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RJ/SP Franklin Cassaro na Artur Fidalgo / Silêncio!, A ordem dos tratores não altera o viaduto e Anima na Galeria Vermelho
ANO 8 - N. 132 / 24 DE NOVEMBRO DE 2008

NESTA EDIÇÃO:
CIRCUITO  Ricardo Ventura na Mercedes Viegas, Rio de Janeiro
Franklin Cassaro na Artur Fidalgo, Rio de Janeiro
Celina Portella e Elisa Pessoa na Galeria do Lago, Rio de Janeiro
Minidi na Valu Oria, São Paulo
Silêncio!, A ordem dos tratores não altera o viaduto e Anima na Galeria Vermelho, São Paulo
Paulo Monteiro e coletiva de Rafael Carneiro, Renata De Bonis e Rodrigo Bivar na Marilia Razuk, São Paulo
Yolima Reyes no d'concept, São Paulo
COMO ATIÇAR A BRASA  Ensaio sobre as fronteiras, por Paula Alzugaray, Revista Isto É
SALÕES&PRÊMIOS
Programa de Bolsas FUNARTE - Resultado
Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais 2008 - Resultado
FÉRIAS DO CANAL
CANAL INFOS&LINQUES


CIRCUITO
Ricardo Ventura
Cavalo de Tróia

Exposição prorrogada até 29 de novembro de 2008

Mercedes Viegas Arte Contemporânea
Rua João Borges 86, Gávea, Rio de Janeiro - RJ
21-2294-4305
www.mercedesviegas.com.br
Segunda a sexta, 13-19h; sábado, 15-19h

Leia o texto Da forma pura à forma significativa, de Fernando Cocchiarale

Enviado por Produção Mercedes Viegas producao@mercedesviegas.com.br
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Franklin Cassaro
Antropofagia Industrial Alienígena (A.I.A)

26 de novembro, quarta-feira, 19h30

Galeria Artur Fidalgo
Rua Siqueira Campos 143, lojas 147/150 2º piso, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
21-2549-6278 ou contato@arturfidalgo.com.br
www.arturfidalgo.com.br
Segunda a sexta, 10-19h; sábados, 10-14h
Exposição até 15 de janeiro de 2009

Sobre a exposição

Enviado por Galeria Artur Fidalgo contato@arturfidalgo.com.br
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Celina Portella e Elisa Pessoa
Em círculo

26 de novembro, quarta-feira, 19h

Galeria do Lago - Jardim do Museu da República
Rua do Catete 153, Catete, Rio de Janeiro - RJ
21-3235-2650
www.museudarepublica.org.br
Terça a sábado, das 12-18h; domingos, 13-18h
Exposição até 22 de março de 2009

Sobre a exposição

Enviado por Fernanda Guedes fcguedes@gmail.com
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Minidi

25 de novembro, terça-feira, 19h30

Valu Oria Galeria de Arte
Al Casa Branca 1130, São Paulo - SP
11-3083-0811 / 0173 ou valuoriagaleria@ig.com.br
Segunda a sexta, 10-19h; sábados, 11-14h
Exposição até 10 de janeiro de 2009


Sobre a exposição

Enviado por Valu Oria Galeria de Arte valuoriagaleria@ig.com.br
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Laurent Fievet - Happy Scream

Silêncio!
Angela Detanico & Rafael Lain, Anne Durez, Joseph Dadoune, Laurent Fievet, Manon de Bôer, Manuela Marques, Marilá Dardot, Mauricio Ianês, Nathalie Brevet & Hughes Rochette

Curadoria de Audrey Illouz

Marcelo Cidade
A ordem dos tratores não altera o viaduto

Lançamento Projeto Anima (Tijuana)
Antoni Muntadas, Caetano de Almeida, Chiara Banfi, Cildo Meirelles, Leda Catunda, Leonilson, Marcius Galan, Marepe, Nelson Leirner, Regina Silveira, Rochelle Costi, Sandra Cinto

25 de novembro, terça-feira, 20h

Galeria Vermelho
Rua Minas Gerais 350, São Paulo - SP
11-3138-1520 ou info@galeriavermelho.com.br
www.galeriavermelho.com.br
Terça a sexta, 10-19h; sábados, 11-17h
Exposição até 17 de janeiro de 2009
Apoio: Consulado Geral da França (São Paulo), Embaixada de Israel (Brasília)

Sobre a exposição

Enviado por Marcos Gallon marcos@galeriavermelho.com.br
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Paulo Monteiro
Guaches

Rafael Carneiro, Renata De Bonis e Rodrigo Bivar

Curadoria de Rodrigo Andrade

26 de novembro, quarta-feira, 19h30

Marília Razuk Galeria de Arte
Rua jerônimo da veiga 62 loja 2, Itaim bibi, São Paulo - SP
11-3079-0853 ou galmariliarazuk@uol.com.br
www.galeriamariliarazuk.com.br
Segunda a sexta, 10h30-19h; sábados, 11-15h
Exposições até 23 de dezembro de 2009

Enviado por Juliana Asmir juliana@galeriamariliarazuk.com.br
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Yolima Reyes
Sorbitos

Curadoria de Ricardo Resende

26 de novembro, quarta-feira, 17-21h

D'concept Escritório de Arte
Alameda Lorena 1257 G1, Jardim Paulista, São Paulo - SP
11-3085-5006 ou info@dconcept.net
www.dconcept.net
Terça a sexta, 14-19h; sábados, 15-18h
Exposição até 31 de dezembro de 2008

Enviado por Décio Hernandez Di Giorgi dgiorgi@uol.com.br
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COMO ATIÇAR A BRASA
Ensaio sobre as fronteiras

Matéria de Paula Alzugaray, originalmente publicada na Revista Isto É edição 2036, no dia 12 de novembro de 2008

Cada um à sua maneira, exposição e ataques de pichadores convidam o público a pensar sobre os processos de legitimação artística

Os trabalhos apresentados em I/legítimo: dentro e fora do circuito, exposição que ocupa simultaneamente o Paço das Artes e o MIS, geram muita estranheza. Os filmes do britânico David Blandy, por exemplo, configuram um pastiche de seriado de Kung fu, com diário de viagem, Sessão da tarde e livro de auto-ajuda, que dificilmente se adequariam a festivais de vídeo, ou, muito menos, à programação de tevê a cabo. Blandy está na fronteira entre a arte contemporânea e os sistemas de comunicação de massa, muito bem inserido nessa exposição que mostra de que forma o circuito midiático se infiltra no circuito artístico. A tevê, o vídeoclipe, a animação, a música eletrônica, as câmeras de vigilância, a tatuagem, a HQ, o grafite, a performance de skate e o hackerativismo interagem no espaço expositivo. "Estamos mexendo em circuitos que estão querendo se estabilizar, o que é perigoso.

No Brasil, a street art está virando um gênero", afirma Fernando Oliva, que assina a curadoria com Priscila Arantes. Para colocar à prova esses sistemas, os curadores trabalharam nas fronteiras: entre o clipe e a novela; entre a HQ e o documentário; entre a formação acadêmica e o autodidatismo, caso dos pintores Rodolpho Parigi e Carlos Dias, colocados lado a lado, em diálogo. A fronteira entre aceitação e ilegitimidade permeia a maioria dos trabalhos e a exposição atinge seu objetivo de convocar o público a pensar os processos de legitimação no circuito artístico.

Por outra parte, a seqüên cia de ataques que pichadores paulistanos têm promovido a instituições artísticas e a becos de grafite da cidade devem ser trazidos ao debate, já que chamam a atenção para os mecanismos de inclusão e exclusão. A exemplo do título da obra de Marcelo Cidade, Técnica de elaborar traçado sem qualquer significação (2004), exposta em I/legítimo, que significados podemos extrair do ataque ao andar vazio da Bienal, promovido no domingo, 26 de outubro? E em que medida esses gestos não perdem sua significação na violência? "A intenção é clara, mas a sociedade não entende porque está habituada a reduzir tudo a vandalismo", afirma Cripta Djan, 25 anos, ex-pichador, eleito porta-voz do grupo de invasores da Bienal por não ter participado das ações. "Os ataques dizem que a única forma da pichação entrar no circuito cultural é pela invasão. A pichação não pode ser domesticada." O protesto se dirige tanto ao sistema de arte quanto a grafiteiros. "Estamos inseridos numa cultura capitalista, em que toda contracultura vira produto e é absorvida.

Leia o artigo na íntegra e publique o seu comentário no Como atiçar a brasa

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SALÕES&PRÊMIOS
Programa de Bolsas FUNARTE - Resultado

Estímulo à Criação Artística

Leia sobre os projetos selecionados e publique o seu comentário no Salões&Prêmios

Classificados na categoria Artes Visuais

Região Norte
Dirceu da Costa Maués (pa), Em um lugar qualquer - vídeo - Experimentações com câmeras artesanais
Armando Sampaio Sobral (PA), Traço infinito
Região Nordeste
Milena de Lima Travassos (CE), Tempo de paisagem
Jonathas de Andrade Souza (PE), Documento Latinamérica
Região Centro-Oeste
Yana Tamoyo Sotomayor (DF), Poéticas construtivas: comentários visuais sobre uma trajetória incompleta
Alexandre Rangel (DF), Quase - Cinema 2.0
Região Sudeste
Oriana Duarte (SP), Plus Ultra
Floriano Carvalho de Araujo (RJ), Lugares e Instantes
Região Sul
Rommulo Vieira Conceição (RS), Projeto sem títulos - desenvolvimento de instalações e desenhos
Eny Maria Moraes Schuch (RS), Vídeo-objetos e Objetos-sonoros

Veja os classificados nas outras categorias - Criação literária, Dança (coreografia), Dramaturgia, Fotografia, Música (composição erudita), Música (composição popular)

Estímulo à Produção Crítica

Classificados na categoria Artes Visuais

Região Norte
Orlando Franco Maneschy (PA), Inscrições videográficas no Pará
Região Nordeste
Joana D'Arc de Souza Lima (PE), Nomadismos e estratégias artísticas no Recife dos anos 80 – entre a tradição e o novo
Região Centro-Oeste
Tania Cristina Rivera (DF), A arte brasileira contemporânea e o retorno do sujeito
Região Sudeste
Felipe Scovino Gomes Lima (RJ), Caminhos do objeto de arte no Brasil
Região Sul
Gaudêncio Fidelis (RS), Livro - Universos da curadoria

Veja os classificados nas outras categorias - Dança, Música, Teatro, Interfaces dos conteúdos artísticos e culturas populares, Conteúdos artísticos em mídias digitais/internet

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SALÕES&PRÊMIOS
Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais 2008 - Resultado

Publicado online na Funarte e reproduzido abaixo

Leia sobre os projetos selecionados e publique o seu comentário no Salões&Prêmios

Fundação Cultural Elias Mansour (AC) - I Encontro de Artes Visuais uma reflexão sobre a arte no Acre
Associação Cultural Cuniã (RO) - Cuniã de Arte Contemporânea
Associação dos Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho (MA) - Semana Maranhense de Artes Visuais
Fundação São Sebastião (MA) - A Rota da Ilha
Sec.a de Estado da Cultura do MA (Superintendência de Cultura Popular) - Ciclo de Debates Fotografia e Memória: História e Políticas Públicas no Maranhão
Ponto de Cultura " Projeto Calu" (Universidade Federal do Maranhão) (MA) - NEGROLHAR sobre comunidades afros descendentes na zona rural de Alcântara - MA
Espaço Cultural Casa da Ribeira (RN) - Natal Arte Contemporânea
Fundação Cultural Capitania das Artes (RN) - Prospecta_2008
Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho (PB) - NAC 30 ANOS - Sobrvivendo nas Trincheiras
Sociedade de Estudos Múltiplos Ecológica e de Artes - Sociedade Semear (SE) - Artes Visuais Sergipe: Conexões
Fundação Universitária de Desenvolvimento Extensão e Pesquisa - FUNDEPES (AL) - Artes Visuais Contemporâneas e Políticas Públicas
Associação Fotoativa (PA) - Projeto " Largo das Mercês"
Oca Brasil (GO) - "Seminário Artes VisuAis e Políticas Públicas na Chapada dos Veadeiros"
Cooperativa de Comunicação,Cultura e Arte do Estado Mato Grosso (MT) - 3º SEDA - Semana do Audiovisual
Programa de Pós - Gradução em Arte da Universidade de Brasília - UNB (DF) - Projeto Fora do Eixo -Precipitações
Associação Filmes de Quintal (MG) - Coaxar Cochanino - Imagens e Palavras
Associação Cultural dos Amigos do Museu de Arte da Pampulha (MG) - Arte Pública em Debate
Universidade Federal do Espírito Santo (ES) - Tradicional e Contemporâneo - Suas Fronteiras
Sind. Nac. dos Artistas Plásticos e Comitê Nacional Brasileiro da Assoc. Intern. de Artes Plásticas - SINAP -ESP/ AIAP - UNESCO (SP) - Projeto Artes do Fogo
Fundação Assis (SC) - Seminário Santa Catarina. Discussão sobre produção, institucionalização e espaços de produção
Fundação Cultural Badesc (SC) - Pensar o Espaço Cidade - Pensar o Espaço com arte - Santa Catarina
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional de Blumenau (SC) - Fórum Regional Funarte Artes Visuais
AAMISSC - Associação de Amigo do Museu da Imagem e do som de (SC) - Construindo Novas Linguagens
Fundação Vera Chaves Barcellos (RS) - Ciclo de Debates Olhos
Instituto Trocando Ideia de Tecnologia Social Integrada (RS) - XARPI Uma escrita noturna

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TEXTOS DO E-NFORME

Franklin Cassaro na Artur Fidalgo

Franklin Cassaro inaugura na Galeria Artur Fidalgo a exposição “Antropofagia Industrial Alienígena” (A.I.A.). Serão apresentados dois conjuntos de esculturas que fazem referência a HQ, cordel, manifestações da cultura de massas e da pop arte, dialogando de forma humorada com o universo da mitologia contemporânea. O primeiro é composto de peças de folha de alumínio, algumas utilizando papel de embrulhar bombom e outras embalagens descartáveis. Outro grupo de peças é formado por “Fatos de Mercado”, esculturas compostas de esferas de MDF (aglomerado de madeira) acolchoadas. Reunidas, elas formam os membros do corpo de um “alien”, combinando o geométrico e o figurativo. Cassaro conceitua os trabalhos da exposição como “outraciclagem”, numa referência à reciclagem.

Entre as peças de folha de alumínio estão a “Medusa Dread”, "O Esqueleto Reciclóide Verde", a Lady Joaninha" , a “Yara” e o “Homem de Ferro Reciclóide”. Compõem a série “Fatos de Mercado” – o nome “Fatos” remete a acontecimento e a traje, roupa – um revestido de estampa de camuflagem e outro de motivos florais. O artista criou ainda um “Fatos de Mercado” de resina, transparente, que ficará em pé no meio da galeria e permitirá ver através dela, distorcendo as imagens. O Fatos de Mercado é o que poderíamos chamar, numa referência ao universo da ficção científica, de replicante: ele pode ser produzido em escala “industrial” utilizando caixas de pizza, tampinhas de garrafa ou qualquer outro material esférico encontrado no dia-a-dia.

Completam ainda a exposição duas esculturas, cada uma delas ocupando uma parede da galeria e formada por duas “espaçonaves” pequenas, de folha de alumínio, ligadas por uma linha preta que desenha o espaço como o rastro do seu vôo. Poderiam ser as naves dos “seres” expostos, os Antropófagos Industriais Alienígenas do título.

Franklin Cassaro é um dos importantes artistas contemporâneos brasileiros surgidos na década 1990 e “não gosta de picolé de melancia”.

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Celina Portella e Elisa Pessoa na Galeria do Lago

Artistas reconstroem, virtualmente, espaço da Galeria do Lago

Retrato da nova geração de artistas de arte contemporânea, Celina Portella e Elisa Pessoa, ganhadoras da Bolsa Iberê Camargo e da bolsa Recollets 2009, fecham o bem sucedido ano de 2008 com a exposição "em círculo" na Galeria do Lago, no Museu da República, dia 26 de novembro. A mostra faz parte da Série Duplas e fica aberta ao público de 27 de novembro a 22 de março de 2009, com entrada franca.

Com "em circulo", Celina e Elisa fazem um passeio virtual pelo espaço da Galeria, através de projeções nas paredes, dando a impressão de que a dupla entra e sai por portas virtuais. "As vídeo-projeções se encaixam na arquitetura interior da galeria criando propostas que se ligam entre si. Cada proposta reinterpreta o espaço de uma forma diferente, ora criando volume e textura, ora criando um deslocamento espacial e/ou temporal", explica Celina Portella.

Para a curadora da exposição, Isabel Sanson Portella, doutoranda da Escola de Belas Artes/UFRJ em História e Crítica da Arte "a arquitetura do espaço interage com a arte, assim como o olhar do público reinterpreta a ação criando diferentes realidades".

Todo realizado em filme Super8, as imagens ganham uma textura especial que, de acordo com as artistas, é proposital, para dar uma idéia de tempo suspenso e ao mesmo tempo remontar o antigo. Com a vibração da luz do projetor, a impressão é a de que a imagem respira, mostrando a natureza da própria imagem. O movimento e os tempos das ações são realizados em função do ritmo e da relação entre as projeções.

Em seu processo de criação, as artistas contextualizam a obra com o local onde será instalada. Segundo Celina, "a idéia nunca surge separada do espaço onde iremos realizá-la e a ação também não. A movimentação do corpo e da cãmera se insere no lugar escolhido e, por isso, é delimitado por ele".

Acostumadas a utilizar lugares públicos e urbanos como cenário para o corpo em movimento, a exposição na Galeria do Lago traz um novo desafio: levar para um espaço interior e neutro essa nova linguagem. Para isso, todo o projeto foi realizado de acordo com as dimensões das salas, criando uma relação não só com o local, mas também com as imagens que são criadas nesse espaço.

Neste trabalho, as artistas falam de um tempo que não é o presente, onde o corpo é uma imagem projetada, ocupando o espaço com movimento. "Nos questionamos sobre a diferença entre um corpo projetado e um corpo presente, sobre o poder, o valor e o sentido da imagem. Uma ação virtual em escala real cria uma tensão na percepção de quem vê. O que estou vendo é o que eu estou vendo ou o que eu penso que estou vendo? É uma brincadeira muito séria!", conclui Elisa Pessoa.

Sobre Celina Pessoa e Elisa Portella

Trabalhando juntas há 8 anos, a parceria no campo das artes visuais, proposta da Série Duplas, não é novidade para Celina e Elisa. A primeira estudou design na Puc-Rio e se formou em artes plásticas na Université Paris VIII. Trabalha diferentes expressões artísticas como dança, performance e vídeo. Já Elisa estudou pedagogia na Puc-Rio, ciências da educação e artes plásticas na Université Paris VIII. Na França iniciou sua pesquisa com fotografia, foto-colagem e filmes Super8, desenvolvendo projetos multimídia.

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Minidi na Valu Oria

A artista que já tem um bom percurso, realiza a quarta exposição individual na Valu Oria Galeria de Arte. Iniciou o seu trabalho com pinturas e desenhos pretos e brancos sobre papel de arroz. A partir disto desenvolveu sua obra, utilizando giz, originais, inicialmente pretos e brancos dentro de caixas de acrílico, montados de forma geométrica. Passou depois a utilizar a cor no giz e a realizar montagens especiais, com características lúdicas, deixando o público com opções conforme seu desejo.
Nesta exposição, Minidi modifica a forma natural do giz, criando trabalhos com dimensões distintas da sua forma original e realizando obras, onde o giz aparece mais como o material que compõe o trabalho e as formas passam a ser arredondadas, aumentadas e fragmentadas, mantendo sempre o aspecto de montagem opcional.

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Silêncio!, A ordem dos tratores não altera o viaduto e Anima na Galeria Vermelho, São Paulo

A Galeria Vermelho apresenta, de 25 de novembro de 2008 a 17 de janeiro de 2009, a exposição SILÊNCIO!

Com curadoria da francesa Audrey Illouz, responsável pela produção executiva do Centre Photographique d’Ile-de-France (Pontault-Combault, França), a exposição apresenta trabalhos de Nathalie Brevet & Hughes Rochette, Manon de Bôer, Joseph Dadoune, Marilá Dardot, Angela Detanico & Rafael Lain, Anne Durez, Laurent Fievet, Mauricio Ianês e Manuela Marques, e está sendo realizada com o apoio do Consulado Geral da França, em São Paulo, e da Embaixada de Israel, em Brasília.

A exposição SILÊNCIO! teve como ponto de partida o interesse da curadora Audrey Illouz pelo movimento Tropicalista e, mais especificamente, pela música Palavra em Palavra do disco Araçá Azul (1972), de Caetano Veloso, dedicada originalmente ao poeta Augusto de Campos.

SILÊNCIO! utiliza a noção do grito expressado no contexto da ditadura militar, para abordar o paradoxo entre discurso (a palavra) e a ação (gritar), mas, sobretudo, no grito como fundamento na elaboração do discurso (um som que não é ainda uma palavra articulada).

Embora a mais conhecida representação pictórica do grito apareça na obra O Grito(1893) de Eduard Munch, trabalhos mais recentes sobre o tema mergulham o observador em um estado de mudez. Utilizando a noção do grito, o projeto SILÊNCIO! pretende questionar as formas de resistência no âmbito da arte atual, relacionando contextos políticos, sociais, culturais, psicológicos e lingüísticos.

Parte dos artistas selecionados para a exposição já possuem pesquisas acerca do tema e produzirão novos trabalhos que utilizarão suas obras anteriores como ponto de partida. É o caso da artista Anne Durez que, com o apoio da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), realiza atualmente uma residência de dois meses em São Paulo, no Edifício Lutétia. A partir de suas experiências no país, a artista apresentará duas novas obras adequadas à noção do grito, a instalação Stones Raft e a performance Se eles se calam..., além do vídeo Donnant (2006).

Além de Durez, a dupla Nathalie Brevet e Hughes Rochette, também em residência na cidade, prepara um projeto exclusivo para a fachada da galeria. A dupla apresentará também a obra Sem Título (o grito), criada a partir de um grafite que reproduz a imagem de O Grito de Munch, encontrado em uma parede de Veneza (Itália).

Já o artista israelense Joseph Dadoune apresentará a instalação sonora Score n°1 for three moments of Origin (FIrst Cycle), composta por sete registros sonoros de gritos. Nesse caso, o grito se relaciona com a idéia de origem. Em parceria com Maurício Ianês, artista que causou polêmica na 28ª Bienal de São Paulo, ao se instalar nu no pavilhão da exposição na performance “A Bondade de Estranhos”, Dadoune prepara também, uma nova performance que será apresentada no dia 29 de novembro, às 16h. Além da parceria com Dadoune, Ianês apresentará uma nova instalação sonora que, como em anteriores, aborda a falência da representação artística apontando para novas formas de relação e de contato com o observador.

As obras de Marilá Dardot estão associadas à palavra e à sua materialidade. Em Sob Neblina (2004), por exemplo, Dardot se apropriou de sentenças que utilizam a palavra silêncio e as aplicou sobre páginas de um livro de vidro jateado, composto por dez dessas frases com a palavra silêncio. Procedimento similar compõe Paisagem sob Neblina, nova obra que Dardot apresentará na exposição. Para criá-la, Dardot partiu do mesmo arquivo de frases, mas que, nesse caso, sugerem ao observador uma paisagem mental. As frases foram bordadas sobre superfícies de feltro pela ACTC, associação beneficente que cuida de crianças cardíacas.

Por último, Angela Detanico e Rafael Lain criaram para SILÊNCIO! uma nova versão do seu Braille Ligado (2008), tipografia grafada com a luz a partir da escritura em braile.

Simultaneamente a abertura da exposição, será lançada também a edição de 2008 do projeto ANIMA.

O objetivo do evento é captar fundos para a ANIMA associação beneficente que cuida de crianças portadoras do vírus do HIV. A edição apresentará uma série de 13 camisetas com desenhos exclusivos criados por artistas como, Nelson Leirner, Marepe, Chiara Banfi, Marcius Galan, Leda Catuda, Cildo Meirelles, entre outros. A tiragem de cada camiseta é de 100 exemplares estarão à venda por R$ 140,00. Diferente dos anos anteriores, em 2008 não haverá o leilão organizado anualmente pela Galeria Luisa Strina. As camisetas ficarão em exposição e disponíveis para a venda no Tijuana.

No dia 29 de novembro, além das performances de Anne Durez, Maurício Ianês e Joseph Dadoune, será realizada uma conversa entre a curadora Audrey Illouz, a psicanalista Suely Rolnik e os artistas participantes da exposição. A conversa é aberta ao público em geral.

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FÉRIAS DO CANAL
O último e-nforme do ano será em 19 de dezembro e o primeiro de 2009 em 14 de janeiro. As notícias deste período deverão ser enviadas com antecedência para serem veiculadas antes do recesso, até o dia 9 de dezembro de 2008. Para o ano de 2009, continuamos com nosso prazo de 15 dias de antecedência para o envio de material.

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