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AGENDA DE EVENTOS
Leonilson – Sob o Peso dos meus Amores no Itaú Cultural, São Paulo
Fernando Burjato na Virgílio, São Paulo
Mesa Redonda: Leituras internas do corpo no Paço das Artes, São Paulo
Renato Bezerra de Mello no Banco do Nordeste, Fortaleza
Regina Silveira na Iberê Camargo, Porto Alegre
Gustavo Speridião na Anita Schwartz, Rio de Janeiro
CURSOS E SEMINÁRIOS
Programação de Cursos do MAM - 1º Semestre de 2011, São Paulo
Arte e fenomenologia: anos 60/70 com Cauê Alves no Centro Universitário Maria Antônia, São Paulo
VII Encontro arte&meios tecnológicos na Faculdade Santa Marcelina, São Paulo
Curadoria e gestão/produção com Gustavo Wanderley e Maria Ignez Mantovani no CCE_SP, São Paulo
Arte feita de não-arte com Rafael Campos Rocha no CFAV, Recife
SALÕES E PRÊMIOS Rumos Jornalismo Cultural 2011-2012 - Inscrições e Informações para o artista
COMO ATIÇAR A BRASA
Leonilson por inteiro por Silas Martí, Folha de S. Paulo
Galerias se mudam para São Paulo e acirram disputa por artistas por Silas Martí, Folha de S. Paulo
Leonilson, Quem Morre Comigo, 1982 (Foto de Eduardo Ortega)
Leonilson
Sob o Peso dos Meus Amores
Curadoria de Bitu Cassundé e Ricardo Resende
17 de março a 29 de maio de 2011
Instituto Itaú Cultural
Avenida Paulista 149, São Paulo - SP
11-2168-1776 / 1777 ou instituto@itaucultural.org.br
www.itaucultural.org.br
Terça a sexta, 9-20h; sábado, domingo e feriado, 11-20h
Sobre o evento
Leia o resumo na agenda
english
Enviado por Cristina R. Durán cristina.duran@conteudonet.com
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Fernando Burjato (Foto de Stefan Schmeling)
Fernando Burjato
15 de março, terça-feira, 20h
Galeria Virgílio
Rua Dr Virgílio de Carvalho Pinto 426, Pinheiros, São Paulo - SP
11-3061-2999 ou artevirgilio@uol.com.br
www.galeriavirgilio.com.br
Segunda a sexta, 10-19h; sábado e feriado, 10-17h
Exposição até a 9 de abril de 2011
Leia o resumo na agenda
english
Enviado por Camila Thire artevirgilio@uol.com.br
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Mesa redonda
Leituras internas do corpo
Analivia Cordeiro, Ellen Slegers, Valéria Bahia
17 de março, quinta-feira, 19h30
Paço das Artes
Avenida da Universidade nº 01, Cidade Universitária, São Paulo - SP
11-3814-4832 ou educativo@pacodasartes.org.br
www.pacodasartes.org.br
Enviado por Caroline Carrion caroline@mis-sp.org.br
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Renato Bezerra de Melo
Renato Bezerra de Mello
Casa Forte
Curadoria de Marcelo Campos
15 de março, terça-feira, 18h
Centro Cultural Banco do Nordeste - Fortaleza
Rua Floriano Peixoto 941, Fortaleza - CE
85-3464-3108 ou cultura@bnb.gov.br
www.bnb.gov.br/cultura
Segunda a sábado, 10-20h; domingo, 10-18h
Exposição até 17 de abril de 2011
Sobre a exposição
Leia o resumo na agenda
english
Enviado por Jacqueline Medeiros jacquerlm@bnb.gov.br
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Regina Silveira
Regina Silveira
Mil e um dias e outros enigmas
Curadoria José Roca
16 de março a 29 de maio de 2011
Fundação Iberê Camargo
Av. Padre Cacique 2.000, Porto Alegre - RS
51-3247-8000 ou site@iberecamargo.org.br
www.iberecamargo.org.br
Terça a domingo, 12-19h; quinta, 12-21h
Sobre a exposição
Leia o resumo na agenda
english
Enviado por Neiva Mello Assessoria de Comunicação juliano@neivamello.com.br
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Gustavo Sperididão
Gustavo Speridião
Fora do Plano Tudo é ilusão
16 de março, quarta-feira, 19h
Anita Schwartz Galeria de Arte
Rua José Roberto Macedo Soares 30, Gávea, Rio de Janeiro - RJ
21-2274-3873 / 2540-6446 ou galeria@anitaschwartz.com.br
www.anitaschwartz.com.br
Segunda a sexta, 10-20h; sábado, 12-18h
Exposição até 23 de abril de 2011
Sobre a exposição
Currículo do artista
Texto manifesto do artista
Leia o resumo na agenda
english
Enviado por Beatriz Caillaux beatriz@cwea.com.br
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CURSOS E SEMINÁRIOS
Programação de Cursos do MAM - 1º semestre de 2011
Ministrantes: Dudi Maia Rosa, Eder Chiodetto, Gal Oppido, Magnólia Costa, Pedro França, Tuneu
Cursos com início entre 15 de março e 12 de maio de 2011
Leia a informação completa e publique seu comentário no blog Cursos e Seminários
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CURSOS E SEMINÁRIOS
Arte e fenomenologia: anos 60/70
Ministrante: Cauê Alves
As ligações entre arte e filosofia, a partir dos conceitos centrais do pensamento de Maurice Merleau-Ponty e da análise da trajetória de artistas como Mira Schendel e Hélio Oiticica, entre outros. A discussão parte das referências teóricas presentes, mesmo que de maneira dispersa, em seus escritos e trabalhos de épocas diversas, abrangendo desde as poéticas construtivas até a arte conceitual e seus desdobramentos mais recentes.
Período de realização: 15, 22, 29 de março e 5 de abril de 2011, terças, 20-22h
Leia a informação completa e publique seu comentário no blog Cursos e Seminários
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CURSOS E SEMINÁRIOS
VII Encontro arte&meios tecnológicos
Ministrantes: Ana Paula Lobo, Ananda Carvalho, Claudio Bueno, Christine Mello, Denise Agassi, Eduardo Salvino, Josy Panão, Leandro Carvalho, Lyara Oliveira, Marcelo Salum, Mariana Shellard, Monique Allain, Paula Garcia
Público alvo: pesquisadores em arte, artistas, historiadores, críticos, curadores, arte educadores e estudiosos em geral, interessados em explorar aspectos contemporâneos dos processos da arte.
O VII Encontro arte&meios tecnológicos aborda maneiras com as quais a arte contemporânea rearticula processos históricos e de linguagem. Para tanto, investiga a produção artística brasileira baseada nos anos 1920-1990. Apresenta, com isso, interesses relacionados aos artistas Mario Peixoto, Flavio de Carvalho, Abraham Palatnik, Waldemar Cordeiro, Helio Oiticica, Lygia Clark, Mira Shendel, Julio Plaza, Regina Silveira e Rafael França.
Início: 17 de março de 2011
As inscrições deverão ser feitas até dois dias antes de cada uma das atividades relacionadas ao VII Encontro.
Leia a informação completa e publique seu comentário no blog Cursos e Seminários
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CURSOS E SEMINÁRIOS
Curadoria e gestão/produção
Ministrantes: Gustavo Wanderley e Maria Ignez Mantovani
Mediação: Ana Letícia Fialho
Faz parte do trabalho curatorial a reflexão sobre a gestão e análise da viabilidade orçamentária do projeto a ser realizado, como também a familiaridade com o contexto cultural, econômico e mercadológico onde está inserido o projeto, aí incluídos as instituições envolvidas e os potenciais apoiadores/patrocinadores do projeto. Nesta oficina serão discutidos exemplos de negociação/articulação entre o projeto curatorial conceitual e sua viabilidade gerencial e orçamentária, uma vez que delas dependem o impacto social, os desdobramentos, a circulação e distribuição que o projeto venha a ter.
Inscrições até 18 de março de 2011
Período de realizacão: 28 de março a 1 de abril de 2011
Leia a informação completa e publique seu comentário no blog Cursos e Seminários
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CURSOS E SEMINÁRIOS
Arte feita de não-arte
Ministrante: Rafael Campos Rocha
O workshop tem como objetivo informar o público sobre correntes atuais da arte
contemporânea como arte-etnografia, arte-feminismo e intervenção social, ao mesmo
tempo em que estimula exercícios de criação artística partindo de campos não-artísticos,
ou pelo menos não pertencentes à tradição das Belas Artes, como diagramação e artes
gráficas, Ecologia e pesquisas científicas em geral. A principal atividade durante do workshop
será a confecção de uma publicação contendo os temas de interesse não-artístico dos
participantes, além das aulas expositivas sobre temas da arte contemporânea como os
citados no parágrafo acima.
Inscrições: até 23 de março de 2011
Período: 28 de março a 1 de abril de 2011, 14h-17h
Leia a informação completa e publique seu comentário no blog Cursos e Seminários
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SALÕES E PRÊMIOS
Rumos Jornalismo Cultural 2011-2012
O programa reitera a importância de identificar um caminho possível para a melhor compreensão do papel da mídia, da academia e das instituições culturais na construção do que se convencionou chamar de editoria de cultura no jornalismo.
A realização do programa também se justifica pela relevância que universidades, professores, veículos de comunicação e jornalistas têm como atores essenciais na construção do diálogo entre a sociedade e agentes culturais diversos – artistas, curadores, pesquisadores, gestores, produtores, técnicos etc.
Inscrições até 15 de julho de 2011
Público Alvo: Professores e estudantes de comunicação social e/ou jornalismo
Informações para o profissional sobre o custo-benefício de editais
As informações abaixo, todas de caráter objetivo, copiadas do edital, servem para ajudar o artista iniciante a decidir sobre a sua participação no evento em questão. Leia sobre esta iniciativa do Canal no Salões&Prêmios.
GANHO PARA SELECIONADOS:
Carteira Estudante:
- apoio financeiro mensal, pelo período de março de 2012 a novembro de 2012, no valor bruto de R$ 800
- R$ 800 – a ser pagos em parcela única – para auxiliar nos custos de produção da reportagem
- R$ 1.120 a título de direitos autorais quando da entrega da reportagem desenvolvida e finalizada no laboratório e aprovada pelo Itaú Cultural
Carteira Professor:
- R$ 800 a título de direitos autorais pelo licenciamento do trabalho selecionado para exibição no site do Itaú Cultural
- bolsa de R$ 5.500
- R$ 2.800 a título de direitos autorais pelo conjunto de textos e imagens referentes ao mapeamento, a ser publicados em livro lançado pelo Itaú Cultural
CONTRAPARTIDA PARA SELECIONADOS:
Carteira Estudante:
- Terão seu currículo com contatos e o nome da faculdade divulgados no site do Itaú Cultural
- Participarão do encontro dos selecionados com profissionais da área (contemplados que não residam em São Paulo/SP terão passagens e estadias pagas)
- Obterão certificado de participação no Laboratório On-Line de Jornalismo Cultural
- Receberão 20 títulos sobre jornalismo e cultura – entre livros, CDs, DVDs
- Terão a biblioteca de sua faculdade premiada com os mesmos 20 (vinte) títulos que lhes foram concedidos até abril de 2012
- Terão disponibilizada a matéria produzida no laboratório para análise dos veículos de comunicação e eventual publicação, mediante negociação independente entre editor e autor
- Obterão credencial para o II Seminário Internacional de Crítica Literária
- Participarão do Laboratório On-Line de Jornalismo Cultural
- Terão o produto supra divulgado e distribuído a jornalistas e editorias da área de jornalismo cultural, acadêmicos, pesquisadores, profissionais da cultura e demais formadores de opinião
- Poderão participar de eventos pelo Brasil
- Obterão credencial para o IV Seminário Internacional Rumos Jornalismo Cultural a ser realizado pelo Itaú Cultural (contemplados que não residam em São Paulo/SP terão passagens e estadias pagas)
Carteira Professor:
- Terão seu currículo e trabalho divulgados no site do Itaú Cultural
- Participarão do encontro dos selecionados com profissionais da área (contemplados que não residam em São Paulo/SP terão passagens e estadias pagas)
- Obterão credencial para o VII Colóquio Rumos Jornalismo Cultural a ser realizado pelo Itaú Cultural em São Paulo/SP, em dezembro de 2011
- Receberão 30 títulos sobre cultura e jornalismo – entre livros, CDs, DVDs
- Participarão quinzenalmente do Fórum Virtual de Discussão sobre jornalismo cultural
- Obterão certificado de participação no fórum, mediante frequência mínima de 75% de
participação nas atividades
- Receberão dez (10) exemplares desse livro
- Obterão credencial para o IV Seminário Internacional Rumos Jornalismo Cultural a ser
realizado pelo Itaú Cultural,
GANHO PARA INSCRITOS: nenhum
CUSTOS OPERACIONAIS:
Materiais a serem enviados para inscrição (via correio ou internet):
Via internet:
Carteira Estudante
- A ficha de inscrição deve ser preenchida completamente
- Categoria Reportagem Impressa: anexar o arquivo com a reportagem finalizada, sem a assinatura do autor e em PDF ou Word
- Categoria Reportagem Audiovisual: anexar a reportagem finalizada, sem a assinatura do autor e gravada em MP.4, MOV ou MPG
- Categoria Reportagem Radiofônica: anexar a reportagem finalizada, sem a assinatura do autor e gravada em MP.3, WAV ou OGG
- Categoria Web-Reportagem: após o preenchimento da isncrição, o candidato receberá um link, um usuário e uma senha para acessar o blog, que é hospedado no Terra. Nesta categoria só existe a possibilidade de enviar a inscrição via sistema.
Carteira Professor
- A ficha de inscrição deve ser preenchida completamente
- Ao clicar em “envio via sistema”, deve-se anexar o arquivo com o ensaio
finalizado, sem a assinatura do autor e em PDF ou Word
Via correio:
Carteira Estudante
- A ficha de inscrição impressa e preenchida completamente
- Categoria Reportagem Impressa: uma cópia impressa do arquivo PDF ou Word e um CD com o arquivo PDF ou Word
- Categoria Reportagem Audiovisual: um CD ou DVD com a reportagem finalizada e um roteiro impresso da reportagem
- Categoria Reportagem Radiofônica: um CD com a reportagem finalizada e um roteiro impresso da reportagem
Carteira Professor
- A ficha de inscrição impressa e preenchida completamente
- Um CD com o arquivo em PDF ou Word com o ensaio completo
- Uma impressão do trabalho completo
Leia a informação completa e publique seu comentário no blog Salões e Prêmios
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COMO ATIÇAR A BRASA
Leonilson por inteiro
Matéria de Silas Martí originalmente publicada no caderno Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo em 8 de março de 2011.
Exposição reúne, a partir do dia 16, em SP, várias vertentes do artista, costuradas pela leitura de seus trabalhos como manifestações autobiográficas
Numa pintura de 1989, Leonilson construiu uma cartografia de rios que deságuam num círculo vermelho, entre eles o Tietê, o Paranapiacaba e outros braços que se chamam "Confusão", "Olhar Fundo", além de um lago azul de nome "Desejo".
Se fosse um autorretrato, algumas veias no mapa seriam Bispo do Rosário e Lygia Clark. Ele, pela loucura que guia a agulha nos traços e palavras dos bordados. Ela, pela dimensão cromática e do corpo que soube arquitetar com potência em sua obra.
Leia a continuação e publique seu comentário no blog Como atiçar a brasa
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COMO ATIÇAR A BRASA
Galerias se mudam para São Paulo e acirram disputa por artistas
Matéria de Silas Martí originalmente publicada no caderno Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo em 3 de março de 2011.
Não é indolor a entrada de uma galeria de arte no mercado. E se esse mercado é forte como o de São Paulo hoje, novos jogadores no pedaço causam alvoroço e provocam fraturas nos relacionamentos entre artistas e galeristas.
No fim do mês, uma casa do Rio e outra de Recife se juntam na capital paulista, criando um entreposto central para seus territórios de origem. Laura Marsiaj, carioca, e Mariana Moura, pernambucana, abrem a Moura Marsiaj em Pinheiros, no lugar da extinta galeria Oeste.
Leia a continuação e publique seu comentário no blog Como atiçar a brasa
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TEXTOS DO E-NFORME
Primeira grande mostra do ano no Itaú Cultural traz retrospectiva de Leonilson
Exposição exibe mais de 300 obras, muitas inéditas, do artista José Leonilson, morto em 1993, nos três andares do espaço expositivo da instituição. Com curadoria de Ricardo Resende e Bitu Cassundé, Sob o Peso dos Meus Amores traz obras oriundas do Projeto Leonilson, de museus e coleções particulares, entre elas peças inéditas do amigo, colecionador e artista alemão Albert Hien e um trabalho que é reapresentado na Capela do Morumbi
De 17 de março a 29 de maio, o Itaú Cultural apresenta Sob o Peso dos Meus Amores, exposição retrospectiva de Leonilson que revela ao público a trajetória deste grande expoente da arte contemporânea – morto precocemente em 1993, aos 36 anos. Com curadoria conjunta de Ricardo Resende e Bitu Cassundé, a mostra cujo nome faz referência a um de seus trabalhos, traz facetas pouco conhecidas do artista, além de obras representativas – em uma mescla de desenhos, bordados, cadernos e suas coleções de globos, mapas, brinquedos. Destaque para o autoretrato Mirror – assemblagem de feltro bordado e com costura, realizado por ele nos anos 70 –, e a vinda pela primeira vez ao Brasil da coleção do também artista e grande amigo Albert Hien.
Pela sua dimensão e importância, esta coleção vinda de Munique ocupa todo o primeiro subsolo do espaço expositivo do instituto e apresenta 71 obras – quatro de autoria de Hien, 66 assinadas por Leonilson, e uma instalação nunca antes exibida no país: How to Rebuild at Least One Eight Part of the World feita a quatro mãos pelos dois amigos. A maioria das obras são inéditas.
Segundo Resende, o diálogo que Leonilson e Hien estabelecem em seus trabalhos impressiona. “É como se fossem um espelhamento de obras; eles se reviram um na produção do outro”, observa o curador. De acordo com ele, em cada um se encontram formas como pontes, fontes, faróis, navios. “A diferença é que em Hien impera o sentido da forma; em Leonilson o que pesa mais são as relações interpessoais, mas sobre as mesmas formas.”
Um dos expoentes da chamada Geração 80, Leonilson se firmou como um dos destaques no panorama cultural brasileiro no início da década de 1990. Com a sua obra contundente, expressou em seus desenhos, pinturas, bordados, esculturas e instalações os dramas e as angústias do homem contemporâneo.
A exposição
No total são 318 obras – 313 do próprio artista, entre seus trabalhos e também objetos de arquivo, agendas e cadernos, quatro de Albert Hein e uma assinada pelos dois – apresentadas nos três andares (primeiro andar, primeiro e segundo subsolos). Uma delas, Instalação sobre duas figuras / Instalação na Capela do Morumbi é reapresentada na Capela do Morumbi. Trata-se do último trabalho criado pelo artista, em 1993, que não chegou a vê-lo montada pois faleceu antes da inauguração da exposição.
No Itaú Cultural, o público percorre a trajetória do artista por meio de uma linha do tempo, aprecia seus principais trabalhos, além de seus cadernos e agendas nunca antes levadas a público que, digitalizadas, podem ser manuseadas pelo visitante. Todas estas peças provêm de coleções particulares, de museus e do Projeto Leonilson – criado em 1993 por um grupo de familiares e amigos do artista com a finalidade de pesquisar, catalogar e divulgar a obra, visando a realização de um catálogo geral de sua produção artística.
Em paralelo
Programação paralela acompanha a exposição. Entre os dias 13 e 23 de abril é apresentada a performance O tempo da Paixão ou O Desejo é um Lago Azul da Companhia da Arte Andanças de Fortaleza, inspirada em obra de mesmo nome realizada por Leonilson em 1989, e as performances El Puerto e Dedicate, de Marcos Sobrinho. Nos dias 19 e 20, também de maio e sempre às 20h, é realizado na sala Itaú Cultural o seminário Arquivo e Memória – O Legado do Artista.
No primeiro dia, o seminário reúne no instituto os curadores Lisette Lagnado, Paulo Herkenhoff e Ana Lenice Dias, presidente do Projeto Leonilson, que falarão sobre o acervo do artista. No seguinte, 20, os curadores Bitu Cassundé e Carlos Eduardo Riccioppo, com a professora Maria Esther Maciel, expert em taxonomia, discutem especificidades da obra de Leonilson.
20 anos de arte contemporânea na Capela
A Capela do Morumbi comemora 20 anos de instalações de arte contemporânea, durante os quais recebeu instalações de importantes artistas, entre eles Carlos Fajardo, Carmela Gross, José Resende, Nelson Leirner, Albano Afonso, Sandra Cinto, Daniel Acosta, Wagner Malta Tavares, Ana Paula Oliveira, e mais recentemente, Guto Lacaz, Laura Vinci, José Spaniol, Marcelo Moscheta, Hudnilson Jr., Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti, entre outros.
Para comemorar a data, o Museu da Cidade de São Paulo em parceria com o Itaú Cultural, reapresenta no mesmo período da exposição Sob o Peso dos Meus Amores no instituto, a instalação de Leonilson apresentada ali em 1993. Obra emblemática da trajetória do artista é também uma das mais marcantes da história de exposições da Capela do Morumbi, que ele não chegou a ver.
Pela instalação realizada na Capela do Morumbi e por outra individual realizada no mesmo ano, o artista recebeu homenagem póstuma e prêmio da Associação Paulista de Críticos de Artes - APCA.
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Casa Forte: Renato Bezerra de Mello
Na produção do artista Renato Bezerra de Mello os guardados da casa, as imagens registradas em fotografias e vídeos, além da representação onírica de situações fantasiosas frequentam o universo dos desenhos, vídeos, objetos, stills. Renato alia reminiscências a uma subversiva atitude de desintegração dos vestígios do lar: taças quebradas, papéis com rabiscos quase ilegíveis. Na exposição “Casa forte”, busca-se um diálogo atualizado, no qual a arte contemporânea de Renato Bezerra de Mello possa constituir interpretações, ao mesmo tempo amplas e particulares, da casa, da família, mas também do sentido de lar que guardamos nas nossas subjetividades.
Casa Forte é o nome do bairro de Recife onde a casa que deu origem ao projeto existiu. Renato assistiu, pesquisou e vivenciou os dias de ascensão e ocaso em que a residência familiar tornara-se ruína. Mas, aqui, tudo é refeito sem a tentativa óbvia de resgate do tempo perdido. Agora a casa existe como fortaleza na memória da arte que insiste em tratar do etéreo, do transitório, da infância. Como na atitude do escritor Marcel Proust, criamos pequenas âncoras para içar do cotidiano sentimentos que compartilhamos em quaisquer abrigos: saudades, revolta, medos. Sentimentos fadados à instabilidade.
Na exposição, são apresentados desenhos feitos em carbonos com cenas da casa que se misturam aos azulejos, ao mobiliário e às pessoas que a frequentavam. Em outra série de desenhos, com finos traços sobre papel vegetal, vemos referências a detalhes de ambientes arquitetônicos marcando impregnações do silêncio: escadas, umbrais, guarda-corpos, parapeitos. A fluidez do vazio corrobora tanto com uma espécie de melancólica reflexão sobre a desumanização da arquitetura, quanto com a esperança de dotar os lugares de anima, comunhão familiar, tradições inevitavelmente com data de validade. A infância aparece na instabilidade da menina, ampliada na fotografia, criando uma ação cíclica e lúdica de pular cordas. O vídeo que dá título à mostra encena parte da desagregação da Casa Forte mesclando cenas de brincadeiras e alegrias com o impacto de uma sala congelada no tempo. Apresentamos, assim, metáforas para nossa atitude diante do destino.
O Tejo não é igual ao rio que corre na minha aldeia, afirmara Fernando Pessoa. A consciência de ir em busca do desconhecido também atravessa esta exposição. Sim, o Tejo é bem maior do que o rio que corre em qualquer aldeia. Mas, Renato Bezerra de Mello vai à procura de adventos memoráveis, em viagens, em museus, em imagens eróticas, quebrando, assim, as afetações e os bons costumes das regras civilizatórias. No trabalho em que o artista apresenta centenas de cartões-postais de viagens para dentro e para fora de seu país natal, vemos a ambivalência do estar-no-mundo. Saber que existe o encantamento por obras-primas é, segundo observamos nas imagens, tão importante quanto colecionar banalidades. Aqui o memorável cria avessos e aversões; insultos, melancolias, êxtases, catarses são escritos nos cartões, pelo artista, que os envia a si mesmo. Como numa ação performática, o correio traz a mensagem de um dia para o outro, postadas do mesmo lugar onde reside o artista, ou atravessa mares, encontrando-o longe. A surpresa, a sabotagem, o mistério que já vem com o fim previsível.
Para título da série de postais, Renato escolhe excertos de um poema de Konstatinos Kaváfis e nos dá pistas sobre suas conclusões: “Não acharás novas terras, tampouco novo mar. A cidade há de seguir-te”. Aqui reside não somente a contradição da busca do artista por novos portos, mas também a constatação existencial e antropológica dos caminhos da mobilidade. De que adianta guardar, lembrar, preservar? “cada coisa tem um instante em que ela é”, diria Clarice Lispector embevecida com a cinza das horas. A cidade, então, já nasce para desfazer as tramas que pretendem a imortalidade, o âmbar, os fósseis. Portanto, “Casa forte” é nome encantado, pretendendo a magia, o feitiço, tentando a invocação. Porém, a urbanização do mundo se estende sobre casas, rios e mares. A casa jamais será tão forte quanto o nomadismo, a mobilidade. Construir é um paradoxo para um “fenômeno que não corresponde a um novo sedentarismo, mas a novas formas de mobilidade”, afirmará Marc Augé. É essa contradição que interessa a Renato Bezerra de Mello, como fazer arte com o que já não é mais, o que já foi demolido, substituído? E, além disso, Renato ora acumula, como os carbonos, ora descarta, como as taças de cristais.
Na viagem ao sertão, como coleta de imagens para outro trabalho do artista iniciado há alguns anos, capturávamos ciclistas, entrevistos das janelas dos carros e táxis em movimento. Na surpresa do clic, qual a da campainha ou dos escaninhos que poderiam trazer cartões de si para si, tentávamos enlaçar a velocidade dos passantes, dos que tinham algo a fazer, dos que venciam a inércia do tempo para objetivos diversos, intuídos, mas desconhecidos por nós. Como resultado, imagens erráticas, vazios intervalares. Entre o voyeur e o transeunte, a mesma moral, a mesma constatação: o Tejo existe em qualquer cidade, como busca, como fabulação e “a esta cidade sempre chegarás”.
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