NESTA EDIÇÃO:
Eduardo Frota no MAM, Rio de Janeiro
Wilton Montenegro no Telemar, Rio de Janeiro
Manfredo Souzanetto no Correios, Rio de Janeiro
Nobuo Mitsunashi na Deco, São Paulo
Passeata do Paço Imperial ao CCBB, EDUCA-AÇÃO / CENSURA NÃO!
COMO ATIÇAR A BRASA
Abaixo-assinado CENSURA NÃO! - Pelo retorno da obra de Márcia X à exposição Erótica no CCBB
Cartas de Rosângela Rennó e Annelise Davée Llerena para o CCBB
Ato é protesto contra censura, por Talita Figueiredo
CURSOS E SEMINÁRIOS
Seminário: Mídia da Crise ou Crise da Mídia?, na UFRJ, Rio de Janeiro
Inscrições: Escola de Nova York: formação e desdobramento da arte moderna, com Rodrigo
Andrade no Maria Antonia, São Paulo
NOTA Rumos Artes Visuais 2005-2006 premia artistas com bolsas de ateliê-residência
Funcionamento do Canal / Canal functioning
Envio de conteúdo / Content submission
Contato / Contact
Para deixar de receber os e-nformes / To quit our mailing list
Eduardo Frota
A Intervenção em trânsito / MAM Rio de Janeiro e o porto original
27 de abril a 11 de junho de 2006
Museu de Arte Moderna
Av Infante Dom Henrique 85, Parque do Flamengo - Rio de Janeiro
21-2240-4944 ou mam@mamrio.org.br
www.mamrio.org.br
Entrada: R$ 5
Estudantes, maiores de 60 anos e crianças de até 12 anos em grupos (mais de 5 crianças por responsável): R$ 2; Amigos do MAM e crianças de até 12 anos: entrada gratuita; domingos, ingresso família: R$ 5
Patrocínio: Fundação Vale do Rio Doce
Produção: Suzy Muniz
Enviado por Bia Caillaux beatriz@cwea.com.br
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Wilton Montenegro
Notas do observatório
Curadoria de Glória Ferreira
28 de abril a 27 de maio de 2006
Centro Cultural Telemar
Rua Dois de Dezembro 63, Flamengo, Rio de Janeiro - RJ
21-3131-3060
www.centroculturaltelemar.com.br
Terça a domingo, 11-20h
Coordenação: Elisa Magalhães
Projeto e produção: Arco Arquitetura e Produções Ltda.
Sobre a exposição
Enviado por Bia Caillaux beatriz@cwea.com.br
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Nobuo Mitsunashi
37,2°C
27 de abril, quinta-feira, 19h
Galeria Deco
Rua dos Franceses 153, Bela Vista, São Paulo - SP
11-3289-7067
Segunda a domingo, 10-19h
Exposição até 31 de maio de 2006
Enviado por Erico Marmiroli erico.marmiroli@gmail.com
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Passeata do Paço Imperial ao CCBB
EDUCA-AÇÃO / CENSURA NÃO!
Com a camiseta da obra de Marcia X.
29 de abril, sábado, 16h
Concentração: Paço Imperial
Praça XV de Novembro 48, Centro, Rio de Janeiro - RJ
Passeata ao CCBB às 17h
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COMO ATIÇAR A BRASA
ABAIXO-ASSINADO
CENSURA NÃO!
Pelo retorno da obra de Márcia X à exposição Erótica no CCBB
Nós, abaixo-assinados, repudiamos a retirada da obra de Márcia X da exposição Erótica do Centro Cultural Banco do Brasil - ação que infringe o Art. 5º da Constituição Federal em seu IX parágrafo: é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença, que consideramos como um ato de censura absurdo e danoso às praticas democráticas em nosso país, principalmente por ter sido perpetrado por uma empresa estatal, e exigimos da direção do Banco do Brasil e do Governo Federal, principal acionista desta instituição financeira, responsável por este ato de censura, o retorno imediato da referida obra à exposição no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro e em sua futura edição em Brasília.
* Lançado na manifestação dos artistas contra a censura à obra de Márcia X no CCBB no Rio de Janeiro, em 20 de abril de 2006.
Até às 10h de hoje, somamos 337 assinaturas. Não está mal para as primeiras 24 horas de publicação de nosso abaixo-assinado, mas ainda está muito aquém do que precisamos para combater as forças conservadoras que nos empurram para o passado. Por isso, avise aos amigos, à família, aos alunos e a todos que repudiam este tenebroso “revival” para se juntar ao nosso movimento, assinando o nosso abaixo-assinado.
Nosso Ministro da Cultura, Gilberto Gil, publicou nota à imprensa no site do MinC contra a proibição da obra de Márcia X (leia “Repúdio à censura” no www.cultura.gov.br), e nela conclui: “Esperamos que a decisão do CCBB seja revista em nome da liberdade garantida por lei.”
PARA ADERIR AO ABAIXO-ASSINADO:
Clique aqui para enviar ao contato do Canal os seus dados: nome completo e RG (que não serão publicados), nome profissional, ocupação/qualificação, cidade, estado e país de residência.
Acompanhe a atualização e comente o abaixo-assinado no Como atiçar a brasa
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COMO ATIÇAR A BRASA
Cartas de Rosângela Rennó e Annelise Davée Llerena para o CCBB em 24 de abril de 2006
A artista Rosângela Rennó e a colecionadora Annelise Davée Llerena, proprietária da peça da artista exposta na Erótica no CCBB, escrevem ao Diretor do CCBB, Marcelo Martins Mendonça, colocando sua decisão de cobrir a referida peça no Rio e retirá-la da itinerância para Brasília, caso a obra de Márcia X não seja reintegrada a mesma mostra.
Ao Sr. Marcelo Martins Mendonça
Diretor do CCBB RJ
Rua Primeiro de Março, 66 - centro
Rio de Janeiro/RJ – 20010.000
Prezado Sr. Marcelo Mendonça,
É com grande pesar e perplexidade que recebi a notícia da retirada da obra "Desenhando com terços", de autoria de Márcia X, da mostra "Erótica – os sentidos na arte", por decisão da coordenação do Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro.
Como artista e, em particular, integrante da exposição realizada sob curadoria de Tadeu Chiarelli, não posso deixar de manifestar meu repúdio ao ato de censura praticado sobre a obra de uma colega que foi, inclusive, contemplada recentemente com uma grande retrospectiva no Paço Imperial, também no Rio de Janeiro.
A censura perpetrada sobre a obra de Márcia X afeta não somente a imagem e a obra da mesma mas também a todos nós, artistas, na medida em que nos deixa vulneráveis a atos arbitrários de restrição de nossa liberdade de expressão. Atitudes como esta jamais poderiam ser tomadas por uma instituição pública como o CCBB, motivadas por quaisquer interesses ou critérios que não fossem os estéticos, sem um amplo diálogo com a curadoria, a classe artística, os artistas envolvidos ou seus representantes.
Quero dizer que já estou em contato com os proprietários das duas obras de minha autoria que fazem parte da mostra para que solicitem a retirada imediata das mesmas até que a obra de Márcia X volte ao espaço expositivo. Tanto os colecionadores Annelise e Juan Llerena Jr. e Nilton Campos, diretor do Museu de Arte de Ribeirão Preto, estão de acordo e dispostos a apoiar minha decisão. Estou solicitanto, inclusive, que as minhas obras não prossigam dentro da itinerância da exposição caso a obra "Desenhando com terços" não seja definitivamente reintegrada à mesma.
Sem mais,
atenciosamente,
Rosângela Rennó
PS. Este email segue com cópia para Rosana Monteiro, da gerência de eventos e Carlos Machado, assessoria de artes visuais do CCBB, os dois colecionadores envolvidos citados acima, Tadeu Chiarelli, curador da exposição e alguns dos artistas integrantes da mostra "Erótica – os sentidos na arte", Patrícia Queiroz e Expomus, Patrícia Canetti e Canal Contemporâneo, Suzana Velasco, jornalista de O Globo, Fábio Cypriano, jornalista da Folha de São Paulo e colegas da Gentil Carioca.
Ao Sr.
Marcelo Mendonça
Centro Cultural do Banco do Brasil
Rio de Janeiro
É com grande pesar que tomei conhecimento da retirada da Obra de Marcia X da Exposição Erótica que se encontra no Centro Cultural do Banco do Brasil do Rio de Janeiro, neste momento.
Não poderia deixar, na qualidade de colecionadora que vem contribuindo com o empréstimo de uma das obras relevantes da artista Rosângela Rennó, que imprime especial significado à Exposição Erótica, de me manifestar contra este ato de cerceamento da liberdade de expressão artística.
Assim sendo, como manifesto contrário a esta decisão do Banco do Brasil de retirar arbitrariamente a obra de Marcia X da referida Exposição, que tomo as seguintes resoluções, já apresentadas e apoiadas pela artista Rosângela
Rennó:
1 - Solicito que o Centro Cultural do Banco do Brasil cubra a obra de minha propriedade "As Afinidades Eletivas" que se encontra em exposição na mostra Erótica, a partir desta data, com um pano preto, em sinal de luto, até que a obra de Marcia X seja reintegrada à Exposição;
3 - Solicito que no caso de não ser possível cobrir a obra, que seja retirada da sala de exposição, até reintegração da obra de Márcia X;
2 - Condiciono a participação da obra de minha propriedade à Exposição Erótica em sua itinerância para Brasília à reintegração da obra de Marcia X à mesma mostra.
Finalizando, reitero meu sentimento de repúdio a este tipo de arbitrariedade que põe em risco a independência dos Centros Culturais do Banco do Brasil em sua dinâmica de interação com a sociedade brasileira.
Annelise Davée Llerena
Prezados Rosana Monteiro e Carlos Machado
Tendo em vista a decisão da colecionadora Annelise Davée Llerena, conforme carta enviada pela mesma ao Sr. Marcelo Mendonça, diretor do CCBB do Rio de Janeiro, gostaria de saber como vamos proceder com relação ao recobrimento da obra As Afinidades Eletivas que se encontra, nesse momento, dentro de um dos cofres do 2o andar, como parte do corpo da exposição Erótica.
Gostaria que a obra fosse recoberta antes da abertura do CCBB ao público, amanhã mesmo, 3a feira. Pretendo, portanto, estar no CCBB amanhã, por volta das 11 horas da manhã.
Achei bastante acertada a decisão da colecionadora de recobrir a obra com tecido preto, sem que seja feita a retirada da obra.
Sem mais,
Atenciosamente,
Rosângela Rennó
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COMO ATIÇAR A BRASA
Ato é protesto contra censura
Matéria de Talita Figueiredo, originalmente publicada na Folha de São Paulo, no dia 25 de abril de 2006
Dois artistas querem suas obras fora da exposição "Erotica - Os Sentidos da Arte", no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio. A atitude é um protesto contra a proibição da obra "Desenhando com Terços", de Márcia X. (1959-2005), retirada da mostra há uma semana por decisão da direção do Banco do Brasil em Brasília.
A coordenadora-geral da exposição, Maria Ignez Mantovani Franco, disse que a retirada das peças "quebra a coesão de sentido da exposição". Ela considera que a continuidade de "Erotica" -a exposição segue para Brasília em maio- deverá ser reavaliada.
A partir de hoje, a obra "Afinidades Eletivas", de Rosângela Rennó, estará coberta com um pano preto, sinal de luto. A artista pediu autorização dos colecionadores que detêm a obra para isso.
Franklin Cassaro também pediu a retirada de "Coleção de Vulvas Metálicas": "Caso isso não ocorra por burocracia, não quero que a obra siga para Brasília".
Leia a íntegra da entrevista e publique seu comentário no Como atiçar a brasa
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CURSOS E SEMINÁRIOS
Mídia da Crise ou Crise da Mídia?
Seminário Internacional sobre Mídia e Democracia e novas formas de ativismo político
26 a 28 de abril de 2006
Universidade Federal Do Rio de Janeiro - Campus da Praia Vermelha
Auditório do CFCH
Av. Pasteur 250, Urca, Rio de Janeiro - RJ
Informações: 21-3873-5067 / 2295-9449
Realização: Escola de Comunicação da UFRJ e Rede Universidade Nômade
Organização geral: Ivana Bentes (Professora e Diretora da Escola de Comunicação da UFRJ)
Apoio: Ministério da Cultura
Veja a programação
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CURSOS E SEMINÁRIOS
Fontes da Arte Contemporânea
Curso Escola de Nova York: formação e desdobramento da arte moderna, com Rodrigo Andrade
Inscrições até 4 de maio de 2006
Centro Universitário Maria Antonia - 2° andar - sala de cursos
Rua Maria Antonia 294, São Paulo - SP
11-3255-7182 - r: 32 e 33 ou cursosma@usp.br
www.usp.br/mariantonia
Período: 4 a 25 de maio de 2006
Horário: quintas-feiras, 16-18h
Preço: R$ 120
Com aulas fartamente ilustradas, o curso focaliza os artistas norte-americanos que surgiram depois da II Guerra: Jackson Pollock, Barnett Newman, Willen DeKooning, Marc Rothko, Cliford Still, Hans Hoffmann, Phillip Guston, entre outros. O objetivo é combinar a visão panorâmica com análises de obras específicas, retrocedendo e avançando no tempo, para mostrar como o espaço da arte moderna se formou e se desdobra até hoje. Assim, a produção daqueles artistas é comparada com a da geração posterior de Nova York (Robert Rauschenberg, Jasper Jonhs, Andy Warhol, Donald Judd), em que o espaço da arte torna-se plenamente moderno, com o fazer da obra articulando-se ao aspecto não-artístico das coisas fabricadas.
Saiba mais sobre o curso e publique seu comentário no Cursos e Seminários
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NOTA
Rumos Artes Visuais 2005-2006 premia artistas com bolsas de ateliê-residência
Quatro dos selecionados na terceira edição do programa de mapeamento do Itaú Cultural receberam bolsas para temporada de residência em instituições culturais do Brasil, Alemanha e México
Investindo na formação dos talentos captados em sua terceira edição, o programa Rumos Itaú Cultural Artes Visuais premiou quatro dos 78 selecionados na edição 2005-2006 com bolsas de ateliê-residência em instituições de cultura no Brasil e no exterior. Os contemplados foram os artistas Marcelo Gandhi (RN), Nicolás Robbio (SP), Sara Ramo (MG) e Tony Camargo (PR), selecionados por uma comissão formada pelas curadoras Aracy Amaral (SP), Cristiana Tejo (PE) Luisa Duarte (RJ), Marisa Mokarzel (PA) e pela curadora convidada Valeria Dagmar Schulte-Fischedick, do Programa Internacional de Estúdios de Bethanien (Berlim).
Além da proposta de mapeamento e difusão das artes visuais contemporâneas, esta edição do Rumos Artes Visuais amplia suas ações também para a formação. Após a abertura da mostra Rumos Artes Visuais 2005-2006 - Paradoxos Brasil, no dia 22 de março, os 78 selecionados participaram em São Paulo de um seminário de três dias sobre problemas da contemporaneidade artística, a convite do Itaú Cultural. A concessão de bolsas ateliê-residência complementa as ações de formação do programa.
O potiguar Marcelo Gandhi e o paranaense Tony Camargo foram contemplados com bolsas de um mês na EXO - experimental org. Associação cultural sem fins lucrativos baseada em São Paulo, a EXO oferece um programa internacional de residências para artistas, a fim de realizar pesquisas, trabalhos e estabelecer contatos e parcerias culturais em âmbito nacional.Camargo inicia os estudos no próximo 2 de maio, e Gandhi em junho.
As bolsas internacionais ficaram para os artistas Nicolás Robbio e Sara Ramo. Argentino radicado em São Paulo, Robbio participa de 15 de janeiro a 15 de junho de 2007 do programa de residência internacional na Künstlerhaus Bethanien, em Berlim, Alemanha. Fundada em 1974, a instituição funciona atualmente com 25 estúdios e oferece orientação sobre questões relativas à arte. Já a espanhola radicada em Belo Horizonte (MG) Sara Ramo participa no segundo semestre deste ano de um curso de dois meses na instituição Casa Vecina, na Cidade do México.
Artistas contemplados
Marcelo Gandhi Avelino Batista (Natal, RN, 1975) é graduado em Licenciatura em Artes Visuais pela UFRN. Tem atuado nas áreas de performance, instalação, e poesia visual. Dentre as coletivas que participou, está a Mostra Internacional de Poesia Visual, (RN, 1998); Exposição M8M, no Solar Bela Vista (RN), e do Panorama 0.8, (RN, 2004 e 2005).
Nicolás Robbio (Mar del Plata, Argentina, 1975) estudou Artes Plásticas na Escola Martín A. Malharro, em Mar del Plata. Participa de coletivas desde 1997. No currículo estão o II Salão Municipal de Artes Plásticas, Mar del Plata (1999), Bienal Nacional de Arte Jovem, Mar del Plata (2000), e Bienal Regional Museo de Arte Contemporâneo de Bahia Blanca (2000). Radicado em São Paulo, participou na capital paulista das exposições Marrom (2002), Modos de Usar (2003), e A Nova Geometria, na Galeria Fortes Vilaça. Realizou as individuais Bajo el Asfalto, Mar del Plata (1998), e Only Icebergs Travel Adrift, Grã-Bretanha (2005).
Sara Ramo (Madrid, Espanha, 1975) é bacharel em pintura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, e mestre em Artes Visuais pela mesma EBA. Residente em Belo Horizonte, começou a expor em 2001, na mostra Dimensão do Corpo, no Centro Cultural da UFMG. Em 2003, integrou o Panorama da Arte Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, seguindo na itinerância da mostra pelo Paço Imperial (RJ) e MAMAM (PE). Participou de coletivas como Modos de Usar, Galeria Vermelho, São Paulo - SP (2003); Posição 2004, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro - RJ (2004); O Corpo na Arte Contemporânea, Itaú Cultural, São Paulo - SP (2005).
Tony Camargo (União da Vitória, PR, 1979) é licenciado em Artes Plásticas, com habilitação em Desenho, pela Universidade Federal do Paraná (2001). Desde 1999 integra diversas exposições coletivas, como o Panorama da Arte Brasileira, no MAM-SP (2005), Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brasileira, no Museu Oscar Niemeyer, Curitiba (2004) e do 58º Salão Paranaense, Curitiba (2001). Entre suas exposições individuais estão Arte é Deus falando conosco, Casa Andrade Muricy, Curitiba (2004), Situação B, Curitiba (2002), e TENTO, Curitiba (2002). Participou ainda do Projeto Oito Semanas de Arte (2003), da Fundação de Cultura de Curitiba.
Mais informações no site www.itaucultural.org.br/rumos.
Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149 - Estação Brigadeiro do metrô
Fones: 11.2168-1776/1777
www.itaucultural.org.br
atendimento@itaucultural.org.br
Enviado por Itaú Cultural atendimento@itaucultural.org.br
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TEXTOS DO E-NFORME
Wilton Montenegro no Telemar
O Centro Cultural Telemar apresenta, a partir do próximo dia 27 de abril para convidados e do dia seguinte para o público, uma grande exposição com mais de 200 fotos de Wilton Montenegro, um dos mais importantes fotógrafos de artes plásticas do país. A mostra “Notas do Observatório” vai ocupar parte da área externa e três andares do Centro Cultural Telemar, e não pretende apresentar simplesmente a documentação fotográfica de obras de arte, mas demonstrar, a partir do trabalho realizado por Wilton Montenegro ao longo de 23 anos junto às artes plásticas, como elas se expressam por meio da fotografia.
Wilton Montenegro fez sua primeira fotografia em 1966, mas foi em 1983, através do artista Raymundo Colares (1944-1986), que ele teve seu nome associado à arte contemporânea. Collares o apresentou a Cildo Meireles, que o apresentou a Tunga, que o apresentou a Waltercio Caldas, e dessa forma Wilton Montenegro foi um observador privilegiado da produção da arte contemporânea recente... Desde então, fotografou quase que a totalidade dos trabalhos de arte desses que estão hoje dentre os mais reconhecidos internacionalmente.
A exposição abrangerá desde registros de obras de arte feitos por Wilton Montenegro para publicações (catálogos, livros, folders etc.), flagrantes dos artistas, ateliês, até parcerias feitas com artistas que usaram a fotografia como suporte de seu trabalho. A exposição seguirá uma ordem cronológica, mas sem um rigor quanto a isso. Dessa forma, o público poderá ver, através do olhar de Wilton Montenegro, a produção de arte contemporânea desde seus mais consagrados artistas até os mais jovens.
Transcriação
A transposição de objetos tridimensionais, como esculturas e instalações de Cildo Meireles, Waltercio Caldas e Tunga para a linguagem bidimensional da fotografia, provocou uma busca de adequação similar às traduções de poesia: em alguns casos transcrição, em outros, para usar um termo cunhado por Haroldo de Campos, “transcriação”. Tal processo de só foi possível porque exigiu uma cumplicidade com os artistas, devido à necessidade de perpetuar o efêmero de algumas obras. Notadamente as performances de Tunga, como se pode ver pela foto das gêmeas “Xifópagas capilares entre nós”, exposta na XXIV Bienal de São Paulo, registrada como obra de Tunga e foto de Wilton Montenegro. Ou ainda, a gravura de Cildo Meireles intitulada “Desvio para o vermelho”, onde ele funde duas fotos, de partes diferentes da instalação de mesmo nome, para criar em uma única imagem a representação dessa obra. Waltércio Caldas compôs poema fotográfico para um número especial da revista “Guia de artes plásticas”, além do livro-foto-objeto “A Suíte”.
Quando Sérgio Camargo morreu, Waltércio e Wilton foram juntos ao seu ateliê para congelar o instante – isto é, como o artista compunha seu espaço – antes que alguém o modificasse. O resultado foi o livro “Camargo, Esculturas”, também conhecido como “O Atelier”.
O acompanhamento fotográfico do desenvolvimento do trabalho destes artistas durante esse longo período de tempo tornou seu nome conhecido no meio de arte e seu trabalho bastante solicitado por diversos artistas, como Franz Weissmann, Eduardo Sued, Antonio Manuel, Carlos Vergara, Ascânio MMM, Ricardo Basbaum, Jac Leirner, José Damasceno (que acabou de expor na Espanha duas obras-fotos, com Wilton), Rodrigo Cabelo, Ronald Duarte etc., até artistas mais jovens, permitindo uma visão interna do processo de transformação pelo qual vem passando a arte contemporânea brasileira.
Uma das formas de manifestação desse processo (ainda) hoje é através da utilização da fotografia como suporte para criação e permanência de obras que não poderiam existir de outro modo. Neste caso estão as performances. Há inúmeras de Tunga – muitas ainda inéditas – que só foram vistas pelo público através da fotografia de Wilton. Foram performances fechadas, só com o artista, o fotógrafo e o(s) performer(s), de modo que, do trabalho, só pudesse existir a fotografia.
O limite da criação se dá, de certa forma, na superfície do filme, ou do papel fotográfico, como se o véu de prata que o emulsiona separasse o artista plástico do fotógrafo, o criador do transcriador: o que é externo ao véu é arte, o que é interno é foto. No entanto, a fronteira é tão intangível, que ambos tornam-se transgressores de seus próprios limites.Wilton Montenegro no Telemar
O Centro Cultural Telemar apresenta, a partir do próximo dia 27 de abril para convidados e do dia seguinte para o público, uma grande exposição com mais de 200 fotos de Wilton Montenegro, um dos mais importantes fotógrafos de artes plásticas do país. A mostra “Notas do Observatório” vai ocupar parte da área externa e três andares do Centro Cultural Telemar, e não pretende apresentar simplesmente a documentação fotográfica de obras de arte, mas demonstrar, a partir do trabalho realizado por Wilton Montenegro ao longo de 23 anos junto às artes plásticas, como elas se expressam por meio da fotografia.
Wilton Montenegro fez sua primeira fotografia em 1966, mas foi em 1983, através do artista Raymundo Colares (1944-1986), que ele teve seu nome associado à arte contemporânea. Collares o apresentou a Cildo Meireles, que o apresentou a Tunga, que o apresentou a Waltercio Caldas, e dessa forma Wilton Montenegro foi um observador privilegiado da produção da arte contemporânea recente... Desde então, fotografou quase que a totalidade dos trabalhos de arte desses que estão hoje dentre os mais reconhecidos internacionalmente.
A exposição abrangerá desde registros de obras de arte feitos por Wilton Montenegro para publicações (catálogos, livros, folders etc.), flagrantes dos artistas, ateliês, até parcerias feitas com artistas que usaram a fotografia como suporte de seu trabalho. A exposição seguirá uma ordem cronológica, mas sem um rigor quanto a isso. Dessa forma, o público poderá ver, através do olhar de Wilton Montenegro, a produção de arte contemporânea desde seus mais consagrados artistas até os mais jovens.
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Mídia da Crise ou Crise da Mídia? - Programação:
26 de abril, quarta-feira
10-13h - Midiocracia
Como a democracia se constitui em aliança, conflito e composição com os meios de Comunicação. Democracia pela mídia e governo dos meios de comunicação.
Palestrantes:
Wanderley Guilherme dos Santos - Cândido Mendes
José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil
Paulo Henrique Amorin , TV Record
Ricardo Kotscho, Globo/Universidade
Giuseppe Cocco -Rede Universidade Nômade e UFRJ
Mediador: Sérgio Sá Leitão (MinC)
14h - Apresentação de Projetos de Midiativismo: Teatro do Oprimido, Apresentação de filmes e vídeos curtos sobre Mídia, Apresentação de Projetos de Comunicação
15h-18h - Midiativismo
Os novos intelectuais e atores políticos que utilizam a mídia e suas linguagens como forma de ativismo político e estético. A política do simbólico.
Palestrantes:
Franco Berardi - Rekombinant e Universidade de Bolonha
Raul Sanchez - Universidad Nomada de Madrid
Wallace Hermann Rádios Comunitárias e PontoComSaúde
Geo Brito -CTO e Universidade Nômade
Giuliano Bonorandi - Ação Cultura Digital e Rádio Interferência
Mediadora: Tatiana Roque - Rede Universidade Nõmade e UFRJ
27 de abril, quinta-feira
10h-13h- A Mídia da Midia
Como a mídia vem cobrindo temas que afetam seu próprio negócio: a TV Digital, Ancinav, a Lei Geral de Comunicações, Softwares Livres, etc.
Palestrantes:
Gabriel Priolli - Televisão América Latina (TAL)
Diogo Moyses - Rede Intervozes
Sérgio Amadeu- Faculdade de Comunicação Cásper Líbero
Manoel Rangel - Diretor da Ancine
Mediador: Esther Hanburguer (USP e Folha de São Paulo)
14h - Apresentação de Dossiês, materiais na internet, capas de revista, sobre a cobertura e imagens da mídia dos temas debatidos, emissões de Rádio
15h-18h - NegroAtivismo
Como a mídia vem cobrindo temas polêmicos como as cotas, a bolsa família e as políticas de discriminação afirmativa. Mídia Negra
Palestrantes:
Alexandre Nascimento - PVNC e Rede Universidade Nômade
Adair Rocha (Minc)
Júlio César Tavares - UFF
Marcio Alexandre, Revista Afirma
Jeferson De - Movimento Dogma Feijoada
Edson Cardoso - Jornal IROHÍN
Mediador: Márcio André, Rede Universidade Nômade
28 de abril, sexta-feira
10h-13h - Mídias de Resistência
Como os movimentos sociais, Ongs, terceiro setor e sociedade civil fazem midia
Palestrantes:
Dojival Vieira - Afropress
Joaquim Palhares -Agência Carta Maior
Celso Horta, CUT
Claudia Cardoso - Midi@ética
Romano, RadioAberta
Ericson Pires, Hapax e Rede Universidade Nômade
Mediador: Giuseppe Cocco - Rede Universidade Nômade e Revista Global
14h - Intervenções estéticos-midiáticas, emissões de Rádio,video, etc. Exibição de vídeos da CUFA, Afroreggae, Cia Etnica de Dança, clips-favelas
15h-18h - Comunicando as Favelas
As Imagens das favelas na mídia e a produção cultural, audiovisual, midiática dos movimentos saídos das favelas e periferias
Palestrantes:
Jailson de Souza - Escola Crítica de Comunicação Popular da Maré
Carmem Luz - Cia Étnica de Dança
Nega Gizza, CUFA
Écio Salles - Afroreggae
Ivana Bentes - ECO
Paulo Vaz - Pós-ECO
Mediadora: Ilana Strozenberg ECO
18h - ENCERRAMENTO - Festa e Manifestos
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