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AGENDA DE EVENTOS
Hildebrando de Castro e Delson Uchôa na Amparo 60, Recife
Plataforma de pesquisa com Felipe Scovino na Fundação Eva Klabin, Rio de Janeiro
Jorge dos Anjos na Galeria Coleção de Arte, Rio de Janeiro
Derlon Almeida + Marta Jourdan na Artur Fidalgo Galeria, Rio de Janeiro
Crônicas Urbanas na Galeria Anna Maria Niemeyer, Rio de Janeiro
Mirador - mostra de vídeos contemporâneos colombianos no Dança no Andar de Cima, Fortaleza
Alice Miceli na Nara Roesler, São Paulo
Ciclo de Portfólios na Casa Tomada, São Paulo
Ana Paula Lobo na dconcept, São Paulo
SALÕES E PRÊMIOS Revista-Valise - Chamada de trabalhos - Inscrições e informações
COMO ATIÇAR A BRASA
Blog de poesia de Maria Bethânia inspira debate sobre projetos brasileiros na web por André Miranda e Mauro Ventura, O Globo
Um brasileiro em Veneza por Camila Molina, O Estado de S. Paulo
Brasileiras são confirmadas em Veneza por Fabio Cypriano, Folha de S. Paulo
Dilma busca aproximação com artistas por Ana Flor, Folha de S. Paulo
CANAL INFOS&LINQUES
Delson Uchôa, Misotis, 2011 (Foto de Murilo Uchôa)
Hildebrando de Castro e Delson Uchôa
Janelas Abertas nº3
Curadoria de Marcelo Campos
31 de março, quinta-feira, 20h
Amparo 60 Galeria de Arte
Av. Domingos Ferreira 92 A, Boa Viagem, Recife – PE
81-3033-6060 ou galeria@amparo60.com.br
www.amparo60.com.br
www.hildebrandodecastro.com.br
www.delsonuchoa.com
Segunda a sexta, 10-13h; 14-19h; sábado, 10-14h
Exposição até 28 de maio de 2011
Leia o texto de Marcelo Campos
Leia o resumo na agenda
english
Enviado por Mariana Oliveira marianasoliveira@uol.com.br
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Projeto Plataforma de Pesquisa
Felipe Scovino
Táticas, posições e invenções: dispositivos para um circuito da ironia na arte contemporânea brasileira
29 de março, terça-feira, 17h
Fundação Eva Klabin
Av. Epitácio Pessoa 2480, Lagoa, Rio de Janeiro - RJ
21-3202-8554/8550 ou cultura@evaklabin.org.br
www.evaklabin.org.br
Reservar lugar com antecedência pelos telefones
Sobre o evento
Enviado por Tatiana Magalhães Noronha tatiananoronha.fatutti@gmail.com
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Jorge dos Anjos
Jorge dos Anjos
Pedra, ferro e fogo
Curadoria de Roberto Conduru
31 de março a 28 de maio de 2011
Galeria Coleção de Arte
Praia do Flamengo 278, térreo, Flamengo, Rio de Janeiro - RJ
21-2551-0641 ou contato@colecaodearte.com.br
www.colecaodearte.com.br
Segunda a sexta, 12-18h; sábado, 10-18h
Leia o resumo na agenda
english
Enviado por Lourdes Pacheco contato@colecaodearte.com.br
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Derlon Almeida
Marta Joudan
Derlon Almeida
+
Marta Jourdan
Fluido cinema
31 de março, quinta-feira, 19h30-23h
Artur Fidalgo Galeria
Rua Siqueira Campos 143, ljs 147 a 150, 2° Piso, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
21-2549-6278 ou contato@arturfidalgo.com.br
www.arturfidalgo.com.br
Segunda a sexta, 10-19h; sábado, 10-14h
Exposição até 30 de abril de 2011
Sobre o evento Derlon Almeida / Marta Jourdan
Leia o resumo na agenda sobre Derlon Almeida / Marta Jourdan
english / english
Enviado por Romualdo Marques contato@arturfidalgo.com.br
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Thiago Pena, Sangria Desatada
Crônicas Urbanas
Bárbara Schall, Binho Barreto, Bruno Cançado, Camila Bicalho, Fabiano Dutra, Thiago Pena
Curadoria de Isaura Pena e Marco Túlio Resende
30 de março, quarta-feira, 19h
Galeria Anna Maria Niemeyer – filial Baixo Gávea
Praça Santos Dumont 240, Loja A, Gávea, Rio de Janeiro - RJ
21-2540-8155 ou galamn2@centroin.com.br
www.annamarianiemeyer.com.br
Terça a sexta, 12-21h; sábado e domingo, 14-18h
Exposição até 28 de abril de 2011
Leia o resumo na agenda
english
Enviado por Bárbara Chataignier bchataignier@gmail.com
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Wilson Diaz, Rebeldes del sur
Mirador - mostra de vídeos contemporâneos colombianos
Edwin Sanchez, Daniel Santiago Salguero, Lina Rodriguez e David Escobar, Jim Fannkugen Salas, Guillermo Marin Rico, Wilson Diaz
Curadoria de Simone Barreto
31 de março, quinta-feria, 19h
Dança no Andar de Cima
Rua Desembargador Leite Albuquerque 1523, Aldeota, Fortaleza - CE
dancanoandardecima@gmail.com
Terça a sábado, 14-20h
Exposição até 14 de abril de 2011
Leia o resumo na agenda
english
Enviado por Simone Barreto sim680@gmail.com
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Alice Miceli, 99,9... metros rasos, Serie Dizima Periódica, 2007-2008
Alice Miceli
29 de março, terça-feira, 20h
Galeria Nara Roesler
Avenida Europa 655, Jardim Europa, São Paulo - SP
11-3063-2344 ou info@nararoesler.com.br
www.nararoesler.com.br
Segunda a sexta, 10-19h; sábado, 11-15h
Exposição até 24 de abril de 2011
Sobre o evento
Leia o resumo na agenda
english
Enviado por Marcy Junqueira marcy@pooldecomunicacao.com.br
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Ciclo de Portfólios
Bruno Faria, Claudio Bueno, Henrique Cesar, Silvio de Camillis
31 de março, quinta-feira, 19h30-22h30
Casa Tomada
Rua Brás Cubas 335, Aclimação, São Paulo - SP
11-2532-7455 ou info@casatomada.com.br
www.casatomada.com.br
Segunda a sexta, 14-20; sábado e domingo, 11-18h
Vagas limitadas por ordem de chegada
Enviado por Thereza Farkas thereza@casatomada.com.br
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Ana Paula Lobo, Sem título
Ana Paula Lobo
"e se houvesse ainda e sempre e somente palavras"
30 de março, quarta-feira, 18-22h
dconcept escritório de arte
Alameda Lorena 1257 G1, Jardim Paulista, São Paulo - SP
11-3085-5006 ou info@dconcept.net
www.dconcept.net
Terça a sexta, 14-19h; sábado, com agendamento
Exposição até 29 de abril de 2011
Leia o resumo na agenda
english
Enviado por Ananda Carvalho anandacarvalho@gmail.com
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SALÕES E PRÊMIOS
Revista-Valise - Chamada de trabalhos
A Revista-Valise, uma iniciativa do corpo discente do PPGAV/UFRGS, coloca-se como um espaço para publicação de artigos de mestrandos, doutorandos e pesquisadores em geral, realizados no campo das Artes Visuais e áreas afins, na medida em que as artes visuais vivenciam um alargamento de seus limites. Espera-se, ao proporcionar um espaço qualificado de publicação para pesquisadores da área, ativar discussões potentes e promover pontos de intersecção entre práticas e projetos distintos, bem como, difundir resultados de pesquisas acadêmicas. Está recebendo trabalhos para a sua primeira edição nas seguintes seções: Artigos, Traduções, Resumos de Tese, Entrevistas, Notas de Leitura.
Editoras: Daniela Kern (UFRGS), Fernanda Bulegon Gassen (UFRGS), Marina Bortoluz Polidoro (UFRGS), Viviane Gil Araújo (UFRGS)
Co-editoras: Claudia Zimmer de Cerqueira Cezar (UFRGS), Helene Gomes Sacco (UFRGS)
Conselho editorial: Ana Albani de Carvalho (UFRGS), Alexandre Ricardo dos Santos (UFRGS), Carlos Gerbase (PUC-RS), Daniela Mendes Cidade (UFRGS), Elida Tessler (UFRGS), Flávio Gonçalves (UFRGS), Leila Danziger (UERJ), Luiz Cláudio da Costa (UERJ), Mabe Machado Bethônico (UFMG), Maria Amelia Bulhões Garcia (UFRGS), Maria Ivone dos Santos (UFRGS), Maria Lúcia Bastos Kern (PUC-RS), Marilda Oliveira de Oliveira (UFSM), Mario Ramiro (USP), Paulo Silveira (UFRGS), Regina Melim Cunha (UDESC), Rosangella Leote (UNESP), Sidney Tamai (UNESP), Suzane Weber Silva (UFRGS)
Inscrições até 18 de abril de 2011
Informações para o artista sobre o custo-benefício de editais
As informações abaixo, todas de caráter objetivo, copiadas do edital, servem para ajudar o artista iniciante a decidir sobre a sua participação no evento em questão. Leia sobre esta iniciativa do Canal no Salões&Prêmios.
GANHO PARA INSCRITOS: nenhum
CONTRAPARTIDA PARA SELECIONADOS:
- Os selecionados terão seus trabalhos publicados na Revista Valise.
CUSTOS OPERACIONAIS:
- Os textos dos artigos deverão ser enviados em arquivos com extensão *.doc ou *.rtf, entre 15.000 (quinze mil) e 30.000 (trinta mil) caracteres com espaços, incluindo neste total as referências bibliográficas e notas explicativas. O tamanho do arquivo não deve exceder 4 Mb
- As imagens integrantes do artigo devem ser diagramadas no próprio arquivo, acompanhadas de legenda explicativa (inserir imagens com qualidade de 72 dpi). Ainda, devem ser enviadas com qualidade de impressão (extensão .JPG, com 300 dpi para 15 cm de dimensão máxima), em arquivos anexos, com o mesmo título do texto e numeração correspondente a apresentação no mesmo, para eventual publicação impressa.
- Os autores de trabalhos submetidos à Revista-Valise autorizam sua publicação em meio físico e eletrônico, unicamente para fins acadêmicos, podendo ser reproduzidos desde que citada a fonte. Os mesmos, atestam sua orignalidade, autoria e ineditismo.
Leia a informação completa e publique seu comentário no blog Salões e Prêmios
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COMO ATIÇAR A BRASA
Blog de poesia de Maria Bethânia inspira debate sobre projetos brasileiros na web
Matéria de André Miranda e Mauro Ventura originalmente publicada no caderno cultura do jornal O Globo em 21 de março de 2011.
RIO - Nos últimos dias, uma discussão se espalhou como vírus pela internet: até que ponto um projeto na web deve ter um alto custo e receber apoio público, já que a rede é caracterizada por seu espírito independente e colaborativo? O debate foi levantado na última quarta-feira, após a divulgação, pelo jornal "Folha de S. Paulo", de que o governo autorizou o projeto O Mundo Precisa de Poesia a captar R$ 1,3 milhão em recursos via incentivo fiscal. A proposta, de acordo com sua própria sinopse, tem como objetivo a criação de "um blog inteiramente dedicado à poesia", em que um vídeo diferente será postado diariamente durante um ano. Os 365 vídeos trariam a cantora Maria Bethânia declamando poemas de grandes autores.
O valor foi considerado alto por muitos internautas. Os comentários criticavam desde o fato de o MinC aprovar um projeto para um blog até a destinação de um cachê de R$ 600 mil para o que seria a direção artística do projeto, a cargo de Bethânia.
- Existe uma ideia equivocada de que só se pode ter coisas toscas na internet. Quando o (antropólogo) Hermano Vianna me procurou para falar do projeto, a ideia era que qualquer um pudesse ter acesso a um material de qualidade - diz Andrucha Waddington, diretor dos vídeos. - Uma coisa é você postar uma poesia em seu blog. Outra é você fazer um vídeo conceitual por dia com uma artista como a Bethânia. Nossa proposta é que cada filmete tenha relação com o dia da semana, do mês ou do ano em que vá ao ar. E tudo isso será colocado na rede de forma gratuita e para uso de domínio público.
Leia a continuação e publique seu comentário no blog Como atiçar a brasa
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COMO ATIÇAR A BRASA
Um brasileiro em Veneza
Matéria de Camila Molina originalmente publicada no caderno Cultura do jornal O Estado de S. Paulo em 21 de março de 2011.
Por crises de orçamento, Neville d’Almeida poderá ser o único artista nacional na Bienal italiana
O cineasta Neville d’Almeida é, até agora, o único artista brasileiro confirmado para a 54.ª Bienal de Veneza, a mostra mais tradicional do mundo, que será aberta em 4 de junho. Ele vai integrar a exposição Entre Siempre y Jamás, com curadoria de Alfons Hug, no Pavilhão América Latina, no Arsenale da cidade italiana. Foi escolhido para exibir a instalação TabAmazônica, "mergulho na cultura indígena", como diz, numa construção de taba em que imagens são projetadas em seu interior ao som de música.
Na semana passada, a curadora-geral da 54.ª Bienal de Veneza, a suíça Bice Curiger, anunciou os 82 artistas selecionados para a mostra principal do evento e no time não há nenhum brasileiro. Ao mesmo tempo, a Fundação Bienal de São Paulo e a Funarte não conseguiram ainda encontrar uma solução para viabilizar a verba de R$ 400 mil necessária para a produção do catálogo e da instalação do artista Artur Barrio para ser apresentada no Pavilhão Brasil nos Giardini de Veneza, o espaço brasileiro do segmento das representações nacionais no evento.
Leia a continuação e publique seu comentário no blog Como atiçar a brasa
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COMO ATIÇAR A BRASA
Brasileiras são confirmadas em Veneza
Matéria de Fabio Cypriano originalmente publicada na Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo em 22 de fevereiro de 2011.
Artistas expõem em mostras paralelas; Brasil não tem representação oficial garantida
Cinthia Marcelle e Rivane Neuenschwander são as brasileiras confirmadas em mostras paralelas à 54ª Bienal de Veneza, que começa em 4 de junho. Marcelle irá expor em mostra organizada pelo Pinchuk Art Centre.
Neuenschwander participa de mostra com curadoria de Rosa Martinez. Não há brasileiros na mostra principal, "ILLUMInations".
Além disso, a representação do país corre o risco de não ocorrer devido a dificuldades burocráticas na liberação de verba pela Funarte.
Leia a continuação e publique seu comentário no blog Como atiçar a brasa
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COMO ATIÇAR A BRASA
Dilma busca aproximação com artistas
Matéria de Ana Flor originalmente publicada na Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo em 22 de março de 2011.
Na próxima sexta, a presidente dará início a uma série de encontros culturais mensais no Palácio da Alvorada
Primeiro evento irá reunir 30 cineastas; segundo assessores, a presidente quer ter nos artistas a base da gestão
A presidente Dilma Rousseff dá início, na sexta-feira, a uma série de encontros culturais no Palácio da Alvorada, em que pretende se aproximar da classe artística.
A partir de março, ela organizará um evento artístico por mês, com convidados de diferentes áreas.
A estreia será com cerca de 30 cineastas mulheres, que estão sendo convidadas para um jantar com a presidente.
Dilma pretende fazer uma sessão fechada de "É Proibido Fumar", filme de Anna Muylaert estrelado por Glória Pires, na sala de cinema do Alvorada.
A escolha de mulheres ligadas ao cinema ainda faz parte das comemorações do mês da mulher -na quarta-feira (23), Dilma abre a exposição de mulheres artistas no Palácio do Planalto.
Nos próximos meses, entretanto, o público não ficará restrito ao gênero feminino. O governo já programa eventos no Alvorada que celebram a música, a literatura e o teatro.
Leia a continuação e publique seu comentário no blog Como atiçar a brasa
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TEXTOS DO E-NFORME
Texto de Marcelo Campos
Artistas em diálogo na Galeria Amparo 60
Abrindo a programação deste ano em sua galeria, a marchand Lúcia Costa Santos traz ao Recife a exposição Janelas Abertas n?3, dos artistas Hildebrando de Castro e Delson Uchôa, com curadoria de Marcelo Campos. O alagoano Delson Uchôa expôs no Mamam, em 2005, e na Galeria Amparo 60, em 2006. Contudo, para o pernambucano Hildebrando de Castro, que atualmente vive em São Paulo, essa será a estreia na cidade. “Estou realizando um desejo antigo. Embora seja de Olinda, essa será a minha primeira exposição no Recife. Além disso, sou amigo de Delson e fã de sua obra há muitos anos. Será um prazer expor junto com ele pela primeira vez”, afirma Hildebrando.
A ideia de uni-los foi da galerista Lúcia Costa Santos e do curador Marcelo Campos, que saiu em busca das similaridades entre os trabalhos. Segundo ele, a produção de ambos foi e é influenciada tanto pelo Brasil bossa-novista dos anos 1950, de herança geométrico-construtiva, quanto pela nacionalidade tropicalista, com a sua pletora de cores. A inspiração para o título da mostra veio justamente dessas relações, fazendo referência à clássica canção da Bossa Nova, Janelas abertas, e a uma outra tropicalista, intitulada Janelas abertas n?2. “A ideia central é perceber a geometria trilhando caminhos diversificados, desde as fotoformas de Geraldo de Barros às recentes pinturas de Hildebrando de Castro e Delson Uchôa”, explica o curador. Cada artista apresentará quatro pinturas que vão dialogar entre si.
Os trabalhos de Delson Uchôa compõem seu imaginário geométrico com as cores fortes da paisagem nordestina de Maceió (onde vive e mantém seu ateliê). Segundo Marcelo Campos, a estridência da luz do estado de Alagoas ganha destaque, ainda que a geometria configure a base da pintura. “Uchôa lida com a herança construtiva ampliada por interesses em paisagens e imagens de referenciais brasileiros, interessando-se por gambiarras executadas nos coretos, parques, festas religiosas nordestinas”, detalha o curador.
Com um trabalho fortemente ligado à pintura figurativa, o pernambucano Hildebrando de Castro faz uma observação da arquitetura modernista advinda de Brasília. “A pintura passa a ser influenciada pela fotografia. Em vez de desistir, de decretar a morte, a pintura de Hildebrando aceita a técnica do disfarce, empreende o ilusionismo. A partir de um prédio modernista, vemos a pintura embevecida por luzes e sombras advindas de uma espécie de dança das persianas”, explica Campos.
A exposição, primeira que une os dois, celebra os cerca de 20 anos de amizade entre os pintores, e, segundo o curador, torna possível a percepção, nas duas produções, da “beleza de uma espécie de alvorada, onde a presença do sol anuncia um porvir tropicalista – contaminado por referencias à cultura popular – para a arte brasileira”.
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Felipe Scovino abre Plataforma de Pesquisa da Fundação Eva Klabin em 2011
O curador analisa o uso da ironia na arte contemporânea
A Fundação Eva Klabin retoma, no dia 29 de março, seu ciclo de discussões através de pesquisas universitárias. O 11º encontro do projeto Plataforma de Pesquisa contará com a presença do professor, crítico e curador Felipe Scovino para a apresentação do tema “Táticas, posições e invenções: dispositivos para um circuito da ironia na arte contemporânea brasileira”. O ciclo de palestras consiste em trazer para a FEK artistas plásticos e críticos atuantes no circuito das artes para apresentar suas teses acadêmicas, já defendidas, com uma linguagem acessível para o grande público.
O trabalho de Scovino apresenta a produção da ironia dentro de um campo amplo – discussões que envolvem política, mercado de arte, ética, participação do espectador, autoria da obra e as suas relações com o sexo e o humor negro – construindo, dessa forma, o panorama de um circuito dessa categoria nas artes visuais brasileiras entre os anos 1970 e 2000. Serão discutidas obras de Cildo Meireles, Nelson Leirner, Marcia X., Raul Mourão e Felipe Barbosa, entre outros artistas que contribuíram para a expansão do diálogo entre ironia e arte.
De acordo com o coordenador do projeto e curador da Fundação Eva Klabin, Marcio Doctors “a atividade faz circular trabalhos relacionados às artes, fora do círculo acadêmico. A produção de pensamento ganha uma vitrine importante no cenário artístico cultural. Em ciclos de debates como este, vemos a possibilidade de discussões sobre os mais variados assuntos como tivemos nos eventos anteriores, quando foram abordados temas diferentes e da maior importância para a compreensão do momento atual da arte” O projeto conta ainda com a consultoria de Gloria Ferreira, doutora em História da Arte.
Felipe Scovino é professor da Escola Nacional de Belas Artes da UFRJ e da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Atua como crítico e curador. É autor dos livros Arquivo Contemporâneo (7Letras, 2009), Cildo Meireles (Azougue Editorial, 2009), Coletivos, em parceria com Renato Rezende (Circuito, 2010), e Carlos Zilio (Museu de Arte Contemporânea de Niterói, 2010). Foi ganhador da bolsa de estímulo à produção crítica (Minc/Funarte) em 2008.
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Derlon Almeida na Artur Fidalgo Galeria
O traço de Derlon faz suas obras parecerem xilogravuras. Ele pode usar pincel, como os pintores, ou spray, como os grafiteiros, mas elas sempre dão a impressão de terem sido feitas com a coifa gravando em relevo a superfície da madeira. O artista consegue esse resultado explorando o contraste, de modo que as linhas pretas parecem cavadas no branco e vice-versa. Da arte de rua – grafite, lambe-lambe –, seu desenho traz a variedade de suportes e a tendência a explorar a arquitetura e o espaço urbano, adquirindo uma dimensão mural. Ele atualiza a xilogravura popular do Nordeste, misturando seres alados com aparelhos de som, de TV e ícones da cultura pop como o Mickey Mouse (a convite dos estúdios Disney) e sua metamorfose, o Macunamouse.
O artista do Recife mostra em exposição individual no Rio de Janeiro essa dinâmica entre a concentração na linguagem xilográfica do seu desenho e a diversidade de meios: pinturas sobre madeira; sobre objetos; um painel gigante na parede externa da galeria e uma série de lambe-lambe sobre jornal espalhada nas proximidades, em Copacabana.
Outro aspecto notável do trabalho de Derlon é que ele não cria matrizes, como na xilogravura; sua relação é diretamente com a imagem gráfica. Assim ele pode promover, esteticamente, o encontro de técnicas antigas e novas de reprodução: a imagem digitalizada e vetorizada pode ser impressa em adesivos, camisetas, ampliada etc. Com seu traço de xilogravura, ele produz um cruzamento original e impactante de um processo milenar de gravação ligado à iconografia regional do Nordeste com o mundo globalizado da imagem.
Nessa exposicão, figuras nobres de cartas de baralho, seres humanos e animais fantásticos, torres e casas antropomórficas se agrupam numa galeria de personagens que remete ao imaginário medieval. A série de reis e rainhas (o rei pode ter cabeça de leão ou de passarinho), antagoniza com a de torres e casas anímicas, que assumem a forma também de gente ou de bichos híbridos. Essas figuras, emblemáticas, são chapadas, reiterando a bidimensionalidade. Sua organização no espaço combina a sensibilidade geométrica com o aspecto naïfe. Os ritmos lineares criam texturas; os detalhes precisos em cores primárias surpreendem. O artista dialoga tanto com a gravura popular de J. Borges e a moderna de Gilvan Samico quanto com o design gráfico do cartaz de publicidade. Derlon Almeida encena, num cordel mudo, com humor, um jogo ou batalha de que, como uma peça ou um contendor, somos convidados a participar, decifradores encantados de seus signos mágicos.
Fernando Gerheim
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Marta Jourdan na Artur Fidalgo Galeria
Com óleo de carro, correias de motor de geladeira e cálculos físicos de tempo, área e velocidade, Marta Jourdan criou um dispositivo que, uma vez acionado, suga a imagem num redemoinho, antes de devolvê-la, nítida, à superfície espessa que espelha o que e quem estiver em seu campo de reflexão. Sem película, fita magnética nem memória de dados, Óleo (escuta-se olho) é um fluido-cinema de 23 segundos, em que a imagem é inseparável de sua consistência e perceptível como um movimento cíclico entre o raso e o fundo.
Como em outros trabalhos, dá-se aquilo que não poderia ser fixado em forma: o ponto de fusão do metal; o som da gota que pinga no ferro quente; o vento. Dispositivos fazem essas ações acontecerem anti-naturalmente, trazendo-as para o mundo da linguagem e da arte.
São dispositivos para fundir metais, superampliar gotas ou, no caso de Óleo, sugar imagens, que põem em curso processos que se desenvolvem por si mesmos, incorporam acidentes e, em alguns casos, se retroalimentam. As engenhocas, como ela chama, intervém na substância química ou no estado físico dos materiais. Esta arte cinética molecular investiga o interior do próprio movimento. Em Óleo, como em outros trabalhos da artista, a forma existe como uma anti-unidade que se diferencia de si mesma.
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Alice Miceli na Nara Roesler
A primeira exposição da brasileira que vive em Berlim, Alice Miceli, na Galeria Nara Roesler, traz um desdobramento realizado em 2011 de seu trabalho exibido na última Bienal Internacional de São Paulo, Projeto Chernobyl (2007 – 2010). A obra reafirma o interesse da artista por eventos apagados da memória recente e pelas situações soterradas, que acabam por influenciar e marcar as sociedades atuais.
Na 29ª Bienal, em ambiente escuro, Alice Miceli apresentou, capturada em negativos, a radiação causada pelos efeitos da trágica explosão ocorrida em 1986 na usina nuclear ucraniana que até hoje provoca riscos de doença e morte aos habitantes da região. Para realizar o trabalho, a artista desenvolveu e aplicou técnicas de auto-radiografia, que utilizava um filme sensível apenas à radiação gama, e fotografou a ampla zona de exclusão de Chernobyl.
Agora, para o espaço claro da galeria, ela positivou estas imagens, tornado-as quase um fac-símile do original, concebendo, assim, o positivo do espaço negativo da Bienal. “Enquanto os trabalhos da Bienal mostravam a radiação ‘queimando’ a película fílmica, agora, na galeria, através do processo clássico da reprodução fotográfica a luz do amplificador ‘ataca’ o papel”, explica Agnaldo Farias.
Segundo Paula Alzugaray, no livro “Projeto Chernobyl”, no processo de pesquisa para a elaboração de um meio de reprodução da imagem da radiação, Alice Miceli se desvencilhou da câmera e de seus sistemas ópticos e chegou a uma técnica de produção de imagem que se diferencia sensivelmente dos meios de reprodução técnica tradicionais. Para Alzugaray, ainda, o método da artista consistiu em produzir um mapeamento da intensidade radioativa de objetos, lugares e paisagens da região, para então envelopá-los em filme radiográfico, produzindo as impressões da contaminação invisível, em escala natural. “O que está em questão aqui não é um ‘olho’ para captar a realidade fotograficamente, mas uma ‘pele’ para percebê-la”, destaca a crítica.
A artista apresenta também a série de vídeos Dízima Periódica (2007/2008), projeto que aborda situações que lidam com limites. A morte é o tema de 14 horas, 54 minutos, 59,9 ... segundos, baseado na última imagem tirada pelo fotógrafo Robert Capa, morto às 14 horas e 55 minutos, no dia 25 de maio de 1954. O esforço atlético é investigado em 99,9 ... metros rasos, no qual um corredor olímpico tenta cruzar a distância entre dois pontos, para alcançar a meta dos 100 metros rasos. Já o processo do gozo é retratado em Jerk Off, uma homenagem ao clássico filme de Andy Warhol Blowjob. Nos três trabalhos o princípio da dízima periódica foi transfigurado na própria edição dos vídeos, desta maneira informando elementos fundamentais da imagem em movimento e engendrando sua forma e duração.
A carioca Alice Miceli, formada em cinema pela na École Supérieure d’Études Cinématographiques, em Paris, volta ao Brasil em 2002, quando trabalha com os cineastas Silvio Tendler e Sandra Kogut. O interesse pelas artes plásticas a leva a cursar pós-graduação em história da arte e arquitetura do Brasil, na PUC-RJ, e a ingressar no Grupo de Estudos do professor Charles Watson, no Parque Lage. Já seu primeiro trabalho, Ínterim/auto-retrato (2003), foi indicado ao 4º Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia, e exibido em mostras e festivais, como o Videoformes Festival, em Clermont-Ferrand, na França. Em 2005, como resultado de sua viagem ao Camboja, realiza o vídeo 88 de 14.000, exposto no 15º Festival Internacional de Arte Eletrônica Videobrasil e finalista do prêmio do transmediale.05 International Media Art Festival, em Berlim, na Alemanha. De 2006 a 2007, Miceli cria a série Dízima Periódica, agora pela primeira vez exibida na íntegra, mas separadamente em outras mostras: Rumos Artes Visuais – Paradoxos Brasil, no Itaú Cultural, Videometria, no LOOP Festival, em Barcelona, na Espanha, e no 16º Festival Internacional de Arte Eletrônica Videobrasil, em São Paulo. A partir de 2007 a artista dedica-se ao Projeto Chernobyl.
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