Coleção João Sattamini
Apropriações no MAC-Niterói
Claudio Fonseca, Eliane Duarte, Farnese de Andrade, Frans Krajcberg,
Ivan Cardoso, Jorge Barrão, Jorge Duarte, Nazareth Pacheco, Nelson Leirner,
Sante Scaldaferri, Tunga
Organização: Guilherme Bueno
14 de outubro a 23 de novembro de 2003
Museu de Arte Contemporânea de Niterói
Mirante da Boa Viagem s/n.º
Boa Viagem Niterói
Rio de Janeiro
21 2620-2400
http://www.macniteroi.com
Terça a domingo, das 11h às 18h.
Ingresso: R$4; estudantes com carteira: R$2; crianças até 7 anos e
adultos acima de 65 anos não pagam; aos sábados a entrada é franca para
todos.
A bilheteria fecha 15 minutos antes das salas de exposição.
A exposição
dispõe ainda de um grande módulo educativo organizado de modo a oferecer
ao público um panorama de referências sobre a presença deste conceito
na arte moderna e contemporânea, tanto no Brasil como no mundo. Com isto,
segundo Guilherme Bueno, organizador da mostra, o MAC reitera seu compromisso
de exibir o que de principal ocorre na arte do nosso tempo.
Dispositivo emblemático
GUILHERME BUENO
Diretor da Divisão
de Teoria e Pesquisa
A estratégia de apropriação
na arte, ou seja, a prática de incorporar diretamente um elemento do cotidiano,
assimila-lo e utiliza-lo na construção de uma obra de arte, data do início
do século XX com as colagens cubistas e tem seu marco na década de 10
com artista francês Marcel Duchamp, que construiu com um banco e uma roda
de bicicleta, uma escultura (Roda de Bicicleta), e expôs um mictório invertido
intitulando-o de Fontaine (Fonte). Operação decisiva para a arte moderna
e para a arte contemporânea, a apropriação tornou-se um dispositivo emblemático
no processo de rompimento com o espaço herdado do Renascimento ao indagar
porque o artista deveria continuar representando ou simulando os objetos,
quando os tinha diretamente dispostos à mão.
Na arte brasileira,
o interesse dos artistas em fazer apropriações data sobretudo dos anos
60, através da redescoberta da produção de Marcel Duchamp e da influência
direta da Pop Art americana que incorpora em seu repertório objetos de consumo
banais. O questionamento da natureza da obra de arte na década seguinte,
através de experiências vizinhas à arte conceitual, marca investidas mais
incisivas sobre este terreno onde a distinção entre o mundo cotidiano e o
mundo da arte parece maleável e movediço. Apontam, também, em alguns casos,
uma postura de resistência contra aquilo visto como afiliado às instituições
conservadoras, tais como convenções de um modo tradicional de se entender
a arte, a pintura de cavalete, a escultura como estatuária, a arte como uma
espécie de artesanato, entre outros.
Curto-circuito de experiências participativas
LUIZ GUILHERME VERGARA
Diretor da Divisão
de Arte Educação
Na varanda do MAC-Niterói
propomos um "curto-circuito" de experiências participativas e ao mesmo
tempo apresentamos um mapa de histórias paralelas à exposição. O foco deste
percurso é traçar uma rede de relações ligadas ao procedimento artístico
Apropriações.
O que está por trás
do ato de apropriação de coisas banais, achadas ao acaso, e de seu deslocamento
para o mundo da arte? Por que uma prática em princípio anárquica e "antiarte"
como a de resignificar como arte objetos usados no cotidiano urbano percorre
todo o século XX e tem lugar entre colecionadores e nos principais museus
do mundo? Poderíamos especular sua origem ligada ao descontentamento e
reação às sociedades industriais avançadas, regidas por estratégias capitalistas
de incentivo ao consumo e ao desperdício, que levou à destruição sem sentido
das guerras mundiais. Neste cenário cultural as vanguardas artísticas das
primeiras décadas do século passado deram início ao jogo ambíguo de apropriações
desafiando pela arte a ordem e sentido das coisas, idéias e sonhos.
Deixamos essas primeiras
instigações como convite para que a visita ao MAC seja uma experiência
também criadora de jogos interpretativos em um grande coisário, "universo
de coisas abertas para a imaginação".
Este material foi enviado
por José Carlos Assumpção <jc.assumpcao@fastmodem.com.br>.
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Edmilson Nunes
Para nunca mais perdê-la
14 de outubro, terça-feira, 20h
Galeria Anna Maria Niemeyer
Rua Marques de São Vicente 52 loja 205
Gávea Rio de Janeiro
21-2239-9144 / 2259-2082
http://www.annamarianiemeyer.com.br
Segunda a sexta, das 11h às 21h; sábados, das 11h às 18h.
Exposição até 31 de outubro de 2003.
EDMILSON
NUNES
Usando materiais do
imaginário popular (religioso e profano), como velas, pregos, recortes
de revistas pornográficas, penas, pedrinhas de bijouterias, ex-votos, imagens
sacras, peças do vestuário, cria-se uma espécie de enredo sentimental e
pessoal, onde situações como amor x erotismo, vida x morte, alegria x tristeza,
carne x alma desfilam à frente do espectador.
Este material foi enviado
por Leonor de Souza Azevedo <leonor@centroin.com.br>.
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Sissomia
14 de outubro, terça-feira, 20h
Fundição Progresso
CIC Cyber Café
Rua dos Arcos 24 térreo
Lapa Centro
Rio de Janeiro
Organização: Beatriz Lemos, Fabiola Neves e Tatiana Bührnheim.
O Sissomia
tem como proposta a utilização com fins culturais do mais novo cyber café
criado no coração da Lapa. Idealizado por Geraldo Miranda, Eugênio Rosales
e Débora Mota, integrantes do Centro Interativo de Circo, o CIC Cyber
Café abre suas portas para o evento de artes plásticas Sissomia, cujo nome
remete a junções deformatórias de dois corpos.
Pretendendo incentivar
ao máximo a interação do público com as obras alí expostas, os artistas
irão exibir vídeos, realizar performances, intervenções sonoras e trabalhos
multimídias, além da posterior pista de dança sob o comando do Dj Pretinho
e Bombaashaa.
Programação:
Vídeos
Ana Lúcia Milhomens
- Ad Tempus
Ava Rocha – Amor amor
amor
Cabelo - Cefalópode
heptópode
Daniela Mattos –Agasalho
para dias difíceis
Giordani Maia - Ebulição
Harold Offeh – Smile
Marcelo Rosauro –
Projeto X – Plan
Paula Dager –Vrruummm!!!
Paula Gaitán - Pela
Água
Plus Ultra – Júpiter
Performances
Alex Hambúrguer -
Poemas Sonoros
Domingos Guimaraens
–Capturando Sombras
Júlia Csekö –Eutanásia
Nivaldo Carneiro –Objetos
estéticos
Projeção
Joana Csekö; Tiago
Rivaldo
Instalação
Lisa Cheung; Pedro
Franco; Tatiana Dager
Intervenção Sonora
Ivan Henriques e Rodrigo
Amim – Projeto Múúúúú: Conhecimento Ruminativo
Grafite
Newton Goto
Multimídia
Leonardo Galvão; Rodrigo
Amim
DJs
Bombashaa; Pretinho