A conquista de um espaço
Tenho pensado que espaço é este, de que lugar
nós nos falamos, e penso-o a partir dos inúmeros encontros e das informações
trocadas nessas relações tecidas virtualmente. Tenho acompanhado o engendramento
de exposições, a criação de novos trabalhos e posturas; o desenrolar de salões
e o questionamento destes; a produção nas universidades, nos organismos artísticos;
as pesquisas e publicações; os encontros e desencontros com o público; a
luta dos professores para ensinar arte neste país; o resultado conseguido
pelas galerias na formação de novos colecionadores; e por fim, sobre tudo
isso regado a total falta de política cultural do nosso país e pela censura
econômica imposta pela falta crônica de recursos a que estamos submetidos.
Como manter o Canal Contemporâneo a expressão viva deste momento político
e economicamente complexo, dentro e fora do contexto artístico (dentro e
fora do Brasil)?
Foi o revirar dos tacos no trabalho de Livia
Flores que me levou ao lugar que me interessa: o instante de movimento na
oscilação entre ordem e desordem. Este lugar que se dá numa brecha, no instante
da mudança entre o conhecido e o novo, é o movimento que permite arejar velhos
posicionamentos: inclusão/exclusão (do sistema da vida e da arte). Andávamos
sobre os tacos apenas colocados lado a lado, e ao andar, os tacos rangiam,
se mexiam e se soltavam do padrão original. O andar consciente de estar provocando
mudanças, mesmo elas sendo mínimas, se fôr também capaz de percebê-las sendo
atingidas por outras também ínfimas, passará a gerir um efeito multiplicador
tipo juros compostos. (O que no caso da economia, do juros sobre juros, é
péssimo, na política, é o que há de mais desejável.)
Todos aqueles montinhos de tacos revirados,
formando outros padrões e em constante movimento, me lembraram a própria
Arte Contemporânea. É da posição desta brecha/instante, que também é movimento,
que penso o Canal Contemporâneo como ação. Pesquisa/experimento que se alimenta
no fluxo de correntes, que no seu movimento de ir e vir, se tocam e trocam,
muitas vezes sem perceber, os seus anseios e receios da posição de cada um,
indivíduo ou segmento, neste conjunto que forma a nossa coletividade. É difícil
nos encontrarmos, e conversarmos, fora das nossas panelas (patotas, partidos,
o que lá seja isso), o que nos tolhe a capacidade de criação e experimentação
num espaço mais amplo. Somos, individualmente e coletivamente, frutos disso.
São tantas as questões que envolvem a arte contemporânea, mas se apenas tocamos
nelas, como podemos fazer para potencializar mudanças (se é que as queremos),
sejam elas artísticas, institucionais, econômicas, políticas, educacionais
e mercadológicas?
Patricia Canetti, agosto 2002
Agradeço a participação destes artistas,
críticos, colecionadores, professores e galerias. A seguir a lista atual
dos assinantes do Canal Contemporâneo (num total de 143, sendo: 8 galerias/produtoras,
e 4 anônimos):
Adolfo Montejo Navas
Adriana Heemann
Adriana Leão
Adriana Varejão
Aglaíze Damasceno
Alex Hamburger
Alexandre Sá
Ana Cunha
Ana Herter
Ana Holck
Ana Lana Gastelois
Ana Lúcia Milhomens
Ana Muglia
Analu Cunha
Ane Vilete
Angela Freiberger
Anna Bella Geiger
Anna Lúcia Barros Coelho
ARTE 21 - ARTES E EVENTOS CULTURAIS
ARTE PADILLA
ARTUR FIDALGO ESCRITÓRIO DE ARTE
Beatrice Sasso
Beatriz Luz
Beatriz Paiva
Betty Ilana Zajdenwerg
Bia Medeiros
Brigida Baltar
Carla Sigaud
Cecília Cotrim
Célia Pattacini
César Oiticica
Christina Aquino Bocayuva
Christina Kovacsics
Christine Mello
Clarisse Tarran
Claudia Carlos Magno
Claudia Gamboa
Claudia Herszenhut
Claudia Saldanha
Cleide Wanderley
Cristina Amiran
Cristina Camara
Cristina Pape
Cristina Salgado
Daisy Xavier
Débora Monnerat
Denise Mattar
DYNAMIC ENCOUNTERS
Elida Tessler
Elisa de Magalhães
Elizabeth Jobim
Erton Faria
ESPAÇO AB
Fabiana Santos
Fernanda Gomes
Fernanda Junqueira
FOCO 153
Franz Manata
Gabriela Indio da Costa de Carvalho
Gabriela Machado
Glória Ferreira
Guto Nóbrega
HAP GALERIA
Helena Freddi
Helena Maria Barroso Trindade
Helmut Batista
Iraceia de Oliveira Guerra
Jacqueline Belotti
Jorge Emanuel
José Bechara
José Damasceno
José Patrício
Judith Miller
Justo Werlang
Karen Aune
LAURA MARSIAJ ARTE CONTEMPORÂNEA
Leila Danziger
Leila Pugnaloni
Lena Amorim
Leonor de Souza Azevedo
Lia do Rio
Lígia Canongia
Lígia Teixeira
Liliza Mendes
Livia Flores
Luiz Aquila da Rocha Miranda
Luiz Camillo Osorio
Luiz Cavalheiros
Luiz Ernesto Moraes
Mara Martins
Marcello Andrade Pinto Costa
Marcelo Catalano
Márcia Dantas Braga
Márcio Doctors
Marcos Chaves
Maria Elizabeth Simas
Maria Mercedes Von Lachmann
Maria Tereza Heusi
Marilúcia Bottallo
Mauro Espíndola
Mônica Barki
Naila el Shishiny
Ni da Costa
Nina Moraes
Noemia Buarque de Hollanda
Patrícia Corrêa
Patricia Furlong
Pedro Paulo Domingues
Rachel Korman
Regina de Paula
Ricardo Basbaum
Ricardo Larangeira
Ricardo Mendes
Ricardo Ventura
Robson Leite de Albuquerque
Rodrigo Azevedo
Rodrigo Cardoso
Rosane Chonchol
Sandra Felzen
Sandra Schechtman
Sérgio Bruno Martins
Sílvia Matos
Simone Michelin
Sonia Andrade
Sonia Meilman
Stela Costa
Suely Farhi
Suzana Queiroga
Valéria costa Pinto
Vandir Gouvea
Vanvan Seiler
Vera Condé
Vera Lins
Viviane Matesco
Waldick Jatobá
Waldir Barreto
Wilton Montenegro
Yacoff Sarkovas
Zalinda Cartaxo
Você que pagou e não está vendo o seu nome
na lista, por favor envie os dados do depósito!
Para assinar o Canal Contemporâneo:
veja abaixo o valor da sua semestralidade e
escolha a sua forma de pagamento a seguir:
Depósito no UNIBANCO, agência 0586,
c.c. 132.598-2, em nome de Patricia Kunst Canetti. Envie o comprovante de
depósito, com o seu e-mail, por fax 21 2547-8627.
Boleto bancário, pagável em qualquer
banco, inclusive na internet (esta forma de pagamento sofre o acréscimo de
R$ 2,10 de tarifa bancária). Envie o questionário e peça para receber o boleto
bancário pelo correio.
TODOS devem enviar as informações sobre a
forma do seu pagamento, e o questionário respondido, pelo formulário no sítio
http://www.canalcontemporaneo.art.br/projetos.htm#0
.
Pessoas - R$ 30 (trinta reais) por
semestre (ou seja, apenas cinco reais ao mês);
Galerias, Produtoras, Assessorias e
Editoras - R$ 100 (cem reais) por semestre;
Museus, Centros, Fundações e Universidades
- R$ 200 (duzentos reais) por semestre.
(Inclui o envio de divulgação. O material a
ser apreciado, deve ser enviado ao canal@canalcontemporaneo.art.br, com 15
dias de antecedência: release, texto crítico, currículo do artista e/ou curador
em arquivo texto ANEXO, e 2 ou 3 imagens em jpg, 72 dpi, em RGB, com no máximo
100kb cada.)
Algumas informações sobre
a capacidade atual de difusão do Canal Contemporâneo:
Nestes 18 meses de atividade
o Canal Contemporâneo enviou mais de 300 e-nformativos e e-convites anunciando
eventos envolvendo mais de 800 artistas, para um e-mailing variando entre
3.000 e 8.000 e-mails. Foram anunciados salões, concursos de bolsas, fóruns,
debates, palestras, cursos, exposições coletivas e individuais em museus
e galerias de todo o país, e também no exterior. Estes foram noticiados acompanhados
de imagens de trabalhos, e de textos críticos de diversos importantes autores.
Estados brasileiros que recebem
o Canal Contemporâneo - 17 estados: Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará,
Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco,
Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins.
Países que recebem e/ou visitam
o Canal Contemporâneo - 40 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita,
Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Cingapura, Colômbia,
Coréia, Costa Rica, Cuba, Dinamarca, Ecuador, Espanha, EUA, Finlândia, França,
Holanda, Hong Kong, Itália, Irlanda, Israel, Japão, México, Noruega, Nova
Zelândia, Panamá, Peru, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Rússia,
Suécia, Suiça, Tailândia, Uruguai, Venezuela.
Os segmentos do sítio, www.canalcontemporaneo.art.br,
contam com uma visitação média semanal de 900 visitantes, de 10 países diferentes,
sendo os de maior freqüência: EUA, Portugal, Espanha, França, Suíça, Alemanha,
Argentina, México e Reino Unido.
A sua assinatura é muito importante para
o nosso crescimento.
Lembre-se que é ano de eleições, os recursos
estão escassos e as atenções estão voltadas para outros propósitos, portanto,
depende de nós mesmos a movimentação do nosso próprio mercado.
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O R A D E C R E S C E R