NESTA EDIÇÃO:
Gê Orthof, O Poder não Pode
Sete essências para o híbrido do hoje no Conjunto Cultural da Caixa, Rio de Janeiro
Jean Nouvel no CAU, Rio de Janeiro   HOJE
Visita guiada à exposição de Anna Bella Geiger no Paço, Rio de Janeiro   HOJE
IV Seminário de Produção Cultural da UFF no CCJF, Rio de Janeiro
Lançamento The eighth day: the transgenic art of Eduardo Kac, EUA
CIRCUITO:
Lígia Teixeira na Joaquim Nabuco, Recife
Atentado poético  HOJE

Gê Orthof
O Poder não Pode
georthof@yahoo.com.br

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Caixa reúne nova geração de artistas plásticos cariocas

O Conjunto Cultural da Caixa estará reunindo 30 obras de sete artistas plásticos selecionados entre mais de 300 propostas inscritas no Projeto Exposições 2003, que tem o objetivo de abrir seus espaços a novos talentos da arte contemporânea. Durante a exposição, o público poderá conferir formas diversificadas de utilização dos conceitos de luz, cor, espaço e textura.

O resultado desse trabalho de pesquisa e experimentação coletiva reflete-se na proposta de artistas como Jhone Mariano, que altera a natureza e funcionalidade de móveis e de outros objetos do cotidiano e da pintora Suzi Coralli, que desafia as noções de espaço, utilizando a força das cores e das formas geométricas. A exposição revela também o resultado de pesquisas que os artistas desenvolveram com a mistura de materiais. Nessa linha, atuam Thereza Amaral, que trabalha com folhas de ouro e cobre e Maria Lúcia Maluf, que utiliza elementos como ponto de cruz, crochê, renda, renda de papel sobre gravura em metal e tela, transformando sua obra numa potência de significados.

Como surpresa, a mostra revela Rafael Vicente, um dos mais premiados artistas plásticos da novíssima geração carioca. Em uma referência direta a Hélio Oiticica que nos anos 60 levou sua arte às ruas, Rafael apresentará sua obra feita a partir de registros e assinaturas de pessoas anônimas em lonas expostas em praças públicas.

No Conjunto Cultural da Caixa o público poderá também conferir os trabalhos de Luiz Carlos de Carvalho, reconhecido pela criação de painéis urbanos com claros reflexos da Pop Art, e de Mariana Manhães, que desenvolve técnicas de terapias associadas às artes. Mariana, que também é psicóloga, produziu uma série de fotografias abordando a questão do "tempo tratado pela memória".

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O Centro de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU) apresenta a partir do próximo dia 10 de setembro a exposição inédita do francês Jean Nouvel, arquiteto conhecido por unir conceito e leveza em suas obras. Produzida com exclusividade para a cidade, a mostra reúne quatorze projetos de Museus e instituições culturais– entre eles o do Guggenheim Rio - e seis cenografias de exposições – alguns realizados, outros em execução e ainda parte deles inéditos. O evento é uma parceria do CAU com o Ateliers Jean Nouvel (AJN), tem apoio da Secretaria Municipal de Urbanismo da Prefeitura do Rio e do Consulado Francês e o patrocínio da Incorporadora Hines, da construtora Agenco, da Gafisa e da Tishman Desenvolvimento Imobiliário.

"Admiro muito e acompanho a trajetória de Nouvel há anos e considero-o um dos grandes nomes da arquitetura mundial. Está sendo um privilégio trabalhar em parceria com ele para produzir esse projeto especialmente para o Rio", afirma a diretora do CAU, Ana Borelli.

A mostra, que contará com a presença de Nouvel no vernissage de inauguração, vai apresentar aos cariocas grandes projetos, quase todos premiados internacionalmente: além do Guggenheim Rio (Rio de Janeiro, Brasil); o Carnegie Science Center (Pittsburgh, EUA), de 2001; o Museu Quai Branly (Paris França), de 1999; o Museu Reina Sofia (Madri, Espanha), de 1999; o Museu de Arte e História (Genebra, Suíça), de 1999; o Ho-Am Modern Art Museum (Seul, Coréia do Sul), de 1996; o Los Angeles County Museum of Art (Los Angeles, EUA), de 2001; o Guggenheim Tóquio (Tóquio, Japão), de 2001; o Museu da Evolução Humana (Burgos, Espanha), de 2000; a Fondation Cartier pour L´Art Contemporaine (Paris, França), de 1991; o Instituto do Mundo Árabe, de 1987; o Museu da Publicidade (parte do Museu do Louvre, em Paris, França), de 1997; o Museu Gallo Romain (Perigueux, França), de 1993 e o Centro de Cultura e Convenções (Lucerna, Suíça), de 1999.

A exposição terá projeções multimídia em computadores com telas planas exibindo os projetos do arquiteto, uma Tv de plasma com uma entrevista de Nouvel de 40 minutos sobre o Gug-Rio, uma grande maquete do museu carioca e também desenhos dos projetos com uma iluminação especial disponibilizadas nas paredes e no chão do centro cultural.

O público verá, ainda, na exibição de projetores, as cenografias de exposições como Brazil: Body and Soul, realizada em outubro de 2001 no Guggenheim Nova Iorque; Mutación, mostra em Bordeaux, na França, em 2001; Egito, Egito, no Instituto do Mundo Árabe, em Paris, em 1989; Anos 50, no George Pompidou, em 1988; Mésure Desmésure, na Cidade da Ciência e Indústria, em Paris, em 1995 e Exposição Universal em Hannover, na Alemanha, em 2000.
 

Jean Nouvel

O arquiteto Jean Nouvel, nasceu em Fumel, região de Lot-et-Garonne, na França em 1945. Formou-se em 1970 pela Escola Nacional Superior de Belas Artes de Paris, e em 1972, obteve o DPLG, diploma de arquiteto francês. Em 1983 recebeu o titulo de Doutor em Honoris Causa pela Universidade de Buenos Aires; em 1987,o Grande Prêmio de Arquitetura na França; em 1995, o título de arquiteto honorário pelo RIBA (Royal Institute of Bristish Architects), em 2000 o prêmio Leão de Ouro da Bienal de Veneza e em 2001 o prêmio internacional de arquitetura Francesco Borromini.

Em 1984 abriu o escritório de arquitetura Jean Nouvel Associados, e a partir de 1994 o Ateliers Jean Nouvel. Tem desenvolvido, ao longo de sua carreira, uma importante produção arquitetônica. Considerado o arquiteto número 1 da França, Jean Nouvel ficou conhecido pela profundidade conceitual com que desenvolve seus projetos.

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Programação:

16 de setembro
17h
Abertura
Magnífico Reitor Cícero Mauro Fialho Rodrigues (UFF)
Pró-Reitora de Assuntos Acadêmicos Esther Hermes Lück (UFF)
Desembargador Federal Paulo Freitas Barata (Centro Cultural Justiça Federal)
Prof. Antonio Serra (UFF)
Prof. Luiz Sérgio de Oliveira (UFF)
Prof. Gilberto Gouma (UFF)

18h
Palestra: Acesso aos Bens Culturais
Marta Porto (IETS – Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade)


17 de setembro
13h
Workshop: Produção de Artes Cênicas
Willian Taranto (Cia Ensaio Aberto)

15h30
Workshop: Agenciamento e Manager
David Miguel (Dakar Produções Artísticas)

18h
Palestras / Mesas: Projetos Culturais e Indústria de Entretenimento
Marcos Montenegro e Nilson Raman (Montenegro e Raman)
Pedro Paulo Carneiro (TVE Rede Brasil)
Wilton Cobra (Cia dos Comuns)
Zelito Viana (Mapa Filmes)
Mediador - Prof. Dr. José Maurício Alvarez (UFF)


18 de setembro
13h
Workshop: Produção Editorial
Profª Margareth da Luz (UFF e Niterói Livros)

15h30
Workshop: Direito Autoral
Marisa Gandelman (Prof. PUC RJ e Advogada especialista em Direito Autoral)

18h
Palestras / Mesas: Regulamentação da Profissão
Martha Macruz de Sá (Advogada Cooperativa Paulista de Teatro)
Rômulo Duque (Sindicato de Produtores Culturais de Belo Horizonte)
José Carlos Simões (Associação de Produtores de Teatro do Rio de Janeiro)
Henrique de Freitas Lima (Associação de Produtores Culturais do Estado do Rio Grande do Sul)
Prof. Dr. Albino Rubim (FACOM - UFBA)
Mediador: Prof. Gilberto Gouma (UFF)


19 de setembro
13h
Workshop:  Produção de Artes Plásticas
Ana Regina Machado Carneiro (ArtViva)

15h30
Workshop: Leis: Rouanet e ICMS
Renata Silencio (Sarau Agência de Cultura Brasileira)

18h
Palestras / Mesas: Financiamentos e Sustentabilidade do Setor
Andréa Alves (Sarau Agência de Cultura Brasileira)
Lu Araújo (Lume Arte)
Cinthya Graber (JCFurtado Produções Artísticas)
Marcelo Serrado (Ator e Produtor)
Mediador: Prof. Dr. Wallace de Deus Barbosa (UFF)


20 de setembro
13h
Workshop:  Produção Cinematográfica e Produção de TV
André Salles (Canal Brasil)

15h30
Workshop: Produção Musical e Mercado Fonográfico
Mayrton Bahia (Produtor Musical)

18h
Palestras / Mesas: Gestão Pública
Sérgio Sá Leitão (Ministério da Cultura - Representante Regional)
João Grilo (Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro - FUNARJ)
Ricardo Macieira (Secretaria das Culturas da Cidade do Rio de Janeiro)
Marcos Gomes (Secretaria de Cultura da Cidade de Niterói)
Randal Farah (Secretaria de Cultura da Cidade de São Gonçalo)
Mediador: Prof. Luiz Sérgio de Oliveira (UFF)

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A arte transgênica de Eduardo cria novas formas de vida, levantando questões com frequência impossíveis de responder, sobre ética, evolução, genética, e direitos dos animais, para citar apenas algumas das áreas que sua obra controversa se aventurou a investigar. Inaugurando a "arte transgênica", Kac apresentou em 1999 a obra "Genesis". Kac criou um"gene de artista": um gene sintético, inventado por ele mesmo e não existente na natureza. O gene foi criado através da tradução de um trecho em inglês do Velho Testamento para código Morse e depois de código Morse para DNA, de acordo com um código desenvolvido por Kac especialmente para esta obra. O gene foi introduzido em bactérias. Através da Web, participantes remotos causam mutação do código genético e assim mudam o texto contido no corpo das bactérias. Na aurora do século XXI , Kac chocou o mundo com sua obra "GFP Bunny" (2000), que incluiu a criação de uma coelha com GFP, ou Green Fluorescent Protein (Proteîna Fluorescente Verde). Sob luz azul, a coelha emite luz verde. Kac chamou atenção para o fato de que a coelha é perfeitamente saudável e que ele assumia responsabilidade por seu bem estar. Desde o princípio o objetivo do artista era trazer a coelha para viver com ele e sua família em Chicago. Em 2001 Kac criou sua terceira obra transgênica, "O Oitavo Dia", uma verdadeira ecologia de seres trasgênicos verdes, todos criados com GFP. A obra, que se conectava à Internet de várias formas, ainda incluiu um robô biológico, o segundo criado por Kac.

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Lirismo químico

ALEX HAMBURGER

Neste seu recente trabalho, exclusivamente elaborado para a Fundação Joaquim Nabuco, Lígia Teixeira dá continuidade à sua narrativa dos "fragmentos do discurso amoroso", conforme o sedutor título (e livro) de Roland Barthes.

Iniciada com "Eu te amo/ Eu te odeio", instalação apresentada no Paço Imperial RJ, a série, que ora se completa, contou ainda com uma segunda incursão, "Motel", fechando uma espécie de trilogia da aventura passional. À maneira de Barthes, que escreve o novelístico sem novela, base da sua singularidade, Lígia está em busca de uma visualidade não-retiniana pautada em uma totalidade de percepções, como naquele chimismi lirici de Soffici, além e acima das teorias da arte e da significação. Como no discurso amoroso de Barthes "nós não sabemos quem está falando; o texto fala, e isto é tudo! Hoje, o texto de um amante só pode ser o da solidão; ele não tem um assunto específico, mas pode ser evocado por milhares de assuntos".

O discurso amoroso, como equivalente ao novelístico, enquanto linguagem, se transforma no discurso de uma construção desse mesmo discurso, isto é, a pura tentativa de vozes soletrando o que alguém poderia dizer sobre a narrativa encenada.

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No próximo 11 de setembro ocorrerá em diferentes partes do mundo um atentado poético. Todas as pessoas interessadas no saber estão convidadas a sair pelas ruas nesse dia com um livro, dedicado a um desconhecido, e deixar esse livro em um parque, um café, um lugar público, para que seja encontrado e levado de presente. Aos doadores, por sua vez, é permitido receber e levar para casa os livros que encontrarem. Você adotará um livro? Libertará um livro? Por favor, circule esta informação. Esperamos que o movimento cresça. Obrigado a todos os leitores desconhecidos.


Poetic attack

On September 11th there will be a poetic attack in many parts of the world. Everyone who is interested in knowledge is invited to go out on that day and leave a book in a park, in a cafe, or in a public place, so that it can be found by someone else and taken as a gift. Anyone who donates a book is entitled to bring home the books they find. Will you adopt a book? Will you set it free? Please forward this information. Let's hope the movement will grow. Thanks to all the unknown readers.


Atentado poetico

El 11 septiembre proximo se efectuara en diferentes paises del mundo un Atentado poetico. Se invita a todas las personas interesadas en el conocimiento a salir ese dia a la calle con un libro, dedicado a un desconocido, abandonar este libro en un parque, un cafe, un lugar publico, para que sea encontrado como regalo. Se permite a los donadores de recibir y de llevar a la casa, el libro que, a su vez, encuentren. Adopatara usted un libro? Dejara en libertad un libro? Haga circular esta informacion, por favor. Quizas este movimiento crecera, Y gracias por los lectores desconocidos.

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