Página inicial

e-nformes

 

Acessar E-nformes Anteriores

Acesso a todos os e-nformes publicados desde a criação do Canal Contemporâneo em dezembro de 2000.

Para acessar os e-nformes anteriores é necessário ser associado ao Canal Contemporâneo.


Se você já se cadastrou, conecte-se na primeira página para acessar sua área pessoal e pedir o boleto na aba associação do editar conta. Se você nunca se cadastrou, preencha o formulário e, no final, escolha a opção associação paga. Conheça os planos de acesso do Canal e seus benefícios.


Modos de recebimento dos e-nformes


O Canal Contemporâneo publica 2 e-nformes semanais contendo informações sobre o circuito de arte contemporânea e políticas culturais relacionadas.

- Para receber a edição COMPLETA, com textos e imagens, torne-se um associado pagante e contribua para a manutenção da iniciativa.

- Para receber a edição SIMPLIFICADA, apenas com os linques para os conteúdos, basta ser um usuário cadastrado.

 


Pesquise por palavras e/ou expressões (entre aspas)

Arte Contemporânea na Fundação Joaquim Nabuco no Recife
ANO 2 N. 103 / 26 de maio de 2002




www.canalcontemporaneo.art.br
 
 

O Grupo Agenor Silvino (formado por integrantes de vários outros grupos locais como Telephone Colorido e Atelier Submarino) apresenta o CD-Book interativo TOUPEIRA. O espectador é convidado a entrar numa gruta (ambientada num nicho da galeria) e sentir sensações semelhantes às vivenciadas pelo personagem principal do livro. À ambientação e à leitura do texto, ainda é acrescentado outro estímulo: o  auditivo. A trilha sonora produzida pelo grupo procura envolver o público no estado de espírito imprimido na trama.Os meandros do sistema das artes são desafiados pela instalação CURA-DOR concebida pelo Grupo Aleph. Inspirado no Salão dos Recusados de Paris, que expunha indiscriminadamente todas as obras não incluídas no Salão Oficial, o trabalho consiste em apresentar ao público aquilo que era restrito à comissão de seleção: os dossiês dos não selecionados para a pauta de exposições das galerias Massangana e Baobá.  O trabalho dribla o controle da instituição ao mostrar num fichário de ferro, associado normalmente à burocracia, os trabalhos excluídos e questionar no próprio seio oficial seus critérios e procedimentos. A questão ética está presente ainda no contato entre o grupo selecionado, que sugere um trabalho que só existe graças à exclusão, e o artista não selecionado que deve autorizar formalmente a exibição de sua proposta preterida.  CURA-DOR já foi montada no 58o Salão Paranaense, em dezembro de 2001 e será executado no Projeto Prima Obra 2002, da Funarte. A questão espaço-temporal  vem sendo analisada por Amanda Melo já há algum tempo. Primeiro foram as engrenagens dos dispositivos do relógio que exerciam fascinação na artista. Há alguns meses, sua pesquisa pulou para um aspecto mais etéreo da temporalidade. No vídeo CONT(E)ÁGIL ,Amanda Melo congela a ação de passar a mão várias vezes por um conjunto de molas apenas com a repetição exaustiva desse movimento. Deslocamento e relações entre corpos também são abordados no trabalho. SIGNS - Durante alguns anos o artista pernambucano Bruno Monteiro concentrou suas preocupações na materialidade do objeto. Sua pesquisa sobre a fisicidade, no entanto, chegou brevemente ao esgotamento redirecionando sua trajetória para a poesia visual. SIGNS, trabalho inédito do artista mostrado na galeria Massangana, é parte de uma série que leva adiante a investigação sobre a impossibilidade da palavra e a fragilidade da arte. Na parede, Monteiro cola códigos de barra criados por ele. Feitos em papel, os códigos não teriam “valor artístico”, a não ser pelo fato de terem sido criados por um artista. A sensação de fragmentação da áurea da arte é maximizada pelos carimbos também produzidos por Bruno Monteiro e colocados à disposição do público, já que possibilitam o manuseio e a reprodução indiscriminados, tirando do artista e da instituição o controle da obra. Bruno Vieira pretende com sua instalação DO(R)ENTES aprisionar memórias atemporais. Um desafio e tanto, já que sentimentos não são medidos normalmente pelo tempo. O artista delega a alguns objetos cargas simbólicas e passam a materializar sentimentos como amor e ódio e suas possíveis conseqüências (segundo o artista, união, separação, dores psicológicas que permeiam a existência). O vídeo que compõe a instalação exerce o papel de biógrafo dessas vivências. SITE-AÇÕES - Por onde passa, a artista pernambucana Janaina Barros recolhe impressões e fragmentos que posteriormente serão utilizadas em seus trabalhos. Foi assim com "Conversa entre Galinhas", audioinstalação exposta na mostra Poéticas da Atitude: o transitório e o precário do Programa Rumos Visuais, em que Janaina apresenta uma fita gravada numa viagem em que ela conversa em inglês com uma galinha. Em SITE-AÇÕES, a artista materializa novamente suas investigações numa audioinstalação.  Em cada um dos fones de ouvido serão disponibilizados sons captados desde 2000 em contextos e geografias diferentes, forjando, portanto, a polifonia urbana do mundo atual. Um dos CDs será gravado com o som do vernissage e disponibilizado após a abertura. A trajetória de Juliana Notari vem se solidificando por meio de especulações filosóficas, sem que a visualidade seja prejudicada. Em exposições recentes, a artista vem adotando estratégias diferentes para tirar o olhar do espectador da indiferença, re-embaralhando, portanto, significações. Em SYMBEBEKOS, palavra emprestada de Aristóteles que quer dizer acaso, Notari atravessa descalça um caminho de cacos de vidro que tem como fundo cartazes-nuvens do artista Felix Gonzalez-Torres, distribuídos na mostra Políticas da Diferença. A intenção da artista não é de se mutilar ou de sacrificar seu sangue em nome da arte, como já há algumas décadas vem fazendo alguns adeptos da body art, mas justamente o oposto, livrar-se pacientemente do perigo, afastando cuidadosamente a ameaça da dor. A performance acontece na abertura e será mostrada em vídeo posteriormente.

A Fundação Joaquim Nabuco dá prosseguimento ao seu projeto de expor e discutir a Arte Contemporânea abrindo sete mostras simultâneas de artistas selecionados para a pauta 2002 das galerias Baobá e Massangana, no Recife.  A comissão, formada por Moacir dos Anjos, Maria do Carmo Nino e Cristiana Tejo (atual Coordenadora de Artes Plásticas), escolheu dentre 50 propostas inscritas os trabalhos destes jovens artistas pernambucanos, que já apresentam certo grau de maturidade em suas investigações artísticas.

28 de maio, terça-feira, às 19h

Performance de Juliana Notari às 20h

Galeria Baobá e Massangana
Fundação Joaquim Nabuco
Av. 17 de agosto 2187, Casa Forte
52061-590  Recife  PE
artes@fundaj.gov.br   81 3421-3266 r. 421/422
Terças, quartas e sextas, das 11h às 17h. Quintas, das 8h às 17h.
Sábados, domingos e feriados, das 13h às 17h.
Exposição até 21 de junho de 2002.

As Maravilhas da Genética Criam uma Nova Arte / The Wonders of Genetics Breed a New Art

STEVEN HENRY MADOFF

Se arte no sentido mais amplo busca os mistérios da vida, então uma arte dedicada a estrutura da vida é de suma relevância no momento.

Esta imponente premissa é colocada na exposição Gene(sis): Contemporary Art Explores Human Genomics, aberta em abril na Henry Art Gallery da Universidade de washington, em Seattle. Ao mesmo tempo inteligente e deselegante, o título da mostra evoca a grandeza bíblica da Origem Divina, como também um exame geral das questões científicas, éticas e legais que pulsam do âmago do nosso ser genético.

If art in the broadest sense peers into the mysteries of life, then an art dedicated to the structure of life itself is of momentous relevance.

That imposing premise informs "Gene(sis): Contemporary Art Explores Human Genomics," an exhibition that opened in April at the University of Washington's Henry Art Gallery in Seattle. At once clever and awkward, the show's title evokes the biblical loftiness of Divine Origin and an altogether cooler scrutiny of the scientific, ethical and legal issues pulsing from the very nucleus of our genetic being.

Extraído do artigo publicado no caderno Arts & Leisure do The New York Times, de 26 de maio de 2002. Para ler a continuação, http://www.ekac.org/nytimes.html.

GFP Bunny, trabalho de Eduardo Kac, também apareceu na primeira página da edição do The new York Times on the web, no sábado 25 de maio de 2002. Veja aqui: http://www.ekac.org/frontpage.web.html.
 

envio de conteúdo_    cadastre-se_    contato_    sobre o canal_