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abril 23, 2007

"Educação Radical: capacidade crítica para fazer escolhas e transformar a realidade", ensaio de Marta Gregorcic para a Chto delat?

Chto delat? é uma plataforma de debates fundada em São Peterburgo em 2003. Coordenada por um grupo de trabalho que envolve artistas, críticos, filósofos e escritores russos, a publicação tem especial interesse na crítica da politização da produção do conhecimento e no espaço reservado à arte na contemporaneidade. Neste ensaio, a socióloga e ativista Marta Gregorcic aborda a obra de Paulo Freire e de outros pedagogos para apontar sua opinião frente ao tema "O que pode ser feito?" do documenta 12 magazines.

Não existe separação entre vida, trabalho, conflito, política ou educação quando, na nossa atividade teórica ou prática, nós miramos para além de noções estáticas e fetichizadas de mundo. Mesmo que tenhamos aprendido, de outra forma, que todas as habilidades humanas se desenvolvem no interior destes mesmos processos. Se consideramos trabalho, arte e educação separadamente, como segmentos distintos de nossas vidas, nós criamos um antagonismo fundamental capaz de frustrar nossa conduta. Mas este entrelaçamento só pode ser totalmente tecido por sujeitos emancipados que estão prontos para o empenho crítico, prontos para recusar o embrutecimento da vida cotidiana.

Em "Pedagogia do Oprimido" e "Educação como prática da liberdade", de Paulo Freire, encontramos autênticas e responsáveis apreciações que exploram nossa capacidade crítica de fazer escolhas e transformar a realidade. O ponto de partida do autor - como de outros pedagogos contemporâneos - é o tema da criatividade, que só pode ser expressa por aqueles que estão comprometidos com o desafio de tornarem-se plenamente humanos. Sua visão da educação é verdadeiramente radical por indissociá-la da vida e do comportamento cotidiano. É uma posição eminentemente antagônica à do capitalismo que, como defende o teórico social Daniel Chodorkoff, reduz a vida ao absurdo.

Marta Gregorcic é socióloga e ativista, radicada em Liubliana, capital da Eslovênia.

Leia o ensaio completo, em inglês, no sítio Chto delat?.

Posted by Leandro de Paula at 1:55 PM