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CE/PE/RJ/SP/Reino Unido Projeto Ideal no CCSP / BRASA Frágil ministério por Ana Paula Sousa, Folha de S. Paulo
ANO 11 - N. 15 / 10 DE MARÇO DE 2011

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AGENDA DE EVENTOS
Thiago Rocha Pitta CCBB, Rio de Janeiro
Projeto Ideal no CCSP, São Paulo
Matheus Rocha Pitta no Sprovieri, Reino Unido
CIRCUITO
Rodrigo Braga na Fundaj, Recife
Mostras do Projeto Terceira Metade no MAM, Rio de Janeiro
Flávio de Carvalho desveste a Moda da Cabeça aos Pés no MAM, Rio de Janeiro
CURSOS E SEMINÁRIOS  Memória e arte contemporânea com Marcelo Campos, Fortaleza
SALÕES E PRÊMIOS
1º Prêmio Ateliê Aberto Videobrasil - Selecionados
Seleção de trabalhos para a SANTA Art Magazine - Inscrições e informações para o artista
COMO ATIÇAR A BRASA
Brasil ameaçado na bienal de Veneza por Camila Molina, O Estado de S.Paulo
Carta de artistas à Ministra da Cultura questionando a repentina troca de curadores do Festival Europália na Bélgica, Facebook
Frágil ministério por Ana Paula Sousa, Folha de S. Paulo
Análise: A gênese de uma crise por Jotabê Medeiros, O Estado de S. Paulo
MinC se torna ministério problema do governo por Renato Rovai, Blog do Rovai
Quem tem medo de Ana de Hollanda? por Leonardo Brant, Cultura e Mercado
A voz dos poucos e barulhentos ou: a emergência das redes culturais por Rodrigo Savazoni, Trezentos

Thiago Rocha Pitta CCBB
Thiago Rocha Pitta, O Cúmplice Secreto

Thiago Rocha Pitta

14 de março a 24 de abril de 2011

CCBB Rio de Janeiro - Sala A Contemporânea
Rua Primeiro de Março 66, Centro, Rio de Janeiro - RJ
21-3808-2020 ou ccbbrio@bb.com.br
www.bb.com.br/cultura
Terça a domingo, 10-21h

Leia o resumo na agenda
english

Enviado por Meio e Imagem meioeimagem@terra.com.br
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Projeto Ideal no CCSP
Jota Castro, Icones quebrados, 2004 - cortesia González y González, Santiago/Chile e Galería Baró, São Paulo

Projeto Ideal
Albano Afonso, Carlos Garaicoa, Dario Escobar, Jota Castro, José Falconi, José Rufino, Patrick Hamilton, Regina José Galindo, Sandra Cinto, Santiago Serra

12 de março, sábado, 15h

Centro Cultural São Paulo - Sala Tarsila do Amaral
Rua Vergueiro 1000, Paraíso, São Paulo - SP
11-3397-4002 ou ccsp@prefeitura.sp.gov.br
www.centrocultural.sp.gov.br
Terça a sexta, 10-20h; sábado, domingo e feriado, 10-18h
Exposição até 26 de junho de 2011

Sobre a exposição e as obras

Leia o resumo na agenda
english

Enviado por Emi Sakai imprensaccsp@prefeitura.sp.gov.br
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Matheus Rocha Pitta no Sprovieri
Matheus Rocha Pitta

Matheus Rocha Pitta
Provisional Heritage

11 de março a 30 de abril de 2011

Sprovieri
27 heddon street w1b 4bj, London, Reino Unido
44-020-7734-2006 ou info@sprovieri.com
www.sprovieri.com
Terça a sábado 10-18h

Texto de Sérgio Bruno Martins (inglês)

Leia o resumo na agenda
english

Enviado por Matheus Rocha Pitta facebook.com/camofo
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CIRCUITO
Rodrigo Braga
Nos Campos de Flandres

24 de fevereiro a 4 de abril de 2011

Fundação Joaquim Nabuco - Galeria Vicente do Rego Monteiro
Rua Henrique Dias 609, Derby, Recife - PE
81-3073-6692/6691 ou artes@fundaj.gov.br
www.fundaj.gov.br
Terça a domingo, 15-20h

Texto de Moacir dos Anjos

Leia o resumo na agenda
english

Enviado por José Patrício artes@fundaj.gov.br
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Mostras do Projeto Terceira Metade no MAM
Terceira Metade, foto de Luigi Stavale

CIRCUITO
Projeto Terceira Metade
Terceira Metade
Manuel Caeiro(Portugal), Tatiana Blass(Brasil), Yonamine(Angola)

Curadoria de Luiz Camillo Osorio e Marta Mestre

+

Projeto Terceira Metade
Celebrações/Negociações – Fotógrafos africanos na coleção Gilberto Chateaubriand
Ambroise Ngaimoko (Angola), Jean Depara (Angola), J.D. okhai Ojeikere (Nigeria), Malick Sidibé (Soloba), Seydou Keita (Bamako)

Curadoria de Cezar Bartholomeu e Marta Mestre

18 de fevereiro a 10 de abril de 2011

Museu de Arte Moderna - MAM Rio
Av. Infante Dom Henrique 85, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro - RJ
21-2240-4944 ou mam@mamrio.org.br
www.mamrio.org.br
Terça a sexta, 12-18h; sábado, domingo e feriado, 12-19h

Leia o resumo na agenda sobre Terceira metade e Celebrações/Negociações
english / english

Enviado por Beatriz Caillaux beatriz@cwea.com.br
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Flávio de Carvalho desveste a Moda da Cabeça aos Pés no MAM
Gui Paganini, Passista, 2006

CIRCUITO
Flávio de Carvalho desveste a Moda da Cabeça aos Pés
Bob Wolfenson,Bruno Cals, Cesar Cury, Christian Von Ameln, Claudia Guimarães, Cristiano Madureira, Cristiano Mascaro, Daniel Klajmic, Daniel Pinheiro, Debby Gram, Edu Rezende, Fabio Bartelt, Fabio Sarraff, Feco Hamburger, Felipe Morozini, Gui Paganini, Gustavo Zylberstajn, Henrique Gendre, Jacques Dequeker, Klaus Mitteldof, Marcio Rodrigues, Marcio Simnch, Murillo Meirelles, Paulo Reis, Paulo Vainer, Renam Christofoletti, Rodrigo Marques, Rogerio Cavalcanti, Thelma Vilas Boas, Tiago Molinos, Willy Biondani, Yossi Michaeli

Curadoria de Agnaldo Farias e Mariana Lanari

23 de fevereiro a 10 de abril de 2011

Museu de Arte Moderna - MAM Rio
Av. Infante Dom Henrique 85, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro - RJ
21-2240-4944 ou atendimento@mamrio.org.br
www.mamrio.com.br
Terça a sexta, 12-18h; sábado, domingo e feriado, 12-19h

Leia o resumo na agenda
english

Enviado por Marcele Rocha marcelerocha21@gmail.com
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CURSOS E SEMINÁRIOS
Memória e arte contemporânea

Professor: Marcelo Campos

O objetivo do curso é analisar criações de arte contemporânea que se vinculem às questões da memória, das autoficções, da primeira pessoa. Serão discutidas obras que trazem uma poética ao mesmo tempo autoreferente e autônoma. A arte reelabora predicados a objetos que muitas vezes já os possuíam: fotografias de família, cartas, diários, etc.

16 a 18 de março de 2011, 18h30-20h30

Leia as informações completas e publique seu comentário no blog Cursos e Seminários

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SALÕES E PRÊMIOS
1º Prêmio Ateliê Aberto Videobrasil - Selecionados

A 4a edição do programa de residência artística da Casa Tomada, o Ateliê Aberto #4, será realizado em parceria com a Associação Cultural Videobrasil_SESC.

Além de duas jovens pesquisadoras, nesta edição da residência quatro artistas foram selecionados. Diferentemente das edições anteriores deste programa, os artistas enviaram proposta de projeto a ser elaborado durante os 4 meses de residência com o auxílio de uma bolsa, resultando em obras que serão expostas em setembro no 17º Festival Internacional de Arte Contemporânea SESC_Videobrasil.

Comissão de seleção: Ana Maria Tavares, Marcelo Rezende e Marcos Moraes

Artistas selecionados:
Carolina Caliento de Abreu (SP)
Guilherme Duque Peters (SP)
Paulo José Nimer Abilel (SP)
Regina Parra (SP)

Pesquisadoras selecionadas:
Ana Luisa Lima (PE)
Galciane Neves (CE)

Leia a informação completa e publique seu comentário no blog Salões e Prêmios

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SALÕES E PRÊMIOS
Seleção de trabalhos para a SANTA Art Magazine

A SANTA Art Magazine está recebendo portifólios até o dia 8 de abril de 2011. Serão aceitos portifólios de artistas de todas as mídias, de qualquer lugar do Brasil e do exterior. Só serão avaliados portifólios que seguirem as normas de envio presentes no site.

Comissão de seleção: Corpo editorial e conselho consultivo da revista SANTA Art Magazine - Ana Luisa Leite, Duda Carvalho, Fred Hortêncio, Julia Vaz, Jully Fernandes, Marcos Prado, Mauricio Pontual, Moacir dos Anjos, Nelson Ricardo Martins, Pedro Karp Vasquez, Sergio Mauricio Manon, Waldick Jatobá, Walter Carvalho, Yael Steiner

Inscrições até 8 de abril de 2011

Informações para o artista sobre o custo-benefício de editais
As informações abaixo, todas de caráter objetivo, copiadas do edital, servem para ajudar o artista iniciante a decidir sobre a sua participação no evento em questão. Leia sobre esta iniciativa do Canal no Salões&Prêmios.

GANHO PARA INSCRITOS: nenhum

CONTRAPARTIDAS PARA SELECIONADOS:
- Publicação do trabalho selecionado na revista SANTA Art Magazine

CUSTOS OPERACIONAIS:
- A revista reserva-se o direito de não submeter previamente o material diagramado à avaliação dos colaboradores selecionados e a não devolver nenhum material recebido seja via digital ou por meios analógicos.
- Os artistas poderão enviar imagens em JPG em baixa, portifólios digitais em PDF ou websites e textos em arquivo Word ou PDF para análise.
- As imagens selecionadas para publicação devem ser encaminhadas por e-mail, em arquivos TIF, com 300 dpi e 36 cm de altura.
- As imagens devem ser acompanhadas de listagem de legendas, conforme o seguinte padrão: Título em negrito, ano, técnica, medidas em centímetros – Coleção (se for o caso).
- Devem seguir, em arquivo de Microsoft Word, uma breve nota biográfica sobre o artista relacionando principais exposições, publicações, prêmios etc.
- Os textos devem ser enviados por e-mail em arquivo de Microsoft Word com margens laterais de 3 cm, fonte Times New Roman, corpo 12, espaço 1,5 e entrelinha entre parágrafos.

Leia a informação completa e publique seu comentário no blog Salões e Prêmios

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COMO ATIÇAR A BRASA
Brasil ameaçado na bienal de Veneza

Matéria de Camila Molina originalmente publicada no jornal O Estado de S. Paulo em 4 de março de 2011.

Portaria impede repasse de verbas da Funarte para instituições privadas como a Fundação Bienal, que precisa de R$ 400 mil

A representação nacional brasileira na 54.ª Bienal de Veneza, a ser inaugurada em junho, está ameaçada por falta de recursos. Para a realização da instalação do artista Artur Barrio, escolhido pela Fundação Bienal de São Paulo para ocupar o Pavilhão Brasil na mostra italiana, a mais tradicional do mundo, seriam necessários R$ 400 mil. O montante viria da Funarte, ramo do Ministério da Cultura, mas uma portaria do fim do ano passado proíbe agora convênios do MinC com instituições privadas, uma fonte de recursos. "É preocupante para o País e afeta diretamente a Fundação Bienal de São Paulo", diz o empresário Heitor Martins, presidente da instituição. "Estamos há dois meses tentando achar uma solução, mas não posso dar certeza se conseguiremos", continua Martins.

Leia a continuação e publique seu comentário no blog Como atiçar a brasa

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COMO ATIÇAR A BRASA
Carta de artistas à Ministra da Cultura questionando a repentina troca de curadores do Festival Europália na Bélgica

Segue esta carta redigida pelos artistas brasileiros envolvidos no projeto Europália, enviada hoje à equipe da Ministra da Cultura Ana de Holanda. É importante um esclarecimento dessa situação...

Carta originalmente publicada por Daniela Labra no Facebook em 1 de março de 2011.

À MINISTRA DA CULTURA ANA DE HOLLANDA
AO PRESIDENTE DA FUNARTE ANTONIO GRASSI

Excelentíssima Senhora Ministra da Cultura,
Ilustríssimo Senhor Presidente da Funarte

Nós, artistas visuais e profissionais da área, reunidos nacionalmente em torno do Festival Europalia 2011 - mostra de repercussão internacional que acontece bienalmente desde 1969 na Bélgica, cujo tema deste ano será o Brasil - manifestamos nossa apreensão quanto à condução da organização do referido projeto por este Ministério, órgão que deve implementar a política que promoverá a cultura produzida no país, dentro e fora deste.

Leia a continuação e publique seu comentário no blog Como atiçar a brasa

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COMO ATIÇAR A BRASA
Frágil ministério

Matéria de Ana Paula Sousa originalmente publicada no caderno Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo em 4 de março de 2011.

Polêmica com Emir Sader e cabo de guerra em torno da reforma na Lei do Direito Autoral preocupam o Planalto; assessores da presidente Dilma pedem que ministra Ana de Hollanda neutralize opositores e mostre "agenda positiva"

O recado do Palácio do Planalto é claro: o MinC (Ministério da Cultura) precisa, com urgência, desvencilhar-se da "agenda negativa".

Num governo norteado pelo mantra da "agenda positiva" e pelo velho ditado que diz que "o peixe morre pela boca", a pasta comandada por Ana de Hollanda tem aparecido como exceção.

A despeito de ter um dos menores orçamentos da Esplanada, é um dos que mais tem aparecido na mídia. Não raro, metido em confusão.

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COMO ATIÇAR A BRASA
Análise: A gênese de uma crise

Matéria de Jotabê Medeiros originalmente publicada no jornal O Estado de S. Paulo em 2 de março de 2011.

Ana de Hollanda inicia sua trajetória no Ministério da Cultura colecionando más notícias. A maior delas, esta semana, foi o anúncio de um corte orçamentário que chega a R$ 760 milhões (R$ 526 milhões no orçamento direto e R$ 237 milhões em emendas parlamentares). Gilberto Gil e Juca Ferreira, seus antecessores no cargo, enfrentaram problemas de dimensões parecidas, contingenciamentos monstruosos, mas amortizaram seus efeitos em longas negociações pelos corredores palacianos. Seria hora de demonstrar habilidade política. Ana de Hollanda encastelou-se no MinC e não demonstra ter trânsito nem no Congresso nem nos ministérios monetários, o que complica grandemente a situação.

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COMO ATIÇAR A BRASA
MinC se torna ministério problema do governo

Artigo de Renato Rovai originalmente publicado no Blog do Rovai em 3 de março de 2011.

A avaliação que circula no Planalto é que o troféu “ministério problema” dos primeiros 100 dias do governo Dilma dificilmente escapará das mãos do MinC.

Na bancada de deputados petistas, há uma insatisfação quase generalizada com as ações do ministério; na blogosfera, o MinC se tornou pauta negativa todos os dias; nos movimentos sociais, que têm atuação relevante na área, há uma crise instalada por conta dos sinais que vêm sendo emitidos em relação às novas políticas para os Pontos de Cultura; entre os intelectuais que apoiaram Dilma, a decepção com a nova agenda tem levado alguns a dizer que vão desembarcar do apoio ao governo, inclusive a criação de um manifesto demonstrando publicamente a insatisfação começa a ser articulado.

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COMO ATIÇAR A BRASA
Quem tem medo de Ana de Hollanda?

Artigo de Leonardo Brant originalmente publicado no Cultura e Mercado em 3 de março de 2011.

A ministra da Cultura anunciou hoje o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos como novo presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa. Com isso, espera estancar mais uma polêmica envolvendo a recuperação do Ministério da Cultura, em constante ameaça por grupos de interesse que ali se instalaram durante a gestão de Juca Ferreira.

No último domingo (27/2), durante conversa telefônica, a ministra Ana de Hollanda pediu que o sociólogo Emir Sader se retratasse sobre entrevista dada ao jornal Folha de S. Paulo, em que a chamou de “meio autista”. Sader disse que a frase havia sido publicada fora de contexto. E publicou um artigo em resposta à matéria do jornal (clique aqui para ler).

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COMO ATIÇAR A BRASA
A voz dos poucos e barulhentos ou: a emergência das redes culturais por Rodrigo Savazoni, Trezentos

Artigo de Rodrigo Savazoni originalmente publicado no blog Trezentos em 3 de março de 2011.

O jornalista Leonardo Brant, do site Cultura e Mercado, escreveu um texto hoje em defesa da Ministra da Cultura Ana de Hollanda. Brant, que vem mantendo estreita colaboração com a coordenação do atual ministério, inclusive se prontificando a intermediar o diálogo dos gestores da pasta com os movimentos de cultura digital, afirma que a ação nas redes sociais e na imprensa contra as medidas tomadas por Ana de Hollanda é resultado de um esforço orquestrado por poucos e barulhentos atores que apoiavam a gestão de Gilberto Gil e Juca Ferreira.

Não é verdade. Temos debatido as posições do Ministério de Ana de Hollanda, Vitor Ortiz e Antonio Grassi – a trinca de gestores que comanda a pasta – a partir dos fatos que eles mesmos geraram, das indicações eloqüentes que têm sido dadas. Não porque tenhamos quaisquer compromissos com este ou aquele grupo, mas porque somos favoráveis à continuidade das vitoriosas políticas culturais do governo Lula. Não por meio de uma central de boatos e falsos argumentos contra o Ministério, mas sim do debate público.

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TEXTOS DO E-NFORME

CCSP inaugura a exposição Projeto Ideal

A mostra já passou pelo MAC de Santiago e conta com a participação de artistas latino-americanos, entre eles, os brasileiros Albano Afonso e Sandra Cinto 12 de março a 26 de junho de 2011

A partir de 12 de março, o Centro Cultural São Paulo apresenta a mostra Projeto Ideal, que conta com a participação de dez artistas - Albano Afonso (Brasil), Jota Castro (Peru/França), Sandra Cinto (Brasil), Dario Escobar (Guatemala), Regina José Galindo (Guatemala), Carlos Garaicoa (Cuba), José Falconi (Peru), Patrick Hamilton (Chile), Santiago Serra (Espanha) e José Rufino (Brasil).

A mostra Projeto Ideal se organiza não em torno da figura de um curador, mas a partir da mobilização dos artistas. Um grupo inicial, formado por Sandra Cinto, Albano Afonso e Patrick Hamilton, convidou alguns artistas para participar do projeto, e estes estenderam o convite a outros, criando uma dinâmica em rede para a estruturação da exposição.

O que o visitante vê no Piso Flávio de Carvalho já é um desdobramento da primeira apresentação da mostra, ano passado, no Museu de Arte Contemporânea de Santiago, Chile, reunindo oito artistas latino-americanos e um europeu.

Aqui, a exposição ganha trabalhos novos, alguns desenvolvidos especialmente para o CCSP, e um novo participante: o paraibano José Rufino.

Projeto Ideal é parte de uma programação especial desenvolvida pelo Centro Cultural São Paulo para o mês de abril. Nela, a produção latino-americana será explorada a partir de propostas nas áreas de interdisciplinaridade, cinema, literatura, teatro, música, divisão de ação cultural e educativa, e também artes visuais. O objetivo é revelar ao público a pluralidade e riqueza de uma produção que, apesar de geograficamente muito próxima, ainda permanece desconhecida para grande parte do público.

Curadoria de Artes Visuais do CCSP

PROJETO IDEAL
Projeto Ideal não possui um curador. Depois de passar pelo Museu de Arte Contemporânea de Santiago de Chile, entre agosto e outubro de 2010 - destacando-se dentro das atividades do Bicentenário do museu -, a proposta que o público vê agora no Centro Cultural São Paulo surge da necessidade de diálogo e intercâmbio entre artistas de diversas nacionalidades e se delineia como uma plataforma horizontal de cruzamentos de olhares e de pensamento crítico em torno das diversas propostas de cada autor. Os trabalhos se projetam na maioria dos casos como instalações e/ou trabalhos site specific, utilizando diversas linguagens como desenho, fotocópia, fotografia, escultura, objeto e vídeo.

Esta exposição é uma proposta aberta, organizada em torno da reflexão a partir de diversos pontos de vista - filosófico, religioso, estético, econômico, urbanístico - sobre o conceito de "ideal". A partir do ponto de vista filosófico, poderíamos entender o conceito de "ideal" como em princípio, um valor inatingível, mas desejável. Fala-se de um mundo ideal, do mundo das ideias, conceito platônico para um mundo que seria verdadeiro, perfeito e imutável, em oposição à diferença do mundo aparente em que vivemos. Frequentemente, fala-se também de modelos econômicos ideais, de cidades ideais, de trajetos ideais, de sociedades ideais, etc. Em um mundo globalizado - dominado pelo espetáculo - e em meio de uma forte crise econômica, ambiental e social, o conceito de "ideal" e seus desdobramentos, em vários casos carregados de realismo e crítica social, são o ponto de partida para a reflexão estética e visual do conjunto de obras reunidas nesta exposição.

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Projeto Ideal - sobre as obras

Albano Afonso (Brasil)
É recorrente no trabalho de Albano Afonso o uso de jogos luminosos, espelhos e a manipulação de imagens com a finalidade de alterar a percepção das coisas, como também jogar com o incompleto, o errático e o fugaz. Com freqüência vemos a utilização de procedimentos estilísticos que geram incerteza e dúvida como a diluição, o duplo, a repetição, a instabilidade dos contornos e luzes.

A série Constelações consiste em fotografias analógicas do céu da cidade de São Paulo, capturadas durante os dias e as noites da primavera de 2007. Albano Afonso joga com as relações entre tempo/espaço, a fotografia e a pintura, construindo a partir deste registro um grande pantone do céu da cidade.

Jota Castro (Perú/Francia)
Considerado um dos artistas mais radicais por seu permanente questionamento das estruturas de poder político e social que regem a ordem global, diplomado em Ciências Políticas e Direito na França, Castro trabalhou durante anos para as Nações Unidas, começando sua trajetória artística em 1998.

Para Castro a obra Ícones Quebrados representa, desde um ponto de vista Freudiano, "matar o pai". A concebe como uma homenagem a quem tem influenciado e contribuído a sua construção pessoal. As contradições ou incongruências que podem significar algumas figuras representadas nesta obra, justamente encarnam, neste sentido, "reclamações" que definem o crescimento e formação de uma pessoa. Assim, Castro manifesta que é a partir do conhecimento das diferenças desde onde é possível realizar um trabalho intelectual e reafirmar um caminho próprio.

Presidência Italiana é um vídeo que parodia um feito político. Em 2 de julho de 2003, Silvio Berlusconi foi ao parlamento Europeu em Estrasburgo para apresentar seu programa de trabalho para a presidência da União Européia. Durante sua apresentação teve uma forte discussão com o senhor Schulz, chefe socialista do parlamento, a quem chamou de nazi. O vídeo de 10 minutos de Jota Castro é uma transcrição lírica desta disputa baseada no texto da lei do parlamento e a transcrição da discussão que utilizou como livreto de uma ópera repleta de clichês de música clássica. A ópera é interpretada pela grande soprano Mout Gnidzaz.

Sandra Cinto (Brasil)
Mar aberto dá continuidade às investigações pictóricas e gráficas que Sandra Cinto desenvolve durante os últimos anos, com uma alusão a emblemática pintura de Théodore Géricault (França,1791 -1824), A Balsa da Medusa (1818-1819). A intenção de Cinto é colocar o espectador em uma condição de náufrago, frente à obra, sugerindo uma experiência de imersão na imagem que a artista propõe. Os traços e movimentos que utiliza ao desenhar as ondas, assim como seus brilhos, são apenas superfície de uma concepção profundamente romântica, que relaciona seu trabalho de maneira direta com o tema do sublime. Neste sentido podemos ver uma reflexão atualizada de certo idealismo pictórico que tem reminiscências a pintura de um dos principais representantes da pintura romântica Caspar David Friedrich (Alemanha,1774-1849)

Darío Escobar (Guatemala)
Desde meados dos anos 1990 sua produção estética tem sido marcada pela reflexão em torno da invasão e consequências do capitalismo global em sua terra natal. Seus primeiros trabalhos apropriam-se, pós-modernamente, de técnicas e linguagens do tradicional barroco colonial guatemalteco, como a joalheira de repuxado em prata e ouro, para cruzá-los com objetos "globais" provenientes do mundo dos esportes, do luxo ou redes de comida rápida. A obra para Projeto Ideal consiste em uma escultura confeccionada a partir de câmaras de bicicleta que, ao serem cortadas e unidas novamente, constroem uma forma orgânica, ao acaso, que alude tanto à escultura móvel como à tradição mexo-americana do Deus Quetzalcóatl - divindade da cultura asteca, também venerada pelos toltecas e maias, que tem a forma de serpente, forma esta que Escobar replica através das rodas de borracha, outro material importante dentro da economia da região.

Como em vários de seus trabalhos recentes, utiliza objetos industriais que remetem ao mundo dos objetos cotidianos, realizando uma operação onde tanto a identidade como a função do objeto são completamente alterados. Também o acaso intervém nos desenhos apresentados por Escobar, realizados a partir da simples ação de dispor alguns papéis debaixo de automóveis o com vazamento de óleo. Aparente manchas orgânicas e que lembram de forma direta a pintura de Jackson Pollock.

José Falconi (Perú)
Poeta, crítico e fotógrafo, José Falconi tem sua produção formada por cruzamentos destas linguagens. Com frequência, vemos em seus trabalhos imagens naturais como desertos, assim como elementos de cultura, como monumentos. Na atual série fotográfica, ambas paisagens convivem, recriando de maneira alegórica processos de identidade nacional.

Dispostas sobre a mais alta das dunas, coberta de areia, e afogado na garoa cinza do deserto, um general quase desconhecido, observa o Oceano Pacífico à espera das tropas do General Patrício Lynch. Situado atrás dele seu batalhão um único soldado, silencioso e marcial, aguarda a ordem de ataque. Sabem que a defesa da cidade depende deles, sabem que ninguém se lembra sequer do nome dos vencidos.

Regina José Galindo (Guatemala)
Desde que obteve o Leão de Ouro na Bienal de Veneza em 2005, Regina José Galindo se consolidou como uma das artistas da performance mais importantes do cenário internacional. Seu trabalho combina uma forte crítica social em relação a situação de violência contra a mulher em seu país com estratégias de obra formalmente econômicas, enfáticas e as vezes poéticas. Limpeza Social é uma performance realizada no ano de 2006 em Treno, Itália. Nela, a artista é submetida a forte pressão de um jorro de água como os que são usados para acalmar manifestações ou banhar os recém ingressados na prisão. Completamente desnuda e com claras marcas de dor, a obra termina quando a artista já não pode mais resistir ao "castigo". Seu corpo completamente vulnerável atua como metáfora de outros corpos que sofrem na mais completa impunidade e desamparo.

Carlos Garaicoa (Cuba)
"Eu não quero ver mais meus vizinhos" trata sobre a idéia de limite, é a filmagem da construção de um muro ao redor da casa do artista, relacionando-o com imagens da maioria dos muros políticos e segregacionistas que existem no mundo. O muro de Berlim e de Ramallah, Tijuana no México, Malecón em Cuba, e a Grande Muralha da China, entre outros. A existência do Muro de Malecón, em sua Cuba natal, incita esta obra fazendo um chamado a transpassar continuamente os limites impostos geográfica e politicamente. As fronteiras, que vão e seguem marcando estes muros ao largo da história, se pronunciam na obra como modo de denúncia, conformando uma triste cidade das segregações a nível global.

Os desenhos arquitetônicos com linha, realizados por Garaicoa, falam de utopias e arquiteturas ideais. Como disse a curadora Alma Ruiz: "O trabalho de Garaicoa, através de maquetes, desenhos, vídeos e fotografias, explora a importância da arquitetura como forca capaz de alterar o curso da história, o fracasso do modernismo como catalisador das mudanças sociais e a decadência das utopias do século 20". Em particular, seu trabalho explora a decadência da cidade de Havana e as pobres políticas arquitetônicas que ocorreram após a revolução de 1959. O presente desenho construído com linha sobre as paredes, fala da fragilidade dos projetos imaginados, assim como as possibilidades de repensar a cidade e a arquitetura a partir de uma perspectiva pós-utópica.

Patrick Hamilton (Chile)
A série de trabalhos de intervenções virtuais que nesta exposição se apresentam, mesclam as preocupações originais da obra de Hamilton em relação ao tema da intervenção arquitetônica e o uso de procedimentos manuais como a colagem e a foto-montagem, para falar de maneira clara e expressiva, de certas condições e transformações da trama urbana de Santiago no contexto do Chile neo-liberal. A noção de monumento, em relação aos primeiros trabalhos, também é deslocada da idéia do "edifício corporativo" entendido como monumento ao triunfo do capitalismo no Chile e como emblema das novas relações entre a arquitetura, o poder e o espetáculo.

Construcción con diamantes trata-se de uma série de trabalhos com formas geométricas simples construídas com um material de ferro que se usa como proteção nos muros das casas de pessoas de classe média e classe média alta em Santiago do Chile. As proteções do muro são muito afiadas e remetem a luta contra a delinquência, assim como a proteção da propriedade privada.

Estes trabalhos falam de segregação, de confinamento e de limites, de uma maneira muito simples, usando formas muito básicas e eloquentes.

Santiago Sierra (Espanha)
Vinculado a estruturas sociais e políticas, o trabalho de Santiago Sierra questionam as relações de poder estabelecidas, tanto no âmbito artístico como social. Suas obras interrogam diretamente o espectador sobre os limites impostos por sociedades atuais, capitalistas e globalizadas, e sobre temas de grande carga política e social como são exploração trabalhista e a marginalização.

Los anarquistas foi uma ação realizada à 0h de 25 de dezembro de 2006 na Fundação Volume de Roma. Sierra convocou um grupo de oito anarquistas militantes para escutar a missa do Galo. Cada um deles vestiu um capuz de estopa negra e receberam 100 euros por esta ação.

José Rufino (Brasil)
Vive e trabalha em João Pessoa. Desenvolveu sua jornada artística passando da poesia para a poesia-visual e, em seguida, para a arte-postal e desenhos, nos anos 1980. O universo do declínio das plantações de cana-de-açúcar no Brasil conduziu seu trabalho inicial em desenhos e instalações com mobiliário e documentos de família e institucionais. Filho de ativistas políticos presos pela ditadura do regime militar brasileiro nos anos 1960, o artista é também muito conhecido pelos seus impressionantes trabalhos de caráter político. Ultimamente, tem realizado incursões na linguagem cinematográfica e desenvolve cada vez mais um trabalho misto de monotipias/móveis/objetos e instalações. O diálogo dicotômico entre memória e esquecimento contamina seu trabalho por completo.

As gravuras Morbus resultaram de uma exposição de Rufino no Museu Andy Warhol, em 2010. O artista reutilizou uma imagem de crânio de Warhol, "ferindo" suas reproduções serigráficas com manchas à maneira de Rorschach.

A escultura Aenigma 3 junta-se ao conjunto como parte das investigações recentes do artista sobre a falência irreversível do corpo e das memórias.

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Texto Moacir dos Anjos

Rodrigo Braga
Nos Campos de Flandres
[Aquisição Acervo de Videoarte da Fundação Joaquim Nabuco 2010]

Amazonense nascido em Manaus em 1976 e radicado no Recife, Rodrigo Braga é um dos mais originais artistas brasileiros de sua geração, com obra já madura e crescentemente reconhecida no Brasil e no exterior. Os quatro vídeos aqui apresentados são resultado de convite do In Flanders Fields Museum, da cidade de Ieper, na Bélgica, para Rodrigo Braga ser o seu Artista em Residência de 2010. Embora o museu possua extenso acervo histórico sobre a Primeira Grande Guerra, dedica-se também à promoção da arte contemporânea por meio de convite para que artistas desenvolvam novos trabalhos em confronto com a coleção do museu. Rodrigo Braga morou na cidade por três meses e nesse período criou 16 trabalhos sob o título geral Mais Força que o Necessário. Entre trabalhos feitos em diversos suportes e linguagens (fotografias, objetos, serigrafia, bordado) destacam-se os quatro vídeos apresentados nesta exposição, e que fazem parte agora do acervo de videoarte da Fundação Joaquim Nabuco: Fronte, Casulo, Estórias do Soldado Saco-de-Areia e Cavalo Manco.

Nos três primeiros vídeos, Rodrigo Braga se veste do personagem “soldado saco-de-areia”, oferecendo narrativas alegóricas e fragmentadas de uma história vivida por milhares de jovens soldados na Primeira Grande Guerra, no início do século passado. Nesses vídeos, o artista põe-se em contato ficcionalizado com vestígios e rastros do conflito – seja o próprio acervo do museu belga, sejam as paisagens em seu entorno que foram campos de batalha um dia –, de modo a discutir, de maneira irredutível a qualquer outra forma de conhecimento, os sentimentos de poder, perda, impotência, morte, monotonia, medo e sobrevivência que rondam e definem confrontos bélicos. Mais, porém, do que apenas comentários críticos sobre tempo e circunstâncias já distantes, estes trabalhos falam também de um presente que coloca a todos sob alerta. Rememoram e inscrevem, no corpo de cada um que os vê, a urgência de evitar a dissolução de formas de vida que acolhem e negociam diferenças. Formas de vida que não se deixam desfazer em violência.

Esses trabalhos se articulam com toda a produção anterior de Rodrigo Braga em fotografia e vídeo, na qual o artista afirma o seu corpo como território onde deságuam e se explicitam as inadequações do sujeito no mundo, como se todo ele fosse membrana que simultaneamente separa e promove encontros entre as esferas do íntimo e do público. Como se, em seu corpo, estivessem condensadas todas as ambivalências da vida corrente e, a partir dele, fosse possível agenciá-las sensorialmente.

No quarto vídeo em exibição, Cavalo Manco, Rodrigo Braga apropria-se de imagem capturada durante a Primeira Guerra Mundial e desacelera o registro de um soldado ferido ao atravessar o campo de batalha vazio, evocando, em poucos segundos, o infinito desamparo que o envolve.

Dando visibilidade e permanência a esses trabalhos, a Fundação Joaquim Nabuco renova seu compromisso com a produção, exibição, reflexão e guarda da produção artística em vídeo.

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