aos outros, criando um labirinto. Já em Avalanche Concreta de 2010,uma pilha de caixas saem de uma pequena porta e avançam no espaço invadindo o território de uma galeria.
A artista se apropria de elementos e cenas do cotidiano, deslocando-os de seus lugares de origem rearranjando-os em vídeos, fotografias, colagens, esculturas e instalações. De forma critica e poética, em uma espécie de disciplina libertária, os objetos do mundo, que para Ramo funcionam como extensões de nos mesmos, são reorganizados, criando novos sentidos. Estratégias formais e conceituais permeiam o trabalho da artista numa encenação constante de mapeamento de noções como ordem e desordem, acúmulo e vazio.
Sara Ramo nasceu em Madrid, Espanha em 1975 vive entre a Espanha e o Brasil. Entre suas exposições recentes, podemos citar Sin Heroismos, por favor. CA2M, Centro Dos de Mayo. Madrid, Espanha e Penumbra na Fundação Eva Klabin, Rio de Janeiro, Brasil, ambas de 2012. A artista participou do Panorama de Arte Brasileira do MAM - São Paulo em 2011 e da Bienal de São Paulo em 2010. Além de inúmeras exposições em outras instituições de importância nacional e internacional, a artista também participou da Bienal de Veneza em 2009. Sua obra está nas coleções de Inhotim, Belo Horizonte, Brasil; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Brasil; Instituto Cultural Itaú, São Paulo, Brasil; e Fundacione Casa di Risparmiodi Modena, Itália, entre outros.
Tamar Guimarães | Os últimos dias de Watteau
Tamar Guimarães trabalha com filme, som e instalações. Sua obra frequentemente incorpora materiais encontrados nos locais de pesquisa tais como fotos, textos, documentos e objetos. O reprocessamento desta matéria prima produz narrativas de natureza híbrida entre o documentário, o ensaio e a ficção.
Os últimos dias de Watteau é uma fotonovela para projetores de slides com som sincronizado. A obra, realizada em colaboração com o artista dinamarquês Kasper Akhøj, foi produzida inicialmente para a o programa Satellite do Jeu de Paume,e em parte patrocinada pelo Danish Arts Council Committee for Visual Arts.
A referência à Watteau surge de uma anedota sobre o local daMaison d’Art Bernard Anthonioz em Nogent-sur-Marne, França, onde o projeto foi originalmente instalado.Ao pesquisar o contexto da Maison, o que chamou a atenção dos artistas foi o fato de a casa ter sido preservada como monumento histórico, no século passado,em função de um dossiê de evidências falsas produzido por seus antigos donos, atestando que o grande pintor francês do movimento rococó Antoine Watteau – autor do gênero “fête galantes” - havia passado seus últimos dias e falecido lá. Esse factóide de repercussões históricas foi o ponto de partida para a obra.
Guimarães e Akhøj encenaram uma festa onde tocam em uma série de temas envolvendo a Maison. Entre os convidados para a festa estavam, entre outros,a equipe da Maison d’Art e do Jeu de Paume, que interagiam com um pequeno elenco de atores. O que se vê nos slides são as imagens desta festa e o que se escuta são as conversas que vão criando a narrativa em cenas ensaiadas e também improvisadas. Nesse ponto o projeto se relaciona à Canoas [2010] de Tamar, que foi produzido de forma semelhante.
Além da referência a Watteau, os artistas fazem alusão a outros rumores que circundam a Maison, como os manuscritos originais do julgamento de Joana d’Arc, que supostamente teriam sido parte da coleção de manuscritos raros da biblioteca de Pierre Champion, [antigo dono da Maison e criador do boato sobre Watteau] mas retirado de lá durante a guerra e nunca retornado, e também à uma coleção de mascaras africanas falsas deixadas de herança por um antigo residente Maison.Essas três referências formam o pano de fundo para a fotonovela, onde os convidados e atores atuam.
A obra não é uma reconstrução de fatos históricos e sim uma reflexão sobre o resíduo histórico destes fatos. De como nomes e eventos são usados, manipulados, diluídos, carregados de novos sentidos, não compreendidos e reinterpretados novamente através da história e de um novo contexto. Afinal, um objeto perdido talvez nunca tenha sido possuído.
Tamar Guimarães nasceu em Belo Horizonte em 1967 e vive e trabalha em Copenhagen. Além da recente exposição na Maison d’art Bernard Anthonioz, Jeu de Palme Satellite programe em 2012 a artista já teve individual na Gasworks, Londres, UK [2011]; IMA Institute of Modern Art, Brisbane, Austrália [2009]. Já participou do Panorama de Arte Brasileira do MAM São Paulo [2009] e da Bienal de São Paulo [2010] entre outras. Sua obra está na coleção de Inhotim, Belo Horizonte, Brasil; Frac Lorraine, França; Guandong Museum, Guangzhou, China; CIFO, Miami, EUA.
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A arte libertadora de Lygia Clark em retrospectiva no Itaú Cultural
Com cerca de 150 obras, como a inquietante A Casa É o Corpo, que faz o observador sentir a sensação de penetração, ovulação, germinação e nascimento, a mostra Lygia Clark: uma retrospectiva percorre a criação da artista entre as suas pinturas, esculturas modernas, e experiências sensoriais, traz originais da série Bichos, réplicas para serem manuseadas, e alguns de seus projetos nunca antes executados
A exposição Lygia Clark: uma retrospectiva abre ao público no Itaú Cultural a partir das 16h do primeiro dia de setembro, um sábado, e permanece em cartaz até 11 de novembro. O universo da artista (1920-1988) se espalha pelos três andares do espaço expositivo do instituto e, ainda, no térreo – onde costumam acontecer as exposições da série Ocupação. Com curadoria de Felipe Scovino e Paulo Sergio Duarte e projeto arquitetônico de Pedro Mendes da Rocha, o Itaú Cultural, em parceria com a Associação Cultural O Mundo de Lygia Clark e com acompanhamento de Alessandra Clark, neta da artista, apresenta a arte que ela criava a serviço da libertação do ser humano, representada por 145 de suas obras e quatro filmes de autores diversos.
Entre, os trabalhos há proposições – que o público pode vivenciar em calendário programado pelo Núcleo Educativo –, instalações inéditas, os conhecidos Bichos – originais e em réplicas–, esculturas, pinturas e objetos sensoriais. Alguns de seus projetos nunca realizados, como O Homem No Centro dos Acontecimentos, Cinto Diálogo e Campo de Minas, são encontrados, fisicamente, no espaço expositivo. Outros, como Arquitetura Fantástica (um dos Bichos em versão gigante), Casa do Poeta e Construa Você Mesmo, estão reproduzidos no Museu Virtual especialmente criado pelo Núcleo Inovação do instituto para a exposição. Eles são vistos e passíveis de manipulação pelo observador.
Esse museu ambientado como um passeio no Parque Ibirapuera, traz, também, Bichos e obras estruturadas e esculturais de Lygia. O instituto executou, ainda, um aplicativo gratuito para iPad baseado na peça Livro-Obra. O programa tem por objetivo traduzir, utilizando a interface de toque do tablet, a experiência interativa dessa obra de Lygia Clark. Todo esse material permite ao público de todo o Brasil acompanhar a mostra.
Em paralelo, é realizado um seminário sobre o universo artístico de Lygia Clark, nos dias 5 e 6. E de 11 a 16, o instituto exibe o ciclo de filmes O Artista, sobre o universos de diversos artistas visuais. No dia 15, Jards Macalé, grande amigo de Lygia, faz show no Auditório Ibirapuera, cuja programação é planejada pelo Itaú Cultural, administrador da casa desde o ano passado em parceria com a Secretaria Municipal da Cultural.
“Esta mostra e todos os seus desdobramentos reforçam a vocação do Itaú Cultural de aproximar o público cada vez mais dos ícones da arte e da cultura brasileira”, diz Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural. “Além de buscar o que há de novo nesse setor no país, nosso esforço se volta para a perenidade e difusão do nosso patrimônio cultural.”
O espaço expositivo
É importante começar o percurso da mostra pelo 1º andar. De cara, o visitante se depara com uma das obras mais inquietantes da artista, A Casa É o Corpo. Trata-se de uma instalação de oito metros que permite a passagem das pessoas por seu interior, para que elas tenham a sensação de penetração, ovulação, germinação e do primeiro contato com o mundo.
Depois de passar por essa obra, ainda no 1º andar, o público encontra trabalhos realizados pela artista entre o final dos anos de 1940 e meados de 1950. São esculturas, com destaque para os Bichos, também em réplicas para serem manuseadas cercando os originais; pinturas, como Escada, uma de suas primeiras obras, e telas da série Composição.
No térreo, está Campo de Minas, um de seus projetos, exibido apenas em uma ocasião no Rio de Janeiro e agora apresentado pela primeira vez em São Paulo. É um tablado de 4mx4m com algumas partes dele imantadas. O visitante recebe um par de sapatos magnetizados e percorre aquele solo começando a experiência de ficar grudado, ou não, no chão. No mesmo espaço se encontra Cinto Diálogo em que cada pessoa recebe um cinturão com ímãs e entra com seu par em um jogo de atrai e repele. Em volta dessas obras, uma linha do tempo indica não somente elementos da vida e obra de Lygia, como também a situa no contexto histórico e político brasileiro e mundial.
Descendo para o piso -1, os curadores desconstroem a linha cronológica da mostra e focam o visitante no diálogo da artista com a arquitetura. Ali estão as Trepantes, esculturas realizadas por ela em 1963, as estruturas de Caixas de Fósforos, de 1964. Também as maquetes físicas Construa Você Mesmo e Casa do Poeta, nunca antes concretizadas.
Finalmente, no piso -2 são apresentados os trabalhos que Lygia denominou como objetos sensoriais, como Máscaras Sensoriais. Entre os projetos inéditos, duas obras, ambas produzidas pelo Itaú Cultural a partir de anotações deixadas pela artista: O Homem no Centro dos Acontecimentos é uma instalação onde projeções acontecem simultaneamente nos quatros lados de uma pequena sala. Elas exibem o registro de uma pessoa que saiu pelas ruas com um capacete fixado com quatro câmeras ao seu redor, registrando assim 360 graus de imagens.
A outra é Filme Sensorial em que só existe som e luz, apesar do nome e de seguir um roteiro. O visitante entra em um quadrado para viver sonoramente um dia na vida de um sujeito – desde que o galo canta, passando pelo banho de chuveiro, e o banheiro, saindo à rua, e acompanhando o percurso de trem em direção ao centro da cidade.
As proposições
Em trabalho orientado pelo educativo do instituto, o público pode vivenciar proposições concebidas por Lygia como Corpo Coletivo (1970), no dia 2 (domingo), às 17h. Nele, os participantes vestem macacões que, costurados uns aos outros, limitam e impedem gestos e movimentos simples, como andar, abaixar ou sentar. Nos dias 8 e 9 (sábado e domingo), sempre às 17h, é a vez de Cesariana (1967) em que o participante do sexo masculino veste um macacão com abertura na parte frontal, onde foi costurada uma bolsa de borracha fechada com zíper e flocos de espuma no seu interior, que devem ser retirados.
Também às 17h, mas nos dias 15 e 16, outro fim de semana, a proposição de Lygia chama-se Casal (1969). Nela, uma cabine feita com arame e plástico transparente é ligada a um homem que também usa máscara sensorial. Uma mulher abriga-se no interior da cabine e veste uma segunda máscara sensorial. Ao caminhar, o participante masculino movimenta toda essa estrutura. Nos dias 22 e 23, o visitante pode vivenciar O Eu e o Tu (1967), em que um homem e uma mulher de olhos vendados vestem macacões com capuz e seis aberturas fechadas com zíperes contendo materiais que lembram características do corpo feminino e masculino. As roupas são ligadas por uma espécie de cordão umbilical.
No último fim de semana de setembro, dias 29 e 30, a proposição é Rede de Elásticos. Um grupo de participantes constrói uma grande rede em conjunto, unindo centenas de elásticos de maneira particular. Em seguida, todos se entrelaçam a ela movimentando-se pelo espaço e formando uma espécie de corpo coletivo. “O ato de costurar a rede se faz tão importante como usa-la depois de pronta”, dizia Lygia. A programação prosseguirá em outubro e novembro.
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Programação paralela à retrospectiva de Lygia Clark no Itaú Cultural
Seminário
Nos dias 5 e 6, sempre às 19h30, o Itaú Cultural realiza em programação paralela o seminário Lygia Clark – uma Retrospectiva. Trata-se de um encontro reflexivo envolvendo pesquisadores das artes visuais que conviveram com a artista e/ou possuem um estudo significativo sobre a sua obra, em debate aberto ao público.
O evento está dividido em duas mesas nas quais serão apresentadas novas pesquisas sobre as distintas fases de trabalho de Lygia Clark, revelando temas como a sua aproximação com o cinema, exercícios de análise que estabelecem fronteiras e cruzamentos entre a prática da escrita na artista e suas ligações com sua obra e vida assim como o debate sobre as suas experiências borderline envolvendo psicanálise e artes visuais.
Participam do debate os curadores da mostra Felipe Scovino e Paulo Sergio Duarte, Sérgio Bruno Martins, doutor em história da arte pela University College London (UCL), e o crítico de arte Tiago Mesquita, no primeiro dia sob o tema Muito Além do Lúdico. No dia 6, com a mesa O Lugar da Invenção, debatem Ricardo Basbaum, professor adjunto do Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Ronaldo Brito, é professor no curso de especialização em História da Arte e Arquitetura no Brasil e do programa de pós-graduação em História Social da Cultura na PUC do Rio de Janeiro, e Sônia Salzstein, coordenadora do Centro de Pesquisa em Arte Brasileira do Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
Ciclo de filmes
Com curadoria da pesquisadora de cinema Daniela Capelatto, de 11 a 16 (terça-feira a domingo), a Sala Itaú Cultural apresenta o ciclo de filmes O Artista, entre ficção, documentário, ensaio experimental sobre artistas brasileiros e internacionais. O objetivo é promover a imersão do público no universo de artistas visuais e de cineastas com pontos de vista diversos – do seu cotidiano ao processo de criação.
São eles: Aragon, O Livro de Matisse, de Richard Dindo; Paul Gauguin e Van Gogh, de Alain Resnais; Van Gogh, A Revanche Ambígua, de Abraham Segal; Goya em Bourdeax, de Carlos Saura; Ronda Noturna, de Peter Greenway e Sobras em Obras, de Michael Favre; A Hipótese da Pintura Roubada, de Raoul Ruiz; e Utamaro e Suas Cinco Mulheres de Kenji Mizoguchi, entre os internacionais. Do Brasil, Ouvir o Rio: Uma Escultura Sonora de Cildo Meirelles, de Marcela Lordy, Assim É Se Lhe Parece, de Carla Gallo, e Enigma de um Dia, de Joel Pizzini
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