NESTA EDIÇÃO:
Claudia Tavares no Ateliê da Imagem, Rio de Janeiro
Lais Myrrha na Novembro, Rio de Janeiro
Marcio Zardo no Solar da PUC, Rio de Janeiro
Gabriela Maciel na Dagmar de Pooter Gallery, Bélgica
Carlo Sansolo e Hugo Fortes no Athens Video Art Festival 07, Grécia
Itaú Contemporâneo - Arte no Brasil 1981-2006: Espetáculo El Puerto, de Marcos Sobrinho no Itaú Cultural, São Paulo
W.C. – Lygia Clark no Oi Futuro, Rio de Janeiro
SALÕES&PRÊMIOS Informações para o candidato sobre o o edital: Concurso para Professor Assistente do Departamento de Artes Plásticas do Instituto de Artes da UNESP, São Paulo
CURSOS E SEMINÁRIOS
4ª Edição do Curso de Captação de Recursos - Articultura no Maria Antonia, São Paulo
Workshop de Mídia e Arte, com Anna Bella Geiger no EAV Parque Lage, Rio de Janeiro
NOTA Banco de dados sobre artistas visuais – FUNCEB/BA
CANAL INFOS&LINQUES
Claudia Tavares
Entre nuvem e vento
27 de abril, sexta-feira, 19h
Galeria do Ateliê da Imagem
Av Pasteur 453, Urca, Rio de Janeiro - RJ
21-2244-5660 / 2541-3314 ou info@ateliedaimagem.com.br
www.ateliedaimagem.com.br
Segunda a sexta, 10-21h30; sábados, 10-17h30
Exposição até 23 de junho de 2007
Sobre a exposição
Enviado por Patricia Gouvêa pgouvea@ateliedaimagem.com.br
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O ouvinte
Lais Myrrha
Redução ao absurdo
26 de abril, quinta-feira, 20h
Novembro Arte Contemporânea
Rua Siqueira Campos 143 sobreloja 118, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
21-2235-8347 ou novembroarte@uol.com.br
Terça a domingo, 12-19h30; sábados, 11-17h
Exposição até 26 de maio de 2007
Leia o texto Redução ao absurdo, de Luisa Duarte
Enviado por Novembro Arte novembroarte@uol.com.br
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Marcio Zardo
Apalavralavra
26 de abril, quinta-feira, 19h
Solar Grandjean de Montigny - Centro Cultural PUC-Rio
Rua Marquês de São Vicente 225, Gávea, Rio de Janeiro - RJ
21-3527-1435 / Fax 3527-1434 ou solargm@rdc.puc-rio.br
www.puc-rio.br/sobrepuc/depto/solar
Segunda à sexta, 10-17h30
Exposição até 1º de junho de 2007
Enviado por Marcio Zardo mzardo@superig.com.br
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Gabriela Maciel
Presence
26 de abril a 9 de junho de 2007
Dagmar de Pooter Gallery
Pourbusstraat 14, Antuérpia - Bélgica
+32 0 3 290-8574 ou info@dagmardepootergallery.com
www.dagmardepootergallery.com / www.gabrielamaciel.net
Quarta a sábado, 14-18h
Sobre a exposição
Enviado por Gabriela Maciel info@gabrielamaciel.net
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Athens Video Art Festival 07
Carlo Sansolo
Hugo Fortes
27, 28 e 29 de abril de 2007
Technopolis of the Municipal of Athens, Atenas - Grécia
info@athensvideoartfestival.gr
www.athensvideoartfestival.gr
Sobre o festival (texto em inglês)
Enviado por Hugo Fernando Salinas Fortes Junior hugofortesberlin@yahoo.com.br
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Itaú Contemporâneo - Arte no Brasil 1981-2006
Espetáculo El Puerto, de Marcos Sobrinho
Inspirado na obra de Leonilson
27 a 29 de abril, sexta a domingo, 19h30
Itaú Cultural - Sala Itaú Cultural e Espaço Rumos Dança
Av Paulista 149, estação Brigadeiro do metrô, São Paulo - SP
11-2168-1776 / 1777 ou atendimento@itaucultural.org.br
www.itaucultural.org.br
Capacidade: 130 lugares
Duração: 50 min
Censura: 14 anos
Acesso para deficientes físicos
Ar condicionado
Ingressos distribuídos com meia hora de antecedência
Sobre o espetáculo
Enviado por Larissa da Fonseca Lima Correa larissa.correa@conteudonet.com
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W.C. – Lygia Clark - Diários de uma Artista
Curadoria de Felipe Scovino
26 de abril, quinta-feira, 19h30
Espaço Cultural Oi Futuro
Rua Dois de Dezembro 63, Flamengo, Rio de Janeiro - RJ
21-3131-3060
www.oifuturo.org.br / www.lygiaclark.org.br
Sobre o evento
Enviado por Marcio Batista De Paiva marcio.batista@oifuturo.org.br
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SALÕES&PRÊMIOS
Concurso para Professor Assistente do Departamento de Artes Plásticas do Instituto de Artes da UNESP
Subárea: Fundamentos da Linguagem Bidimensional e Projetos Bidimensionais
Inscrições até 3 de maio de 2007
Universidade Estadual Paulista - Campus de São Paulo
Seção de Comunicações
Rua Dom Luiz Lazagna 400, Ipiranga, São Paulo - SP
Segunda a sexta, 9-11h e 13-16h
Vagas: 1
Taxa de inscrição: R$ 53
Informações para o candidato sobre o o edital
REMUNERAÇÃO
- O salário correspondente à função de Professor Assistente Doutor: R$ 5.660,13. OBS: Caso o candidato tenha título de Livre-Docente, o salário será de R$ 6.748,28.
DAS CONDIÇÕES PARA INSCRIÇÃO
- Poderão inscrever-se, candidatos com:
Graduação: Bacharel em Artes Plásticas/Artes Visuais ou Licenciatura em Educação Artística - habilitação em Artes Plásticas/Artes Visuais ou Bacharel nas seguintes áreas afins: Arquitetura, Comunicação Visual ou Desenho Industrial.
Pós-Graduação: Título de Doutor na área de Artes, ou nas seguintes áreas afins: Comunicação, Arquitetura ou Design”.
- Experiência Profissional: experiência mínima de 03 (três) anos no ensino superior que deve ser comprovada por meio de registro em Carteira de Trabalho e Previdência Social ou Declaração de Pessoa Jurídica.
Leia o edital completo e publique seu comentário no Salões & Prêmios
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CURSOS E SEMINÁRIOS
4ª Edição do Curso de Captação de Recursos - Articultura
Inscrições abertas
Centro Universitário Maria Antonia
Rua Maria Antonia 294, Vila Buarque, São Paulo - SP
11-32557182 / Fax 11-32553140 ou imprensama@usp.br
www.usp.br/mariantonia
Inscrições: 11-6818-5020, 14-18h
www.articultura.com.br
Período: 21 de maio a 17 de setembro de 2007
Horário: segundas, 19-22h
Preço: R$ 2.2 mil até 20 de abril; R$ 2.5 mil entre 21 de abril e 4 de maio; R$ 2.8 mil a partir de 5 de maio
O valor da inscrição inclui material didático com os conteúdos apresentados, textos de referência bibliográfica e certificado de conclusão e dá direito a dois manuais de patrocínio da Articultura em PDF
As aulas serão ministradas pelos especialistas Yacoff Sarkovas, presidente da Articultura e da Significa, Sharon Hess, diretora geral da Articultura e Sheila Saraiva, coordenadora sócio-ambiental da Significa. Contará também com convidados especiais como Clélia Maury, diretora de marketing e captação de recursos do Greenpeace, Lárcio Benedetti, gerente de desenvolvimento cultural do Instituto Votorantim, e Ana Moura, diretora de marketing do Hiléa.
Saiba mais sobre o colóquio, veja a programação e publique seu comentário no Cursos e Seminários
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CURSOS E SEMINÁRIOS
Workshop de Mídia e Arte, com Anna Bella Geiger
6, 13, 20 e 27 de maio de 2007
Escola de Artes Visuais do Parque Lage
Rua Jardim Botânico 414, Jardim Botânico, Rio de Janeiro - RJ
21-2538-1879
www.eavparquelage.org.br
Horário: sábados, 11-13h
O curso será intercalado entre aulas teóricas e práticas, onde serão propostos exercícios visando uma melhor compreensão dos tópicos abordados, propiciando ao aluno uma reflexão para o desenvolvimento de seus projetos pessoais.
Publique seu comentário no Cursos e Seminários
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NOTA
Banco de dados sobre artistas visuais – FUNCEB/BA
A Fundação Cultural do Estado da Bahia - FUNCEB, através da DIMAC / Diretoria de Artes Visuais, está criando um banco de dados com o objetivo de disponibilizar informações sobre artistas visuais no site da FUNCEB. Portanto, viemos solicitar algumas informações biográficas para a sua inclusão no banco de dados, tais como: Currículo (resumido), contatos pessoais (telefones, e-mail, etc.) e imagens de algumas obras (com resolução para web).
Contatos:
Fundação Cultural do Estado da Bahia - FUNCEB / Diretoria de Artes Visuais
Endereço: Pç. Tomé de Souza, s/n - Palácio Rio Branco - Salvador - BA CEP:40020-010
Tel.: (71) 3103-4065 / 3103-4141
e-mail: artesvisuais@funceb.ba.gov.br ou dimac.artesvisuais@gmail.com
Enviado por Ísis Oliveira artesvisuais@funceb.ba.gov.br
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TEXTOS DO E-NFORME
Claudia Tavares no Ateliê da Imagem
É a busca pela leveza que Claudia Tavares trabalha na exposição “entre nuvem e vento”. São fotografias e objetos que refletem sobre esse conceito. Ar, céu, nuvem, vento. É com esses elementos que a artista busca retirar o peso e acrescentar poesia à vida.
“Pedaços do céu” é uma série de fotografias do céu, onde a artista retira pequenos quadrados da imagem, des-cobrindo o que estaria por trás da imensidão azul. “Procurando Baldessari” é uma tentativa de formar um quadrado com as bolas vermelhas que equilibram os fios de alta tensão, encontradas nas estradas. É derivado de um trabalho do artista americano John Baldessari. Em “Respiração”, Claudia ensaca o ar de lugares por onde passa, tomando posse da imaterialidade do ar. “Pouso” são baixo-relevos de passarinhos feitos com alfinetes de costura, onde a tridimensionalidade sugere movimento ao que está parado. “Caligrafias” é uma série de 9 imagens em preto e branco onde pássaros migratórios desenham livremente no céu da cidade. Em “Ventania” vemos uma mulher com o rosto escondido por seu próprio cabelo, que voa descontrolado ao vento forte.
Claudia Tavares nasceu no Rio de Janeiro em 1967. É Mestre em Linguagens Visuais pela Escola de Belas Artes da UFRJ e em Imagem e Comunicação pelo GoldSmiths College da University of London. Atua como artista, participando de exposições coletivas e individuais e como curadora, organizando mostras de fotografia contemporânea. Criou o projeto FIGURA, juntamente com Dani Soter. Vive e trabalha no Rio de Janeiro.
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Redução ao absurdo
LUISA DUARTE
Um cenário em ruínas pode, de forma enganosa, parecer signo de final, ocaso. Pode ainda, de fato, ser causa da destruição ou da decadência. Mas o que se perde com definições dessa natureza é o movimento. As ruínas podem ser vistas como um estado transitório. Entre um passado sólido, um presente em ruínas, e um futuro... que ainda não se sabe e está aberto. Walter Benjamin, em seu ensaio “O caráter destrutivo”, nos deixou uma lição sobre um possível destino feliz para as ruínas. “O caráter destrutivo não vê nada de duradouro. Mas eis precisamente por que vê caminhos por toda parte. O que existe ele converte em ruínas, não por causa das ruínas, mas por causa do caminho que passa através delas”.
A exposição de Lais Myrrha, “Redução ao absurdo”, é formada por diversos trabalhos que formam um só circuito. Aqui surgem ruínas que remetem ao tempo presente, o nosso, que vê a noite das palavras, do diálogo. Nas duas séries de fotografias que constam na mostra, cenários que simbolizam abrigos da razão se encontram em ruínas. Em Uma biblioteca para Dibutade I e II, vemos paredes que, visivelmente, já abrigaram estantes, livros, e hoje se encontram nuas. Somente o vestígio da longa passagem daqueles entes está estampado ali. O título do trabalho evoca a personagem mítica que, para muitos, marca a invenção do desenho. Diante da iminente viagem do homem que ama, Dibutade desenha no muro o contorno do corpo amado. Intuindo a saudade, marca com carvão uma presença que será a lembrança do que já se foi. Nas fotografias de Lais, se foram as palavras e a conseqüente troca pela dialética que delas deriva. As paredes sombreadas de Uma biblioteca para Dibutade são memórias dessa lacuna.
Enquanto vemos o testemunho da queda da razão, somos tomados pelo som de um trecho do hino francês, a Marselhesa. Editado e modificado, escutamos somente o verso no qual se ouve Marchons, marchons! A Marselhesa é um hino emblemático do desejo revolucionário de uma sociedade que então se tornava moderna, símbolo da formação da idéia de nação e dos ideais iluministas sobre os quais a modernidade se firmou. Na obra sonora Marcha lenta – ou cinema cego, Lais esgarça o andamento do hino francês. Se na sua origem a marcha contém a indicação de avanço, aqui este impulso para frente falha, tropeça. A marcha é ralentada formando uma espécie de mantra sombrio. As intervenções feitas pela artista modificam a idéia de progresso contida nesse ritmo e, por conseqüência, buscam imprimir um desvio em um todo repertório de idéias impregnado no hino. Tais intervenções sinalizam, por sua vez, uma outra forma de pensar o tempo. Não mais aquele do progresso, embevecido por um futuro que nunca chega, enquanto vai deixando escombros de destruição para trás, mas sim um passar do tempo menos linear, menos veloz, mais atento ao presente, percebendo suas nuances e urgências.
No díptico de fotografias, O auditório (O palestrante e o ouvinte), temos o espaço que deveria ser dedicado ao conhecimento, ao debate, desmoronado, sendo que a foto que leva o nome do palestrante traz o lugar que deveria ser ocupado pelo ouvinte, e vice-versa. Para o que fala já não há mais quem escute, e para quem escuta, já não há mais o que ouvir. Nota-se que, em todas as obras fotográficas que integram a exposição, a escala da ampliação é pequena, sua presença é discreta, não há o paradoxo de se retratar cenários desoladores de maneira espetacular.
O pensamento fundado no racionalismo pode tropeçar, engasgar, ganhar um inesperado rumo quando a vida entra em cena. Vida que entra sem pedir licença, mostrando que em toda ação está incluído o acaso, dado que pode, a qualquer momento, modificar o curso das coisas. A obra Teoria da bordas parece surgir para mostrar, de forma bem simples, esse desvio de rota que não se controla – o reverso das teorias. Minutos antes da abertura da exposição ela estará intacta, formando dois planos de granitina (um tipo de pedra triturada) sobre o chão. Um branco, o outro preto. Sem confusões, misturas, margens para dúvida. Bastará a entrada da primeira pessoa no espaço expositivo para essa integridade se perder e uma nova configuração surgir. Com os planos desfeitos, novos caminhos surgirão para que a circulação se dê, e alguma espécie de cinza tomará o lugar do preto e do branco. No contexto da exposição, o aparecimento de um cinza evocará, mais uma vez, as ruínas.
Teoria das bordas remete a outros trabalhos de Lais. A passagem aleatória das pessoas como parte da economia da obra já estava presente em Memorial do esquecimento. Ali a artista se colocava na rua, diante de um muro pintado de preto, e pedia aos passantes que dissessem seu nome, para então escrevê-lo com tinta branca. Com o passar do tempo e das pessoas, o muro que era preto torna-se totalmente branco e os nomes vão sendo sobrepostos e apagados, formando um memorial do esquecimento.
O uso da pedra é, por sua vez, recorrente na obra da artista. Em trabalhos como Sem título, 2001 (Beije a mão da sua imagem); Sem título, 2001 (Deslocável); 4 coordenadas topocêntricas e a construção de um possível horizonte breve (de I a XI), 2005; e Dicionário do impossível (2005), faz uso dela. Se em todas essas ocasiões a pedra surgia sólida, agora ela aparece em pó, ou seja, sob a forma de ruína. Podemos pensar essa mudança como a introdução de um gesto daquele tipo evocado por Benjamin. Ou seja, ruína não como fim, ocaso, mas sim transição para novos caminhos dentro da própria obra.
O fracasso implicado na busca incessante por acompanhar o tempo linear, programado, está presente em Compensação dos erros, trabalho formado por um vídeo e pela “tentativa” de desenho que resulta em um desenho apagado. Aqui vemos uma mão que busca, sem sucesso, acompanhar as mudanças de um relógio digital, desenhando hora, minuto e segundo. Sempre atrás, apagando e redesenhando, tentando compensar o atraso em relação a um tempo que, tal como a marcha, só sabe andar para frente. Ao final de uma hora, o desenho é todo apagado, o vídeo termina. A tentativa de acompanhar o tempo cronológico resulta em nada. O insucesso do desenho aponta para o descompasso entre o ritmo humano e a aceleração das horas. A corrida desenfreada por anotar cada instante e acompanhar a velocidade do relógio se revela infrutífera, não restando ao final o que contemplar. Assim como na obra Marcha lenta (ou cinema cego), em que Lais intervém em um verso da Marselhesa, modificando os seus significados, ou como a vida que irrompe desfazendo a ordem da teoria das bordas, aqui também a artista contrapõe o falível diante de um sistema ordenado.
Indo da constatação de um presente que se revela crepuscular pela noite das palavras, da dialética, à crítica de uma idéia de tempo e progresso, a obra de Lais percorre um arco que permite entrever um caminho por entre as ruínas. Sua obra não se finca em uma posição nostálgica diante de um passado que já se foi, dando assim margem para a entrada de uma espécie de niilismo ativo. Talvez possamos tirar do reiterado surgimento de novos tempos no tempo nesta exposição a lembrança da força do imprevisível, daquilo que se interpõe sem avisar, fazendo aparecer o novo. Se a época em que vivemos se mostra cinza e pela forma de ruínas, peguemos os caminhos que passam através delas, lembremos do que há de transitório nesse estado e façamos da abertura que existe por não haver nada de pé uma porta para a construção de um futuro que está aberto. Podendo, quem sabe, guardar auroras.
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Gabriela Maciel na Dagmar de Pooter Gallery
Gabriela Maciel nasceu no Rio de Janeiro, em 1977. Graduada em Belas Artes pela Central Saint Martins College of Art and Design (Londres), iniciou seus estudos em artes plásticas em 1995, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ). Gabriela vem expondo, desde 2000, no Brasil e no exterior, tendo participado de mostras individuais como: Hanging Blue (Purple Institute, Paris), Proteção (Mínima Galeria, RJ) e Purifying Process (Soso Gallery, Japão) e de mostras coletivas como: London Biennale (Inglaterra), Dot Mov (Japão), O que nos cerca (Dagmar De Pooter Gallery, Bélgica), Scope NY (EUA) e FotoRio, Arquivo Geral (Centro de Artes Helio Oiticica, RJ), Riocenacontemporanea, Paradoxos Brasil Itaú Rumos 2006 (São Paulo e RJ - Brasil), Arte e Diversidade (Centro Cultural do Banco do Brasil – CCBB RJ). Atualmente a artista trabalha com os conceitos de tempo, espaço e transformação; com referência na teoria dos nós e na sinestesia, através de processos abertos de multimídia.
Em sua exposição individual, entitulada PRESENCE, Gabriela Maciel apresentará objetos escultóricos realizados a partir da ação constante de nós sobre telas de proteção de obras. Vídeos digitais e performance.
Comprimindo a extensa malha sintética e transformando-a em esculturas e instalações, Gabriela engendra seres dotados de essência. Em seu processo, fortemente guiado pela música eletrônica, os tons tomam corpo, que reverbera como força motriz da obra. A artista, numa ação quase alquímica de transmutação do material, liberta o tecido de sua identidade para, através de um embate corporal, torná-los seres desejantes de um diálogo com o espaço que os acolhe. É o início de uma aventura onde as fronteiras entre o desenho, a escultura, o vídeo, a fotografia e a performance são abolidas. Um corpo sensível, presente e ativo. Faz parte do processo da artista proporcionar ao espectador novas percepções visuais, táteis e auditivas.
Em seu trabalho, vídeos digitais são por vezes usados como uma terceira informação, constituinte de memórias de processos anteriores de tempos variáveis ou movimentos oscilantes.
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Carlo Sansolo e Hugo Fortes no Athens Video Art Festival 07
Athens Video Art Festival is an international festival dedicated to digital culture and new media, and the festival that represents Video Art in Greece.
Athens Video Art Festival 07 is going to take place with the collaboration of “Technopolis” of the Municipal of Athens (Peiraios 100, Gkazi) on the 27th-28th-29th of April and is being held under the auspices of the Ministry of Culture, the General Secretariat For Youth, the Municipal of Athens, the Ministry of Transport & Communications (Ε.ΤΗΕ.L.) and Aegean University (Department of Cultural Technology & Communication) 31st of January marked the end of Athens Video Art Festival 07’s call for entries.
We are glad to announce that we received more than 1000 submissions, exceeding all expectations. The submitting artists originate from 41 different countries around the world. More specifically, 41% of the submissions came from Greece, followed by USA (10%), UK (8%), Germany (7%), France (6%), Italy (5%) and Brazil (4%). The remaining 17% is divided among 34 countries like Poland, Hong Kong, Israel, South Korea and Kosovo. The so called “weaker sex” makes a strong presence, as 42% of the submitting artists are female. Apart from the latest developments in the field of video art, Athens Video Art Festival 07 will host unique installations and live art performances.
Also some of the most acclaimed festivals worldwide will be presented at Athens Video Art Festival 07, through video projections and official guests. After the completion of the projections, a music event will follow with innovative audio-visual material.
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Espetáculo El Puerto, de Marcos Sobrinho no Itaú Cultural
A arte contemporânea, que até o fim do mês de maio permeia o espaço expositivo do Itaú Cultural com a mostra Itaú Contemporâneo - Arte no Brasil 1981-2006, invade nos dias 27, 28 e 29 de abril o palco do instituto com o espetáculo El Puerto, do bailarino e coreógrafo Marcos Sobrinho. Fundindo elementos de dança, música, literatura e vídeo, ele inspira-se no processo de criação dos últimos anos de vida do artista plástico cearense Leonilson (1957-1993) para encenar o que ele define como ato de “reação criativa” à instalação do artista na Capela do Morumbi (1993). Nela, Leonilson retrata o rito de passagem “vida-morte”. No palco, a performance reflete sobre o tempo e o sentido da morte para o homem contemporâneo.
Em seu último trabalho, Leonilson usou a própria doença (Aids, motivo de sua morte) para tratar de temas como a ausência de futuro e a memória. Para potencializá-los, ele usou o espaço da Capela do Morumbi: pendurou suas próprias camisas em cabides e cadeiras, fazendo com que tecidos transparentes e bordados remetessem à presença de um corpo desmaterializado. Essa “lembrança simbólica” da morte conduz a apresentação de El Puerto, tendo como figura central o personagem bíblico Lázaro, ressuscitado por Jesus e um dos nomes bordados na obra de Leonilson.
O coreógrafo cruza a sua biografia com a de Leonilson e a de Lázaro, e monta em cena um quebra-cabeça no qual dá continuidade à proposta de integração da dança com outras linguagens artísticas. “A idéia de El Puerto surgiu a partir da obra do Leonilson, mas depois comecei a associá-la com outros caminhos, como o conto Lázaro, da Hilda Hilst”, conta Marcos Sobrinho. “Esse texto, por si só, já daria um desdobramento. Mas apenas recito alguns trechos dele durante a apresentação”, adianta ele sobre o conto no qual Hilst reescreve o texto bíblico em um contexto contemporâneo.
Ainda dentro da discussão inspirada pela metáfora de aceitação da mortalidade criada pelo personagem Lázaro, Sobrinho montou um pequeno repertório musical, o qual interpreta no espetáculo. “Assumo um pouco meu lado de cantor com Camisa Amarela (Ary Barroso), Iracema (Adoniran Barbosa) e É Doce Morrer no Mar (Dorival Caymmi)”, diz o coreógrafo que cantará, ainda, Opinião, de Zé Kéti. A canção, segundo ele, faz referência a um vídeo-memória a ser projetado com base na história de Lázaro.
O artista
Pintor, desenhista e escultor, o cearense radicalizado em São Paulo José Leonilson Bezerra (1957-1993) teve sua maior produção artística nos últimos 10 anos de vida, quando seu trabalho se tornou predominantemente autobiográfico. Segundo a crítica de arte Lisette Lagnado, cada peça realizada pelo artista é construída como uma carta para um diário íntimo.
A partir de 1989, costuras e bordados passaram a ser recorrentes em sua produção. Em 1991, o artista descobriu ser portador do vírus da Aids e a condição de doente repercutiu de forma dominante em seu trabalho. El Puerto, obra que dá título ao espetáculo de Marcos Sobrinho, Leonilson questiona sua vida após descobrir que era soropositivo. Por não gostar do seu aspecto físico, na obra ele cobre um espelho de borda cor de laranja com um pano listrado – assim como eram as cortinas e o espelho de sua sala de ioga – e nele escreve as palavras: “Leo”, “35”, “60”, “179” e “El Puerto”. Estas eram as características do artista: Leonilson, 35 anos, 60 quilos e 1m79. Naquele momento da sua vida ele declarou se ver como um “porto”, que mais recebia do que doava energia e atenção aos outros.
O intérprete
Marcos Sobrinho é um dos coreógrafos brasileiros que mistura dança e teatro em suas diversas zonas de intersecção e faz uso dessa possibilidade em suas diferentes técnicas, conferindo resultado cênico em seus trabalhos. Tem formação clássica pela École de Danse du Marais (Paris, França) e formação contemporânea pela Folkwang Schule (Essen, Alemanha). Entre os seus trabalhos mais representativos está o espetáculo Um Diálogo Possível, com o qual foi um dos premiados pela segunda edição do programa Rumos Itaú Cultural Dança, e também a performance Quadris de Homem=Carne/Mulher=Carne, apresentada nas exposições O Corpo na Arte Contemporânea (Itaú Cultural, 2005) MAM [na] OCA (MAM SP, 2006).
Em El Puerto, Marcos Sobrinho dá continuidade à pesquisa cênica na qual investiga o potencial de interação da dança com outras linguagens artísticas. Em trabalhos anteriores abordou as artes plásticas como estratégia para suas modulações estéticas. No espetáculo Em Bloq – interfaces de um corpo/poema (2002), o trabalho do artista suíço Alberto Giacometti (1901-1966) inspirou poéticas relacionadas à identidade do indivíduo contemporâneo e motivou para a investigação de sua dramaturgia corporal.
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W.C. – Lygia Clark - Diários de uma Artista no Oi Futuro
Uma noite dedicada a reviver as memórias e idéias de uma das artistas de maior relevância para o cenário artístico brasileiro: Lygia Clark. Com essa proposta, a Associação Cultural “O Mundo de Lygia Clark” exibe no Oi Futuro o “W.C. – Lygia Clark” - Diários de uma Artista, que pretende trazer à tona, através de leituras de textos selecionados, os conceitos sobre arte, vida, filosofia, psicologia e sexualidade da artista. Atuando na fronteira tênue entre arte e vida, Lygia expôs com veemência as suas reflexões sobre o pensamento humano.
"W.C. será um espaço intimista que revelará e desmistificará a artista, através de textos que mostram o ser humano Lygia Clark e todo o seu senso de criação", analisa Alessandra Clark, diretora de arte e neta de Lygia Clark.
Na última quinta-feira dos meses de abril (26), maio (24) e julho (26), serão apresentados textos e ensaios nunca publicados e tampouco lidos, que serão vivenciados por artistas, poetas e escritores – alguns que conviveram com a artista. Para cada leitura foram selecionados temas como: “Concepção da Arte”, “Sonhos e Símbolos”, “Erotismo e Liberdade” e “Ser Humano Lygia Clark”, a primeira, dia 29 de março, fará uma análise subjetiva sobre seu processo de criação e suas idéias sobre o universo da arte.
“Para que cada espectador possa potencializar as situações vislumbradas em cada tema, o teatro do Oi Futuro funcionará como um casulo aberto a ressonâncias sensoriais, que desta forma possibilitarão um momento de reflexão e nostalgia sobre a vida, através da obra de Lygia”, explica Felipe Scovino, curador do projeto.
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