NESTA EDIÇÃO:
CIRCUITO Laisle Index Generator no Murillo La Greca, Recife
Leya Mira Brander e Odires Mlászho na Vermelho, São Paulo
Christina Meirelles na UFSC, Florianópolis
UniversidArte convida: Sonia Távora no Anita Malfatti, Rio de Janeiro
Encontro no MAC: O Salão Paranaense, Curitiba
CURSOS E SEMINÁRIOS Inscrições: Dynamic Encounters - International Art Workshops Londres 2006
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ERRATA - No e-nforme 56, de 22 de maio de 2006, foi publicada uma lista errada de artistas participantes do Laisle Index Generator. A lista correta está apresentada na primeira chamada dessa edição do e-nforme.
CIRCUITO
Laisle Index Generator
Andrés Senra, Babel, Carlo Sansolo, Erika Fraenkel, Jean Gabriel Periot, Katsuyuki Hattori, Marcello Mercado, Masayuki Kawai, Nesrine Kohdr, Rachel Castro, Sagi Groner
Curadoria de Erika Fraenkel e Carlo Sansolo
23 de maio a 23 de junho de 2006
Museu Murillo La Greca
Rua Leonardo Bezerra Cavalcanti 366, Parnamirim, Recife - PE
81-3268-8011 ou mediacaocultural@gmail.com / murillolagreca@gmail.com
www.laisle.com/eventosportindexgenerator
Segunda a sexta, 8-12h e 14-17h
Bate-papo com os curadores-artistas: 24 de maio, 19h
Leia o texto de Erika Fraenkel e Carlo Sansolo
Vídeos em exibição
Enviado por Museu Murillo La Greca murillolagreca@gmail.com
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Leya Mira Brander
Próximo
Odires Mlászho
O.D.I.R.E.S. - Objetos Derivados Intrínsecos Restos Emulsionados ou Saqueados
30 de maio, terça-feira, 20h
Galeria Vermelho
Rua Minas Gerais 350, São Paulo - SP
11-3257-2033 ou info@galeriavermelho.com.br
www.galeriavermelho.com.br
Terça a sexta, 10-19h; sábados, 11-17h
Exposições até 24 de junho de 2006
No pátio externo da galeria: exposição Xadrez combinado, de Fabiano Marques
Sobre a exposição de Leya Mira Brander
Sobre a exposição de Odires Mlászho
Enviado por Galeria Vermelho info@galeriavermelho.com.br
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UniversidArte convida
Sonia Távora
Entrespaços
31 de maio, quarta-feira, 19-22h
Universidade Estácio de Sá - Campus Tom Jobim
Espaço Anita Malfatti
Av das Américas 4200 bloco 11, subsolo, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro - RJ
21-2494-1023 / 2503-7052 ou universidarte@estacio.br
www.estacio.br/site/universidarte
Segunda a sexta, 10-22h; sábados, 10-18h
Exposição até 24 de junho de 2006
Enviado por Produção Universidarte prod.universidarte@estacio.br
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Encontro no MAC
Debate: O Salão Paranaense
30 de maio, terça-feira, 17h30
Museu de Arte Contemporânea - MAC
Rua Desembargador Westphalen 16, Sala Theodoro De Bona, Centro, Curitiba - PR
41-3222-5172 ou mac@pr.gov.br
www.pr.gov.br/mac
A discussão estará aberta a artistas, estudantes, pesquisadores, historiadores, críticos e curadores. Os interessados devem levar por escrito uma única sugestão/questão sobre o Salão, para ser apresentada ao grupo e discutida por todos.
Enviado por Museu de Arte Contemporanea mac@pr.gov.br
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CURSOS E SEMINÁRIOS
Dynamic Encounters - International Art Workshops Londres 2006
Agnaldo Farias: professor da USP, curador do Instituto Tomie Ohtake - SP
Charles Watson: professor da Escola de Artes Visuais do Parque Laje - RJ
Fernando Cocchiarale: curador do MAM - RJ e professor da EAV Parque Lage
Frederico Carvalho: Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Stella Gambling: Palestrante do National e Tate Gallery, PHD em História da Arte
Jens Hoffmann: diretor de exposições ICA
Inscrições abertas
Informações: 21-2553-3748 / 2553-9224 / 2554-8890 / 2223-0710
wats352@attglobal.net
Período: 12 a 24 de junho 2006
Coordenação: Charles Watson
Instituições: National Gallery, Tate Modern, Tate Britain, Institute of Contemporary Art, Hayward Gallery, Courtauld Institute, entre outros
Todas as aulas e palestras em português
O projeto Dynamic Encounters, realizará em sua 24ª edição, mais um International Art Workshop. Serão 10 dias de visitas com palestras e discussões sobre arte e arquitetura, nos principais museus, galerias e ateliers de Londres, com ênfase na arte moderna e contemporânea.
Publique seu comentário no Cursos e Seminários
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TEXTOS DO E-NFORME
Index generator texto curatorial
ERIKA FRAENKEL e CARLO SANSOLO
Percebemos o espaço urbano, como lugar de confronto, de ameaça, abandono, luta pela sobrevivência e entretenimento, como um lugar de trânsito e passagem dentro de uma sociedade.
Através dos trabalhos apresentados temos uma mostra significativa para começarmos a refletir sobre todas essas ambigüidades presentes nas grandes cidades, e sobre a influencia massiva da mídia, que a todo momento cria novos ídolos e novos objetos de alegria, como uma constante enxurrada de alienação e euforia coletiva, do outro lado todo o desenvolvimento econômico, científico e tecnológico convivendo com demandas sociais, negociações entre trabalhador e empresa, assim como desemprego correndo lado a lado com confrontos religiosos, abuso de sistemas de segurança, disputas territoriais, como zonas complexas de entendimento, como se a hiper comunicação dos meios informativos convivesse com a grande alienação das massas (escapismo), falar então de beleza e poética em meio a essa realidades paralelas, poderia parecer ingênuo, mas a necessidade de continuar procurando novas referências em imagem e percepção poética se transmuta a cada década, seria também uma necessidade e um desafio, como uma contínua expansão da percepção e tentativa do desenvolvimento do que entendemos como consciência.
Mesmo em meio a essa constante transição de identidade em que nos encontramos, e a constante disputa entre instituição e indivíduo, onde o indivíduo se vê impotente na maioria das vezes, condenado a desenvolver a doçura como forma de adaptação e sobrevivência.
A arte não pertenceria ao mundo linear/sistemático como coloca Artaud, mas a urgência e necessidade de um diálogo do ser no mundo, numa busca constante de confronto e reavaliação, uma forma de alimento, um espaço sempre aberto mesmo que utópico, mas ainda assim um espaço de lutas de conceitos e mudanças de percepção, um território nômade.
Parte da curadoria é dedicada não exatamente ao espaço urbano, mas sim sobre a instrumentação deste, vídeos feitos com procedimentos que constroem a nossa sociedade da informação, informação processada e re-processada. Informação em diversos layers. Os vídeos falam dessa sociedade com os mesmos tipos de recurso que estas usam, se apropriando do próprio “modus operandi” desta. Outro fator importante é a analise da mídia de massa, que é outro elemento que une a sociedade e lhe preenche de valores super estruturais, é o autêntico substituto da religião, nutrindo a sociedade com valores desejáveis, para a continuidade da mesma. O vídeo arte entra aí como uma espécie de antídoto à leitura esperada e pacificadora da tv e outros meios de informação. Assim essa coleção tenta não só falar sobre o “ponto crítico” mas também usar parte das suas estratégias e elementos estéticos. Re-significar suas fantasias e sua produção simbólica.
O nome “index generator”, tirado de um vídeo dessa curadoria, para nós implica justamente nessa capacidade que o capitalismo contemporâneo tem de gerar discursos ininterruptamente, de forma que nos parece quase aleatória e massiva.
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Vídeos em exibição
"Downtown Amman" (18'30'') - Nesrine Kohdr
Esse vídeo fala sobre a organização geográfica e social da cidade, suas redescobertas, e como a população se re-adequa à vida depois de mudanças sócio culturais. É passado na capital da Jordânia, Amman.
"About a Theological Situation in the Society of Spectacle" (6’30”) - Masayuki Kawai
Talentos da TV e Mikados são referidos ubiquamente não como símbolos mas como alegorias. A imagem citada pela Sociedade do Espetáculo nos alucina a sua própria ruína, pelo uso deliberado de imagem de mass-media.
“Das Kapital version.07” (17') - Marcello Mercado
Marx Opera-Oratorium em 2 atos e 779 Cordas de Parafina stereo Alemanha-França-EUA. Edição: Jan Arlt, Marcelo Santorelli, Marcello Mercado. Música: Marcello Mercado
Marcello Mercado Index Generator (24') – Marcello Mercado
Eu estava lendo o índice do livro “Das Kapital” de Marx - traduzindo do inglês para a minha própria lingua inventada: XAD.03 - para uma mesa no lugar do velho Kölnischer Kunstverein (Centro cultural de Köln) e para algumas pessoas na Kölner-Dom (Catedral de Köln).
"Enclosures 22’ An essay on borders, history, and the weather" (22') - Nesrine Kohdr
É um ensaio de vídeo sobre movimento entre fronteiras, no exílio tanto interno quanto externo por outras questões. É uma viajem pela estrada da Holanda para a França, pela qual embarca-se em reflexões sobre vários tópicos por meio de textos escritos e vozes de personalidades invisíveis.
"We are winning don't forget" (6') - Jean Gabriel Periot
Nós somos muitos
nós somos uniformes
nós sorrimos nas fotos
mas nós não estamos FELIZES!
"Artifícios do olhar" (20´) - Joacélio Batista & Pablo Lobato
Zulus, Brancos e Indianos formam a rede de personagens deste vídeo. Como um espelho, o monitor de cristal líquido de uma câmera é oferecido a diversos moradores de Durban, terceira maior cidade da África do Sul. Ao se olharem através do monitor, vemos a entrega do corpo diante de seu reflexo. Somos convidados a uma visita pela intimidade do sujeito que olha.
"Birobadjan" (5') - Carlo Sansolo
Formas hipnóticas representando objetos lúdicos e questionando a possibilidade da formação de uma arte escapista - pensando nas relações artificialmente formadas entre texto e imagem.
"Study on media 'education before education'" (8'43") - Katsuyuki Hattori
O esquema da mídia observado no chamado programa ‘educativo’ para T.V. Um alerta sobre o sistema da sociedade contemporânea, genericamente chamada de mass média.
"Top Light and The Haunted Man" (12') - Sagi Groner
Neste vídeo de tela dividida Groner explora relações entre viver em um estado de hipnose, Big Brother e as indústrias e ciências de percepção. Nesta colagem sugestiva, usando cenas de arquivo do pré e pós 2GM ao lado de fotos de satélite, imagens de câmeras de segurança e web cams, a história do The Haunted Man (Homem Assombrado) se revela. Claire e Don, os personagens principais, questionam juntamente com o espectador sobre estar acordado e atento, ao passo que eles se deixam levar para dentro e para fora do estado de hipnose em sua busca pela Top Light (Luz de Cima).
"Cómo explicar a un hijo artista el significado de lo sublime en jardín de un chalet adosado" (6') - Andrés Senra
Uma reflexão sobre a vida nos espaços de circulação das grandes cidades, áreas urbanas de arquitetura periféricas onde a pseudo burguesia faz suas atividades cotidianas, alienados da realidade social mais próxima; sou o produto da distorção, nasci nestes espaços, o último onde vivi com minha mãe se chama ‘setor 3’, creio que o nome diz tudo.
"Absent Landscape" (12’) - Masayuki Kawai
Ao perceber a paisagem pré-condicionada, você aceita o mundo. A paisagem sem memória de revolução consome tudo. Para extinguir o mundo para se desesperar mais profundamente.
"A cópia e os desajeitados" (6') – Erika Fraenkel
Um vídeo que expia a circunstância de abuso da sociedade, onde a sedução constante nos torna ainda mais impotentes, uma análise sobre a impossibilidade do homem hoje se sentir em casa, relato sobre a ansiedade do mundo atual.
"Binnorie’s Second Tale" (3'38'') - Babel
Binnorie vai ao dermatologista.
"Cenas urbanas" (1'30'') - Rachel Castro
A saturação do dia a dia no cenário urbano de edifícios e vias expressas são elementos da formação de um grande labirinto.
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Leya Mira Brander na Vermelho
A partir de imagens apropriadas, de desenhos de observação e de memória, a artista Leya Mira Brander cria gravuras que podem tanto ser apresentadas individualmente como agrupadas em um único campo. Nesse sentido, gravuras antigas reaparecem combinadas a trabalhos mais recentes incorporando textos e frases da própria artista, em um processo que sugere uma vasta possibilidade de combinações. Grande número dessas gravuras serão apresentadas na individual “Próximo”.
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Odires Mlászho
Na individual “O.D.I.R.E.S. – Objetos Derivados Intrínsecos Restos Emulsionados ou Saqueados”, Odires Mlászho apresenta toda uma nova série de trabalhos inéditos. No térreo da galeria será exposta a séria “Mestres Açougueiros e Aprendizes”, composta por quatro imagens em grande formato, criadas a partir de fragmentos de fotografias da pele humana retiradas de revistas de nu masculino e feminino. Tais fragmentos compõem, através da técnica da colagem, corpos sem rosto, apontando para a ausência de identidade representada pela propagação, por parte da indústria da estética, de corpos perfeitos.
“Mestres Açougueiros e Aprendizes” se relaciona diretamente com a série de colagens que será apresentada no mesmo espaço chamada “Flaps”. Nessa série, o artista se apropria de antigos catálogos industriais e de manuais de anatomia, sobrepondo-os através de cortes no papel, transformando o texto supostamente descritivo desses livros em paisagens indecifráveis.
O interesse de Mlászho por livros e enciclopédias antigas reaparece na série “Livros objetos”, na qual o artista remove o acabamento da capa dos livros em busca do papel que lhes serve de estrutura e, a partir daí, resignifica tais objetos juntando vários fascículos criando esculturas desses objetos, em total desuso atualmente. “Minha sobremesa preferida”, série de quatro fotografias, evidencia as marcas deixadas por traças nessas grandes enciclopédias e “Do Inferno e Lugares Próximos” revela em duas grandes ampliações fotográficas os clichês de zinco usados como matriz na ilustração de livros.
Além disso, Mlászho apresenta também a série de fotos escavadas manualmente “Portas externas”, e “Teddy Bear”, instalação composta por quatro ursos de pelúcias, criados a partir de velhos casacos de pele, adquiridos em brechós e que revelam muito do processo desenvolvido pelo artista em suas criações.
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